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DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL (DLM) Prof Amorim 1 HISTÓRICO A drenagem linfática manual (DLM), nasceu na Europa, precisamente na Alemanha, no ano de 1932. Foi criada pelo fisioterapeuta dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid. Vodder começou experimentalmente a tratar pacientes acometidos de gripes e sinusites, manipulando seus gânglios linfáticos do pescoço através de movimentos suaves e rotativos. Em vista de seus resultados espetaculares, o casal disciplinou o método inicialmente intuitivo. Prof Amorim 2 O primeiro relato escrito apareceu no ano de 1939, em uma exposição de saúde, Santé e Beauté, em Paris. A partir dos anos cinqüenta, o casal Voder deu cursos em vários países europeus, principalmente na Alemanha. A associação para drenagem linfática manual, foi fundada em 1966 e passou a chamar-se Associação Alemã para Linfologia, a partir de 1976 Em 1978, Emil Vodder, abril pessoalmente o 1º congresso Internacional da Associação para Drenagem Linfática Manual. Prof Amorim 3 O QUE É DLM A verdadeira Drenagem Linfática Manual, consegue ampliar e acelerar as reações próprias do organismo, sem alterá-las. Isto é possível graças a uma técnica toda especial, q consiste em manobras manuais próprias que são movimentos precisos e monótonos e que tem pressões graduadas e constantemente alteradas, imitando as contrações próprias da musculatura lisa dos vasos linfáticos e acompanhando o ritmo dos mesmos. Prof Amorim 4 SISTEMA CIRCULATÓRIO LINFÁTICO A corrente linfática, transporta os líquidos extra e intra celulares, o que corresponde à 1% ou 2% do fluido total do corpo. É composta por capilares, vasos e troncos. Os capilares encontram-se sempre na proximidade dos capilares sanguíneos, de onde em condições normais, transportam líquidos que vem dos meios intra celulares e dos líquidos extracelulares, como: plasma, linfa, líquido intersticial..... Prof Amorim 5 A elefantíase, é uma doença ocasionada pelo verme denominado Filaria, o qual se instala na corrente linfática, destruindo-a e causando edemas de grandes proporções. Geralmente atinge os membros inferiores, dando um aspecto de pernas de elefante. Prof Amorim 6 COMPONENTE DO SISTEMA LINFÁTICO LINFA – O sangue e a linfa, são tecidos imunológicos circulantes, que transportam os antígenos, as células imunológicamente ativas, seus precursores e anticorpos. A linfa consiste de: Parte líquida – Semelhante ao plasma sanguíneo, origina-se nos espaços intersticiais. Carga linfática obrigatória – É constituída por macro moléculas de proteína, ácidos graxos e também por bactérias e fragmentos celulares, que precisam ser retirados do meio intersticial . Prof Amorim 7 A linfa contém também, células como: linfócitos, granulócitos, eritrócitos, macrófagos, vírus, fungos, eventualmente células cancerosas, etc. Linfócitos – Tipo de glóbulo branco, produzido nos tecidos linfáticos, são responsáveis pela produção de anticorpos. Macrófagos - Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes deles mesmo morrerem. O que os tornam também, importantes na eliminação de tecidos necrosados. Prof Amorim 8 VIAS LINFÁTICAS Estas começam no tecido intersticial por uma rede de capilares, que se encontram sempre próxima dos capilares sanguíneos. Os capilares linfáticos unem-se formando vasos, que percorrem um ou mais gânglios linfático, antes de reunirem-se em troncos linfáticos. O ponto final das vias linfáticas, é o gânglio venoso, onde os troncos linfáticos despejam a linfa para dentro da circulação venosa. Prof Amorim 9 Os capilares – Por sua estrutura delicada formam verdadeiras redes, podendo aumentar em numero, rapidamente, em caso de obstrução. Os vasos – São formados pela confluência de vários capilares linfáticos. Os vasos linfáticos atravessam pelo menos um gânglio linfático. Eles reúnem-se formando vasos cada vez maiores, até constituírem os troncos