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5 -DESMAME DA VENTILAÇÕ MECANICA -.pdf Alessandra Furtado Desmame da ventilação mecânica Ventilação mecânica • Garantia de suporte ventilatório essencial temporária • Recuperação do sistema respiratório - reversão da IRpA • Riscos e complicações • Desmame ventilatório seguro , logo que possível FALCÃO, LFR et al.Ventilação mecânica.Fundamentos epráticaclínica.Ed.Roca, 2016 Modos de Ventilação Mecânica Ventilação plena A/C Ventilação parcial SIMV + PSV Auxílio ventilatório PSV VCV PCV DESUSO SINCRONIA Desmame ventilatório • Processo de retirada : 40% tempo total VM • Desmame : 24 horas VM • Transição da VM para espontânea http://fisioterapiahospital.blogspot.com.br Tobin M,Jubran A. Weaning from mechanical ventilation.In: Tobin M( Editor).Principles and practice of mechanical ventilation.3.ed.New York: McGraw-Hill:2013.pp1307-52. / 3 Desmame Sucesso no primeiro TRE Paciente falha no primeiro TRE e necessita de até três (03) TRE ou até sete(7) dias tentativa desmame após o primeiro TRE Paciente falha e necessita de 3 ou mais TRE ou demora mais de 7dias em tentativas de desmame Simples Difícil Prolongado Identificar o paciente apto para desmame • Recomendação: Retirar o paciente da ventilação invasiva o mais rápido quanto clinicamente possível • Avaliar e identificar diariamente o paciente *Diminui o tempo de ventilação * Menor custo • Sedação *Suspensão diária • Causa da falência respiratória resolvida ou controlada • PaO2 ≥60 mmHg com FIO2 ≤0,4 e PEEP ≤5 a 8 cmH2O • Hemodinâmica estável ( sem ou doses baixas de vasopressores) • Ausência de insuficiência coronariana descompensada ou arritmias com repercussão hemodinâmica Critérios aptidão desmame • Paciente capaz de iniciar esforços inspiratórios • Balanço hídrico zerado ou negativo nas últimas 24 horas • Equilíbrio ácido-básico e eletrolítico normais • Adiar extubação : - Programação de transporte para exames - Cirurgia com anestesia geral nas próximas 24h Critérios aptidão desmame Métodos de interrupção da VM Tubo T PSV 7 a 10 cmH2O CPAP 5 a 10 cmH2O PSV OU TUBO T • No estudo de Brochard, • o uso da pressão suporte resultou em menor taxa de falha de desmame, quando comparado ao desmame em ventilação mandatória intermitente sincronizada e ao desmame com períodos progressivos (5 a 120 min) de respiração espontânea em tubo T. PSV ou tubo T • Estudo de Esteban, • • o desmame em pressão de suporte foi inferior ao desmame em tubo T, • em termos de duração e de taxa de sucesso. CPAP : continuous positive airway pressure PSV: Ventilação com pressão de suporte TRE- teste de respiração espontânea SINAIS DE INTOLERÂNCIA AO TESTE DE RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA Frequência respiratória acima de 35 ipm Saturação arterial de O2 menor 90% Frequência cardíaca acima de 140 bpm Pressão arterial sistólica maior 180 mmHg ou menor 90 mmHg Sinais e sintomas: sudorese, agitação e alteração sensório • Melhor acurácia: • IRS = fr VC (L) Situações difíceis Não deve ser instrumento isolado Menor 105 mrpm/L Índices preditivos Irritação mecânica causada pelo TOT: edema da laringe Expressão clínica: estridor e dispneia Necessidade reintubação: 1 a 5 % dos casos Edema de laringe acomete 3 a 30% dos pacientes Permeabilidade de vias aéreas *Desinsuflar o balonete do tubo endotraqueal *Patência de via aérea: escape de ar * Ausência de vazamento : preditor importante de presença de edema de laringe Teste de permeabilidade de vias aéreas Sucesso de extubação ? Paciente que tem a prótese endolaríngea retirada após passar no TRE e não é reintubado Traqueostomizados: Paciente que tolerou desconexão do ventilador após passar no TRE e não precisou voltar ao ventilador Causas de falha na retirada da VM • Idade ≥ 65 anos • ↓ função diafragma • Presença de comorbidades • Presença de delirium, depressão, ansiedade • Infecção/Estados inflamatórios persistentes • Doenças