Buscar

Aula 6 Legitimacao Ad Causam nas Acoes Coletivas 2017

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
TUTELA DOS INTERESSES COLETIVOS, DIFUSOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos 
2017
 
*
*
TUTELA DOS INTERESSES COLETIVOS, DIFUSOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Docente: Me. ALTAIR CESAR RAMOS DOS SANTOS 
	
	e-mail: 
	Telefones: 
(43) 
(43) 
*
*
Conteúdo 
Legitimação “Ad Causam” nas Ações Coletivas.
*
*
DIREITOS COLETIVOS
Conceito 
	
	Dogmaticamente, Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. lecionam que: 
	
	“Denominam-se direitos coletivos lato sensu os direitos coletivos entendidos como gênero, dos quais são espécies: os direitos difusos, os direitos coletivos stricto sensu e os direitos individuais homogêneos. 
	
	A classificação encontra-se prevista no artigo 81, da Lei 8.078/90.
	
DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael; ZANETI JUNIOR, Hermes. Curso de direito processual civil. 5. ed., rev., ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2010. v. 2, 4, p. 73.
DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael; ZANETI JUNIOR, Hermes. Curso de direito processual civil. 5. ed., rev., ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2010. v. 2, 4, p. 73.
*
*
DIREITOS COLETIVOS EM SENTIDO AMPLO
Art. 81, parágrafo único do CDC
	A classificação e a diferenciação literal legal dos direitos coletivos em sentido amplo é dada pelo parágrafo único do artigo 81 do Código de Defesa do Consumidor, que dispõe:
		Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas 	poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
		Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
		I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, 	os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas 	indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
		II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste 	código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, 	categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por 	uma relação jurídica base;
		III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os 	decorrentes de origem comum. (grifo nosso)
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Planalto. Legislação.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 1.agosto.2017. 
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Planalto. Legislação.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 1.agosto.2017. 
*
*
DIREITOS COLETIVOS
Classificação 
Entendem-se por direitos difusos aqueles direitos transindividuais (indeterminação dos titulares), de natureza indivisível, nos quais os titulares estão ligados entre si por circunstâncias de fato.
Por conseguinte, os direitos coletivos também são transindividuais e de natureza indivisível, contudo possuem titulares determináveis, ao passo que estes constituem grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária, em decorrência de uma relação jurídica de base preexistente.
Por fim, consideram-se direitos individuais homogêneos aqueles cujos titulares são a princípio indeterminados, mas passíveis de serem identificados. Além disso, possuem natureza divisível, e decorrem de uma situação de fato ou de direito comum as partes.
MACIEL, Juliene de Carvalho Maciel . Ação civil pública. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18689>. Acesso em 1.agosto.2017. 
MACIEL, Juliene de Carvalho Maciel . Ação civil pública. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18689>. Acesso em 1.agosto.2017. 
*
*
DIFERENCIAÇÃO DOS DIREITOS TRANSIDIVIDUAIS SEGUNDO SUAS ORIGENS 
Segundo Hugo Nigro Mazzilli
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
MAZZILLI, Hugro Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor e outros interesses difusos e coletivos. 12ª ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Editora Saraiva, 2000, p. 41.
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
MAZZILLI, Hugro Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor e outros interesses difusos e coletivos. 12ª ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Editora Saraiva, 2000, p. 41.
*
*
DIREITOS DIFUSOS
Resumo 
Os direitos difusos são aqueles que possuem o mais elevado grau de transindividualidade e, em face disso, não há como determinar todos os sujeitos titulares, o que, por outro lado, dá sustentação à indivisibilidade do objeto e a sua reparabilidade indireta.
	Exemplos, dentre outros: 
A proteção da comunidade indígena; 
A proteção da criança e do adolescente; 
A proteção das pessoas portadoras de deficiência.
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
*
*
DIREITOS COLETIVOS EM SENTIDO ESTRITO
Resumo 
Os direitos coletivos em sentido estrito caracterizam-se pela transindividualidade restrita ao número de sujeitos que compõem uma determinada classe, grupo ou categoria de pessoas, unidas por uma relação-jurídica base, permitindo-se apenas a disponibilidade coletiva do objeto.
	Exemplo, dentre outros:
	O aumento ilegal das prestações de um  consórcio. 
	O aumento não será mais ou menos ilegal para um ou outro consorciado.
	Uma vez quantificada a ilegalidade (comum a todos), cada qual poderá individualizar o seu prejuízo, passando a ter, então, disponibilidade do seu direito. Eventual restituição caracterizaria proteção a interesses individuais homogêneos;
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
*
*
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Resumo 
Os direitos individuais homogêneos, ou acidentalmente coletivos, decorrem de uma origem comum e são dotados de transindividualidade artificial ou instrumental, para fins de economia processual e facilitação ao direito de acesso à justiça, os sujeitos titulares são determinados
e podem fruir individualmente do objeto da reparação.
	Exemplo, dentre outros:
	Os compradores de carros de um lote com o mesmo defeito de fabricação.
	A ligação entre eles, pessoas determinadas, não decorre de uma relação jurídica, mas, em última análise, do fato de terem adquirido o mesmo produto com defeito de série. 
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
*
*
RESUMO 
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 176.
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 176.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Conceito
	Segundo Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. Ação coletiva é a proposta por um legitimado autônomo (legitimidade), em defesa de um direito coletivamente considerado (objeto), cuja imutabilidade do comando da sentença atingirá uma comunidade ou coletividade (coisa julgada). 
	Ainda, para os autores citados, são elementos indispensáveis para a caracterização de uma ação coletiva: 
A legitimidade para agir;
O objeto do processo, e;
A coisa julgada. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
*
*
	CONDIÇÕES DA AÇÃO
Legitimidade 
	
