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Resumo Direito Ambiental

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Direito Ambiental 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
1 
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1. DIREITO AMBIENTAL ................................................................................................................ 3 
1.1. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ...................................................................................... 3 
1.1.1. COMPETÊNCIA MUNICIPAL ........................................................................................ 4 
1.1.2. CONDOMÍNIO LEGISLATIVO ....................................................................................... 6 
1.1.2.1. REGULAMENTO DO ACESSO A FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ......... 14 
1.1.2.2. COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR .................................................................. 16 
1.1.2.2.1. O CASO DO AMIANTO CRISOTILA ........................................................... 16 
1.1.2.3. QUESTÕES ................................................................................................... 17 
1.1.3. COMPETÊNCIA MATERIAL. PODER DE EXECUÇÃO E DE POLÍCIA. COMUM E 
EXCLUSIVA .......................................................................................................................... 20 
1.1.3.1. COMPETÊNCIA COMUM .................................................................................... 20 
1.1.3.1.1. QUESTÕES ................................................................................................... 29 
1.1.3.2. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA ......................................................................... 30 
1.1.3.2.1. QUESTÃO ................................................................................................. 32 
1.2. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (LEI N.° 6.938/1981) .............................. 33 
1.2.1. OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE ..................................... 33 
1.2.1.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 33 
1.2.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 34 
1.2.1.3. QUESTÃO ........................................................................................................... 36 
1.2.3. SISNAMA ............................................................................................................. 37 
1.2.3.1. CONCEITO .......................................................................................................... 37 
1.2.3.2. COMPOSIÇÃO (ESTRUTURA) ...................................................................... 37 
1.2.3.3. QUESTÕES ................................................................................................... 42 
1.2.4. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE ....................... 43 
1.2.4.1. PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL ........................................................ 44 
1.2.4.2. ZONEAMENTO AMBIENTAL ........................................................................ 44 
1.2.4.3. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................... 45 
1.2.4.4. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E A REVISÃO ............................................... 46 
Direito Ambiental 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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1.2.4.5. INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS COM PAPEL REPRESSIVO ................ 47 
1.2.4.6. QUESTÕES ................................................................................................... 48 
1.2.5. TIPO PENAL ......................................................................................................... 51 
1.3. AGROTÓXICOS ............................................................................................................ 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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1. DIREITO AMBIENTAL1 
1.1. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
 O estudo sobre a repartição de competências deve considerar os elementos 
que constituem a teoria do Estado federativo. 
 A CR/88, ao tratar da organização político-administrativa, dispõe basicamente 
sobre duas espécies de competência: a administrativa ou material e a legislativa ou 
formal. 
 
 
COMPETÊNCIA 
ADMINISTRATIVA OU 
MATERIAL 
a) Exclusiva (art. 21) União 
b) Comum, 
cumulativa ou 
paralela (art. 23) 
União, Estados, DF e 
Municípios 
 
 
 
COMPETÊNCIA 
LEGISLATIVA OU FORMAL 
a) Privativa (art. 22) União 
b) Concorrente (art. 
24) 
União, Estados e DF 
c) Suplementar (art. 
24, §2.° e 30, I e II) 
Estados e Municípios 
d) Exclusiva (art. 25, 
§§ 1.° e 2.°) 
Estados 
 
 
 
 
 
1
 Antes de iniciar propriamente a matéria, o Professor indicou os assuntos de direito ambiental com 
mais incidência nas provas. São eles: APP e Reserva Legal; Mineração, Repartição de competências; 
Princípios, especialmente, Prevenção e Precaução; Recursos hídricos; Julgados do STF, a exemplo dos 
campos eletromagnéticos; Jurisprudência em tese do STJ; Responsabilidade administrativa, civil e penal; 
Ação civil pública e julgados recentes. 
Direito Ambiental 
 
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1.1.1. COMPETÊNCIA MUNICIPAL 
 
O município pode legislar sobre assuntos de interesse local2. É o que dispõe o 
artigo 30, incisos I e II, da CR/88: 
“Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;” 
 O tema já foi objeto de prova oral no TRF 2 em que indagou se os municípios 
podem legislar sobre matéria ambiental. 
 Pela leitura do artigo acima mencionado, verifica-se a possibilidade dos 
municípios legislarem sobre assuntos de interesse local, entre eles o meio ambiente. 
 O “Caso de Paulínia3”, julgado pelo STF, explica muito bem a questão. Nesse 
julgado a Suprema Corte limitou a competência municipal ao tratar da legislação sobre 
meio ambiente. 
 A tese fixada (no RE como controle concentrado de constitucionalidade) como 
foi a seguinte: 
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. 
LIMITES DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL. LEI MUNICIPAL QUE PROÍBE A QUEIMA DE PALHA DE 
CANA-DE-AÇÚCAR E O USO DO FOGO EM ATIVIDADES AGRÍCOLAS. LEI MUNICIPAL Nº 1.952, 
DE 20 DE DEZEMBRO DE 1995, DO MUNICÍPIO DE PAULÍNIA. RECONHECIDA REPERCUSSÃO 
GERAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 23, CAPUT E PARÁGRAFO ÚNICO, Nº 14, 192, 
§ 1º E 193, XX E XXI, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO E ARTIGOS 23, VI E VII, 
24, VI E 30, I E II DA CRFB. 1. O Município é competente para legislar sobre meio ambiente 
 
