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ESTUDO DE CASO
John Wayne Gacy (17 de março de 1942 - 10 de maio de 1994), foi um assassino em série americano, conhecido como o "Palhaço Assassino". Acusado de matar pelo menos 29 garotos, foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte. 
Em 1978, a polícia de Illinois, Chicago, efetuou uma busca na casa n° 8975 da West Summerdale Avenue, interrogando seu morador, John Wayne Gacy, palhaço amado e muito querido pelas crianças da cidade, o tipo de pessoa, pensava-se, que dificilmente cometeria algum crime.
John Wayne Gacy Jr., nascido em Chicago em 1942, teve uma infância traumática: era espancado e ofendido pelo pai alcoólatra, sofreu um traumatismo craniano aos 15 anos, e em 1968 foi preso por estar praticando atos sexuais com um jovem no banheiro de um bar. Gacy começou a matar em 1972, e suas vítimas eram todas do sexo masculino. Os rapazes recebiam propostas de emprego, iam até a casa de Gacy, eram dopados, amarrados em uma cadeira e violentados sexualmente.
Antes de seus crimes, Gacy, proprietário de uma empresa de construção, parecia um cidadão perfeito, um homem de espirito cívico, que regularmente vestia sua roupa de palhaço Pogo para entreter crianças nos hospitais e nas ruas e para os que o conhecia apresentava-se ser um pai, que amava seus filhos e enteados, mas o que era desconhecido de todos era a sua paixão por adolescentes. Em 1968, foi preso por sodomia e condenado a 10 anos de prisão, mas o bom comportamento fez com que o liberasse com menos de 2 anos de prisão. No pouco tempo que esteve preso sempre foi considerado um modelo para os outros prisioneiros, se tornando o cozinheiro chefe da prisão.
 Em uma das intercorrências, através de denúncias de vizinhos e do desaparecimento de mais um adolescente, um dos policiais estranhou um cheiro desagradável na casa; "É só um entupimento nos canos de esgoto", alegou Gacy. Mas como havia pessoas desaparecidas na região, uma das quais sabia-se conhecer Gacy, a polícia investigou mesmo assim. Quando Gacy percebeu que seria pego, entregou-se e revelou o paradeiro dos corpos enterrados em seu porão. Gacy desenhou uma planta do porão, apontando onde se encontrava cada corpo, inclusive de alguns que ele já não mais lembrava os nomes e ainda revelou que havia jogado alguns corpos num rio local. Foram encontrados os restos de mais de vinte e nove garotos entre nove e vinte e sete anos, com sinais de tortura, violências sexuais e estrangulamento.
Assassinatos
Sua primeira vítima foi um adolescente de 14 anos chamado Timothy Jack McCoy, que Gacy conhecera em um terminal de ônibus da cidade. McCoy estava em uma viagem de Michigan a Omaha, quando Gacy o levou para um tour por Chicago. À tarde, Gacy o levou para sua casa, sob a promessa de que McCoy poderia passar a noite, e seria levado ao terminal de ônibus a tempo para sua próxima viagem. Gacy alegou que ao acordar na manhã seguinte, se deparou com McCoy parado na porta de seu quarto com uma faca de cozinha em sua mão. Gacy pulou de sua cama e McCoy levantou os braços em um gesto de rendição e acidentalmente fez um corte no antebraço de Gacy. Então Gacy segurou o pulso de McCoy, e bateu com sua cabeça na parede do quarto, chutou-o contra o armário e foi novamente em sua direção. McCoy então chutou-o na barriga, Gacy o segurou, jogou-o no chão e o esfaqueou repetidas vezes. Gacy alegou que foi até à cozinha e viu uma caixa de ovos aberta, além de bacon ainda não fatiado. McCoy havia posto a mesa para dois; McCoy foi para o quarto de Gacy, acordá-lo e distraidamente levou a faca de cozinha consigo. Gacy então enterrou-o em seu porão, e mais tarde cobriu seu túmulo com concreto.  