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Recurso Ordinario De Pulo

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RECURSO ORDINÁRIO 
Prática Trabalhista 
Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 
22/02/15 a 15/03/16. Trabalhava como auxiliar de serviços 
gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de 
pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na 
Aeroduto – Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos. 
Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, ajuizou 
reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora 
dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque 
trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de 
correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia 
sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. 
Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a 
correção monetária, dado o momento, na época, de inflação 
galopante. A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de 
Salvador. No dia da audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se 
representar pelo seu contador, assistido por advogado. A 
segunda ré, por preposto empregado e advogado. 
Foram entregues defesas e prova documental, sendo 
que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação 
relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o 
qual ainda se encontra em vigor, bem como exames 
médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive 
o autor, os quais não demonstravam nenhuma 
alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além 
dos recibos do autor de fornecimento de EPI para 
audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz 
indeferiu os requerimentos da segunda ré para a 
produção de provas testemunhal e pericial, 
consignando em ata os protestos da segunda ré, pois 
visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a 
insalubridade. 
 
O processo seguiu concluso para a sentença, a qual 
decretou a revelia e confissão da primeira ré por não 
estar representada regularmente. Julgou procedentes 
os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade 
em grau máximo, bem como de incidência de correção 
monetária sobre o valor do salário mensal pago após a 
“virada do mês”. Outrossim, condenou a segunda ré, 
subsidiariamente, em todos os pedidos, 
fundamentando a procedência na revelia e confissão da 
1ª ré. Diante disso, como advogado(a) da 2ª ré, redija a 
peça prático-profissional pertinente ao caso. 
 
I – PONTOS A SEREM OBSERVADOS 
 
1- “… o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a 
produção de provas testemunhal e pericial, consignando em ata 
os protetos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que 
o EPI eliminava a insalubridade”; 
 
2- “O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou 
a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada 
regularmente. “  1a Ré é Microempresa e foi representada em 
audiência por seu contador (não empregado) 
 
3- “Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de 
insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de 
correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a 
“virada do mês”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- “Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de 
insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de 
correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a 
“virada do mês”. 
 
5- “condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os 
pedidos, fundamentando a procedência naa revelia e confissão 
da 1a Ré. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I – DO DIREITO MATERIAL E DO DIREITO 
PROCESSUAL 
 
1) CERCEAMENTO DE PROVA 
 
 “… o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a 
produção de provas testemunhal e pericial, consignando em ata 
os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que 
o EPI eliminava a insalubridade”; 
 
 CF. Art. 5o. LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
 
 
 
 
 
 
NECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA PARA APRECIAÇÃO DE 
PEDIDO DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE 
 
 
CLT. Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade 
e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do 
Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do 
Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério 
do Trabalho. 
 
 §2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por 
empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o 
juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde 
não houver, requisitará perícia ao órgão competente do 
Ministério do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Insalubridade. Prova pericial. Confissão ficta da parte autora. 
Efeitos. Nos termos do art. 195 da Consolidação das Leis do 
Trabalho a caracterização da insalubridade se faz 
necessariamente através de perícia a cargo de médico ou 
engenheiro do trabalho. Não se trata de faculdade do juiz 
determinar ou não a realização da prova técnica. A perícia é 
obrigatória e imprescindível, cabendo ao juiz determinar sua 
produção independentemente de requerimento prévio das 
partes. Preliminar que se acolhe. 
TRT da 2a Reg. , 17a Turma, processo TRT/SP 0000139-
61.2015.5.02-0028, publicado em 04/12/2015, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELEVÂNCIA DA PROVA DE USO DE EPIs 
 
 
 
TST. Súmula 80. INSALUBRIDADE. A eliminação da 
insalubridade mediante fornecimento de aparelhos 
protetores aprovados pelo órgão competente do 
Poder Executivo exclui a percepção do respectivo 
adicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTESTOS 
Artigo 795/CLT. “ As nulidades não serão declaradas senão 
mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à 
primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos 
autos.” 
 
