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Fluxogramas Danielle Stelzer Fluxogramas 2 Sumário Introdução ....................................................................................................... 03 Objetivos ......................................................................................................... 04 Estrutura do Conteúdo .................................................................................. 04 Fluxogramas Tópico 1: Mapeamento de Processo ................................................................ 05 Tópico 2: Fluxogramas ..................................................................................... 06 Tópico 3: Vantagens na Utilização de Fluxogramas ......................................... 07 Tópico 4: Visão Geral da Elaboração de Fluxogramas..................................... 08 Tópico 5: Diagrama de Blocos .......................................................................... 09 Tópico 6: Diagrama de Blocos para Atividade e Informação ............................ 09 Tópico 7: Fluxograma Padrão ANSI ................................................................. 11 7.1 Simbologia Padrão ANSI .............................................................. 12 Tópico 8: Fluxograma Funcional ....................................................................... 14 Tópico 9: Fluxograma Geográfico ..................................................................... 15 Resumo ........................................................................................................... 16 Leitura Complementar ................................................................................... 17 Referências Bibliográficas ............................................................................ 18 Fluxogramas 3 Seja bem-vindo(a) ao conteúdo “Fluxogramas”. Com o passar do tempo, as empresas passaram a buscar alternativas mais ágeis para a apresentação dos seus processos. Pensando na racionalização e na substituição de relatórios expressos e palavras, surgiram os fluxogramas, apresentando de maneira esquemática todas as fases de um evento (CURY, 2012). Os fluxogramas podem ser definidos como a representação gráfica de determinado percurso ou caminho percorrido por certo elemento (por exemplo, um documento), atra- vés das unidades organizacionais. Sua utilização individual nos processos é fundamental para a simplificação e racionalização do trabalho, permitindo a compreensão e otimização dos processos desenvolvidos em cada departamento ou área da organização. Bons estudos! Racionalização de Projetos Fluxogramas 4 Estrutura do Conteúdo Objetivo sAo final deste conteúdo, esperamos que você seja capaz de: 1. Padronizar a representação de processos administrativos; 2. Representar graficamente os processos operacionais; 3. Utilizar os fluxogramas para identificar ativi- dades críticas no processo. Para melhor compreensão do conteúdo estuda- do, este material está dividido nos seguintes tópicos: 1. Mapeamento de Processo 2. Fluxogramas 3. Vantagens na Utilização de Fluxogramas 4. Visão Geral da Elaboração de Fluxogramas 5. Diagrama de Blocos 6. Diagrama de Blocos para Atividade e Infor- mação 7. Fluxograma Padrão ANSI 8. Fluxograma Funcional 9. Fluxograma Geográfico Fluxogramas 5 1. Mapeamento de Processo Toda organização é um sistema, ou seja, fun- ciona como um conjunto de processos. A identi- ficação e o mapeamento desses processos permitem um planejamento adequado das atividades, a definição de responsabilida- des e o uso adequado dos recursos dis- poníveis. O mapeamento das atividades de uma organização é complexo. É instável, pois os processos são “vivos”, cons- tantemente adaptados ao ambiente que estão inseridos. É, pelo menos em um primeiro momento, desorga- nizado em muitas de suas etapas. Mapear os processos de uma organização é muito mais do que um simples retrato da lógica de entradas e saídas entre pessoas, cargos, departamentos, gerências ou áreas. Fluxogramas 6 É um exercício de reflexão e debates cujo objetivo é retratar fielmente, através de fluxogramas ou qualquer outra ferramenta visual existente, como ocorrem os trâmites internos, quais são os seus pontos fracos, onde estão as incongruências pontuais, como ocorrem os fluxos de informações (em meio eletrônico e físico), quais são as responsabi- lidades por cada etapa, e, principalmente, quais são as entregas efetivas que constituem os produtos dos clientes internos das organizações. Acesse o Recurso Multimídia e assista ao vídeo da entre- vista da administradora Manuela Aguiar, especialista e consultora em mapeamento de processos. Conteúdo On-line 2. Fluxogramas De acordo com Carreira (2009), fluxograma é um instru- mento de trabalho utilizado pelo administrador para repre- sentar graficamente os processos operacionais de uma empresa, visando à racionalização. É uma das técnicas