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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Fichamento de Estudo de Caso Vagner Rodrigues da Silva Trabalho da disciplina Gestão de Projetos-Visão PMI Tutor: Prof. Carlos Fernando da Rocha Santos Florianópolis 2017 2 Estudo de Caso de Harvard: Medisys Corp. : a equipe de desenvolvimento do produto IntensCare Referência: DONNELLON, Anne; MARGOLIS, Joshua D. Medisys Corp.: : A equipe de desenvolvimento do produto IntensCare. Harvard Business School, Boston, 412 – p03.out.2009. Texto do Fichamento: O Estudo de caso desenvolvido pelos autores é baseado no status do projeto de desenvolvimento do produto IntensCare da Empresa norte americana MedySys Corp., um importante sistema de monitoramento remoto de unidades de tratamento intensivo de hospitais, previsto para ser lançando no mercado dentro de seis meses, até agosto de 2009. Trata-se do projeto mais ambicioso da Medisys em seus 10 anos de existência, tendo sido investido nada menos que US$ 20,5 milhões neste produto. Fundada em 2002, especializada em desenvolvimento, fabricação e venda de sistemas de monitoramento médico para hospitais. Em 2008, sua receita anual foi de US$ 400 milhões, e a empresa empregava 1.750 funcionários. Neste mesmo ano, ao perceber desaceleração no crescimento e com a ameaça do aumento da concorrência, a organização decidiu pela contratação de um novo presidente com perfil mais agressivo nos negócios para aperfeiçoar os objetivos estratégicos, mas preservando a essência inovadora da Empresa, a fim de recuperar o ritmo acelerado de crescimento. Por ser uma empresa relativamente pequena, a MediSys havia lançado inicialmente dois produtos, que foram bem sucedidos, sendo eles sistemas de monitoramento pulmonar e renal. Apesar de pequena, a empresa sempre foi muito lucrativa e o pensamento inovador a cercava, havendo sempre iniciativas promissoras. Logo Beaumont começou a introduzir mudanças, criando o Comitê Executivo, composto pelos vice-presidentes de Vendas & Marketing, de Pesquisa & Desenvolvimento, de Design & Engenharia, de Produção e de Administração. Beaumont acreditava que a MediSys poderia superar seus maiores e mais ricos concorrentes acelerando o desenvolvimento de produtos através de equipes multifuncionais. 3 No ano de 2008, Beaumont inseriu um novo sistema para o desenvolvimento de produto. Neste novo sistema, haveria uma equipe central, formada por pessoas de todas as funções críticas. Este equipe trabalharia junta e continuamente para fazer com que um produto se desenvolvesse desde sua fase conceitual até a fase final. Para cada equipe central fora designado um líder do projeto, que deverá possuir expertise multifuncional, a fim de monitorar o andamento das fases, assegurar recursos, representar o projeto junto à alta administração e orquestrar o trabalho. A ideia do desenvolvimento paralelo em equipes multifuncionais agradou a maioria dos funcionários, que já refletia em parte a cultura anterior da organização, sendo a atual de maneira mais formalizada. Pensar na organização como um todo, prevendo todos os cenários é importante para a organização, todavia, a subordinação e a avaliação dos empregados ainda estava ligada à sua área funcional, o que ainda poderia gerar conflitos sobre fazer o melhor ou mais barato para a sua própria área ou para o projeto. Voltando para 2006, no mês de setembro o membro do grupo de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa Aaron Gerson teve a ideia de desenvolver um sistema de monitoramento que coletaria dados de pacientes internados em unidades de tratamento intensivo e colocaria esses dados num banco eletrônico, e esse banco forneceria o perfil da saúde do paciente através de e-mails para os especialistas envolvidos no tratamento. Aaros apresentou a ideia para mais dois colegas da empresa, um da área de Vendas e outro da área de Design e Software e, em pouco tempo um grupo de desenvolvimento de produto já havia se organizado para, informalmente, iniciar o desenvolvimento