Gacy, oficialmente matou nada menos do que 33 jovens. Muitos dizem que matou mais gente. Mas foi uma vítima não fatal que ajudou a desencadear fortes pistas dos assassinatos: Jeffrey Ringall, na época com 27 anos. Em março de 1978,  Ringall aceitou a carona de um sujeito gordo e sorridente. O carro era um Oldsmobile preto. No meio do trajeto o motorista agarrou-o, colocando em seu nariz um pano contendo clorofórmio. Sua consciência foi perdida e, sempre que recuperada, era novamente sedado pelo condutor. Acordou, no dia seguinte, no meio do Lincoln Park sem saber como foi parar ali. Verificou, depois, que estava com diversos hematomas e queimaduras pelo corpo. Foi ao hospital e por lá permaneceu internado por dias. Sofreu danos irreparáveis e permanentes no fígado em virtude da inalação desmedida de clorofórmio. Mas sua memória era falha e, fora tais fatos, recordava-se apenas de ter sido abusado sexualmente em uma casa e açoitado com um chicote. Os indícios não eram suficientes para apontar a autoria do crime. Obstinado pela causa, Ringall, após quase um ano do episódio, lembrou-se de uma avenida que avistou durante o sequestro. Não pensou duas vezes em deslocar-se ao local e aguardar, dias a fio, um Oldsmobile preto transitar pela rua. Quando finalmente deparou-se com o carro, seguiu-o e adivinhem onde o motorista estacionou o seu carro? Na casa de Gacy. Ringall ajuizara, então, uma queixa-crime contra o seu abusador. Gacy, perante às autoridades, confessou que atraía suas vítimas mediante promessas de emprego ou de dinheiro em troca de sexo. Uma vez seduzidas, eram algemadas, violentadas sexualmente, torturadas e mortas por estrangulamento com uma corda ou com um pano. Normalmente, durante as torturas, fantasiava-se de Palhaço Pogo. Gostava de ler passagens bíblicas em meio à execução criminosa. Quase todas as suas vítimas estavam enterradas meticulosamente embaixo do chão de sua casa, que havia sido construída arquitetonicamente para tais fins. Explicou à polícia que, no momento em que não havia mais espaço físico na sua residência para enterrar os mortos, começou a dispensá-los no rio Des Plaines, em Illinois. Gacy para ajudá-lo a cavar um buraco debaixo de sua casa. O serial killer estava preparando o terreno para mais vítimas e David quase foi parar lá. Para o garoto, Gacy disse que o buraco era para ele colocar canos. Um dia David foi até a casa do patrão e o viu bebendo e usando uma roupa de palhaço. Gacy olhou para ele e usou do velho truque das algemas. “Um dia fui até sua casa e quando entrei ele estava bebendo e vestido de palhaço. Me chamou para beber com ele e de repente eu estava com meus punhos algemados. Ele começou a rir como um palhaço. Ele agia e falava como um palhaço. Começou a latir como um cachorro e a falar que iria me estuprar. Disse a ele que ou tirava as algemas ou eu chutaria seu traseiro. Ele me puxou para o seu quarto e começamos a nos agredir, de alguma forma peguei as chaves e saí correndo de lá.”, disse David Cram para o Biography Channel. Nesse ano, 1977, Gacy assassinou 19 rapazes. Embora algumas de suas vítimas fossem conhecidos, empregados, ou garotos que iam até sua casa para pedir emprego, uma grande parte eram garotos de programa e jovens fugidos de casa. Gacy – às vezes fazendo-se passar por policial – caçava vítimas com seu Oldsmobille preto em terminais de ônibus ou em uma área local frequentada por gays conhecida como Bughouse Square (Praça do Manicômio). Retornando para casa com o rapaz escolhido, ele o algemava, sodomizava e torturava durante horas antes de cometer a atrocidade final, atingindo o orgasmo sexual enquanto a vítima era estrangulada até a morte. A onda de matança finalmente acabou quando Robert Piest, 15 anos, desapareceu. O adolescente, que estudava de manhã e trabalhava em uma farmácia a tarde, disse à sua mãe que iria falar com um empreiteiro sobre um trabalho no ramo da construção. Ele nunca mais foi visto. Diferentemente das famílias de outras vítimas de Gacy, os pais de Robert foram capazes de convencer a polícia a investigar. Logo eles bateram à porta do cidadão modelo da cidade: John Wayne Gacy. Puxando sua ficha, investigadores descobriram sua condenação por sodomia dez anos antes. Um mandato de busca foi obtido e a polícia encontrou vários itens suspeitos em sua casa, mas o que mais chamou a atenção dos investigadores foi ocheiro podre que o lugar exalava. Pouco