de mapeamento de processos. Podemos entendê-lo, na prática, como a documen- tação dos passos necessários para a execução de um processo qualquer. É uma das sete ferramentas da qualidade, muito utilizada em fábricas e indústrias para a organização de produtos e processos. Acesse o Recurso Multimídia e assista ao vídeo sobre os conceitos de fluxograma. Conteúdo On-line Fluxogramas 7 3. Vantagens na Utilização de Fluxogramas O método do fluxograma facilita a análise de dados, informações e sistemas com- pletos em virtude de seu alto grau de detalhamento. Segundo Cury (2012) as principais vantagens encontradas na utilização desse instrumento podem ser citadas abaixo: Preparação para o aperfeiçoamento de processos empresariais (é preciso conhecer para melhorar). Identificação de atividades críticas para o proces- so. Conhecimento da sequência e encadeamento das atividades dando uma visão do fluxo do processo. Documentação do processo para análises futuras, adequação a normas e certificações e esclarecer so- bre o funcionamento para pessoas recém-admitidas na organização. Fortalecimento do trabalho em equipe quando o desenvolvimento dos fluxogramas é feito com a parti- cipação de todos os envolvidos. 1 2 3 4 5 Fluxogramas 8 4. Visão Geral da Elaboração de Fluxogramas A elaboração de fluxograma de um processo, até o nível das tarefas individuais, forma a base da análise e do aperfeiçoamento do processo. A atribuição de partes do processo a membros específicos da equipe acelera a execução das tarefas que, de outra forma, de- mandaria muito tempo. Toda situação e/ou processo apresentará problemas específicos de mapeamento. Por exemplo, a documentação disponível raramente é suficiente para mapear todas as atividades e tarefas, sem falar nas pessoas que executam essas tarefas. Tenha cuidado com aquilo que a documentação determina como deve ser feito e como as coisas são feitas na realidade. Há muitos tipos diferentes de fluxograma, sendo cada um para cada aplicação espe- cífica. As quatro técnicas mais utilizadas são: FLUXOGRAMA FLUXOGRAMA PADRÃO DIAGRAMA DE BLOCOS FLUXOGRAMA FUNCIONAL FLUXOGRAMA GEOGRÁFICO Ao elaborar um fluxograma, é preciso focar no processo exa- tamente como ele é, e não em, como ele deveria ser ou como gos- tariam que fosse. Somente com um cenário realista é possível na identificação dos pontos a melhorar. Importante Fluxogramas 9 5. Diagrama de Blocos É o mais simples dos fluxogramas, indicando apenas as atividades realizadas sem diferenciá-las por tipos, como os organogramas. Devem ser utilizadas frases curtas que identifiquem as atividades realizadas. Decide-se fazer um churrasco Prepara-se a lista de convidados Preparar o local Convidaras pessoas Preparar um menu Preparar a comida para cozinhar Comprar a comida e os materiais Fazer a comida Comer a comida Lavar a louça Limpar o local 6. Diagrama de Blocos para Atividade e In- formação É muito provável que o processo também disponha de um sistema de informação, com seu fluxo separado e distinto, superposto sobre o fluxo de atividades. Esse sis- tema de comunicações precisa ser reconhecido, mapeado e entendido como uma parte das operações do processo. Um organograma é um tipo de diagrama de bloco. Nesse caso, mostra a estrutura de subordinação, ou seja, como a autoridade, as responsabi- lidades e as atividades são delegadas pela organização. Fluxogramas 10 A figura abaixo apresenta um organograma típico. O fluxo da organização é represen- tado pelas linhas contínuas. O fluxo de comunicações da maioria das organizações é uma parte essencial, mas complexa da estrutura da organização. DEPARTAMENTO Depto. A2 Depto. A3Depto. A1 Depto. A4 Depto. A5 Depto. A6 Depto. A7 Um bom sistema de comunicação flui para cima, para baixo e para os lados. Frequen- temente, uma linha de fluxo de comunicação possui setas nas duas extremidades, signifi- cando comunicação nos dois sentidos. Uma comunicação de dois sentidos típica é o caso de uma reunião em que todos são convidados a dar sua contribuição para a discussão. Fluxogramas 11 7. Fluxograma Padrão ANSI Um fluxograma padrão ANSI (American National Standard Insti- tute — Instituto Nacional Americano de Padrões) for- nece uma compreensão detalhada de um proces- so, que excede, e em muito, aquela dada por um diagrama de blocos (HARRINGTON, 1993). Na verdade, o diagrama de blo- cos é usado como ponto de partida e um fluxograma padrão é usado para detalhar as atividades dentro de cada bloco, até o nível desejado do detalhe. Cada tarefa do processo pode ser detalhada até o ponto em que o fluxograma padrão pode ser usado como parte do manual de treinamento de um novo funcionário. A elaboração do fluxograma detalhado só é feita quando o processo se aproxima de uma qualidade de padrão internacional, para assegurar que os aperfeiçoamentos não se deteriorem com o tempo. O American National Standard Institute é