Buscar

POSTAGEM 2 PEID

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM PORTUGUES INGLÊS
PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID)
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
 REFLEXÕES REFERENTE AO TEXTO SELECIONADO
Paola Pires Domingues RA:1740033
Polo São Roque
2017
Paola Pires Domingues RA:1740033
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
 REFLEXÕES REFERENTE AO TEXTO SELECIONADO
Projeto apresentado à Universidade Paulista – UNIP, do curso de Letras Português/Inglês, como um dos requisitos para a obtenção da nota na disciplina Prática de Ensino: Introdução a Docência, ministrada pelo (a) 
Prof. (a) Marcello . 
Polo São Roque
2017
Sumário
	Introdução.........................................................................................................
	4
	Texto Selecionado: Chico Bento em Problema de Acento.........................
	5
	Reflexões referente ao Texto selecionado................................................
	6
	Um desafio para o educador.......................................................................
	7
	Como trabalhar essas variações e o preconceito linguístico em sala?.
	7
	Conclusão....................................................................................................
	9
	Referencias...................................................................................................
	10
	
	
Introdução
Este trabalho visa fazer uma reflexão sobre a fala do personagem Chico Bento, onde vemos que a fala deste personagem é totalmente diferente da linguagem culta. A linguagem faz parte do nosso dia a dia, comunicamo-nos das mais diversas maneiras, por isso não há modelos definitivos de comunicação, ou seja, as pessoas usam a linguagem de maneiras diferentes em diferentes contextos.
Justifica-se a escolha deste tema pela riqueza cultural brasileira e as diversidades da fala no sentido regional e na forma culta e popular.
Quando Chico Bento se porta a alguém com um conhecimento mais culto chega até coçar a cabeça tentando entender a mensagem de seu interlocutor. Pode-se encontrar neste trabalho como aporte teórico a fala típica e as ações do cotidiano como: lazer, trabalho, estudo, convivência familiar, amizade. 
Outro elemento merecedor de ênfase nas histórias de Chico Bento é a presença da escola e o fato de o mesmo ser o único personagem de destaque de Maurício de Souza que a frequenta.
A visão de aluno demonstrada por Chico, a meu ver, não é positiva, ele não é um bom aluno, não se interessa pelos estudos, sempre tira notas baixas. Entretanto não se mostra o mesmo reprovado de ano ou sendo advertido e, 
Neste trabalho, observamos marcas gráficas que indicam uma sonoridade fortemente peculiar da fala interiorana.
Veja o exemplo a seguir com algumas fala de Chico Bento e sua Professora.
Texto selecionada: Chico Bento em ... Problema de Acento.
PROFESSORA: Bem, crianças... hoje vamos treinar o Português.
CHICO BENTO: Quar, fessora? Seu Manuer, da venda ou seu Joaquim, do açogue? 
 CHICO BENTO: Então, tem portugueis novo na cidade! 
PROFESSORA: Não! Eu estou me referindo à nossa língua. 
CHICO BENTO: Ah, bão! 
ZÉ LELÉ: Hum! 
PROFESSORA: Oh!! 
ZÉ LELÉ: Bleééé lelééé!! (mostrando a língua) 
PROFESSORA: Zé Lelé! O que significa isso? 
ZÉ LELÉ: Ara, fessora! Só tava treinando a língua, como a sinhora mandô! PROFESSORA: Nenhum dos dois, Chico! PROFESSORA: A língua a que me refiro é o nosso idioma, a Língua Portuguêsa. ZÉ LELÉ: Ah, bão! PROFESSORA: Bem, vamos lá! Quem soletra a palavra “Mãe”? 
CHICO BENTO: Essa é fácir! EME, A, E! MAE! 
PROFESSORA: Muito bem Chico, e o acento? 
CHICO BENTO: Ahm, fessora? Já tá bem mior, brigado! ( com vergonha ).
CHICO BENTO: Só quiria sabe quem foi o fofoquero qui contô qui eu levei um coice no bum... no acento!
 ZÉ DA ROÇA: Calma Chico! A professora ta falando é do “til” ! 
CHICO BENTO: Anhé...
 (Souza, Maurício de. Chico Bento em... Problema de Acento – HQ nº 450, pág.29)
Reflexões referente ao texto selecionado
Quando as diferenças são numerosas e sistemáticas, e atinge não só a pronúncia e o léxico, mas também a gramática, podemos chamar as variedades regionais “dialetos”. Quando um dialeto e começa a ter autonomia (na imaginação popular), ele deixa de ser um dialeto e começa ser considerada uma língua. Do ponto de vista linguístico, todas as variedades de uma língua têm o mesmo valor; não existe uma variedade “melhor” que outra. Mas do ponto de vista político e social, uma variedade é considerada a melhor: a variedade padrão. 
Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo, grau de escolaridade, local onde trabalham, cargo que ocupa, local onde estuda, local onde mora, profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral. Vê-se que a língua, ao partir do social para o individual, recebe um estilo próprio, mesmo que este não faça jus à norma culta. Mesmo porque não há como julgar a fala como certa ou correta, somente a escrita, pois esta se trata de um acordo normatizado e documentado. A língua é a referência, e não a fala!
O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresentam gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no MSN, no Facebook, blogs, etc.
Se formos escolarizados, temos um círculo social mais “culto” e vivemos em meio urbano relativamente desenvolvido, costumamos reputar nossos hábitos e tipo de vida como os únicos aceitáveis. Em paralelo, julgamos que nossa linguagem é a mais correta e que, em comparação a ela, os outros modos de dizer (principalmente de regiões interioranas) são incorretos, por exibirem concordância e termos discrepantes (“corruptelas”) frente ao falar culto. 
