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DIREITO TRIBUTÁRIO1

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DISCIPLINA – DIREITO TRIBUTÁRIO E COMERCIAL
PROFESSORA: TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
DIREITO TRIBUTÁRIO.
INTRODUÇÃO
Nas relações de Direito Tributário, o Estado atua como sujeito ativo da relação jurídica – obrigação tributária, enquanto o particular fica submetido ao cumprimento de uma obrigação tributária por ele imposta como sujeito passivo. 
 
CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
- “Ramo do direito público que compreende um conjunto de normas coercitivas que estabelecem relações jurídicas entre os contribuintes e o Estado, direitos e deveres de ambos e dos agentes fazendários; regula o sistema tributário e disciplina o lançamento, a arrecadação, fiscalização e aplicação dos impostos em geral, taxas e contribuições. O mesmo que direito fiscal e direito financeiro” (Pedro Nunes).
- Artigo 3o CTN.
- Para Luciano Amaro, Direito Tributário é a disciplina jurídica dos tributos. Com isso se abrange todo o conjunto de princípios e normas reguladoras da criação, fiscalização e arrecadação das prestações de natureza tributária.
DEFINIÇÃO LEGAL DE TRIBUTO
A definição legal, esta prevista no art. 3 do CTN. Através desse conceito podemos extrair as seguintes características essenciais inerentes aos tributos:
1)tributo é toda prestação : objeto da obrigação tributária é o ato de prestar, ou seja, realizar o pagamento;
2)pecuniária : pecúnia significa dinheiro. Então tributo é uma prestação em dinheiro (como regra);
3) compulsória : obrigatoriedade e traço primordial do tributo. Não existe uma facualtatividade. 
4) em moeda ou cujo valor se possa exprimir: em regra o tributo deve ser pago em dinheiro- moeda corrente no país.
5) que não constitua sanção de ato ilícito : “o tributo se distingue da penalidade exatamente porque esta tem como hipótese de incidência um ato ilícito , enquanto a hipótese de incidência de tributo é sempre algo lícito 
Exemplo do imposto de renda: alguém percebe rendimento decorrente da exploração de casa de prostituição, ou de jogo de azar, ou de qualquer outra atividade criminosa ou ilícita. O tributo é devido. Não que incida sobre a atividade ilícita , mas porque a hipótese de incidência do tributo, no caso, que é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica dos rendimentos, ocorreu. Só isto. A situação prevista em si é necessária e suficiente ao nascimento da obrigação tributária no imposto de renda é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou dos proventos de qualquer natureza (CTN,art. 43).
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
Obs.:As sanções de atos ilícitos, mesmo pecuniárias, não são tributos, por se revestirem de caráter punitivo. É o caso das multas, que se incluem, quando arrecadadas no rol das receitas derivadas , mas não são tributos. A multa faz parte do objeto da obrigação tributária principal, juntamente com o tributo, mas com este não se confunde. 
6) instituída em lei (principio da legalidade): o elemento traduz princípio inarredável no sistema democrático: o da anterioridade da lei tributária. Para que o tributo seja exigido legitimamente, necessário se torna que a lei o estabeleça com antecedência ao fato que dê motivo à cobrança exercida pelo Estado. Vale dizer, sem lei não há tributo. 
7) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada : vale dizer, submetida ao império da lei, sem arbitrariedade por parte do fisco, ou seja, cumpre a Fazenda Pública lançar o tributo. A atividade administrativa de lançamento é vincula e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional, conforme estabelece o parágrafo único do art. 142 do CTN.
Atos vinculados são aqueles nos quais a administração está presa ao texto da lei, dela não podendo se afastar.
 
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
Como foi dito o tributo é um gênero no qual aparecem várias espécies. O problema surge exatamente aqui: Quantas são as espécies de tributos?
O CTN em seu art. 5º estabelece que os tributos são unicamente de três espécies:
A)IMPOSTOS; 
B) TAXAS;
C) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.
 