2
 Para aprofundar o assunto, o Professor recomendou a leitura de sua sentença sobre o caso “São Luis 
do Tapajós”,que encontra-se disponível na internet. Nesse caso, é possível a competência territorial 
funcional (absoluta). 
3
 RE 586.224, Rel. Min. Luiz Fux, j. em 5.3.2015. Julgamento com repercussão geral. (RE como 
instrumento de controle concentrado de constitucionalidade). 
Direito Ambiental 
 
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com União e Estado, no limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e 
harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI c/c 30, I e II 
da CRFB). 2. O Judiciário está inserido na sociedade e, por este motivo, deve estar atento 
também aos seus anseios, no sentido de ter em mente o objetivo de saciar as necessidades, 
visto que também é um serviço público. 3. In casu, porquanto inegável conteúdo 
multidisciplinar da matéria de fundo, envolvendo questões sociais, econômicas e políticas, não 
é permitido a esta Corte se furtar de sua análise para o estabelecimento do alcance de sua 
decisão. São elas: (i) a relevante diminuição – progressiva e planejada – da utilização da 
queima de cana-de-açúcar; (ii) a impossibilidade do manejo de máquinas diante da existência 
de áreas cultiváveis acidentadas; (iii) cultivo de cana em minifúndios; (iv) trabalhadores com 
baixa escolaridade; (v) e a poluição existente independentemente da opção escolhida. 4. Em 
que pese a inevitável mecanização total no cultivo da cana, é preciso reduzir ao máximo o seu 
aspecto negativo. Assim, diante dos valores sopesados, editou-se uma lei estadual que cuida da 
forma que entende ser devida a execução da necessidade de sua respectiva população. Tal 
diploma reflete, sem dúvida alguma, uma forma de compatibilização desejável pela sociedade, 
que, acrescida ao poder concedido diretamente pela Constituição, consolida de sobremaneira 
seu posicionamento no mundo jurídico estadual como um standard a ser observado e 
respeitado pelas demais unidades da federação adstritas ao Estado de São Paulo. 5. Sob a 
perspectiva estritamente jurídica, é interessante observar o ensinamento do eminente 
doutrinador Hely Lopes Meireles, segundo o qual “se caracteriza pela predominância e não 
pela exclusividade do interesse para o município, em relação ao do Estado e da União. Isso 
porque não há assunto municipal que não seja reflexamente de interesse estadual e nacional. A 
diferença é apenas de grau, e não de substância." (Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
Malheiros Editores, 1996. p. 121.) 6. Função precípua do município, que é atender diretamente 
o cidadão. Destarte, não é permitida uma interpretação pelo Supremo Tribunal Federal, na 
qual não se reconheça o interesse do município em fazer com que sua população goze de um 
meio ambiente equilibrado. 7. Entretanto, impossível identificar interesse local que 
fundamente a permanência da vigência da lei municipal, pois ambos os diplomas legislativos 
têm o fito de resolver a mesma necessidade social, que é a manutenção de um meio ambiente 
equilibrado no que tange especificamente a queima da cana-de-açúcar. 8. Distinção entre a 
proibição contida na norma questionada e a eliminação progressiva disciplina na legislação 
estadual, que gera efeitos totalmente diversos e, caso se opte pela sua constitucionalidade, 
acarretará esvaziamento do comando normativo de quem é competente para regular o 
assunto, levando ao completo descumprimento do dever deste Supremo Tribunal Federal de 
guardar a imperatividade da Constituição. 9. Recurso extraordinário conhecido e provido para 
declarar a inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 1.952, de 20 de dezembro de 1995, do 
Município de Paulínia”. 
 Pela leitura da ementa, verifica-se que a questão da saúde está sempre 
presente. O julgamento proferido pelo STF com relação campo eletromagnético 
também se preocupou com a saúde (proteção suficiente), bastando obedecer os 
padrões da OMS. Adotando-se uma posição de autocontenção. 
Direito Ambiental 
 
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 Corroborando e ampliando os instrumentos dos municípios para legislar sobre 
matéria ambiental, confiram-se os incisos VIII e IX do artigo 30 da CR/88: 
“Art. 30. Compete aos Municípios: 
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a 
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual”. 
 Em 2015, o TJDFT fez o seguinte questionamento abarcando justamento o 
julgado mencionado anteriormente: “Lei municipal que proíba a queima de palha de 
cana-de-acúcar e o uso do fogo em atividades agrícolas em seu território será 
constitucional mesmo que exista lei estadual versando de forma distinta, pois 
prevalece a regulamentação municipal no tratamento de interesse local”. A assertiva 
está errada, pois há uma harmonização de interesses e não uma prevalência do 
interesse local. A predominância do interesse local foi mitigada. 
1.1.2. CONDOMÍNIO LEGISLATIVO 
 Trata-se da competência concorrente entre a União, os Estados e o DF (no que 
se refere à competência estadual). Importante destacar que os municípios não estão 
abarcados. 
 O artigo 24 da CR/88 assim estabelece: 
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
(...) 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos 
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
Direito Ambiental 
 