Legitimidade: No dizer de Afredo Buzaid, citado por Greco Filho, é a pertinência subjetiva da ação, isto é, a regularidade do poder de demandar de determinada pessoa sobre determinado objeto. 
	Em regra, somente podem demandar aqueles que forem sujeitos da relação jurídica de direito material trazida a juízo.
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 69. 
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 69. 
*
*
AÇÃO COLETIVA
Exemplo
	
	No direito brasileiro, tem-se como exemplo de AÇÃO COLETIVA ajuizada pela própria comunidade envolvida a ação coletiva proposta pelas comunidades indígenas: art. 37 da Lei Federal nº 6.001/1973 (Estatuto do Índio): 
		Art. 37. Os grupos tribais ou comunidades indígenas são 	partes legítimas para a defesa dos seus direitos em juízo, 	cabendo-lhes, no caso, a assistência do Ministério Público 	Federal ou do órgão de proteção ao índio.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm >. Acesso em: 22.agosto.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm >. Acesso em: 22.agosto.2017.
*
*
DIREITOS e INTERESSE COLETIVOS
Tutela Jurisdicional 
	Os direitos coletivos podem ser defendidos em juízo por meio de ação civil pública ou coletiva, por um dos legitimados autorizados por lei, como por exemplo o MINISTÉRIO PÚBLICO, a DEFENSORIA PÚBLICA, a UNIÃO, os ESTADOS-MEMBROS, o DISTRITO FEDERAL, os MUNICÍPIOS, as AUTARQUIAS, as EMPRESAS PÚBLICAS, as SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, as FUNDAÇÕES e as ASSOCIAÇÕES CIVIS (art. 5º, da Lei nº 7.347/85).
DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
*
*
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Art. 5º, da Lei nº 7.347/85
		Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação 	cautelar:
		I - o Ministério Público;
		II - a Defensoria Pública; 
		III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os 	Municípios; 
		IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou 	sociedade de 	economia mista;
		V - a associação que, concomitantemente: 
		 a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
		 b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio 	público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à 	livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao 	patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1995 . Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em: 22.agos.2017.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1995 . Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em: 22.agos.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade Ativa e Passiva
Justificativa 
	