Protesto. Registro necessário. Advogado e seu papel. Não há 
hierarquia nem subordinação entre advogados e magistrados. O 
advogado exerce seu mister no mesmo plano de igualdade do 
juiz (Lei n° 8.906/94, art. 6°). Demais disso, nenhum receio de 
desagradar a magistrado pode deter o advogado no exercício da 
profissão (idem, art. 31, parágrafo 2°). Sendo assim não se aceita 
a alegação de ter requerido a produção de perícia grafotécnica, 
sem que exigisse do juiz instrutor a consignação do pedido na 
ata, além do indeferimento e do protesto por cerceamento do 
direito de defesa. A história registra a atuação de advogados que 
se impuseram a qualquer custo.” 
 TRT 2a Reg, Processo 1450-2002-902-02-00-2, ano de 2002, acórdão no. 
20020333107 da 8a Turma, Rel. José Carlos da Silva Arouca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADO: 
 
- NECESSIDADE DE PLEITO DA NULIDADE 
PROCESSUAL E, POR CONSEQUÊNCIA, NULIDADE 
DA SENTENÇA PARA O FIM DE, REABRINDO-SE A 
INSTRUÇÃO PROCESSUAL, SER PERMITIDA A 
REALIZAÇÃO DAS PROVAS PERICIAL E ORAL 
REQUERIDAS E, POSTERIORMENTE, SER 
PROLATADA NOVA SENTENÇA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Da equivocada aplicação da pena de revelia e 
confissão à 1a Reclamada 
 
“O processo seguiu concluso para a sentença, a 
qual decretou a revelia e confissão da primeira 
ré por não estar representada regularmente. “ 
 1a Ré é Microempresa e foi representada em 
audiência por seu contador (não empregado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A 1a Reclamada é MICROEMPRESA (“Paulo foi 
empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda…”) 
 
 Lei Complementar 123/06. Art. 54. É facultado ao 
empregador de microempresa ou de empresa de pequeno porte 
fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho 
por terceiros que conheçam dos fatos,ainda que não possuam 
vínculo trabalhista ou societário. 
 
 TST. Súmula 377. PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE 
EMPREGADO. Exceto quanto à reclamação de empregado 
doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto 
deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência 
do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, 
de 14 de dezembro de 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADO: 
 
 
- NECESSIDADE DE SER AFASTADA A PENA DE 
REVELIA E CONFISSÃO APLICADA À 1a 
RECLAMADA, AFASTANDO-SE, ASSIM, A 
PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DOS FATOS 
DESCRITOS NA PETIÇÃO INICIAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) DA CONDENAÇÃO EM ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM 
GRAU MÁXIMO 
 
 
- “Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de 
insalubridade em grau máximo…” 
 
 IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO SEM A 
REALIZAÇÃO DE COMPETENTE PERÍCIA TÉCNICA 
 
 
 
 
 
 
 
CLT. Art . 195 - A caracterização e a classificação da 
insalubridade e da periculosidade, segundo as 
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através 
de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou 
Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério 
do Trabalho. 
 
 §2º - Arguida em juízo insalubridade ou 
periculosidade, seja por empregado, seja por 
Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz 
designará perito habilitado na forma deste artigo, e, 
onde não houver, requisitará perícia ao órgão 
competente do Ministério do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Insalubridade. Prova pericial. Confissão ficta da 
parte autora. Efeitos. Nos termos do art. 195 da 
Consolidação das Leis do Trabalho a caracterização 
da insalubridade se faz necessariamente através de 
perícia a cargo de médico ou engenheiro do 
trabalho. Não se trata de faculdade do juiz 
determinar ou não a realização da prova técnica. A 
perícia é obrigatória e imprescindível, cabendo ao 
juiz determinar sua produção independentemente 
de requerimento prévio das partes. Preliminar que 
se acolhe. 
TRT da 2a Reg. , 17a Turma, processo TRT/SP 
0000139-61.2015.5.02-0028, publicado em 
04/12/2015, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADO 
 
 
- NECESSIDADE DE PLEITEAR A REFORMA DA r. SENTENÇA PARA 
AFASTAR DA CONDENAÇÃO O PAGAMENTO DE ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Da imposição de incidência da correção 
monetária a partir do mês de competência do 
crédito trabalhista 
 
 
“Julgou procedentes os pedidos de pagamento de 
adicional de insalubridade em grau máximo, bem como 
de incidência de correção monetária sobre o valor do 
salário mensal pago após a “virada do mês”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLT. Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer 
que seja a modalidade do trabalho, não deve ser 
estipulado por período superior a 1 (um) mês, 
salvo no que concerne a comissões, percentagens 
e gratificações. 
 