uma organização par- ticular sem fins lucrativos que busca facilitar a padronização do tra- balho, melhorando a qualidade dos negócios nos Estados Unidos. Seu equivalente no Brasil é a ABNT. Fluxogramas 12 7.1 Simbologia Padrão ANSI Para preparar um fluxograma e entender o seu funcionamento, é necessário conhe- cer os símbolos utilizados em sua construção, bem como o significado de cada um deles. Os fluxogramas mais eficazes usam os símbolos padronizados mais conhecidos (HAR- RINGTON, 1993), de acordo com as representações a seguir: TÍTULO SÍMBOLO REPRESENTA Terminal Ponto de início e término do fluxo Processamento Operações manuais Documento Relatórios, formulários, documentos, fichas etc. Espera Espera, demora ou atraso Decisão Possibilidade de alternativas (sim/não, +/- etc.) Pr. Predefinido Ponto limítrofe e de interseção entre pessoas Microcomput Entrada/saída de dados de mini/microcom- putadores Arq. definitivo Arquivo permanente de materiais ou docu- mentos Arq. provisório Arquivo temporário de materiais ou docu- mentos Fonte: adaptado de Carreira (2009) Fluxogramas 13 TÍTULO SÍMBOLO REPRESENTA Fluxo do pro- cesso Indica o fluxo de informação e de operações Conector de fluxo Conexão do fluxo na mesma página Conector de página Conexão de fluxo de uma página para outra página Conector de página/fluxo Conexão de fluxos para páginas diferentes Teleprocessa- mento Comunicação, via teleprocessamento Atenção Falhas e possibilidades de racionalização x y Fonte: adaptado de Carreira (2009) A elaboração do fluxograma detalhado só é feita quando o processo se aproxima de uma qualidade de padrão internacional, para assegurar que os aperfeiçoamentos não se deteriorem com o tempo. TÍTULO SÍMBOLO REPRESENTA Volume em geral Materiais, peças, e outros tipos de volumes que fazem parte de um processo Fita magnética Arquivo magnético em fita (Digital Áudio Tape, Digital Linear Tape etc.) Disco Arquivo em disco (óptico, CD- ROM, DVD etc.) Informações adicionais Observações, explicações ou algo inserido no processo Fonte: adaptado de Carreira (2009) Fluxogramas 14 8. Fluxograma Funcional O fluxograma funcional mostra um determinado processo e quem são os indivíduos ou áreas envolvidas em cada etapa e como cada etapa do processo se relaciona com as demais, tendo as linhas horizontais ou verticais definindo as fronteiras de responsabilida- de. Através dele, pode-se identificar facilmente qual a fase do processo que toma mais tempo e quem são os responsáveis por cada etapa. SÍMBOLO INÍCIO INSERIR INSUMOS NA MÁQUINA INICIAR A OPERA- ÇÃO DA MÁQUINA DESCARTAR O PRODUTO E RE- GISTRAR NÃO CONFORMIDADE ATENDE A ESPECIFICAÇÃO EMBALAR O PRODUTO REMETER PARA O CLIENTE FIM EX PE DI ÇÃ O EM BA LA GE M S N OP ER AÇ ÃO Fluxogramas 15 9. Fluxograma Geográfico Um fluxograma geográfico ou superposto ao layout físico tem como objetivo analisar o fluxo físico das atividades, contribuindo na identificação do tempo desperdiçado entre o trabalho realizado e os recursos envolvidos dentro das atividades. (HARRINGTON, 1993) Irá representar o fluxo de um processo entre localidades como uma espécie de mapa desenvolvido sobre uma planta baixa de uma indústria, por exemplo. No artigo “Dicas para implantar fluxograma”, o autor Tiago Lira dá dicas simples e práticas para aperfeiçoar um processo através da utilização de fluxogramas. Disponível na seção “Leitura Com- plementar”. SETOR DE RECEBIMENTO SETOR DE ESTOQUE SETOR DE PROCESSAMENTO SETOR DE QUALIDADE SETOR DE MEDIÇÃO SETOR DE TRATAMENTO SETOR DE EMBALAGEM SETOR DE EXPEDIÇÃO PRODUTO Fluxogramas 16 Neste conteúdo, estudamos os fluxogramas relacionados à representação gráfica de um determinado processo ou fluxo de trabalho, apresentados através de figuras geomé- tricas e setas unindo essas figuras. Através dessa ferramenta é possível compreender de forma rápida e fácil a transição de informações ou documentos entre os elementos que participam no processo. A exis- tência de fluxogramas para cada um dos processos é fundamental para a simplificação e racionalização do trabalho, permitindo uma melhor compreensão e identificação dos pontos críticos de cada processo. Fluxogramas 17 Para obter mais informações sobre o desenvolvimento do conteúdo estudado, sugerimos a leitura do seguinte texto: LIRA, Tiago. Dicas para implantar fluxograma. 2011. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/dicas-para-implantar- -fluxograma/55928/ Fluxogramas 18 CARREIRA, D. Organização, Sistemas e Métodos: ferramentas para racionalizar as rotinas de trabalho e a estrutura organizacional da empresa. São Paulo: Saraiva, 2009. CURY, A. Organização e Métodos: uma visão holística (perspectiva comportamental e abordagem contingencial). 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012. HARRINGTON, H. Aperfeiçoando processos empresarias. São Paulo: Makron, 1993.
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