	Entender e bem aplicar os critérios de legitimidade para as ações coletivas é o primeiro passo para garantir efetividade a este micro sistema, formado pela Lei de Ação Popular, Ação Civil Pública, o Código de Defesa do Consumidor e o Mandado de Segurança Coletivo, importante instrumento processual em tempos de sociedade de massa.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade Ativa e Passiva 
	
	Conforme já demonstrado, o Direito Difuso é por essência múltiplo e complexo. 
	Meio ambiente, economia, relação de consumo são objetos cuja titularidade nem sempre é de fácil e precisa identificação. 
	Em seu aspecto processual o Direito Difuso padece da mesma dificuldade: identificar os legitimados tanto no polo passivo quanto no polo ativo das ações coletivas.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade Ativa Individual 
	
	Atualmente, não há na legislação vigente um dispositivo autorizando o individuo a propor ações
coletivas. 
	O mais próximo de referida hipóteses é a Ação Popular (artigo 5º, inc. LXXII, CF/88), disciplinada pela Lei nº 4.717/65 ou, o litisconsórcio ativo facultativo que trata o artigo 94 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÃO POPULAR
Legitimidade Ativa Individual 
	
	CF/88 Art. 5º. [...]: 
	[...]
	LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; (grifo nosso)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LITISCONSÓRCIO ATIVO FACULTATIVO 
Artigo 94 do Código de Defesa do Consumidor 
	
	Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade Ativa Individual
Exclusão 
	
	Um dos autores do anteprojeto do CDC, Professor Kazuo Watanabe, justifica a exclusão do titular individual como um dos legitimados do rol presente no art. 82 do CDC, alegando que: ”[...] algumas experiências vividas no campo da ação popular, que tem sido utilizada, com alguma freqüência, como instrumento político de pressão e até de vindita, serviram também para o perfilhamento da opção legislativa”.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade Ativa Individual 
Críticas 
	Importante observar um ponto a ser combatido com relação à legitimidade individual para as ações coletivas seria a pressão dos réus em fazer o autor desistir da demanda, até mesmo propondo-lhe vantagens econômicas. 
	Entretanto, esse tipo de conduta absolutamente reprovável, também pode ocorrer em relação a qualquer dos legitimados pela lei. 
	Além disso, em todos os casos, as ações coletivas preveem acompanhamento do Ministério Público para assegurar o bom andamento da demanda (ex. artigo 5º, § 1º, da Lei nº 7.347, de 24 de Julho de 1985. 
		Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
		[...]
		§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará 	obrigatoriamente como fiscal da lei.
	
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade Ativa Individual 
Justificativa 
	
	Não se pode pressupor o individuo como eticamente menos qualificado que os demais legitimados.
	Diante de todos estes benefícios obtidos com uma possível autorização do indivíduo a pleitear interesses difusos, talvez o maior deles seja o envolvimento do cidadão no gerenciamento dos bens difusos e interesses coletivos.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade e Deveres 
	Se a coletividade é titular de direitos, faz sentido atribuir-lhe também deveres, conforme inclusive determinado expressamente pelo artigo 225 da Constituição Federal/88:
	
		Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 	bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-	se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para 	as presentes e futuras gerações”. (grifo nosso)
	Dos deveres decorrem obrigações e o que não se pode é imputar obrigações a um determinado grupo ou a toda coletividade sem a certeza de que estão bem representados.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
AÇÕES COLETIVAS
Legitimidade Ativa no Anteprojeto de Código de Processos Coletivos 
	O Anteprojeto de Código Brasileiro de Processos Coletivos já em sua versão final de dezembro de 2006, coordenado pela Professora Ada Pellegrini Grinover, previa a possibilidade da legitimidade individual, mediante uma análise de representatividade adequada, muito próxima da existente nas ações coletivas norte-americanas:
		Art. 20. Legitimação.  São legitimados concorrentemente à ação coletiva ativa:
		I – qualquer pessoa física, para a defesa dos interesses ou direitos difusos, desde que o 	juiz reconheça sua representatividade adequada, demonstrada por dados como:
		a – a credibilidade, capacidade e experiência do legitimado;
		b – seu histórico na proteção judicial e extrajudicial dos interesses ou direitos difusos e 	coletivos;
		c – sua conduta em eventuais processos coletivos em que tenha atuado;
	Entretanto, referido Anteprojeto foi arquivado.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN,
Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE AD CAUSAM NAS AÇÕES COLETIVAS
Natureza Jurídica
	