§ 1º Quando o pagamento houver sido 
estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais 
tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente 
ao vencido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TST. SÚMULA 381. 
 
 CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA 
CLT. O pagamento dos salários até o 5º dia útil 
do mês subsequente ao vencido não está sujeito 
à correção monetária. Se essa data limite for 
ultrapassada, incidirá o índice da correção 
monetária do mês subsequente ao da prestação 
dos serviços, a partir do dia 1º 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADO 
 
NECESSIDADE DE PLEITEAR A REFORMA DA 
SENTENÇA PARA O FIM DE AFASTAR DA 
CONDENAÇÃO DIFERENÇAS DECORRENTES DA 
INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE 
VALOR DO SALÁRIO MENSAL PAGTO APÓS A 
“VIRADA DO MÊS”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) DA CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA 2a 
RECLAMADA 
 
 “…condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os 
pedidos, fundamentando a procedência naa revelia e 
confissão da 1a Ré.” 
 
 
 A 2a RECLAMADA É “EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO 
DE AEROPORTOS” Administração Pública Indireta 
 
 
 
 
 
 
 
 
TST. SÚMULA 331. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS. LEGALIDADE 
I - A contratação de trabalhadores por empresa 
interposta é ilegal, formando-se o vínculo 
diretamente com o tomador dos serviços, salvo 
no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 
03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, 
mediante empresa interposta, não gera vínculo 
de emprego com os órgãos da Administração 
Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, 
da CF/1988). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III - Não forma vínculo de emprego com o 
tomador a contratação de serviços de vigilância 
(Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e 
limpeza, bem como a de serviços especializados 
ligados à atividade-meio do tomador, desde que 
inexistente a pessoalidade e a subordina- ção 
direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações 
trabalhistas, por parte do empregador, implica a 
responsabilidade subsidiária do tomador dos 
serviços quanto àquelas obrigações, desde que 
haja participado da rela- ção processual e conste 
também do título executivo judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V - Os entes integrantes da Administração 
Pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente, nas mesmas condições do 
item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa 
no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, 
de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do 
cumprimento das obrigações contratuais e legais 
da prestadora de serviço como empregadora. A 
aludida responsabilidade não decorre de mero 
inadimplemento das obrigações trabalhistas 
assumidas pela empresa regularmente 
contratada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADO 
 
- NECESSIDADE DE PLEITEAR A REFORMA DA 
SENTENÇA PARA O FIM DE SE AFASTAR A 
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA 2a 
RECLAMADA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RECURSO ORDINÁRIO 
 
a) Cabimento 
 
Art. 895 CLT- Cabe recurso ordinário para instancia superior; 
 
I - das decisões definitivas das varas do Trabalho e juízos no prazo 
de 8 (oito) dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Custas 
 
-ART 789 par. 1º da CLT custas, pagas pelo vencido. 
 
CLT. Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, 
nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, 
bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no 
exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de 
conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o 
mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão 
calculadas: 
 I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; 
 II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, 
ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; 
 III – no caso de procedência do pedido formulado em ação 
declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; 
 IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
 § 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da 
decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o 
recolhimento dentro do prazo recursal. 
 § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e 
fixará o montante das custas processuais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• SÚMULA Nº 05 do TRTda 2ª Região. "JUSTIÇA GRATUITA - 
ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS - CLT, ARTS. 790, 790-A E 
790-B - DECLARAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA ECONÔMICA FIRMADA 
PELO INTERESSADO OU PELO PROCURADOR - DIREITO LEGAL DO 
TRABALHADOR, INDEPENDENTEMENTE DE ESTAR ASSISTIDO 
PELO SINDICATO". 
 