antes do Natal de 1978, Gacy foi preso e os investigadores começaram a cavar o porão de sua casa. Nos dias seguintes, vizinhos incrédulos e a mídia do país inteiro assistiriam à sombria procissão de investigadores usando máscaras saindo em fila indiana carregando corpos e mais corpos. Dos 33 assassinatos confirmados por Gacy, 8 vítimas não foram identificadas na época. Nos anos 1970, as análises forenses não eram avançadas como atualmente. Registros dentários e raios-X eram as principais formas de identificação de cadáveres. Todavia, com o passar do tempo, novas tecnologias foram surgindo, como o exame de DNA. Em 2011, a equipe liderada pelo xerife de Illinois, Tom Dart, realizou procedimento para exumar os corpos das oito vítimas não-identificadas. A seguir, a equipe realizou a coleta de DNA de familiares de jovens desaparecidos durante o período ativo de Gacy.Os esforços foram recompensados no mesmo ano, quando a polícia anunciou que William 'Bill' George Bundy, um trabalhador da construção civil que havia desaparecido antes de seu aniversário de 19 anos em outubro de 1976, fora identificado como uma das vítimas. “Eu sempre soube que ele ia ser um deles, mas não havia DNA naquela época, então não havia nada que pudesse ser feito” disse Laura O’Leary, irmã mais nova de William Bundy. xEm maio de 2013, a polícia divulgou que havia identificado a segunda vítima dos oito corpos não-identificados. Steven Soden, um jovem de 16 anos que desapareceu durante uma excursão de seu orfanato, em 1972.
 
Julgamento e Condenação
 
Em 6 de Fevereiro de 1980, começou em Chigaco o Julgamento. Foi uma queda de braços entre defesa , que logicamente defendia a insanidade de Gacy, e a promotoria que alegava que ele tinha completa noção de certo e errado. Psiquiatras convocados pela defesa alegaram que o réu era esquizofrênico e sofria de múltiplas personalidades e que isso o impedia de perceber o que estava fazendo. Já para os psiquiatras da promotoria, Gacy sabia muito bem diferenciar o certo do errado. Se Gacy fosse declarado insano pelo júri, seria internado em um hospital psiquiátrico e tratado, podendo até ser solto caso se curasse de suas doenças mentais. Se fosse declarado são, poderia pegar pena de morte. O promotor Bob Egan e o advogado de defesa Robert Motta discutiam constantemente sobre o real estado mental de Gacy durante os crimes. A primeira testemunha chamada pela promotoria foi o pai de umas das vítimas. A maioria das testemunhas que depuseram contra Gacy foram os familiarese amigos das vítimas. Empregados de Gacy também depuseram no julgamento. Eles enfatizaram as constantes mudanças de humor do patrão e suas inconvinientes brincadeiras. Em 24 de Fevereiro começou os procedimentos de defesa de Gacy, e para a surpresa de todos, Jeffrey Rignall, umas das vítimas que conseguiu sobreviver, foi a primeira testemunha chamada pela defesa. Um dos advogados de Gacy pertou a Rignall se ele achava que Gacy tinhas controle de suas ações, ele responde que Não. Porém ao contar os detalhes sórditos do ataque de Gacy, Rignall estressou-se de tal maneira que vomitou na corte e chorou histericamente. Gacy olhava sem sinal algum de remorso. Em um esforço final de provar que Gacy era insano, os advogados chamaram amigos e famíliares de Gacy para depor. A mãe de Gacy disse que ele sofreu diversos abusos de seu pai. Sua irmã disse que o pai era alcoólatra e sempre batia em Gacy com uma cinta. outras testemunhas enfatizaram a generosidade dele, como aquele que ajudava a todos um sorriso no rosto. Psiquiatras levados pela defesa disseram que ele sofria de transtorno de personalidade borderline, esquizofrenia, tinha múltiplas personalidades e comportamento anti-social. Afimaram que o seu transtorno mental o impedia de compreender a magnitude dos seus atos. Depois de 5 semanas e do depoimento de mais de 100 pessoas, veio o veredito: O júri decidiu que John Wayne Gacy Jr, 37 anos, era culpado pela morte de 33 rapazes e tinha completa consciência de seus atos. Foi condenado à pena de morte por injeção letal.