cardíacas, respiratórias, neurológicas e psiquiátricas não compensadas • FALCÃO, LFR et al.Ventilação mecânica.Fundamentos epráticaclínica.Ed.Roca, 2016. Delirium • Presente em 80% dos pacientes em VM • Associado a pior desfecho clínico • Aumento da mortalidade e internação – maior custo • Prejuízo cognitivo a longo prazo VNI preventiva – fatores de risco para falência respiratória Hipercapnia após extubação Insuficiência cardíaca Falência desmame Tosse ineficaz comorbidades Secreções copiosas Obstrução VAS Idade VMI mais 72 h Ventilação não - invasiva Ventilação mecânica prolongada *VM ≥ 21 dias consecutivos por mais de 6 h por dia *5 a 20% dos doentes UTI : dependência de VM *Idade mais elevada *Escores de gravidade mais altos *VM na admissão *Permanência UTI mais de 4 dias http://www.redetiradentes.com.br VM prolongado Obesidade Polineuropatia da doença crítica Distúrbios eletrolíticos P, Mg, K , Ca Controle Diabetes e hipotireoidismo Insuficiência Suprarrenal SEQUÊNCIA DESMAME DE VENTILAÇÃO MECÂNICA • REDUÇÃO GRADUAL • PSV MÍNIMO ( 7- 10cmH20) • VENTILOMETRIA • RETORNO VM PSV MINIMO EM PARALELO AVALIA O TOBIN • SE TOBIN SATISFATÓRIO( MENOR QUE 105) • EXTUBAÇÃO TRE COM TUBO T- OPCIONAL Recomendações – Níveis de evidências... Importância de se traçar estratégias e protocolos • Identificar pacientes elegíveis para o teste de respiração espontânea • Recomendação: • Devem-se estabelecer estratégias para identificar sistematicamente os pacientes elegíveis para o teste de respiração espontânea. • Grau de evidência: A • Estudos randomizados e controlados comprovam que este empirismo aplicado ao desmame prolonga o tempo de ventilação mecânica. • É prioritário implementar estratégias para identificar sistematicamente os pacientes elegíveis para o teste de respiração espontânea. • Isso reduz o tempo de ventilação mecânica e suas complicações Interrupção diária da sedação • Recomendação: Pacientes sob ventilação mecânica recebendo sedativos, particularmente em infusão contínua, devem ter a sedação guiada por protocolos e metas que incluam interrupção diária da infusão. • Grau de evidência: A • Comentário: • A administração contínua de sedativos é um preditor independente de maior duração da ventilação mecânica, maior permanência na UTI e no hospital. • Kress et al estudo randomizado e controlado • 128 pacientes • testar o efeito da interrupção diária da sedação • na duração da ventilação mecânica, • tempo de estadia em UTI e • tempo de internação hospitalar. • Resultados: • redução de duração de ventilação mecânica em 2,4 dias • tempo de internação na UTI em 3,3 dias no grupo intervenção, comparado com o grupo em que a sedação não foi interrompida. •Protocolos para desmame conduzidos por profissionais de saúde não- médicos reduzem o tempo de desmame Situações que restringem a interrupção da sedação • Em determinadas situações clínicas, como: • utilização de miorrelaxantes, • instabilidade hemodinâmica, • fase aguda da síndrome do desconforto respiratório agudo e outras Interrupção da ventilação mecãnica • Identificando pacientes elegíveis para o teste de respiração espontânea • Recomendação: • A avaliação para iniciar teste de respiração espontânea deve ser baseada primariamente na evidência de melhora clínica, oxigenação adequada e estabilidade hemodinâmica. • Grau de evidência: B Quando iniciar o desmame ?? Para início do desmame... 1- Doença que causou ou contribuiu para a descompensação respiratória encontre-se em resolução, ou já resolvida. 2-O paciente deve apresentar-se com estabilidade hemodinâmica, 3- Boa perfusão tecidual, 4- Independência de vasopressores (doses baixas e estáveis são toleráveis) e 5-Ausência de insuficiência coronariana descompensada ou arritmias com repercussão hemodinâmica. 