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IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, 
desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, 
de 2015) 
(...) 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário”. 
O TRF4, em 2016, trouxe a seguinte questão acerca do tema: 
 Assinale a alternativa correta. Acerca da competência de legislar em matéria 
ambiental prevista na Constituição: 
a) É de competência concorrente entre União, Estados e Municípios a edição de 
normas gerais acerca de proteção do meio ambiente e controle de poluição. Errada, 
pois não abrange os Municípios. 
 b) Inexiste competência da União para legislar sobre proteção ambiental em porção 
territorial limitada a um Estado ou que não tenha alcance em todo o território 
nacional, como, por exemplo, a vedação de pesca em um único estado da federação. 
Errada, a caça, por exemplo, é vedada. 
 c) Segundo posicionamentofirmado pelo Supremo Tribunal Federal, viola a 
Constituição Federal a edição de norma estadual que vise a suprimir requisito legal 
previsto em lei federal mais restritivo para determinada modalidade de licenciamento 
ambiental, sem justificada peculiaridade local. Correta, pois prevalece a norma mais 
protetiva ao meio ambiente e os requisitos da legislação federal devem ser 
observados pelos Estados e Municípios que não poderão ser desconsiderados ou 
suprimidos. Sobre este tema: ADI`s 4218 e 1086. 
Direito Ambiental 
 
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Quanto ao licenciamento, o Professor recomendou a leitura da LC 140/11, 
especialmente os artigos 7.°, 8.° e 9.° que regulamentou o exercício da competência 
material comum. É importante também a leitura do Decreto n. 8.437/15. 
“Art. 7o São ações administrativas da União: 
I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional do 
Meio Ambiente; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos 
âmbitos nacional e internacional; 
IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades da 
administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
relacionados à proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à Política 
Nacional do Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e 
à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos; 
VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as de 
Recursos Hídricos, Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras; 
VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da 
administração pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema 
Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima); 
IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente, na forma da lei; 
Direito Ambiental 
 
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XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja 
atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida à União; 
XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: 
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; 
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou 
na zona econômica exclusiva; 
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela 
União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; 
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de 
ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças 
Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; 
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e 
dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear 
em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional 
de Energia Nuclear (Cnen); ou 
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de 
proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um 
membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os 
critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou 
empreendimento; Regulamento 
XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações 
sucessoras em: 
a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de 
conservação instituídas pela União, exceto em APAs; e 
b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, 
pela União; 
Direito Ambiental 
 
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XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e 
de espécies sobre-explotadas no território nacional, mediante laudos e estudos 
técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies in 
situ; 
XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente 
invasoras que possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas; 
XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora 
em ecossistemas naturais frágeis ou protegidos; 
XIX - controlar a exportação de componentes da biodiversidade brasileira na 
forma de espécimes silvestres da flora, micro-organismos e da fauna, partes ou 
produtos deles derivados; 
XX - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas; 
XXI - proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista no 
inciso XVI; 
XXII - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional; 
XXIII - gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional 
associado, respeitadas as atribuições setoriais; 
XXIV - exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo de produtos 
perigosos; e 
XXV - exercer o controle ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial ou 
terrestre, de produtos perigosos. 
Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização 
compreenda concomitantemente áreas das faixas terrestre e marítima da zona 
costeira será de atribuição da União exclusivamente nos casos previstos em 
tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da 
Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de 
porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou 
empreendimento. Regulamento 
Art. 8o São ações administrativas dos Estados: 
Direito Ambiental 
 
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I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do Meio 
Ambiente e demais políticas nacionais relacionadas à proteção ambiental; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual de 
Meio Ambiente; 
IV - promover, no âmbito estadual, a integração de programas e ações de órgãos e 
entidades da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios,relacionados à proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas 
Nacional e Estadual de Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e 
à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos; 
VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o 
Sistema Estadual de Informações sobre Meio Ambiente; 
VIII - prestar informações à União para a formação e atualização do Sinima; 
IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade com 
os zoneamentos de âmbito nacional e regional; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente, na forma da lei; 
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja 
atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida aos Estados; 
XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos 
utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou 
Direito Ambiental 
 
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capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o 
disposto nos arts. 7o e 9o; 
XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos 
localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, 
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações 
sucessoras em: 
a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em 
Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7o; e 
c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, 
pelo Estado; 
XVII - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção 
no respectivo território, mediante laudos e estudos técnico-científicos, 
fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ; 
XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas 
destinadas à implantação de criadouros e à pesquisa científica, ressalvado o 
disposto no inciso XX do art. 7o; 
XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre; 
XX - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito estadual; e 
XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtos 
perigosos, ressalvado o disposto no inciso XXV do art. 7o. 
Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: 
I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadual 
de Meio Ambiente e demais políticas nacionais e estaduais relacionadas à 
proteção do meio ambiente; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente; 
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IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e 
entidades da administração pública federal, estadual e municipal, relacionados à 
proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas 
Nacional, Estadual e Municipal de Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e 
à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos; 
VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio 
Ambiente; 
VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização 
dos Sistemas Estadual e Nacional de Informações sobre Meio Ambiente; 
IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente, na forma da lei; 
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja 
atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao 
Município; 
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei 
Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou 
empreendimentos: 
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme 
tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, 
considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou 
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em 
Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
Direito Ambiental 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei 
Complementar, aprovar: 
a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em 
florestas públicas municipais e unidades de conservação instituídas pelo 
Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e 
b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em 
empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município”. 
 d) É de competência concorrente entre União, Estados e Municípios a edição de 
normas de responsabilidade por danos ao meio ambiente. Errada, pois não abrange 
os Municípios. 
 e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. Errada. 
É preciso ter em mente que se uma lei federal protege o meio ambiente, uma 
lei estadual ou municipal não poderá suprimir tal proteção. Contudo, nada impede que 
tais entes protejam de forma mais ampla. 
1.1.2.1. REGULAMENTO DO ACESSO A FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
É possível que decreto e portaria estadual disponham sobre a obrigatoriedade 
de conexão do usuário à rede pública de água, bem como sobre a vedação ao 
abastecimento por poço artesiano, ressalvada a hipótese de inexistência de rede 
pública de saneamento básico. Os estados membros da Federação possuem domínio 
de águas subterrâneas (art. 26, I, da CR/88), competência para legislar sobre a defesa 
dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente (art. 24, VI, da CR/88) e poder de 
polícia para precaver e prevenir danos ao meio ambiente (art. 23, VI e XI, da CR/88). 
“Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, 
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;” 
Também 
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentementesobre: 
Direito Ambiental 
 