linfáticos. OS TRONCOS SÃO: Duto torácico, Duto esquerdo, Duto direito. Prof Amorim 10 Duto torácico – É o maior tronco linfático, ele nasce na cisterna do quilo, na altura do umbigo e recebe dos membros inferiores e dos órgãos abdominais, segue em direção ao pescoço, onde desembocará no ângulo venoso esquerdo. Duto esquerdo – Forma-se pela junção do duto jugular esquerdo, que traz a linfa do lado esquerdo da cabeça, com o duto subclávio esquerdo, que traz a linfa do braço esquerdo. Duto direito – Consiste na junção do duto jugular direito, que traz a linfa do lado direito da cabeça, com o duto subclávio direito, que traz a linfa do braço direito. Prof Amorim 11 TECIDOS LINFÁTICOS Gânglios linfáticos – São também chamados de linfonodos, encontram-se no trajeto da corrente linfática e são estruturas imunológicamente ativas. Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do pescoço. Outros locais de acúmulo de gânglios linfáticos, são as axilas, virilhas, região poplítea além da região do cotovelo. Estão dispostos em cadeia, podem ser superficiais ou profundos. Os vasos sanguíneos também percorrem os gânglios linfáticos. Prof Amorim 12 Timo – É um órgão linfóide, que atinge seu tamanho máximo logo após o nascimento. Após a puberdade, o timo sofre uma involução acentuada, chegando quase a desaparecer, mas continua funcionando. O timo produz linfócitos T, são os mais abundantes e responsáveis pelas rejeições nos casos de enxertos. Por terem vida longa, os linfócitos T formados na infância, são suficientes para manterem seu numero quase inalterado na vida adulta, o timo é necessário para compensar seus desgastes. Prof Amorim 13 Baço – É o maior órgão linfático e o único interposto no trajeto da corrente sanguínea. Sua principal função é a produção de linfócitos B e a remoção das hemácias em vias de degeneração, além de representar importante órgão de defesa contra os agentes nocivos transportados pelo sangue, por exercer papel de filtro mecânico (linfonodos), fagocitose (macrófagos) e na formação de anticorpos. Prof Amorim 14 FORMAÇÕES LINFÓIDES Nódulos – São estruturas esféricas, situam-se na mucosa de diversos órgãos, como tubo digestivo, vias respiratórias superiores e o trato urinário. Podem ocorrer em grupos, como na placa de Payer, no íleo e no apêndice. Amígdalas – São aglomerados de tecido linfóide, situado na mucosa do tecido digestivo, distinguindo-se dos nódulos, por serem permanentes. São: palatinas, faríngeas e linguais. Prof Amorim 15 A NATUREZA DAS MANOBRAS E SEUS OBJETIVOS As manobras consistem em círculos ou espirais num plano oblíquo a superfície tratada. Aumentando-se a pressão até a metade do círculo e em seguida relaxando-se também gradativamente. A sequência das manobras deve obedecer a ordem de proximal a distal, tomando-se como referência o ângulo venoso, local onde a linfa é drenada na corrente sanguínea. Prof Amorim 16 As manobras tem como objetivo direto, o aumento do volume da linfa, coletada pelos capilares, e o aumento da velocidade de seu transporte, através dos vasos e ductos linfáticos. Ao alcançar-se este objetivo, exerce-se uma influência considerável sobre outras funções. Prof Amorim 17 INFLUENCI DIRETA E INDIRETA DA DLM DIRETA: Capacidade dos capilares linfáticos; Velocidade da linfa; Filtração e absorção dos capilares sanguíneos; Quantidade de linfaprocessada nos gânglios; Musculatura lisa; Musculatura esquelética; Motricidade dos intestinos; Prof Amorim 18 Sistema nervoso vegetativo; Respostas humorais e celulares. INFLUÊNCIA INDIRETA Nutrição celular; Oxigenação dos tecidos; Desintoxicação dos tecidos intersticiais; Desintoxicação da musculatura esquelética; Absorção de nutrientes pelo trato digestivo; Distribuição de hormônios; Aumento da quantidade de líquido excretado. Prof Amorim 19 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS A drenagem linfática manual representa, um mecanismo capaz de retirar o excesso de líquido da