	Três foram as correntes que se estabeleceram com relação à natureza jurídica relacionada à legitimidade nas Ações Coletivas. São elas:
a) Legitimação Ordinária;
b) Legitimação Extraordinária;
c) Legitimação Autônoma para a Condução do Processo. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014.
*
*
LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM ORDINÁRIA 
	
Há LEGITIMAÇÃO ORDINÁRIA quando se atribui a um ente o poder de conduzir validamente um processo em que se discute uma situação jurídica de que se afirma titular.
	Na legitimação ordinária, age-se em nome próprio na defesa dos próprios interesses.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p.177-178.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p.177-178.
*
*
LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM EXTRAORDINÁRIA 
	
Há LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA quando se atribui a um ente o poder de conduzir validamente um processo em que se discute situação jurídica cuja titularidade afirmada é de outro sujeito.
	Na legitimação extraordinária, age-se em nome próprio na defesa de interesse alheio.
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 177-178.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 177-178.
*
*
LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM NO PROCESSO COLETIVO 
	
	Com o desenvolvimento do processo coletivo, naturalmente houve a tendência de buscar o enquadramento da legitimação ad causam coletiva em uma das categorias mencionadas (legitimidade ordinária ou extraordinária).
	Como a legitimação extraordinária pressupõe autorização legal (art. 6º, do CPC), houve quem defendesse que a legitimação para o processo coletivo era ordinária.
	A associação civil iria a juízo defender seus interesses institucionais. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
*
*
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 6º 
	
		Art. 6o Todos os sujeitos do processo 	devem cooperar entre si para que se 	obtenha, em 	tempo razoável, decisão 	de mérito justa e efetiva. 
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 22.agos.2017.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 22.agos.2017.
*
*
LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM NO PROCESSO COLETIVO
Legitimação Ordinária 
Justificativa 
	A tese de legitimação “ad causam” ordinária no processo coletivo justificava-se historicamente, em um tempo em que não se consagrava, de lege data (de acordo com a lei) o extenso rol de legitimados coletivos atualmente existente (art. 5º, da Lei nº 7.347/1985 – Ação Civil Pública, por exemplo).
		Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação 	cautelar:
		I - o Ministério Público;
		II - a Defensoria Pública; 
		III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
		IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de 	economia mista;
		V - a associação que, concomitantemente: 
		 
		
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1995 . Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em: 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1995 . Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em: 22.agos.2017.
*
*
LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM NO PROCESSO COLETIVO
Legitimação Ordinária 
	
	Defendia-se a legitimação ordinária como uma estratégia de ampliação do acesso à tutela jurisdicional coletiva. 
	Entretanto, atualmente, não mais faz sentido a defesa dessa tese, que, de resto, é tecnicamente correta: 
	O legitimado à demanda coletiva não vai a juízo da defesa de interesse próprio; o objeto litigioso do processo coletivo é uma situação jurídica de que é titular uma coletividade, que não é legitimada para defendê-la em juízo; o interesse institucional não é o objeto do processo coletivo; ele é apenas a causa da atribuição da legitimação coletiva a determinado ente. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
*
*
LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM EXTRAORDINÁRIA NO PROCESSO COLETIVO 
	
	Para Didier, a legitimação ao processo coletivo é EXTRAORDINÁRIA.
	Autoriza-se um ente a defender, em juízo, situação jurídica de que é titular um grupo ou uma coletividade.
	Não há coincidência entre o legitimado e o titular da situação jurídica discutida.
	Quando há esse coincidência, mesmo assim há LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA (posição majoritária na jurisprudência brasileira, não sendo pacífica na doutrina). 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
*
*
LEGITIMAÇÃO AUTÔNOMA PARA A CONDUÇÃO DO PROCESSO 
	Diante do impasse doutrinário (legitimação ordinária ou extraordinária para o processo coletivo), houve quem reputasse imprescindível a criação de uma terceira espécie de legitimação “ad causam”, apta a explicar o que ocorre no âmbito da tutela coletiva), sendo apresentada a legitimação autônoma para a condução do processo (de origem alemã).
	Justificativa: O legitimado não vai a juízo na defesa do próprio interesse, portanto, não é legitimado ordinário, nem vai a juízo na defesa de interesse alheio, pois não é possível identificar o titular do direito em discussão. 
	A ideia angariou adeptos.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil:
Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 178.
*
*
LEGITIMAÇÃO AUTÔNOMA PARA A CONDUÇÃO DO PROCESSO
Crítica
	