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(...) 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos 
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;” 
E 
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
(...) 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
(...) 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e 
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;” 
O inciso II do artigo 12 da Lei n.° 9.433/1997 condiciona a extração de água do 
subterrâneo à respectiva outorga, o que se justifica pela notória escassez do bem, 
considerado recurso limitado, de domínio público e de expressivo valor econômico. 
Nesse contexto, apesar de o artigo 45 da Lei n.° 11.445/2007 admitir soluções 
individuais de abastecimento de água, a interpretação sistemática do dispositivo não 
afasta o poder normativo e de polícia dos estados no que diz respeito ao acesso às 
fontes de abastecimento de água e à determinação de conexão obrigatória à rede 
pública. 
“Lei n. ° 9.433/1997, art. 12, §2.° Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder 
Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos: 
(...) 
II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de 
processo produtivo;” 
“Lei n.°11.455/2007, art. 45. Ressalvadas as disposições em contrário das normas 
do titular, da entidade de regulação e de meio ambiente, toda edificação 
permanente urbana será conectada às redes públicas de abastecimento de água e 
Direito Ambiental 
 
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de esgotamento sanitário disponíveis e sujeita ao pagamento das tarifas e de 
outros preços públicos decorrentes da conexão e do uso desses serviços. 
§ 1o Na ausência de redes públicas de saneamento básico, serão admitidas 
soluções individuais de abastecimento de água e de afastamento e destinação 
final dos esgotos sanitários, observadas as normas editadas pela entidade 
reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas ambiental, sanitária e de 
recursos hídricos. 
§ 2o A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de 
água não poderá ser também alimentada por outras fontes” 
Os exemplos são: COMGÁS e gás e cozinha. 
1.1.2.2. COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR 
A competência suplementar está prevista nos §§ 1.°, 2.°, 3.° e 4.° do artigo 24 
da CR/88 que estabelecem: 
“§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário”. 
O exemplo é a Lei n. ° 6.938/81. 
1.1.2.2.1. O CASO DO AMIANTO CRISOTILA 
 
O uso do amianto é proibido por legislação federal. Todavia, a lei permite o uso 
apenas do amianto crisotila. 
 
Alguns estados, como por exemplo, São Paulo, editou lei proibindo o uso do 
amianto crisotila, mas o STF declarou inconstitucional. 
 
Direito Ambiental 
 
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Como o Poder Legislativo não está vinculado aos efeitos da declaração de 
inconstitucionalidade, outras leis também proibiram o uso do amianto crisotila. O STF, 
nas ADI`s 3937 e 3957, acena para uma virada jurisprudencial, mas é preciso aguardar 
o julgamento final. 
1.1.2.3. QUESTÕES 
MPF – 20.° Concurso. “Situa-se no âmbito da legislação concorrente a 
competência para legislar sobre proteção ao meio ambiente”. Correta, nos termo do 
art. 24, VI, da CR/88. 
TRF5 – 2011 – CESPE. “É competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de 
direitos de pesquisa e exploração de recursos minerais em seus territórios, bem como 
legislar sobre jazidas, minas outros recursos minerais e metalurgia”. Errada, pois a 
competência é da União. 
AGU – 2012 – CESPE. “Compete privativamente à União legislar sobre florestas, 
conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais”. Errada, pois a 
competência é concorrente, nos termos do art. 24, VI, da CR/88. 
TRF5 – 2011 – CESPE. “Se determinado Estado da Federação editar lei 
instituindo Código Florestal a referida lei deverá ser considerada inconstitucional, visto 
que cabe à União, em caráter privativo, legislar sobre a matéria”. Errada, pois a 
competência é concorrente, nos termos do art. 24, VI, da CR/88. 
TRF5 – 2009 – CESPE. “Compete exclusivamente à União legislação acerca da 
responsabilidade por danos ao meio ambiente”. Errada, pois a competência é 
concorrente, nos termos do art. 24, VIII, da CR/88. 
TRF5 – 2009 – CESPE. “A CF atribui competência privativa à união para legislar 
sobre conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção ao 
meio ambiente e controle da poluição. Todavia, essa competência é passível de 
delegação aos Estados e ao DF”. Errada, pois a competência é concorrente, nos 
termos do art. 24, VI, da CR/88. 
AGU - 2015 – CESPE. “A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses 
das populações indígenas, julgue o item seguinte: 
Direito Ambiental 
 