Para a doutrina dominante e para o STF, 5 SÃO AS ESPÉCIES DE TRIBUTOS: 
A)IMPOSTOS
B)TAXAS
C)CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
D)EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIO
E)CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS.
IMPOSTO
Conceito de imposto é um tributo de caráter genérico que independe de qualquer atividade ou serviço do poder público em relação ao contribuinte. 
O imposto é simplesmente exigido, sem contraprestação e sem indicação prévia sobre a sua destinação. A aplicação posterior será para o custeio da administração, e para serviços em benefício de toda a comunidade, em geral, como ocorre, por exemplo, com os serviços de saúde pública, sem destinatário específico.
Dispõe o art. 16 do Código Tributário Nacional que "imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte".
Exemplo: IR – FEDERAL, IPVA ESTADUAL, IPTU MUNICIPAL.
TAXA
Conceito de taxa - é um tributo relacionado com a prestação de algum serviço público para um beneficiário identificado ou identificável. O serviço pode ser efetivo ou potencial, considerando-se como potencial o serviço posto à disposição, ainda que não utilizado.
A taxa pode também estar relacionada com atividade estatal de polícia (poder de polícia), que abrange licenciamentos e fiscalização em geral.
Como dispõe o art. 77 do Código Tributário Nacional, taxa é o tributo cobrado em razão de atos decorrentes do poder de polícia ou da utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Exemplos: 
	Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
	Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei 10.870/2004
	Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei 1.899/1981
	Taxa de Coleta de Lixo
	Taxa de Combate a Incêndios
	Taxa de Conservação e Limpeza Pública
EMPRÉTIMO COMPULSÓRIO
Conceito de Empréstimo compulsório é um imposto qualificado pela promessa de restituição. De acordo com uma corrente, o empréstimo compulsório teria natureza de contrato, embora ditado ou coativo. A maioria, porém, coloca o empréstimo compulsório entre os tributos.
Exemplo: é de exclusividade da União e pode ser instituído em casos de calamidade pública, guerra ou iminência e investimento público urgente e relevante. Um exemplo de Empréstimo Compulsório foi a atitude tomada pela presidência de Fernando Collor de Mello, que confiscou a Caderneta de Poupança.
Art. 148 CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
 
