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TRABALHO EM GRUPO – TG Aluno(s): Beatriz Garcia Stricagnoli RA 1646139 POLO BOQUEIRÃO SANTOS 2016 TRABALHO EM GRUPO (TG) A mediação entre o profissional assistente social e a demanda por ele atendida nessa perspectiva de universalização do acesso aos direitos sociais. CURSO: SERVIÇO SOCIAL BIMESTRE: 1º PROFESSORA: AMARILIS TUDELLA Questão 1. Enfatizamos a atuação do Assistente Social na contemporaneidade pautado em seu código de ética e no projeto ético político a partir do movimento de reconceituação, superando a visão unilateral que havia sobre a profissão. É neste terreno de contradições que os assistentes sociais pautados neste projeto e sem abrir mão da crítica, fazem de seu cotidiano um agir comprometido com a universalização do acesso aos direitos, enfocando a legitimação social da profissão. Contudo, é na defesa da efetivação dos direitos que os assistentes sociais são capazes de criar caminhos estratégicos, visando a construção de vias de igualdade, tendo claro que no modo de produção capitalista a cidadania aparece de forma camuflada e contestadora – haja vista que a verdadeira cidadania está atrelada à universalização do acesso, equidade, justiça social e políticas sociais como direito. Como é feita a mediação entre o profissional assistente social e a demanda por ele atendida nessa perspectiva de universalização do acesso aos direitos sociais? No desempenho de sua profissão, o Assistente Social se depara com o desafio de interpretar e conhecer algumas dialéticas do capitalismo contemporâneo, principalmente quando diz respeito às mudanças no mundo do trabalho e sobre as questões de desestruturação dos sistemas de proteção social e das políticas sociais em geral. Iamamoto (2000, p. 113), descreve um dos maiores desafios atuais do profissional assistente social: [...] desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. O perfil predominante do assistente social historicamente é o de um profissional que implementa políticas sociais e atua na relação direta com a população usuária. Hoje exige-se um trabalhador qualificado na esfera da execução, mas também na formulação e gestão de políticas sociais, públicas e empresariais: um profissional propositivo, com a sólida formação ética, capaz de contribuir ao esclarecimento dos direitos sociais e dos meios de exercê-los, dotado de uma ampla bagagem de informação, permanentemente atualizada, para se situar em um mundo globalizado. Assim, o exercício da profissão de assistente social, envolve a atuação de um profissional com competência para fazer propostas, negociar com a instituição os seus projetos, defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e funções profissionais que extrapolem ações rotineiras e decifrem realidades subjacentes, revertendo-as em ações concretas de benefícios à população excluída. Suas ações vão desde a relação direta com a população até o nível do planejamento, tendo inclusive a árdua tarefa de priorizar os que têm e os que não têm direitos de acesso aos serviços e equipamentos sociais. A efetivação do projeto ético-político do Serviço Social exige que os profissionais cada vez mais recriem o seu perfil profissional e a sua identidade, ultrapassem limites institucionais e superem a ideologia do assistencialismo e avancem nas lutas pelos direitos e pela cidadania. Além disso, o assistente social deve apoiar a sociedade civil em prol a universalização de acesso aos direitos sociais e a cobertura de programas. Segundo Paiva et al (2000) “ a defesa da equidade e da justiça social funciona, pois, como signo de luta pelo efetivo processo de democratização do acesso e usufruto dos serviços sociais”. A categoria profissional do Serviço Social fica o desafio de preparar profissionais aptos para lidar com as contradições do presente apresentadas pela ordem neoliberal e pelo neo-conservadorismo no conhecimento, e o compromisso com a qualidade na formação que consequentemente perpassa todo o trabalho profissional evitando que o Serviço Social fique burocrático, tecnicista e mercantil. O profissional de serviço social deve buscar um posicionamento ético e político que se insurja contra os processos de alienação vinculados à lógica capitalista, impulsionando-os a trabalhar na busca de romper com a dependência, a subordinação, a despolitização, e assim manter vivas as forças sociais motivadoras da esperança de uma nova sociedade e da capacidade de luta no cenário social e profissional. Concluo que o Serviço Social pode interferir na construção de direitos sociais e sujeitos políticos contribuindo com movimentos sociais e lutas da categoria como garantia legal da profissão na Política Educacional nas três esferas nacionais: União, Estados e Municípios. Referências: PAIVA, B. & SALES, M.. A nova Ética Profissional: Práxis e Princípios. In: BONETTI, D.; SILVA, M.; SALES, M. & GONELLI, V. (orgs.). Serviço Social & Ética: um convite a uma nova práxis. São Paulo: Cortez, p. 174 - 207,2000. PIANA, M. C. A contrução do perfil do assistente social no cenário educacional. Disponível em http://www.franca.unesp.br/Home/Posgraduacao/ServicoSocial/mariacristina.pd IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. Rio de Janeiro: Cortez, 2010.
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