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Dada a competência privativa da união para exercer controle e fiscalização 
ambiental da União a competência para instituir taxa de fiscalização e controle do 
meio ambiente cujo fundamento seja o exercício regular do poder de polícia. Errada, 
pois a competência é concorrente (art. 17, da LC n.°140/2011). A TCFA é 
constitucional e pode ser cobrada por todos os entes, bastando a existência do órgão 
fiscalizador. Não há falar em bitributação. 
“Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, 
conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração 
ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à 
legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou 
autorizada. 
§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental 
decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, 
efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que 
se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia. 
§ 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, 
o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para 
evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão 
competente para as providênciascabíveis. 
§ 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes 
federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de 
empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou 
utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, 
prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a 
atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput”. 
TJDFT - 2015 CESPE. “É inconstitucional a cobrança de taxa pelos entes da 
Federação em razão da fiscalização ambiental, pois o exercício do poder de polícia, 
como atividade essencial, não pode ser objeto de cobrança”. Errada, pois é 
constitucional. 
TRF2 – 2013 – CESPE. “A atividade de controle e fiscalização de atividades 
potencialmente poluidoras não pode gerar a cobrança de taxas dos fiscalizados, 
porque, como ocorre em benefício de toda a população deve ser custeada com 
impostos”. Errada, pois deve ser custeada por meio de taxa. 
Direito Ambiental 
 
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AGU – 2015 – CESPE. “Na zona costeira nordestina, uma empresa estrangeira 
construiu um empreendimento turístico hoteleiro de grande porte próximo ao mar, 
sem o licenciamento ambiental prévio exigido por lei, ocupando ilegalmente área de 
preservação permanente na margem de um rio e afetando diretamente uma 
comunidade lindeira composta em sua maioria por pescadores. Seis meses após a 
inauguração do empreendimento, o empresário estrangeiro vendeu o negócio a uma 
empresa brasileira, que vem operando o hotel há cerca de um ano, sem, contudo, ter 
efetuado ainda a regularização do licenciamento ambiental. Além disso, após 
reclamações provenientes da comunidade afetada, foram constatados os seguintes 
problemas: ausência de recolhimento e de disposição adequados dos resíduos líquidos 
e sólidos, com prejuízos ao bem-estar da referida comunidade; e impedimento de livre 
acesso à praia, o que prejudicou as atividades econômicas dos pescadores da 
comunidade. 
 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir em consonância com 
as normas ambientais e a jurisprudência pertinente. 
Uma vez que o empreendimento irregular está localizado na zona costeira, 
patrimônio ambiental nacional e bem da União, a fiscalização e a aplicação de 
penalidade administrativa ambiental ao empreendimento compete exclusivamente 
ao órgão ambiental federal”. Errada, por dois motivos: 1) Não se trata de bem da 
União; e 2) A fiscalização é de competência comum. 
Lembrar que as APP`s podem ser criadas por lei ou por ato administrativo. 
 
 
 
 
 
 
 
APP`s 
LEI 
ATO ADMINISTRATIVO 
Direito Ambiental 
 
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TRF5 – 2009 – CESPE. “Com relação às normas constitucionais relativas à 
proteção ambiental, julgue os itens a seguir. 
I - A CF atribui competência privativa à União para legislar sobre conservação da 
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e 
controle da poluição. Todavia, essa competência é passível de delegação aos estados e 
ao DF. Errada, pois a competência é concorrente, nos termos do art. 24, VI, da 
CR/88. 
 
II - É competência comum da União, dos estados, do DF e dos municípios proteger o 
meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, bem como 
preservar as florestas, a fauna e a flora. Correta. 
 III - A defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme 
o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação, é princípio constitucional que fundamenta a atividade econômica. Correta. 
 
IV - A CF veda, na forma da lei, as práticas que submetam os animais a crueldade. 
Entretanto, em face do dever do Estado de incentivar a valorização e a difusão das 
manifestações culturais, a "farra do boi", brincadeira em que se infligem maus-tratos a 
esse animal, por ser prática tradicional popular de determinada região do país, não 
pode sofrer proibição ou restrições de qualquer natureza. Errada, pois pode sofrer 
restrição, inclusive o tema já foi decidido pelo STF. 
V - Os bens ambientais são bens dominicais, constituindo, assim, o patrimônio da 
União, dos estados, do DF e dos municípios, como objeto de direito pessoal, ou real, de 
cada uma dessas entidades. Errada, pois não são bens dominicais. 
1.1.3. COMPETÊNCIA MATERIAL. PODER DE EXECUÇÃO E DE POLÍCIA. COMUM E 
EXCLUSIVA 
1.1.3.1. COMPETÊNCIA COMUM 
As diretrizes da competência administrativa ambiental comum estão dispostas 
no artigo 23 da CR/88 da seguinte forma: 
Direito Ambiental 
 
