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1 MATERIAIS DE TUBULAÇÕES E DIÂMETROS COMERCIAIS Os materiais mais utilizados são: aço, aço inoxidável, alumínio, chumbo, cimento- amianto, cobre, borracha, concreto, ferro forjado, ferro fundido, latão, manilhas cerâmicas e plásticos. As aplicações mais comuns são: mostradas no QUADRO 1, onde aparecem também a faixa dos diâmetros comerciais dos tubos. QUADRO 1 – Aplicações mais comuns de canalizações e diâmetros comerciais. Material: Diâmetro: Usos: Aço galvanizado De 12,5 a 200mm Instalações prediais de água fria. Instalações industriais. Aço soldado De 12,5 a 200mm Linhas adutoras, linhas de recalque, tubulações forçadas de usinas, instalações industriais e oleodutos. Chapa ondulada De 300 a 1500mm Bueiros. Chumbo De 12,5 a 100mm Instalações prediais de água e esgoto. Instalações industriais e estações de tratamento de água. Cimento-amianto De 50 a 500mm Linhas adutoras, redes de distribuição, coletoras de esgotos, tubos ventiladores. Cobre e latão De 12,5 a 50mm Instalações prediais, encanamentos de água quente. Concreto armado De 100 a 3000mm Linhas adutoras, esgotos sanitários, galerias de águas pluviais e bueiros. Concreto simples De 100 a 600mm Bueiros, esgotos e drenos. Ferro fundido De 50 a 600mm Linhas adutoras, linhas de recalque, redes de distribuição, tubulações forçadas de usinas, tubos de queda e canalizações de edifícios. Manilhas cerâmicas De 100 a 400mm Esgotos sanitários e águas pluviais. Tubos plásticos De 12 a 150mm Instalações prediais, industriais e casos especiais. Fonte: Maestrini, 1991. 2 Diâmetros comerciais das canalizações: Ferro fundido (dimensões em mm): 50, 60,75, 100, 150, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 550, 600, 700, 800, 900, 1000, 1250, 1500. Aço galvanizado (dimensões em mm): 15, 20, 25, 32, 40, 60, 75, 100, 125, 150, 200. Latão (dimensões em mm): 15, 20, 25, 32, 40, 50. Chumbo (dimensões em mm): 15, 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 100. Tubo plástico de PVC rígido (dimensões em mm): Para instalações prediais – 15, 20, 25, 32, 40, 60, 75, 100. Para instalações de redes adutoras – 60, 75, 85, 110, 140, 160, 200, 250, 300. Cimento amianto (dimensões em mm): 30, 40, 50, 60, 75, 100, 125, 150, 175, 200, 250, 300. PERDAS DE CARGA Considera-se como perda de carga de um sistema, a toda resistência à passagem de um líquido, causada pelo atrito entre as partículas do líquido escoado e as paredes das canalizações (tubos + conexões + acessórios) por onde escoa. As perdas de carga podem ser: contínuas ou lineares; localizadas. 3 PERDAS DE CARGA LINEARES É causada pelo movimento da água na própria tubulação. Considera-se esta perda como uniforme em qualquer trecho ao longo de tubulações de diâmetros constantes, independente da posição das mesmas. A resistência ao escoamento da água é: diretamente proporcional ao comprimento da canalização; inversamente proporcional a uma potência do diâmetro; diretamente proporcional a uma potência da velocidade; função da natureza e estado das paredes dos tubos (rugosidade), no caso de regime turbulento; independente da posição do conduto e da pressão interna sob a qual o líquido escoa. CÁLCULO DAS PERDAS DE CARGA LINEARES Existem diversas formas empíricas, facilmente encontradas na literatura. Essas fórmulas são estabelecidas para determinadas condições do fluído e da tubulação, como: água na temperatura ambiente; tipo de seção transversal; tipo de material; tubo novo ou usado; outro. EQUAÇÃO DE DARCY-WEISSBACH (1857) g2 V D L fhp 2 onde: hf = perda de carga (m); L = comprimento da canalização (m); V = velocidade média (m/s); g = gravidade (9,8m/s2); f = coeficiente de atrito (TABELA 1 e TABELA 2). 4 TABELA 1 – Valores do coeficiente de atrito f para tubos novos de ferro fundido e aço conduzindo água fria. 5 TABELA 2 – Valores do coeficiente de atrito f para tubos usados de ferro fundido, aço e tubulação de concreto, conduzindo água fria. 6 EQUAÇÃO DE HAZEN-WILLIAMS (1903) A fórmula é a mais empregada nos cálculos do escoamento forçado. Segundo Azevedo Neto (1977), pode ser aplicada tanto a tubulações forçadas, como aos condutos livres, sendo recomendada para canalizações com diâmetros superiores a 50mm. 87,485,185,1 D.C.Q.643,10J L hp J onde: J = perda de carga linear (m/m); Q = vazão (m3/s); C = coeficiente que depende da natureza (material e estado) das paredes do tubo (TABELA 3); D = diâmetro da tubulação (m); L = comprimento da tubulação (m); Hp = perda de carga (m). TABELA 3 – Valores do coeficiente de Hazen-Williams em função do material usado nas tubulações. 7 EQUAÇÃO DE FLAMANT (1892) Usada para o cálculo em tubos de pequeno diâmetro, e nas instalações prediais de distribuição de água. 25,1 75,1 1 D V .aJ ou 757,4 75,1 1 D Q .bJ L hp J J = perda de carga linear (m/m); V = velocidade (m/s); D = diâmetro da tubulação (m); Q = vazão (m3/s); L = comprimento da tubulação (m); Hp = perda de carga (m). a1 e b1 = coeficientes tabelados (TABELA 4). TABELA 4 – Valores dos coeficientes a1 e b1 de Flamant em função do material usado nas tubulações. 8 EQUAÇÃO DE FAIR-WHIPPLE-HSIAO Fórmula mais recente e recomendada pela norma brasileira para o uso em instalações prediais e encanamentos de pequeno diâmetro (até 50mm). Para PVC, cobre e latão – água fria: 714,2571,0 D.J.934,55Q Para aço galvanizado e ferro fundido – água fria: 596,2532,0 D.J.113,27Q Para cobre e latão – água quente: 714,2571,0 D.J.281,63Q
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