	Entretanto, segundo Didier, a nova categoria (legitimação autônoma para a condução do processo) é equivocada.
	a) Toda legitimação ad causam é um poder para a condução do processo. Não há nada de especial, portanto, que justifique acrescer à designação da categoria esse qualificativo, cujo enunciado passa a ser tautológico (algo como “legitimação para ser legitimado”). 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 179.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 179.
*
*
LEGITIMAÇÃO AUTÔNOMA PARA A CONDUÇÃO DO PROCESSO
Crítica
	b) Legitimação autônoma é conceito lógico-jurídico útil à visualização das espécies de legitimação extraordinária.
	Há legitimação extraordinária autônoma quando o legitimado extraordinário está autorizado a conduzir o processo independentemente da participação do titular do direito litigioso.
	O contraditório tem-se como regularmente instaurado com a só presença, no processo, do legitimado extraordinário.
	Reputá-la autônoma é inútil para distinguí-la da legitimação extraordinária. Ao contrário, a legitimação autônoma é espécie de legitimação extraordinária.
	Legitimação autônoma para a condução do processo é designação que poderia ser reduzida a, simplesmente, legitimação autônoma. E, assim, espécie de legitimação extraordinária. 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 179.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 179.
*
*
LEGITIMAÇÃO AUTÔNOMA PARA A CONDUÇÃO DO PROCESSO
Crítica
	
	c) A categoria desenvolvida pela doutrina alemã e citada como espécie de tertium genus é, na verdade, uma espécie de legislação extraordinária (substituição processual). 
	Com relação ao assunto assim explica Márcio Mafra Leal: “[...] no caso específico da doutrina apontada por Nery, baseada na concepção de Hadding, a legitimação autônoma [...] decorre do seguinte: a substituição processual [...], em tese, ocorre por autorização do substituído ou em decorrência de um direito específico violado que permite a substituição. No caso da ação coletiva, a substituição se dá sem que se leve em conta o interesse concreto do grupo de indivíduos substituídos e, por isso, tratar-se-ia de uma substituição processual distinta”. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 180.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 180.
*
*
LEGITIMAÇÃO AUTÔNOMA PARA A CONDUÇÃO DO PROCESSO
Crítica
	
	Portanto, a proposta de criação de uma terceira opção (legitimação autônoma para a condução do processo) não se justifica.
	Cria-se uma categoria desnecessária e equivocada. 
	Misturam-se conceitos jurídicos processuais fundamentais, comprometendo a qualidade e a inteligibilidade da argumentação jurídica. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 180.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. p. 180.
*
*
1. LEGITIMIDADE ATIVA 
1. 1. Controle Judicial da Adequação 
	
	A fonte normativa das ações coletivas no Brasil é formada pelo conjunto de leis (micro sistema) dentre as quais estão inseridas: 
Lei a Ação Popular (Lei nº 4.717 de 1965);
Ação Civil Pública – LACP (Lei nº 7.347 de 1985); 
Código de Defesa do Consumidor - CDC, (Lei 8.078 de 1990);
Mandado de Segurança Coletivo (art. 5º, LXX, b, CF).
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA 
Controle Judicial da Adequação 
	
	Este micro sistema tutela a defesa em juízo dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, e para todos os casos, os titulares do direito são ou indetermináveis ou tão numerosos que se justifica a união de interesses em uma única demanda (art. 81 CDC).
	