6-Além disto, deverá ter adequada troca gasosa (PaO2 ≥ 60 mmHg com FIO2 ≤ 0,4 e PEEP ≤ 5 a 8 cmH2O) e 7-Capacidade de iniciar os esforços inspiratórios. Devem também ser considerados... • Uma vez bem sucedido o teste de respiração espontânea, • outros fatores deverão ser considerados antes de se proceder à extubação: • tais como: • O nível de consciência, • O grau de colaboração do paciente e • Capacidade de eliminar secreções respiratórias, Por quanto tempo fazer o teste de respiração espontânea ? Duração de trinta minutos a duas horas foi útil para selecionar os pacientes prontos para extubação. Percentual de fracasso ? • Estudos mostraram uma taxa de reintubação em torno de 15% a 19% nos pacientes extubados. • A desconexão da ventilação mecânica deve ser realizada oferecendo oxigênio suplementar a fim de manter taxas de saturação de oxigênio no sangue arterial (SaO2) acima de 90% • A suplementação de oxigênio deve ser feita com uma FIO2 até 0,4, não devendo ser aumentada durante o processo de desconexão Monitorização contínua Os pacientes em desmame devem ser monitorados de forma contínua quanto às: variáveis clínicas, às alterações na troca gasosa e às variáveis hemodinâmicas. Reconhecimento dos sinais de intolerância O que fazer no pacte que não passou no teste de respiração espontânea ? • Repouso da musculatura • Recomendação: • Os pacientes que falharam no teste inicial deverão retornar à ventilação mecânica e permanecer por 24 h em um modo ventilatório que ofereça conforto, expresso por avaliação clínica. • Neste período serão reavaliadas e tratadas as possíveis causas de intolerância. • Grau de evidência: A Por que 24 horas ? • O principal distúrbio fisiológico existente na insuficiência respiratória parece ser o desequilíbrio entre a carga imposta ao sistema respiratório e a habilidade em responder a essa demanda. • Existem várias evidências para se aguardar 24 h antes de novas tentativas de desmame, para que haja recuperação funcional do sistema respiratório e de outras causas que possam ter levado à fadiga muscular respiratória, como o uso de sedativos, alterações eletrolíticas, entre outras. Deve-se repetir o teste no mesmo dia ? • Nos pacientes que desenvolvem fadiga muscular, a recuperação não ocorre em menor período. • A aplicação do teste de respiração espontânea com tubo T duas vezes ao dia não foi benéfica em relação à sua aplicação uma vez ao dia. Nova tentativa após 24 HORAS ? • Recomendação: • Admitindo que o paciente permaneça elegível e que as causas de intolerância foram revistas, novo teste de respiração espontânea deverá ser realizado após 24 h. • Grau de evidência: A • Há evidências de que a realização diária de teste de respiração espontânea abrevia o tempo de ventilação mecânica, em relação aos protocolos em que o teste não é realizado diariamente. Se o paciente passou no teste de respiração espontânea... O que fazer ? •Ele pode ou não ser elegível para extubação no mesmo dia, dependendo de outros fatores. Fatores analisados antes da extubação... alessandramff@globo.com (85) 98881-60-11 Diretrizes SDRA E DPOC.pdf Diretrizes SARA Alessandra Furatdo Lei de Fick – difusão simples de um gás A velocidade de transferência de um gás depende: Área de difusão do gás Gradiente de pressão parcial Inversamente proporcional: Espessura desta membrana Lei de Fick D- Constante de difusão P – diferença de pressão A- Area E - espessura VM na DPOC - recomendações PEEP EXTERNA DIMINUI AUTO – PEEP? IRPA E SARA.pdf - IRPA ALESSANDRA FURTADO Lei de Fick D- Constante de difusão P – diferença de pressão A- Area E - espessura Insuficiência Respiratória Aguda IRA - Insuficiência Respiratória Aguda IRA (IRpA): Diferenciar com a Insuficiência Respiratória Crônica IRpA: Incapacidade do sistema respiratório em manter ventilação e/ou oxigenação do sangue, desenvolvida agudamente. É uma das principais causas de internação dos pacientes em UTI, apresentando elevadas taxas de mortalidade. Insuficiência Respiratória Aguda Clínica: Dispnéia; Uso de musculatura acessória; Alteração do estado de consciência e confusão mental; Cianose; Hipoxemia pode causar: arritmia cardíaca, taquicardia, taquipnéia, confusão mental, elevação ou queda da pressão arterial e cianose. Insuficiência Respiratória Aguda A hipercapnia pode causar cefaléia, tremores, sudorese, vasodilatação cutânea, edema cerebral com narcose e coma. Exames complementares: 1. Gasometria arterial (PaO2, PaCO2, pH, Bicarbonato); 2. Hemograma: hematócrito, hemoglobina, leucócitos (leucocitose), alterações eletrolíticas. 