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
(...) 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e 
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, 
à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 
2015) 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
(...) 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e 
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; 
(...) 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a 
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio 
do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006)”. 
O 28.° Concurso do MPF, em 2015 fez o seguinte questionamento: “LEI ESTADUAL 
CONFERIA A PROTEÇÃO, GUARDA E RESPONSABILIDADE PELOS SÍTIOS 
ARQUEOLÓGICOS E SEUS ACERVOS AOS MUNICÍPIOS EM QUE SE LOCALIZASSEM”. 
A resposta correta foi: “Essa lei foi declarada inconstitucional porque a 
competência comum para proteger os sítios arqueológicos não pode ser afastada do 
Estado e da União”. 
É importante destacar que como corolário do artigo 23 da CR/88, a jurisprudência 
do STJ4 firmou-se no sentido de reconhecer a legitimidade passiva de pessoa jurídica 
 
4 AgRg no REsp 958.766-MS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 16/3/2010. 
Direito Ambiental 
 
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de direito público (no caso, estado-membro) na ação que busca a responsabilidade 
pela degradação do meio ambiente, em razão da conduta omissiva quanto a seu dever 
de fiscalizá-lo. Essa orientação coaduna-se com o art. 23, VI, da CR/88, que firma ser 
competência comum da União, estados, Distrito Federal e municípios a proteção do 
meio ambiente e o combate à poluição em qualquer de suas formas. Anote-se que o 
art. 225, caput,da CR/88 prevê o direito de todos a um meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, além de impor ao Poder Público e à coletividade o dever 
de defendê-lo e preservá-lo em benefício das presentes e futuras gerações. 
Sobre o parágrafo único do artigo 23 da CR/88, importante registrar que já foi 
editada a lei complementar que trata da cooperação entre os entes, é a LC 140/20115. 
Em 2012, a prova oral do TRF5 fez a seguinte pergunta: Trate da repartição de 
competência em matéria ambiental e se houve alguma alteração recente sobre o 
tema. 
 
5
 Nota do monitor: ADI 4757. A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio 
Ambiente (ASIBAMA) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI 4757) contra a Lei Complementar 140/2011. Essa lei fixa normas para a 
cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas 
decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais, do Meio 
Ambiente, e do combate à poluição, além da preservação das florestas, da fauna e da flora. 
De acordo com a ASIBAMA, o Meio Ambiente ficou menos protegido com o estabelecimento de 
competências ambientais privativas para estados, DF e municípios, uma vez que a maioria deles não 
está preparada para tais ações, e a União estaria impedida de agir, pois teria perdido essas atribuições 
com a promulgação da lei. 
A associação sustenta que a atuação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis) permitia à União atuar em qualquer hipótese quando a legislação ambiental não 
era cumprida e que, agora, a limitação das competências ambientais dos entes federativos dificultam a 
atuação da União em um cenário em que os demais órgãos ambientais carecem de infraestrutura 
adequada. 
Além desses argumentos, a associação afirma que a aprovação da LC 140/2011 desrespeitou os artigos 
65 e 255 da Constituição Federal. A primeira alegação de inconstitucionalidade estaria no fato de a 
tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional não ter obedecido a regra prevista no artigo 65 da 
Constituição. 
Já o artigo 255 prevê o direito de todos os brasileiros terem um Meio Ambiente ecologicamente 
equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações. Nesse sentido, a associação acredita que a LC 140/2011 “agride 
violentamente o princípio e o dever constitucional da cooperação quando, em vários dispositivos, isola, 
limita e segrega competências ambientais de fiscalização”. Para a entidade, “trata-se de um verdadeiro 
rebaixamento da proteção ambiental. 
A PGR ofertou parecer opinando no sentido de dar interpretação conforme aos mencionados artigos a 
fim de que se busque a harmonização dos interesses. 
Direito Ambiental 
 
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O candidato deveria abordar os seguintes tópicos: i) Federalismo cooperativo; 
ii) os critérios de competência. Aqui, a doutrina de Celso Pacheco Fiorillo, adotada pelo 
Min. Celso de Mello do STF, aponta a predominância de interesses e a colaboração 
entre os entes; iii) a recente alteração foi a edição da LC 140/2011 que objetivou 
regular a cooperação entre os entes, prevista no art. 23, parágrafo único, da CR/88. 
Os artigos 7.°, 8.° e 9.° da LC 14/2011 tratam da gestão descentralizada, 
harmoniosa e uniforme, nos seguintes termos: 
“DAS AÇÕES DE COOPERAÇÃO 
Art. 6o As ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios deverão ser desenvolvidas de modo a atingir os objetivos previstos no 
art. 3o e a garantir o desenvolvimento sustentável, harmonizando e integrando 
todas as políticas governamentais. 
Art. 7o São ações administrativas da União: 
I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional do 
Meio Ambiente; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos 
âmbitos nacional e internacional; 
IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades da 
administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
relacionados à proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à Política 
Nacional do Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e 
à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos; 
VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as de 
Recursos Hídricos, Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras; 
Direito Ambiental 
 
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VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da 
administração pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema 
Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima); 
IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente, na forma da lei; 
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja 
atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida à União; 
XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: 
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; 
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou 
na zona econômica exclusiva; 
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela 
União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; 
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de 
ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças 
Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; 
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e 
dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear 
em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional 
de Energia Nuclear (Cnen); ou 
Direito Ambiental 
 