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA 
Código de Defesa do Consumidor 
	
	Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
	Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
	I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
	II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
	III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
	
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA 
Código de Defesa do Consumidor 
	
	Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:
	I - o Ministério Público,
	II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
	III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,      especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
	IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.
	
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre a
proteção do consumidor e dá outras providências. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA 
Controle Judicial da Adequação 
	
	
	Resta saber quem será autorizado a pleitear em juízo este direito de múltiplos titulares?
	De que forma é feito o Controle Judicial de Adequação?
	
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA 
Controle Judicial da Adequação 
	
	A legislação traz o rol taxativo de legitimados para a defesa destes interesses, atribuindo-lhe em alguns casos requisitos de pré-constituição, conforme artigos 82 do CDC, já apresentado anteriormente e, o 5º da LACP:
		Art. 5º. Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
		I - o Ministério Público; 
		II - a Defensoria Pública;
		III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
		IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia 	mista;
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA NA LEI DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Art. 5º 
	Art. 5º. Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
	[...]:
	a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil
	b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
	§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei.
	§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes.
	§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
	§ 4º O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA NOS DIREITOS COLETIVOS
Naturezas Ordinária e Extraordinária 
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS: Segundo Nelson Nery Jr., os casos em que o direito protegido for difuso e coletivo, o legitimado atuará de forma autônoma na condução do processo, isto porque ele foi escolhido pela lei para tutelar determinado interesse sem que houvesse nenhuma conexão com os titulares do direito.
DIREITO INDIVIDUAL HOMOGÊNEO: Porém, de outro modo, se o direito for individual homogêneo, então o autor da demanda será um substituto processual. 
	Portanto, para Nelson Nery Jr. E Rosa Nery, nos direitos citados, respectivamente tem-se natureza originária (direitos difusos e coletivos) e, extraordinária (individual homogêneo) de legitimação ativa das demandas coletiva.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA
Controle Judicial de Adequação 
	A discussão que se depreende da leitura do artigo 5º da LACP, que versa sobre a possibilidade de controle judicial da adequação dos representantes nas ações coletivas, consiste, de forma específica, em se tratando do inciso V, que elenca a associação como um dos legitimados, nas condições a seu tempo de existência e às finalidades institucionais.
	Entretanto, com relação ao assunto, o Professor Pedro Dinamarco e, o Professor Nelson Nery Junior defendem que não há controle judicial da adequação, pois não cabe ao juiz agir com discricionariedade na análise de representação. Seu ato deve ser vinculado à análise deste rol taxativo (legitimidade ope legis).
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA
Controle Judicial de Adequação 
	Por outro lado, o Professor Antônio Gidi, em seu artigo “A representação adequada nas ações coletivas brasileiras”, apresenta dois argumentos na defesa da legitimidade ope judicis, em especial no que diz respeito às associações quanto ao requisito de pré constituição e aos efeitos da coisa julgada.
	No caso das associações (art. 5º V LACP e Art. 82, §1º, CDC) a exigência de pré-constituição de um ano não garantiria a representação adequada e por outro lado, havendo adequada representação o juiz poder inclusive dispensar este requisito de pré-constituição, em expressa atuação ope judicis, conforme defende Gidi.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA
Coisa Julgada e Adequação 
	 
	Ainda com relação ao assunto Controle Judicial de Adequação tem-se o alcance da coisa julgada, que também seria um argumento suficiente para autorizar a análise judicial de adequação da legitimidade, pois havendo improcedência com matéria probatória suficiente, a coisa julgada será erga ominis para outras ações coletivas.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA 
	 
	Segundo o professor Gidi, a legitimidade das ações coletivas deve ser cuidadosamente analisada visto que versam sobre direitos de múltiplos titulares, ainda que a lei não impeça o individuo de propor sua demanda particular, não se pode correr o risco de ter um autor
técnica ou financeiramente pouco capaz de conduzir a demanda.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
CONTROLE JUDICIAL DE ADEQUAÇÃO
Legitimidade Ativa
Art. 5º, LACP 
	