3. Radiografia do tórax (avaliar comprometimento pulmonar/cardíaco). 4. Tumografia computadorizada (SDRA) Classificação da IRpA Tipo I ou hipoxêmica: HIPOXÊMICA, também chamada alveolocapilar. Distúrbios fisiopatológicos levam à instalação de hipoxemia, mas a ventilação está mantida. Caracteriza - se, portanto, pela presença de quedas da PaO2 com valores normais ou reduzidos da PaCO2. Compreende doenças que afetam, primariamente, vasos, alvéolos e interstício pulmonar. Insuficiência Respiratória Aguda A hipercapnia pode causar cefaléia, tremores, sudorese, vasodilatação cutânea, edema cerebral com narcose e coma Exames complementares: 1. Gasometria arterial (PaO2, PaCO2, pH, Bicarbonato); 2. Hemograma: hematócrito, hemoglobina, leucócitos (leucocitose), alterações eletrolíticas. 3. Radiografia do tórax (avaliar comprometimento pulmonar/cardíaco). 4. Tumografia computadorizada (SDRA) Classificação da irpa Tipo I ou hipoxêmica: HIPOXÊMICA, também chamada alveolocapilar Distúrbios fisiopatológicos levam à instalação de hipoxemia, mas a ventilação está mantida. Caracteriza - se, portanto, pela presença de quedas da PaO2 com valores normais ou reduzidos da PaCO2 Compreende doenças que afetam, primariamente, vasos, alvéolos e interstício pulmonar. Tipo II ou hipercápnica: HIPERCÁPNICA, ocorre elevação dos níveis de gás carbônico por falência ventilatória. É comum hipoxemia em pacientes, respirando ar ambiente Esse tipo de IRpA também é chamado de insuficiência ventilatória Pode estar presente em pacientes com pulmão normal como, por exemplo, na presença de depressão do SNC e nas doenças neuromusculares. Síndrome de Desconforto Respiratório Agudo – SDRA = SARA Alteração ( lesão)da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar Extravasamento de líquido para o interior dos alvéolos Consequente formação de edema pulmonar não cardiogênico Lesão pulmonar secundária à alterações ou disfunções de um ou mais órgãos. Índice de mortalidade alta – 36- 70% Lei de Fick D- Constante de difusão P – diferença de pressão A- Area E - espessura Complicação Pulmonar Aguda Colapso alveolar Desequilíbrio V/Q Hipoxemia Complacência CRF Trabalho Fisiopatologia Respostas inflamatórias Extravasamento de líquido para a região alveolar Alteração nas células pulmonares Redução na produção de surfactante Alterações das propriedades elásticas pulmonares Toxicidade pelo O2 SRDA PRIMÁRIA – PULMONAR SECUNDÁRIA – EXTRA- PULMONAR PRIMÁRIA : Infecções pulmonares Aspiração de secreção gástrica Inalação de gases tóxicos Quase afogamento Toxicidade pelo O2 SRDA SECUNDÁRIA: Sepse - 11- 80% Politrauma – 1,2- 39% Choque Embolia Pancreatite Politransfusão – 5 – 36,4% Após CEC Eclampsia Mecanismos histopatológicos Fase Exsudativa – primeiros 6 dias de evolução Edema alveolar= início espessamento da membrana alvéolo- capilar – reação inflamatória inespecífica Fase Proliferativa – 4-10 dias Início da resposta fibroblástica e fibrose intersticial – aumento da resposta inflamatória e colapso alveolar Fase Fibrótica – a partir do oitavo e décimo dia Areas consolidadas e fibrosadas Trocas difíceis Compacência muito reduzida VM na SRDA Estratégia protetora ALVEOLAR – Hipercapnia permissiva PaCO2 – 40-80 , pH MAIOR 7,2 VC baixos e PEEP alta Redução da mortalidade Curva :PX V , PEEP x complacência Posição prono – consolidação áreas dependentes Manobras de recrutamento alveolar
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