substância fundamental, bem como de desintoxicá-la, tanto através da remoção de proteínas e resíduos metabólicos, quanto através da renovação do líquido intersticial e seu enriquecimento em oxigênio e nutriente. Prof Amorim 20 Indicações para o emprego da drenagem em tratamentos estéticos: Tratamento de Acne; Couperose; Dermatite peri-oral (junto com o dermatologista); Rosácea (junto com o dermatologista); Rejuvenescimento; Pré e pós cirurgia plástica; Relaxamento de clientes tensos; Fibroedema gelóide (celulite) e paniculose; Cicatrizes hipertróficas (quelóides); Estrias. Prof Amorim 21 INDICAÇÕES Tecido edematzado; Pele irritada; Sistema nervoso abalado; Hipertensão; Rosácea; Edemas; Envelhecimento da pele; Quelóides; Circulação sanguínea de retorno comprometida; Prof Amorim 22 Musculatura tensa; Enxaquecas; Acnes (seqüelas); Cicatrizes; Celulite; Pré e pós operatório. Prof Amorim 23 CONTRA INDICAÇÕES Febre; Câncer diagnosticado; Pré-canceroses da pele, nervo; Cardiopatias graves; Inflamações crônicas sistêmicas; Doenças infectocontagiosas; Tratamentos de trombose e tromboflebites. Prof Amorim 24 TIPOS DE EDEMA Vários mecanismos circulatórios e patológicos levam à sua formação. Algumas causas estão relacionadas a disfunção cardiovascular e outras, a alterações das funções linfáticas normais. Existem três categorias básicas de edema: Edema circulatório; Linfedema; Edema traumático. Prof Amorim 25 EDEMA CIRCULATÓRIO O edema circulatório é causado por disfunção ou doença no sistema cardiovascular. Alguns exemplos de causas comuns de edema circulatório são hipertensão arterial, insuficiência venosa, disfunção renal e obesidade. Casos de edema circulatório requer cuidado considerável. Se a causa não for tratada, o aumento na captação de edema pode, fazer o inchaço crescer, pois a pressão de líquido intersticial é diminuída, permitindo assim, mais filtração e inibindo a reabsorção. Prof Amorim 26 LINFEDEMA Ao caracterizar o inchaço de linfedema, subentende-se que existe uma disfunção ou falha no sistema linfático. Existem dois tipos de linfedema: Primário e secundário. Linfedema primário – Um defeito congênito ou genético no desenvolvimento linfático resulta em função de retorno de líquido do sistema. Esse tipo de edema se torna evidente na primeira infância e é uma condição ameaçadora à vida, com o passar do tempo evolui para linfoedema em todo o corpo, também conhecido como elefantíase. Prof Amorim 27 Linfedema secundário – Ocorre quando os nodos ou vasos do sistema linfático são danificados ou destruídos, comprometendo a captação de edema e o movimento da linfa por aquela via. No linfedema secundário, o inchaço é maior, cobrindo uma região inteira do corpo, como um braço ou uma perna. Causas comuns de lesão que ocasionam linfedema incluem: Cirurgia; Radiação / quimioterapia; Vírus / infecção; Compressão repetida, restrição na captação. Prof Amorim 28 Edema traumático – É o inchaço localizado e temporário de tecido associado a uma lesão de tecido mole e à realização de exercício, incluindo entorses, distensões musculares e hematomas agudos ou crônicos comuns na prática esportiva. Existem dois tipos de edema traumático. O primeiro, que é a quantidade de líquido proveniente do tecido mole alongado e rompido. E o secundário, a quantidade de líquido arrastada para dentro da área de lesão pelo aumento da pressão oncótica intersticial daquela área. Prof Amorim 29 Prof Amorim 30 Prof Amorim 31 Prof Amorim 32 Prof Amorim 33 Prof Amorim 34 Prof Amorim 35 Prof Amorim 36 Prof Amorim 37 Prof Amorim 38 Prof Amorim 39 Prof Amorim 40 Prof Amorim 41 Prof Amorim 42 Prof Amorim 43 Prof Amorim 44 Prof Amorim 45 Prof Amorim 46 Prof Amorim 47 Prof Amorim 48 Prof Amorim 49 Prof Amorim 50 Prof Amorim 51 Prof Amorim 52 Prof Amorim 53 Prof Amorim 54 Prof Amorim 55 Prof Amorim 56 Prof Amorim 57 Prof Amorim 58 Prof Amorim 59 Prof Amorim 60 Prof Amorim 61
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