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COM O QUE O BEHAVIORISMO RADICAL TRABALHA
Maria Amélia Matos (1939-2005); foi uma das pioneiras na psicologia no Brasil. Formou-se na primeira turma da Universidade de São Paulo no ano de 1962, uma de suas importantes atuações foi na construção do primeiro laboratório de análise experimental no país. (TOMANARI,Y.G 2005) Com grandes interesses na área de comportamento e aprendizagem, seus estudos eram voltados para os processos comportamentais em seres humanos e outras pesquisas básicas com animais. Faleceu no ano de 2005 deixando um grande legado de contribuições para à Análise do Comportamento no Brasil.
Na psicologia existem muitas contraposições nas teorias que os autores abordam, no capítulo “Com o que o Behaviorismo Radical trabalha”, o enfoque central seria o posicionamento de B. F. Skinner, que trouxe uma preocupação referente ao que a psicologia se propõe a estudar. Com isso a autora Maria A. Matos enfatiza em seu texto, uma ideia de que o foco do Behaviorismo Radical não é somente o comportamento em si, mas também o que vem antes e depois, estímulos antecedentes e as consequências.
“comportamento é apenas parte da atividade total de um organismo”, ou seja, o comportamento não é o todo, pois ele precisa das contingências. Essas podem significar qualquer relação de dependência entre eventos ambientais ou entre eventos comportamentais (CATANIA, 1993; SKINNER, 1953; TODOROV, 1985).
Nossos comportamentos precisam de um estímulo, antecedente ou posterior, estamos em constante interação, e as consequências de nossas ações nos permitem voltar a se comportar daquela forma ou não.
B. F. Skinner trouxe seu posicionamento em contraposição a proposta então vigente, inicialmente ele nos trás o sentido de “agir sobre o ambiente” R-S, levando a um entendimento equivocado, já que se assemelharia com o behaviorismo metodológico (proposta que criticava) somente uma ação. O que ele pretendia esclarecer seria a relação de mão-dupla, uma interação entre organismo e ambiente, ambos interagindo e se modificando, onde o sujeito encontra-se em um contínuo processo de adaptação e interação com o meio.
Entende-se então que o ambiente não é apenas o que é externo ao organismo, mas sim o que está fora da ação, ou seja, o que fornece contexto. Pode ser uma música que nos remete a lembrança de alguém e nos estimula a ligar para essa pessoa para saber como ela está ou o local que trás medo porque já fomos assaltados e nos condiciona a uma reação de esquiva.
No behaviorismo radical, acredita-se que para toda ação inclusive seus movimentos, requerem uma série de atividades a serem efetuadas para alcançar determinado objetivo. Fazer um bolo é uma tarefa aparentemente simples (comportamento condicionado), porém exige uma série de ações necessárias para que o objetivo final “bolo pronto” seja alcançado. Para isso é necessário seguir uma receita, separar os ingredientes, e dar sequência ao preparo do bolo até que esteja pronto para servir.
Para o behaviorismo radical é necessário estudar o comportamento através de sua relação estabelecida com o ambiente, sendo assim, não se pode analisá-lo sem considerar sua interação.
No texto a autora Maria Amélia Matos, tenta esclarecer para os estudantes do behaviorismo radical seu objeto de estudo, tomando como base várias pesquisas científicas para embasar sua afirmação.
O capítulo (p.46) esclarece que o objeto de estudo é não só o comportamento, mas as contingências comportamentais, ou seja, comportar-se dentro de contextos. Podemos dizer que de fato está correto, já que sem as contingências não haveria interação com o meio e, portanto não haveria comportamento. 
No texto temos explicações de colocações feitas por B.F.Skinner em relação ao comportar-se, e como o mesmo o definia, “comportamento é aquela parte do funcionamento de um organismo envolvido em agir sobre, ou em interação com o mundo externo”. A teoria Skinner, inclui dimensões físicas e sociais (internas e externas) que se encontra em constante relação. É uma concepção dinâmica e considera o ser humano ativo. Ao agir no ambiente, o sujeito o modifica e, para Rodrigues (2006, p.154), as "[...] consequências advindas dessas ações modificam o mundo à sua volta (ambiente externo) e a si próprio (ambiente interno)". Só podemos compreender de fato o comportamento humano quando trazemos os aspectos do meio para entender de fato uma relação de interação.
BIBLIOGRAFIA
TOMANARI, Y. G; Notícia: Maria Amélia Matos (1939-2005): Generosidade, competência, liderança. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v. 21, n. 2, Aug. 2005. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722005000200016&lng=en&nrm=iso>.
TUIM, I. V. F; FÁTIMA, R. P; HENRIQUE, S. V. A. As compreensões do humano para Skinner, Piaget, Vygotsky e Wallon: pequena introdução as teorias e suasimplicações na escola. São Paulo, p. 28-34. 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psie/n29/n29a03.pdf>
BAUM, W. M; Compreender o behaviorismo. In:__ Com o que o behaviorismo radical trabalha. 2. Ed. São Paulo: Artmed, 2009. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=8EV1F9tCw1AC&oi=fnd&pg=PA6&dq=compreender+o+behaviorismo&ots=Q4ZO520PA1&sig=jFfXTw0T8oWMcmyIpKJFFYlHR1o#v=onepage&q=compreender%20o%20behaviorismo&f=false>
SKINNER, B. F; Ciência e comportamento humano. Vol. 10. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 78-80. Disponível em: https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38099166/TEXTO_1_-_Skinner_-_Ciencia_e_Comportamento_Humano.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1505679610&Signature=7ZsGHpclDzKNoVTTdBb6oEU9%2BgY%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DTEXTO_1_Skinner_Ciencia_e_Comportamento.pdf>

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