Conceito de contribuição de melhoria é um tributo sobre a valorização de imóvel particular, em decorrência de obras públicas realizadas.
Art. 81 CTN: Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo comolimite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
A contribuição de melhoria, embora de nome semelhante, tem natureza diversa das outras contribuições.
Exemplo: Contribuição de Melhoria: tributo pago referente a uma determinada obra na qual o contribuinte é diretamente beneficiado. Exemplo: asfalto, esgoto e etc.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Conceito de contribuições sociais também denominadas de especiais ou parafiscais, são tributos destinados à coleta de recursos para certas áreas de interesse do poder público, na Administração direta ou indireta, ou na atividade de entes que colaboram com a Administração.
Conforme descreve o ilustre jurista Hugo de Brito Machado: “contribuição social é como uma espécie de tributo com finalidade constitucionalmente definida, a saber, intervenção no domínio econômico, interesse de categorias profissionais ou econômicas e seguridade social”.
A contribuição social tem destinação certa, sendo recolhida com uma finalidade predeterminada, indicada na lei que a instituiu.
São três as espécies de contribuição social abrangidas pela vigente Constituição Federal:
Contribuição de intervenção no domínio econômico
Esta espécie de contribuição social caracteriza-se por ser instrumento de intervenção no domínio econômico, com objetivo único almejado pelo órgão estatal competente para esse fim, nos termos da lei.
Certo, é que qualquer tributo interfere no domínio econômico. Porém, esta espécie de contribuição social tem como objetivo exclusivo o da intervenção no domínio econômico, com função nitidamente extra-fiscal. A extrafiscalidade é entendida através do emprego dos instrumentos (por quem os tenha à disposição), com finalidade de não auferir receita para os cofres públicos, mas de disciplinar comportamentos, tendo em vista alcançar objetivos econômicos ou sociais.
Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas
Esta espécie caracteriza-se como de interesse de categoria profissional ou econômica quando destinada a propiciar a organização desta categoria, fornecendo recursos financeiros para a manutenção de entidade associativa.
Referida contribuição não se trata de destinação de recursos arrecadados, mas, sim, de vinculação da própria entidade representativa da categoria profissional ou econômica com o contribuinte, nos termos dos artigos 8º, IV e 149 da Carta Magna. O sujeito ativo da relação tributária é a entidade.
O artigo 8º, IV/CF estabelece que “A Assembléia Geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independente da contribuição social prevista em lei.”. A contribuição que a lei prevê, é aquela a que se refere o artigo 149, esclarecendo que a ressalva está indicando a entidade representativa da categoria profissional, ou econômica, como credora das duas contribuições. A primeira contribuição é aquela fixada pela assembléia geral, de natureza não tributária. A segunda, por sua vez, trata daquela prevista em lei, fundamentada no artigo 149 da Constituição Federal.
Contribuições de Seguridade Social
Conforme definido pela Constituição Federal, tem-se que as contribuições sociais possuem regime jurídico bem definido, conforme ensina o artigo 195/CF: “A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das seguintes contribuições Sociais:”
dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;
dos trabalhadores;
sobre a receita de concursos de prognósticos.
Conclui-se dessa maneira, que esta modalidade de contribuição ingressa diretamente no orçamento descrito no artigo 165, § 5º, III/CF, não constituindo, assim, receita do Tesouro Nacional. Por este motivo, quando existir lei que se funde no artigo 195, I da Constituição e que indique como sujeito ativo pessoa diversa da que administra a seguridade social, estará a violar a Constituição Federal.
Exemplo: Cide, contribuição ao instituto do açúcar e do álcool, Cofins, a CSLL, as contribuições para os órgãos de classe: OAB, CRC, etc.
– Contribuição ao Instituto do Açúcar e do Álcool: Criada pelos Decretos-lei n.ºs 308/67, 1.712/79 e 1.952/82, visava intervir no setor da economia canavieira, onde se produz o açúcar e o álcool.
- Contribuição de financiamento do Programa de Estímulo à Integração Universidade-Empresa (CIDE-royalties): Esta contribuição interventiva recai sobre aquelas pessoas jurídicas detentoras de licença de uso ou que adquirem conhecimentos tecnológicos, por meio de contratos entre pessoas residentes ou domiciliadas fora do território nacional. Foi instituída pela Lei n.º 10.168/00 e alterada pela Lei n.º 10.332/01, e Decretos n.º 3.949/01 e 4.195/02. Seu fundamento constitucional está inserido no art. 218 da CF88, em que prevê como função do Estado o desenvolvimento tecnológico.
- CSLL É a Contribuição Social sobre Lucro Líquido e tem caráter nacional. O valor arrecadado com a CSLL é destinado para o financiamento da Seguridade Social (aposentadoria).
A base de cálculo da CSLL é de 12% da receita bruta no comércio, indústria, transporte e serviços hospitalares; para a prestação de serviços, intermediação de negócios e negócios imobiliários, a alíquota passa para 32%. Instituições culturais, recreativas, científicas, filantrópicas e sem fins lucrativos, como sindicatos, fundações e associações, são isentas de pagar a CSLL.
- COFINS: É a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. É um imposto de natureza federal. É recolhido com base na renda bruta de todas as empresas e a sua receita é voltada para complementar os gastos do Governo com a aposentadoria de todos os contribuintes.
- As empresas de pequeno porte e as microempresas que estão inseridas no SIMPLES Nacional são as únicas que não precisam pagar o COFINS.
A base de cálculo do COFINS é o valor total (bruto) das receitas da pessoa jurídica. Não importa qual o ramo da empresa, qual o produto produzido ou a classificação contábil da receita, todas devem recolher o imposto.
OUTRAS FIGURAS TRIBUTÁRIAS
 
- PEDÁGIO: Há algumas figuras no sistema tributário que relutam em enquadrar-se nessa tipificação e o pedágio é uma delas.
O artigo 150 da CF proíbe o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipal ressalvou a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público.
Essa disposição deu legitimidade constitucional expressa ao pedágio e reconheceu-lhe a natureza tributária, pois essa figura está referida num dispositivo que cuida de tributos.
A constituição, ademais relaciona o pedágio com uma atuação estatal específica já que ele tem como fato gerador a utilização de vias de conservadas pelo poder público. Não é a construção de uma estrada, por si só, que embasa o pedágio, mas é cobrável de quem trafegar pela via pública.
- Pedágio não é imposto, uma vez que o fato gerador supõe uma atuação do Estado.
- Pedágio não é contribuição de melhoria, uma vez que não é cobrado em razão da melhoria que resulta da obra.
- Pedágio não é taxa de serviços, o fato gerador do pedágio é a utilização da via pública e não conservação desta, a conservação seria o serviço. A utilidade que o Estado propicia ao individuo não é o conserto, mas sim a utilização da estrada.
 - CONTRIBUIÇÃO PARA A ILUMINAÇÃO PÚBLICA: A emenda constitucional 39/2002 acrescentou ao complexo quadro de contribuições mais uma figura, qual seja, a da contribuição para custeio do serviço de iluminação pública adicionada à competência dos municípios e do Distrito Federal artigo 149 A da CF.
Iluminação pública não é um serviço a que pudesse ser atrelada a figura de taxa. Dado que não é divisível é um serviço indivisível e geral.

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