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h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de 
proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um 
membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os 
critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento; 
Regulamento 
XV - aprovar omanejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações 
sucessoras em: 
a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de 
conservação instituídas pela União, exceto em APAs; e 
b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, 
pela União; 
XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e 
de espécies sobre-explotadas no território nacional, mediante laudos e estudos 
técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ; 
XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente 
invasoras que possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas; 
XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora 
em ecossistemas naturais frágeis ou protegidos; 
XIX - controlar a exportação de componentes da biodiversidade brasileira na 
forma de espécimes silvestres da flora, micro-organismos e da fauna, partes ou 
produtos deles derivados; 
XX - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas; 
XXI - proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista no 
inciso XVI; 
XXII - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional; 
XXIII - gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional 
associado, respeitadas as atribuições setoriais; 
XXIV - exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo de produtos 
perigosos; e 
Direito Ambiental 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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XXV - exercer o controle ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial ou 
terrestre, de produtos perigosos. 
Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização 
compreenda concomitantemente áreas das faixas terrestre e marítima da zona 
costeira será de atribuição da União exclusivamente nos casos previstos em 
tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da 
Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de 
porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento. 
Art. 8o São ações administrativas dos Estados: 
I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do Meio 
Ambiente e demais políticas nacionais relacionadas à proteção ambiental; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual de 
Meio Ambiente; 
IV - promover, no âmbito estadual, a integração de programas e ações de órgãos e 
entidades da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas 
Nacional e Estadual de Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e 
à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos; 
VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o 
Sistema Estadual de Informações sobre Meio Ambiente; 
VIII - prestar informações à União para a formação e atualização do Sinima; 
IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade com 
os zoneamentos de âmbito nacional e regional; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos; 
Direito Ambiental 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente, na forma da lei; 
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja 
atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida aos Estados; 
XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos 
utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou 
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o 
disposto nos arts. 7o e 9o; 
XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos 
localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, 
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações 
sucessoras em: 
a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em 
Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7o; e 
c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, 
pelo Estado; 
XVII - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção 
no respectivo território, mediante laudos e estudos técnico-científicos, 
fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ; 
XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas 
destinadas à implantação de criadouros e à pesquisa científica, ressalvado o 
disposto no inciso XX do art. 7o; 
XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre; 
XX - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito estadual; e 
Direito Ambiental 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtos 
perigosos, ressalvado o disposto no inciso XXV do art. 7o. 
 
Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: 
I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadual 
de Meio Ambiente e demais políticas nacionais e estaduais relacionadas à 
proteção do meio ambiente; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente; 
IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e 
entidades da administração pública federal, estadual e municipal, relacionados à 
proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas 
Nacional, Estadual e Municipal de Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e 
à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos; 
VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio 
Ambiente; 
VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização 
dos Sistemas Estadual e Nacional de Informações sobre Meio Ambiente; 
IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercializaçãoe o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente, na forma da lei; 
Direito Ambiental 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja 
atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao 
Município; 
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei 
Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou 
empreendimentos: 
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme 
tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, 
considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou 
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em 
Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei 
Complementar, aprovar: 
a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em 
florestas públicas municipais e unidades de conservação instituídas pelo 
Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e 
b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em 
empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município. 
Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8o e 
9o.”. 
 
1.1.3.1.1. QUESTÕES 
MPF – 22.° CONCURSO. “Por serem bens da União, a competência legislativa 
para regular os recursos minerais e seu aproveitamento federal, muito embora, no que 
concerne à competência material, a Carta de 1988 tenha-a conferido aos outros níveis 
de Governo”. Correta, nos termos dos artigos 22, VIII e 23, IX, ambos da CR/88. 
MPF – 14.° CONCURSO. “Compete privativamente à União legislar sobre águas 
e energia, bem como o controle da poluição visando conservar a natureza e proteger o 
meio ambiente”. Errada. A competência legislativa sobre águas e energia é privativa 
Direito Ambiental 
 
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da União, mas os demais assuntos tratam de competência comum, nos termos do 
art. 23, VI, da CR/88. 
MPF – 15.° CONCURSO. “É da competência da União federal. Cuidar, com 
exclusividade, da saúde e da assistência pública, proteger o meio ambiente e os 
documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural”. Errada, pois, 
nos termos do art. 23 da CR/88, trata de competência comum. 
1.1.3.2. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
 
A competência exclusiva da União está prevista no art. 21 da CR/88, que Assis 
dispõe: 
“Art. 21. Compete à União: 
(...) 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e 
de desenvolvimento econômico e social; 
(...) 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos 
cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais 
hidroenergéticos; 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e 
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
(...) 
Direito Ambiental 
 
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XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, 
especialmente as secas e as inundações; 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir 
critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, 
saneamento básico e transportes urbanos; 
(...) 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer 
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, 
a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos 
os seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins 
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de 
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e 
utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006);” 
Neste tópico é importante ressaltar três temas. 
Um, é a exploração econômica de recursos naturais e energéticos6 e, dois, que 
a responsabilidade ambiental é objetiva, na modalidade integral, ou seja, o nexo de 
 
6
 ADI 1575. O Tribunal, por maioria, julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo 
Governador do Estado de São Paulo para declarar a inconstitucionalidade da Lei paulista 6.263/88, que 
prevê medidas de polícia sanitária para o setor de energia nuclear no território da referida unidade 
federada. Entendeu-se que a norma estadual invade a competência da União para legislar sobre 
atividades nucleares (CF, art. 22, XXVI), na qual se inclui a competência para fiscalizar a execução 
dessas atividades e legislar sobre essa fiscalização. Aduziu-se competir, também, à União, explorar os 
serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a 
Direito Ambiental 
 