 
 
 SÚMULA Nº 06 do TRT da 2ª Região. JUSTIÇA GRATUITA - 
EMPREGADOR - IMPOSSIBILIDADE. 
Não se aplica em favor do empregador o benefício da justiça 
gratuita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C) Depósito Recursal 
 
CLT. Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e 
terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas 
neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. 
 § 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vêzes o salário-
mínimo regional, nos dissídios individuais, só será admitido o 
recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da 
respectiva importância. Transitada em julgado a decisão 
recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da importância 
de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho 
do juiz. 
 § 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o 
depósito corresponderá ao que fôr arbitrado, para efeito de 
custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) 
vêzes o salário-mínimo da região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO RECURSAL POR PARTE DO RECLAMANTE. 
IMPOSSIBILIDADE 
 O depósito recursal não tem natureza jurídica de taxa de recurso, mas 
de garantia do juízo recursal, ou seja, objetiva garantir o cumprimento 
da condenação. A medida é voltada exclusivamente para atender o 
interesse do trabalhador que, embora tendo de aguardar o julgamento 
do recurso interposto, terá a certeza de que ao menos parte do valor 
da condenação imposta encontra-se reservado para a execução da 
sentença. Além disso, embora o -caput- do art. 899 da CLT não declare 
expressamente que o depósito recursal é exigido apenas do recorrente 
empregador, tal conclusão é facilmente extraída dos parágrafos §§ 4º e 
5º do mencionado dispositivo legal, quando estabelecem que o 
depósito far-se-á na conta vinculada do trabalhador, que deverá ser 
aberta em seu nome, se ainda não a tiver. Recurso de revista conhecido 
e provido. 
TST, 5ª turma, processo RR 634654 634654/2000.2, Relator(a): 
Rider de Brito, julgamento: 17/12/2003, Publicação: DJ 
26/03/2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso Ordinário: ..............R$ 8.959,63 
 
Recurso de revista:................ R$ 17.919,26 
 
-Embargos à SDE ................. R$ 17.919,26 
-Recurso Extraordinário- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
MODELO DE RECURSO ORDINÁRIO 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ...VARA DO TRABALHO DE 
 
 
Processo nº ... 
 "...", já qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista em epígrafe, 
que move em face de"..." também já qualificada, não se conformando com a r. 
decisão de fls., que a julgou improcedente, vem, mui respeitosamente à presença 
de Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fundamento no artigo 
895, I, da CLT. 
 Pede o regular recebimento e processamento do apelo em seus 
regulares efeitos, assim como seu oportuno encaminhamento à Superior Instância 
recorrida, com as razões que oferece em separado. 
 Requer a juntada neste ato das guias de recolhimento de custas e 
depósito recursal. ( depósito recursal somente para reclamada) 
 
 Termos em que, 
 Pede Deferimento. 
 Cidade, datar. 
 Adv/OAB 
36 
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO 
 
Recorrente: 
Recorrido: 
Processo nº... 
 Egrégio Tribunal, 
 Colenda Turma, 
 Doutos Julgadores, 
 
 Não pode prevalecer, data maxima venia, a respeitável sentença de fls., 
proferida pelo juízo de primeira instância, merecendo a mesma urgente reforma em 
relação às seguintes matérias: 
 
I – DA NULIDADE PROCESSUAL EM RAZÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA 
 
II- DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA 2a RECLAMADA 
 
III – DA PENA DE REVELIA E CONFISSÃO APLICADA À 1a RECLAMADA 
 
IV- DA CONDENAÇÃO EM ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
 
V- DA CONDENAÇÃO EM DIFERENÇAS DECORRENTES DE INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO 
MONETÁRIA SOBRE SALÁRIOS PAGOS ATÉ O 5o DIA ÚLTIL DO MÊS SUBSEQUENTE 
 
 Analisemos detalhadamente tais pontos de inconformismo. 
37 
A- BREVE RELATO DA LIDE 
(transcrever os dados do problema). 
 