da atividade. No ano seguinte, o mesmo grupo que iniciou o desenvolvimento da atividade já havia desenvolvido pesquisas de mercado, então levaram a ideia para os líderes seniores da MediSys, para que pudessem conseguir um financiamento e dar continuidade no desenvolvimento do produto. A empresa dispôs, em julho de 2007 um capital de US$ 500.000 para o grupo utilizar no desenvolvimento do software e na engenharia do novo produto. Não foi um progresso rápido, pois as pessoas envolvidas frequentemente se afastavam do projeto para trabalhar em outras prioridades de suas áreas funcionais. Somente quase um ano após o financiamento que Beaumont conseguiu formalizar uma equipe central e a responsabilizou por acelerar um novo sistema de monitoramento. Nesta equipe, estavam apenas duas pessoas do desenvolvimento inicial do projeto, sendo eles o responsável pela ideia Aaron Gerson, e Bret O’Brien. Foi nomeado líder do projeto o 4 gerente de produção sênior Jack Fogel pela sua longa experiência com produção dentro da empresa. Como líder de design de desenvolvimento de software, foi nomeado Dipesh Mukerjee, que terceirizou suas duas funções para uma empresa na Índia. Karen Baio foi nomeado para representar Assuntos Regulatórios. Como supervisora do novo produto, foi escolhida Valerie Merz. Como os dois principais concorrentes haviam anunciado o lançamento de seus produtos para o mesmo ano, Beaumont anunciou senso de urgência para o desenvolvimento do IntensCare, e alocou mais US$ 20 milhões para que o produto pudesse ser desenvolvido a tempo e sem nenhum erro. A entrega deveria acontecer até agosto de 2009. Aaron – que já se reunia anteriormente e informalmente com os envolvidos na ideia do projeto – manteve a rotina dos encontros para discussão livre de possíveis soluções para problemas que pudessem surgir com o então líder do projeto Fogel, com O’Brien, Gerson e Mukerjee. Em Fevereiro de 2009, haviam dificuldades a serem superadas. Mukerjee já havia anunciado para os colegas próximos que a empresa da Índia estava atrasada com as datas de entregas do software, e O’Brien dependia desta entrega em formato final até o começo de Maio. Preocupados com a reação de Valerie, supervisora de produtos e que também tinha seu caminho crítico para cumprir, O’Brien, Fogel e Aaron resolveram se encontrar para um Brainstorming de possíveis soluções para os atrasos, que poderiam virar uma bola de neve. Valerie não tinha muita confiança na competência da equipe, mais precisamente em sua capacidade de entregar o produto que Beaumont e o mercado esperavam, e estava muito descontente com Fogel como líder da equipe. Porém, Valerie era responsável pelo P&D do IntensCare, mas não por um cargo formal que lhe permitisse pressionar outros membros da equipe. É perceptível a dificuldade de comunicação entre a equipe, causando conflitos e falta de confiança entre si. O próprio líder do projeto, Fogel, não tem comunicação aberta com os demais membros da equipe, e sempre acaba direcionando as questões em discussão a um grupo de sua afinidade. Com sua liderança disfuncional, acaba resultando em uma falta de comunicação entre a equipe. Percebe-se que os conflitos de alguns membros da equipe como, por exemplo, o de O’Brien com Merz, são pessoais. É possível identificar uma grande dificuldade de trabalho em equipe, além de atritos pessoais e falta de identificação de reuniões em equipe no texto. 5 Ao final do fica claro o nívelde estresse e desentendimento da equipe, quando Merz ouve O’Brien pedindo para Fogel a tirar “de cima” dele, do contrário ele pedirá para sair da equipe. Pode também notar-se ao fim do texto é que O’Brien propõe o cancelamento de uma reunião em equipe, e que ele e Fogel façam uma reunião à parte com seus chefes para contar toda a história. Tal atitude de não resolver problemas com toda a equipe e querer resolver os problemas por conta própria, podem levar um projeto ao fracasso. Biblioteca da Disciplina Gestão de Projetos-Visão PMI
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