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Aula 05

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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
Clara Brum
Aula 5
Ética da Advocacia
O capítulo VIII do Código de Ética de 2015 trata da publicidade nos artigos 39 a 46 e devem ser lidos em conjunto com o Provimento 94/2000. 
Ética da Advocacia
Publicidade da advocacia: apenas informativa!
Não é permitido:
a contratação de um agenciador de causas mediante pagamento de comissão ou não; 
publicidade ostensiva com caráter mercantilista; 
divulgação da atividade advocatícia em conjunto com outras atividades.
Ética da Advocacia
O que podemos entender por publicidade informativa? 
O anúncio ou publicidade contendo a identificação pessoal e curricular do Advogado, número de inscrição e endereço do escritório. Poderá acrescentar as áreas ou matérias jurídicas de exercício preferencial ( art. 2º do Prov. 94/2000). 
Ética da Advocacia
Se desejar, o diploma, títulos acadêmicos, relativos à profissão de advogado, a indicação das associações culturais e científicas de que faça parte, relativas à advocacia. Podendo conter, se for o caso, o nome dos advogados integrantes do escritório, horário de atendimento e idiomas falados ou escritos. 
Ética da Advocacia
O advogado poderá utilizar o recurso de mala direta? 
Não. Merece destaque a observação do art. 40, inciso VI do CED que veda expressamente a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. 
Ética da Advocacia
No que se refere ao envio de mala direta é importante observar o art. 3º do Prov. 94/2000 que autoriza especificamente o envio de comunicação de mudança de endereço e de alteração de outros dados de identificação do escritório nos diversos meios de comunicação escrita, bem como correspondência aos clientes e colegas de profissão.
Ética da Advocacia
Nesse sentido, proíbe-se a publicidade em veículos como rádio, cinema e televisão (art. 40, I, CED). Proíbem-se, também, o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade (art. 40, II, CED c/c Art. 6º, a – d, do Prov. 94/2000).
Ética da Advocacia
As inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público são igualmente vedadas (art. 40, III, CED), bem como, a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou, até mesmo, a indicação de vínculos entre uns e outras (art. 40, IV, CED).
Ética da Advocacia
Há a possibilidade de uso de placas ou painéis? 
Sim, mas com restrição. No parágrafo único do referido art. 40 do CED, afirma-se a possibilidade de utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em fachadas da sede do escritório ou Sociedade de advogados.
Ética da Advocacia
Existem advogados que escrevem textos em colunas de jornais e revistas. Como devem proceder?
 
O art. 41 do CED observa que as colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar, sua atividade advocatícia, não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela. 
Ética da Advocacia
A publicidade poderá ocorrer em meio impresso ou na internet? 
A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela (art. 46 e parágrafo único, CED c/c Art. 5º, parágrafo único, do Prov. 94/2000).
Ética da Advocacia
O art. 43 do CED estabelece que na hipótese de eventual participação em programa de televisão, rádio, entrevistas na imprensa, reportagens televisionadas ou veiculadas por qualquer outro meio, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem que haja propósito de promoção pessoal ou profissional e em qualquer caso, sendo vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão.
Ética da Advocacia
Acrescente-se que é proibida “a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário” (art. 44, § 2º, CED).
Ética da Advocacia
Muitos escritórios ou sociedades patrocinam eventos jurídicos. Esse tipo de patrocínio poderá ser divulgado?
 
O art. 45 do CED permite “como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico”.
Referências:
BRASIL. Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. Lei 8.906, de 4 de julho de 1994. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB. 2015.
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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB. 13 de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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Referências:
COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Comentários ao novo código de ética dos advogados. São Paulo: Saraiva, 2016.
 
GONZAGA, Álvaro de Azevedo; NEVES, Karina Penna; BEIJATO JUNIOR, Roberto. Estatuto da advocacia e novo Código de Ética e Disciplina da OAB comentados. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.
 
LÔBO, Paulo L. N. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 2015.
Clara Maria Cavalcante Brum de Oliveira
Possui graduação em Comunicação Social - Faculdades Integradas Hélio Alonso (1990), graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000), graduação em Direito pela Universidade Estácio de Sá (2005) e mestrado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professora assistente da Universidade Estácio de Sá. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia, filosofia da ciência, filosofia, filosofia política e filosofia do direito. Lattes:  http://lattes.cnpq.br/2000062113086870
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