	A solução proposta seria a aplicação por analogia do §3º do artigo 5º da LACP nos casos em que o juiz considerar o autor da ação coletiva inadequado para representar os interesses do grupo, passando a assumir a demanda algum outro legitimado, neste sentido, continua Antonio Gidi:
	
	“Se o juiz detectar a eventual inadequação do representante, em qualquer momento do processo, deverá proporcionar prazo e oportunidade para que o autor inadequado seja substituído por outro adequado. Caso contrário, o processo deve ser extinto sem julgamento do mérito”.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA
Art. 5º, LACP 
	
	Entender os argumentos das correntes que defendem ou não o controle judicial da adequação de legitimidade será importante inclusive para preencher a idéia de cabimento (ou não) da ação civil coletiva passiva no ordenamento jurídico brasileiro.
	
	Parece, entretanto que o controle de adequação foi previamente feito pela lei, determinando especificamente os casos em que o juiz deverá analisar o caso concreto (Art. 5º, §4º LACP).
	
	Autorizar a aplicação análoga do §3º do artigo 5º da LACP para substituir o autor da demanda parece redundante visto que obrigatoriamente o Ministério Público atuará como fiscal da lei (art. 5º §1º) e portanto deverá cobrir eventuais lacunas deixadas pelo autor.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE ATIVA 
Controle Judicial da Adequação 
	A legislação traz o rol taxativo de legitimados para a defesa destes interesses, atribuindo-lhe em alguns casos requisitos de pré-constituição, conforme artigos 82 do CDC e 5º da LACP :
		
		Art. 5º. Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
		I - o Ministério Público; 
		II - a Defensoria Pública;
		III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
		IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia 	mista;
		 V - a associação que, concomitantemente: [...]
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
2. LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	
	É controverso o debate sobre o cabimento das Ações Coletivas passivas no Brasil, já que a falta de previsão legal gera incertezas, porém não determina sua proibição.
	A ação coletiva passiva é exemplificada, segundo Ada Pellegrini Grinover  na figura das demandas propostas em face de torcidas organizadas, associações de indústrias, moradores de bairro, sindicatos, etc. 
	Definida pela Ministra Fátima Nancy Andrighi, tem-se como como “a pretensão exercida em face de um grupo de pessoas, citadas na pessoa de um representante adequado em hipóteses nas quais esteja caracterizado um relevante interesse social.”
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	
	Três são os argumentos principais que negam a existência desta ação atualmente no Brasil: 
	a) Falta de expressa previsão legal; 
	b) O problema da identificação do representante adequado no pólo passivo, e; 
	c) O regime da coisa julgada coletiva que não pode prejudicar os direitos individuais.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
Do Cabimento
	
	Os autores que defendem seu cabimento, conforme o faz a já citada ministra Andrighi, alegam que não há proibição legal, defendendo, inclusive que o art. 83 do CDC admite todas as espécies de ações para a defesa dos interesses difusos, o que incluiria inclusive a ação coletiva passiva.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	
	Vale observar a classificação feita por Julio Rossi no artigo “Ação Coletiva Passiva” quanto as modalidade deste tipo de ação. 
	Segundo ele, seria originária a demanda instaurada sem qualquer relação de dependência com um processo coletivo tradicional (iniciado por um dos legitimados extraordinários do artigo 5º da Lei 7.347/85, LACP). 
	Por conseguinte, derivada seria a ação vinculada a um processo coletivo ativo, a exemplo da ação rescisória ajuizada pelo réu em face de uma sentença coletiva favorável à coletividade autora.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	Para todos os casos um ponto de atenção nas ações coletivas passivas diz respeito à vinculação de todos os membros do grupo à decisão proferida, o que vai imputar ainda mais importância à escolha do representante do grupo no polo passivo.
	Diferente do que ocorre nas ações coletivas ativas, neste caso, não há um rol taxativo determinado pela legislação, o que demandará do juiz a análise de representatividade do réu.
Neste ponto, recai outra dúvida: Estaria o ordenamento jurídico autorizado à analise ope judicis de legitimidade?
	