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causalidade é robustecido. Por fim, a lei distrital que tratou da inspeção veicular foi 
considerada constitucional7. 
1.1.3.2.1. QUESTÃO 
TRF5 – 2011 – CESPE. “A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o 
aproveitamento de energia hidráulica constituem atividades da esfera de competência 
da União. Assim, uma vez que os recursos minerais pertencem a esse ente federativo, 
e não ao proprietário do solo, cabe à administração federal autorizar sua exploração”. 
Correta, nos termos do artigo 176, da CR/88. 
“Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais 
de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de 
exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionárioa propriedade do produto da lavra. 
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a 
que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante 
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou 
 
lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e 
seus derivados, atendidos os princípios e condições que estabelece (CF, art. 21, XXIII). Observou-se que 
toda a atividade nuclear desenvolvida no país, portanto, está exclusivamente centralizada na União, 
com exceção dos radioisótopos, cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas 
sob o regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 da CF (art. 
177, V, com a redação dada pela EC 49/2006). Vencidos os Ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e 
Ayres Britto que julgavam o pleito improcedente, por considerar que a lei impugnada não incidiria na 
esfera da competência federal, limitando-se a viabilizar, no âmbito do Estado de São Paulo, medidas que 
tornassem efetiva a proteção do meio ambiente e a defesa da saúde, matérias em relação às quais 
haveria situação de condomínio legislativo entre a União e os Estados-membros. 
ADI 1575/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 7.4.2010. (ADI-1575) 
7
 ADI 3338. O Tribunal, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em ação direta de 
inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral da República contra a Lei distrital 3.460/2004, 
que dispõe sobre o programa de inspeção e manutenção de veículos em uso no Distrito Federal. 
Entendeu-se que a norma impugnada não versa sobre matéria de trânsito, mas apenas institui serviço 
para viabilizar a inspeção veicular relativa ao controle de emissão de gases poluentes e ruídos, 
visando, assim, à proteção do meio-ambiente, de competência comum (CF, art. 23, VI). Vencidos, 
integralmente, o Min. Joaquim Barbosa, relator, que declarava a inconstitucionalidade da lei em questão 
por considerar configurada a ofensa à competência privativa da União para legislar sobre trânsito (CF, 
art. 22, XI), e, em parte, o Min. Marco Aurélio que, embora afastando a apontada violação a este último 
dispositivo, julgava procedente o pedido ao fundamento de ser inconstitucional a delegação, a terceiros, 
da referida inspeção, já que esta seria indispensável ao exercício do poder de polícia. 
ADI 3338/DF, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, rel. p/ acórdão Min. Eros Grau, 31.8.2005. (ADI-3338) 
Direito Ambiental 
 
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empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração 
no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas 
atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) 
§ 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, 
na forma e no valor que dispuser a lei. 
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as 
autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou 
transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. 
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial 
de energia renovável de capacidade reduzida”. 
1.2. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (LEI N.° 6.938/1981) 
A Lei n. ° 6.938/1981 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e 
institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formação e 
aplicação, e dá outras providências. 
Essa é a mais relevante norma ambiental depois da CR/88, pela qual foi 
recepcionada. A crítica que se fazia é que tal lei só trouxe um tipo penal, apenas com a 
Lei n.° 9.605/19988 houve uma maior criminalização. 
1.2.1. OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
Os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente podem ser classificados em 
geral e específicos, conforme estabelece a própria Lei n.° 6.938/1981. 
1.2.1.1. OBJETIVO GERAL 
O objetivo geral está descrito no artigo 2.° da Lei n.° 6.938/1981, que assim 
estabelece: 
“Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
 
8
 A Lei n. 9.605/1998 também é criticada por ser fruto de uma legislação simbólica. 
Direito Ambiental 
 
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assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses 
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (...)”. 
Dessa forma, o objetivo geral pode ser dividido em: 
• Preservar; 
• Recuperar; e 
• Melhorar. 
1.2.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
O artigo 4.° da Lei n.° 6.938/1981 estabelece os objetivos específicos da 
seguinte forma: 
“Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: 
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da 
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e 
ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas 
relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para 
o uso racional de recursos ambientais; 
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e 
informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a 
necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua 
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção 
do equilíbrio ecológico propício à vida; 
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou 
indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de 
recursos ambientais com fins econômicos”. 
Direito Ambiental 
 
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Especificamente quanto ao inciso VII do artigo acima mencionado, é 
importante consignar a possibilidade de cumulação de pedidos de recomposição e 
dano moral. O tema já foi objeto de prova oral no TRF1 e na prova objetiva no TRF4. 
Sobre o tema, confira-se o julgado do STJ9: 
“ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DESMATAMENTO E EDIFICAÇÃO EM 
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, SEM AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE AMBIENTAL. 
DANOS CAUSADOS À BIOTA. INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 4º, VII, E 14, § 1º, DA LEI 6.938/1981, 
E DO ART. 3º DA LEI 7.347/85. PRINCÍPIOS DA REPARAÇÃO INTEGRAL, DO POLUIDOR-
PAGADOR E DO USUÁRIO-PAGADOR. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE 
FAZER (REPARAÇÃO

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