A gente ri de uma frase como “Cráudia fala ingrês e gosta de chicrete”, mas não ri de “A igreja de São Brás é perto da praia”, muito embora as palavras das duas frases tenham uma mesma explicação histórica. E por que a gente ri? Porque a segunda frase tem palavras que pertencem à língua literária, à língua escrita, à língua que se aprende na escola e é usada pelas pessoas importantes, ricas, poderosas, “bonitas”. Já a primeira frase, não. Ela tem palavras usadas por pessoas que [...] sofrem com as injustiças sociais, nunca puderam ir à escola aprender a língua literária, escrita, dos “ricos”, e falam um português diferente do nosso. Mas, como estamos vendo, a língua delas não tem problemanenhum: é coerente, segue as tendências naturais do português e tem uma lógica histórica.
A linguística tem mostrado que não existe língua homogênea, elas se diferenciam até mesmo em um mesmo país. Existe um conjunto de variedades que são resultados das peculiaridades das experiências históricas e socioculturais do grupo que a língua.
Um desafio para o educador
3.1 Como trabalhar essas variações e o preconceito linguístico em sala?
Toda essa diversidade cultural brasileira e consequentemente a grande variação linguística existente podem gerar conflitos na sala de aula e no cotidiano dos alunos.
Primeiramente, é necessário entender que é pedagogicamente incorreto utilizar a incidência do “erro” do educando como uma oportunidade de humilhá-lo, e para conseguir lidar com essas situações é necessário utilizar-se da Pedagogia Sensível, que procura conscientizar o aluno para as diferenças nas variedades linguísticas, sem prejudicar seu processo de ensino\ aprendizagem. Diante de uma realização de regras não padrão, o professor deve:
Identificar a diferença e conscientizar sobre esta diferença.
	Quando o modo de falar da criança não é um campo de conflito, ele torna-se mais aberta à aquisição de estilos mais monitorados, ou seja, mais próximo à regra padrão da língua. 
	O personagem Chico Bento da Turma da Mônica é um símbolo do multiculturalismo que pode ser um ótimo instrumento para ser utilizado em sala com o intuito de despertar a consciência da diversidade linguística, combatendo também o preconceito linguístico. 
	A escola possui um papel importantíssimo na formação do aluno e principalmente da sua linguagem. Ela possui a função de ampliar a competência comunicativa de cada aluno, através de um ensino sistematizado, proporcionando a eles a capacidade de se comunicarem com adequação e segurança nas mais diversas situações e contextos sociais que estejam inseridos. Mas é necessário ter muito cuidado ao se trabalhar com a sociolinguística em sala, para não perder o sentido real da educação: formar indivíduos capazes de participarem de forma ativa na sociedade em que vivem, com competência de se comunicarem de forma adequada aos diversos meios sociais (grupo de amigos, trabalho, família, escola\faculdade e outros).
Conforme assegura Berger (1972, p. 11) “a vista chega antes das palavras. A criança olha e vê antes de falar”. Entretanto essa “visão” nasce espontânea e, somente com as experiências adquiridas ao longo do tempo, vai se construindo, permitindo que as pessoas visualizem as coisas conforme as suas crenças e conhecimentos adquiridos. De posse dessas informações, a meu ver, o professor precisa buscar educar seu olhar, aprender a ver, já que “o ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido” (ALVES, 2005, p. 23). A percepção de qualquer imagem que chega aos olhos das pessoas é construída pelo que se conhece ou acredita. Um olhar educado pode possibilitar ao professor desmitificar os diversos aspectos imersos nas nuances dos desenhos animados, e permitir, desse modo, a realização de uma prática pedagógica enriquecida com o uso de recursos midiáticos / imagéticos de forma sensata e coerente. Por essa via, não há o risco de deturpar a imagem que um aluno pode criar em seu imaginário do ambiente rural e das pessoas que o habitam, a partir, por exemplo, da exploração das histórias protagonizadas por Chico Bento e sua turma com o intuito de evidenciar a vida no campo. 
	O professor que tem um olhar especial com sua turma tem grande chance de ajudar os seus alunos a ter uma visão de futuro, formando não somente profissionais como também pessoas de caráter. 
Conclusão
Finaliza-se este texto esclarecendo que não existe a intenção de oferecer alguma resposta pronta e acabada, talvez sugerir alguns apontamentos. Assim, a grande e nobre missão do professor é contrapor-se às discriminações e ao mesmo tempo, ser democrático em esclarecer que o modelo padrão “culto” é o aceito pela sociedade em geral e que nas comunicações oficiais se deve usufruir desse modelo, porém, sem desvalorizar os variantes linguísticos presentes aquele grupo, mostrando também a importância e o porquê devemos ter o domínio sobre a norma padrão, no intuito de despertar no educando a aprendizagem e o senso de intervir na sociedade, não para adaptar-se a ela, mas entende-la melhor de forma argumentativa.
Enfim, é deixar claro aos seus alunos que existem modos diferentes de falar a língua e que isso é apenas diferente e não deficiente, levando o aluno a valorizar sua variação linguística apreendida junto à família, comunidade ou região. 
Referencias
ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais...Campinas, SP: Verus, 2005. 
BERGER, John; BLOMBER, Sven; FOX, Chris; DIBB, Michael; HOLLIS, Richard. Modos de ver. São Paulo: Martins Fontes, 1972.
(Souza, Maurício de. Chico Bento em... Problema de Acento – HQ nº 450, pág.29)

Outros materiais