(Enquanto aguardava no corredor da morte do Menard Correctional Center de Illions, Gacy- apelidado como palhaço assassino passava o tempo fazendo desenhos infantis, especialmente palhaços. Suas ilustrações são consideradas itens de coleção e alcançam altos preços no mercado)
Ele foi executado em 10 de maio de 1994, aos 52 anos de idade.
(Horas depois da execução, seu corpo foi levado secretamente para um hospital próximo onde a psiquiatra forence Hellen Morrison extraiu seu cérebro. "Basicamente havia muitas questões... o que houve com seu desenvolvimento? O que houve com seu cérebro? Poderíamos começar algum experimento humano?" Disse Hellen em uma entrevista. Ápos exames minunciosos, o que ela descobriu? Nada. Nada de anormal foi encontrado que pudesse lançar alguma luz sobre os severos problemas psicológicos de Gacy. Até os dias de hoje ele é um completo mistério.
Discursão Sobre
*Certamente, além de surras regulares, John Wayne Gacy não recebeu nada além de humilhação de seu pai, que constantemente depreciava a masculinidade do filho. Sabe-se que o abuso psicológico pode ser tão devastador para o desenvolvimento emocional de uma criança quanto os maus tratos físicos. De acordo com o psicanalista Carl Goldberg, uma criança que é sistematicamente envergonhada e humilhada - que se sente completamente inútil e indigna de ser amada - está praticamente destinada a desenvolver uma personalidade perversa. Seu sentimento de desdém por si mesmo torna-se tão profundo "que a única maneira  de sobreviver é tornar-se indiferente também". Com efeito, essa pessoa acaba por acreditar que" pode não ser digna, mas também ninguém mais é". Convencido de sua própria maldade, ele arremete amargamente contra o mundo.
*Alfred Adler desenvolveu o complexo de inferioridade. Nele  Adler propõe que o indivíduo deseja sentir-se superior ao outro, para compensar seus próprios sentimentos de inferioridade. Ele afirma que essa "vontade de poder" é normal. Em seus estudos, Adler afirma  que o criminoso é um covarde que escapa de problemas que não fora capaz de resolver de forma socialmente aceitável. Ele também alerta que nem a pena de morte poderia dissuadir sujeitos criminosos, uma vez que eles se acham mais espertos que as outras pessoas e desejam sempre a superioridade. 
*Por outro lado, uma rigidez exagerada na criação de um filho, somada à ausência de afeto, podem vir a ser fortes aliados na formação de uma Psicose, “nestes casos haverá também um comprometimento do superego, pois sua formação depende da presença de afeto”. Teorias Freudianas, afirmam que o caráter e o comportamento da pessoa se determinam a partir da infância. 
Certo ou Errado a Morte de Gacy? Merecia Tratamento ou realmente a morte? Daria para ele se reintegrar a uma sociedade? Ele tinha ou não consciência do que fazia?

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