I– DA NULIDADE PROCESSUAL EM RAZÃO DE CERCEAMENTO DE 
DEFESA 
 
Descrição do indeferimento do requerimento de produção de 
prova pericial (em relação ao pleito de adicional de 
insalubridade) e oral (em relação ao uso de EPIs) 
 
 Demonstrar a relevância de tais provas e o prejuízo decorrente 
do indeferimento 
 
Pleitear a NULIDADE PROCESSUAL E, POR CONSEQUÊNCIA, 
NULIDADE DA SENTENÇA PARA O FIM DE, REABRINDO-SE A 
INSTRUÇÃO PROCESSUAL, SER PERMITIDA A REALIZAÇÃO DAS 
PROVAS PERICIAL E ORAL REQUERIDAS E, POSTERIORMENTE, 
SER PROLATADA NOVA SENTENÇA. 
 
38 
II- DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA 2a 
RECLAMADA 
 
 
 
 Demonstrar o equívoco do Juízo a quo ao condenar 
subsidiariamente a 2a Reclamada, que é empresa 
pública, sem que houvesse qualquer demonstração 
de falta de fiscalização da obrigações contratuais e 
legais da 1a Reclamada, afrontando, assim, os termos 
da Súmula 331, V, do TST. 
 
 REQUERER A REFORMA DA SENTENÇA PARA O FIM 
DE SE AFASTAR A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 
DA 2a RECLAMADA. 
39 
III – DA PENA DE REVELIA E CONFISSÃO APLICADA À 1a 
RECLAMADA 
 
 
Demonstrar o equívoco da sentença que, sem se 
atentar aos termos do artigo 54 da Lei 
Complementar no. 123/06 e da Súmula 377 do TST 
 
 
REQUERER SEJA AFASTADA A PENA DE REVELIA E 
CONFISSÃO APLICADA À 1a RECLAMADA, 
AFASTANDO-SE, ASSIM, A PRESUNÇÃO DE 
VERACIDADE DOS FATOS DESCRITOS NA PETIÇÃO 
INICIAL. 
 
40 
IV- DA CONDENAÇÃO EM ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE 
 
 
 
Demonstrar o equívoco na condenação em pagamento 
de adicional de insalubridade sem a necessária 
realização de laudo pericial nos termos do artigo 195, 
§2o, da CLT. 
 
 REQUERER A REFORMA DA r. SENTENÇA PARA AFASTAR 
DA CONDENAÇÃO O PAGAMENTO DE ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO 
41 
V- DA CONDENAÇÃO EM DIFERENÇAS DECORRENTES DE 
INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE SALÁRIOS 
PAGOS ATÉ O 5o DIA ÚLTIL DO MÊS SUBSEQUENTE 
 
 
 
 Demonstração do equívoco do Juízo de Primeiro Grau, 
que não se atentou aos termos da Súmula 381 do TST 
 
 
 REQUERER A REFORMA DA SENTENÇA PARA O FIM DE 
AFASTAR DA CONDENAÇÃO DIFERENÇAS DECORRENTES 
DA INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE 
VALOR DO SALÁRIO MENSAL PAGTO APÓS A “VIRADA DO 
MÊS”. 
 
 
42 
 
III – CONCLUSÃO 
 
 Diante do exposto, requer seja o presente recurso CONHECIDO E PROVIDO, a 
fim de que seja decretada a NULIDADE PROCESSUAL por cerceamento de defesa 
E, POR CONSEQUÊNCIA, NULIDADE DA SENTENÇA PARA O FIM DE, REABRINDO-
SE A INSTRUÇÃO PROCESSUAL, SER PERMITIDA A REALIZAÇÃO DAS PROVAS 
PERICIAL E ORAL REQUERIDAS E, POSTERIORMENTE, SER PROLATADA NOVA 
SENTENÇA. 
 
 E, caso o Douto Juízo não entenda pela nulidade da r. sentença, requer o total 
PROVIMENTO do presente recurso para REFORMAR a sentença a fim de: 
 
- Afastar a condenação subsidiária da 2a Reclamada; 
- Afastar a condenação em adicional de insalubridade; 
- Afastar a condenação em diferenças decorrentes da incidência de correção 
monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. 
 
 Termos em que, 
 PedeDeferimento. 
 Local, data. 
 Advogado 
 OAB

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