	Inclusive, este é um ponto contrário àqueles que defendem o cabimento da ação coletiva passiva, pois não teria o juiz, critérios legais adequados para esta análise. 
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	A Professora Flávia Batista Viana defende que, para superar a questão da representatividade passiva, vale a observação inicial de que qualquer coletividade organizada dotada de personalidade jurídica poderá figurar no polo passivo de uma demanda coletiva. 
	Deste modo, não havendo proibição legal, os legitimados do artigo 5º da LACP e 82 do CDC poderiam figurar no pólo passivo das ações coletivas passivas.
	Nas palavras da própria Flávia Viana: “Chegamos a essa conclusão, pois do contrário não seria possível explicar o ajuizamento de reconvenção, de ação declaratória incidental, de ação rescisória intentada com a finalidade de rescindir sentença de procedência prolatada em ação coletiva, de cautelar incidental ou os embargos do executado e de terceiros em execução coletiva”.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	
	Embora tenha baixa aplicabilidade mesmo no direito norte-americano, a Ação Coletiva Passiva é merecedora de grande atenção pois conforme dito por Fredie Didier:
	“Da mesma forma que a coletividade pode ser titular de direitos (situação jurídica ativa), ela também pode ser titular de um dever ou um estado de sujeição (situações jurídicas passivas). É preciso desenvolver dogmaticamente a categoria das situações jurídicas coletivas passivas: deveres e estado de sujeição coletivos”.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	O Professor Didier continua enumerando alguns exemplos de ação coletiva passiva proposta no Brasil: 
	a) Os litígios trabalhistas coletivos demandados em face de dos sindicatos das categorias profissionais; 
	b) A ação proposta pelo Governo Federal em face da Federação Nacional dos Policiais Federais e o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal em razão da greve nacional dos policiais federais (Autos processados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região distribuídos sobre o número 2004.34.00.010685-2); 
	c) Ação proposta pela Universidade de Brasília em face do Diretório Central dos Estudantes, em decorrência da invasão de um prédio da universidade por um grupo de alunos (Autos processados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região distribuídos sobre o número 2008.34.00.010500-5).
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
LEGITIMIDADE PASSIVA NAS AÇÕES COLETIVAS
	
	Conforme restou demonstrado, de suma importância a identificação da representatividade adequada na legitimidade passiva, já que quanto mais precisa for a identificação do legitimado para figurar como representante do grupo no polo passivo, mais eficiente será a demanda dada a relação entre a legitimação e os efeitos da sentença nas ações coletivas.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.
*
*
PROJETO DE LEITURA 
	
	Leitura e análise dos seguintes tópicos constantes da obra de DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014. 
Competência: Princípio da Competência Adequada.
Legitimação “ad causam” nas Ações Coletivas: Natureza Jurídica da Legitimação Coletiva.
 
 
  	
*
*
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
	
	DONIZETTI, Elpídio. Curso de Processo Coletivo. São Paulo: Atlas.
	NEVES, Daniel Amorim Assunção. Manual De Processo Coletivo. São Paulo: Método.
	ZAVASCKI, Teori Albino. Processo Coletivo - Tutela de Direitos Coletivos e Tutela Coletiva de Direitos. São Paulo: Revista dos Tribunais.
*
*
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
	
	MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outro interesse. São Paulo: Saraiva.
	DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014.
	MEDINA, José Miguel Garcia. Mandado de Segurança Individual e Coletivo. São Paulo: Revista dos Tribunais.
	MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. São Paulo: Atlas.
	BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros.
*
*
REFERÊNCIAS
	DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014.
	DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
	
	GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 	
	GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988.
	LIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002.
	
*
*
REFERÊNCIAS
	
	MACIEL, Juliene de Carvalho Maciel . Ação civil pública. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18689>. Acesso em 1.agosto.2017. 
	MAZZILLI, Hugro Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor e outros interesses difusos e coletivos. 12ª ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Editora Saraiva, 2000.
	SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso
em 12.setembro.2017.
*
*
FONTE DE PESQUISA COMPLEMENTAR
	
	
	SATIN, Alice. Legitimidade ativa e passiva nas ações coletivas. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794 >. Acesso em 12.setembro.2017.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais