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Escriturário Cultura Organizacional Prof. Pedro Kuhn www.acasadoconcurseiro.com.br Cultura Organizacional Professor Pedro Kuhn www.acasadoconcurseiro.com.br Edital CULTURA ORGANIZACIONAL: Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empresas públicas e privadas. Código de Ética do Banco do Brasil (disponível no sítio do BB na internet). Código de Conduta da alta administração pública. Previsão de Questões: 4 de um total de 70 questões. Banca: CESGRANRIO Cargo: Escriturário www.acasadoconcurseiro.com.br Sumário INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 ÉTICA E MORAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DO BRASIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 EXERCÍCIOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 www.acasadoconcurseiro.com.br 9 Cultura Organizacional INTRODUÇÃO O homem, desde seu nascimento, passa a integrar uma sociedade, terá um convívio diário com seus semelhantes (e precisa des- te convívio) que manterá ao longo da vida. Com o passar do tempo, cada pessoa cons- trói um conjunto de valores que servem como sustentação do comportamento que adota ao longo da vida. Uma vez que cada pessoa constrói um con- junto de valores diferentes, certamente ocorrerão os conflitos nos relacionamentos. Tais conflitos de relacionamentos precisam ser mantidos dentro de padrões aceitos pe- las sociedades, independentemente dos va- lores individuais. É aqui que encontramos a ética que é o ramo de estudo que tem por objetivo o es- tudo do comportamento humano dentro de cada sociedade. Este estudo busca a convi- vência pacífica dentro de cada sociedade. Sabedores do conceito de ética, nosso edi- tal solicitou o estudo da termo MORAL, que não pode ser confundido com a ética. Na prova da Caixa Econômica Federal de 2006 foi apresentado o seguinte texto mui- to elucidativo: Texto concurso da Caixa 2006. ÉTICA E MORAL Ética tem origem no grego ethos, que signi- fica modo de ser. A palavra moral vem do latim mos ou mores, ou seja, costume ou costumes. A primeira é uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade e está relacionada à Filosofia. Sua função é a mesma de qualquer teoria: explicar, esclarecer ou investigar determi- nada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. A segunda, como define o filósofo Vázquez, expressa “um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual dos homens”. Ao campo da ética, diferente do da moral, não cabe formular juízo valorativo, mas, sim, explicar as razões da existência de de- terminada realidade e proporcionar a refle- xão acerca dela. A moral é normativa e se manifesta concretamente nas diferentes so- ciedades como resposta a necessidades so- ciais; sua função consiste em regulamentar as relações entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, contribuindo para a estabi- lidade da ordem social. Com base neste texto podemos traçar algu- mas distinções entre ética e moral: ÉTICA É UNIVERSAL MORAL É CULTURAL – Exemplo do apedrejamento de mulheres pelos muçulmanos, neste caso a ética estu- da o comportamento e a moral diz se ele é cabível ou não naquela sociedade. No Brasil certamente não seria aceito, mas no Irã sim. ÉTICA É TEORIA MORAL É PRÁTICA. ÉTICA É ETERNA A MORAL É TEMPORÁRIA. Dentro de nosso edital ainda constam 2 ter- mos: VALORES E VIRTUDES. → VALORES – Conjunto de normas que ma- terializam um ideal de perfeição buscado pelos seres humanos. Se referem às normas ou critérios de conduta que afetam todas as áreas da nossa atividade. Exemplos: Solida- riedade, Honestidade, Verdade, Lealdade, www.acasadoconcurseiro.com.br10 Bondade, Altruísmo... (O homem está bus- cando) → VIRTUDES – A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essen- ciais que constituem o homem de bem. Se- gundo Aristóteles, é uma disposição adqui- rida de fazer o bem,e elas se aperfeiçoam com o hábito. (o homem virtuoso já possui, mas certamente pode buscar outros valo- res). ÉTICA PROFISSIONAL E ÉTICA EMPRESARIAL. → ÉTICA PROFISSIONAL é o conjunto de princípios que regem a conduta funcional de uma determinada profissão. Dessa ma- neira, cada pessoa deve proceder de acor- do com os princípios éticos. Cada profissão, porém, exige de quem a exerce, além dos princípios éticos comuns a todos os ho- mens, procedimento ético de acordo com a profissão. Exemplo: sigilo do médico, do pa- dre, do terapeuta. → ÉTICA EMPRESARIAL refere-se e atinge as empresas e organizações, pois estas neces- sitam desenvolver-se de tal forma que a éti- ca, a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e convicções primários da organização se tornem parte de sua cultura. Um código de ética profissional (como o do Banco do Brasil, que estudaremos a seguir, pode ser entendido como uma relação das práticas de comportamento que se espera sejam observadas no exercício da profissão. As normas do código de ética visam ao bem- -estar da sociedade, de forma a assegurar a lisura de procedimentos de seus membros dentro e fora da instituição. Assim, um dos objetivos de um código de ética profissional é a formação da consciên- cia profissional sobre padrões de conduta. CÓDIGO DE ÉTICA 1.1. Clientes 1.1.1. Oferecemos produtos, serviços e in- formações para o atendimento das neces- sidades de clientes de cada segmento de mercado, com inovação, qualidade e segu- rança. 1.1.2. Oferecemos tratamento digno e cor- tês, respeitando os interesses e os direitos do consumidor. 1.1.3. Oferecemos orientações e informa- ções claras, confiáveis e oportunas, para permitir aos clientes a melhor decisão nos negócios. 1.1.4. Estimulamos a comunicação dos clientes com a Empresa e consideramos suas manifestações no desenvolvimento e melhoria das soluções em produtos, servi- ços e relacionamento. 1.1.5. Asseguramos o sigilo das informações bancárias, ressalvados os casos previstos em lei. 1.2. Funcionários e Colaboradores 1.2.1 Zelamos pelo estabelecimento de um ambiente de trabalho digno e saudável, pautando as relações entre superiores hie- rárquicos, subordinados, pares e colabora- dores pelo respeito e pela cordialidade. 1.2.2. Repudiamos condutas que possam caracterizar assédio de qualquer natureza. 1.2.3. Respeitamos a liberdade de associa- ção sindical e buscamos conciliar os interes- ses da Empresa com os interesses dos fun- cionários e suas entidades representativas de forma transparente, tendo a negociação como prática permanente. Banco do Brasil Nordeste/2015 – Cultura Organizacional – Prof. Pedro Kuhn www.acasadoconcurseiro.com.br 11 1.2.4. Asseguramos a cada funcionário o acesso às informações pertinentes à sua privacidade, bem como o sigilo destas infor- mações, ressalvados os casos previstos em lei. 1.2.5. Reconhecemos, aceitamos e respeita- mos a diversidade do conjunto de pessoas que compõem o Conglomerado. 1.2.6. Repudiamos práticas ilícitas, como suborno, extorsão, corrupção, propina, la- vagem de dinheiro, financiamento do terro- rismo, em todas as suas formas. 1.2.7. Orientamos os profissionais contrata- dos a pautarem seus comportamentos pe- los princípios éticos do BB.1.2.8. Valorizamos o diálogo com funcio- nários e colaboradores, mantendo canais aptos a recepcionar e processar dúvidas, denúncias, reclamações e sugestões, bem como garantimos o anonimato, quando so- licitado. 1.3. Fornecedores 1.3.1. Adotamos, de forma imparcial e transparente, critérios de seleção, contrata- ção e avaliação, que permitam pluralidade e concorrência entre fornecedores, que con- firmem a idoneidade das empresas e que zelem pela qualidade e melhor preço dos produtos e serviços contratados. 1.3.2. Requeremos, no relacionamento com fornecedores, o cumprimento da legisla- ção trabalhista, previdenciária e fiscal, bem como a não utilização de trabalho infantil ou escravo e a adoção de boas práticas de preservação ambiental, resguardadas as li- mitações legais. 1.3.3. Requeremos das empresas fornece- doras de serviços que seus empregados, en- quanto prestarem serviços para o BB, sejam orientados a respeitar as diretrizes deste Código de Ética. 1.4. Acionistas, Investidores e Credores 1.4.1. Pautamos a gestão da Empresa pelos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 1.4.2. Somos transparentes e ágeis no for- necimento de informações aos acionistas, aos investidores e aos credores. 1.4.3. Consideramos toda informação passí- vel de divulgação, exceto a de caráter restri- to que coloca em risco o desempenho e a imagem institucional, ou que está protegida por lei. 1.5. Parceiros 1.5.1. Consideramos os impactos socioam- bientais na realização de parcerias, con- vênios, protocolos de intenções e de coo- peração técnico-financeira com entidades externas, privadas ou públicas. 1.5.2. Estabelecemos parcerias que assegu- ram os mesmos valores de integridade, ido- neidade e respeito à comunidade e ao meio ambiente. 1.5.3. Mantemos relacionamento negocial com outras instituições financeiras que pos- suam políticas, normas e procedimentos para prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e combate à corrupção ou qualquer espécie de ilícito. 1.6. Concorrentes 1.6.1. Temos a ética e a civilidade como compromisso nas relações com a concor- rência. 1.6.2. Conduzimos a troca de informações com a concorrência de maneira lícita, trans- parente e fidedigna, preservando os prin- cípios do sigilo bancário e os interesses da Empresa. www.acasadoconcurseiro.com.br12 1.7. Governos 1.7.1. Somos parceiros do poder público na implementação de políticas, projetos e pro- gramas socioeconômicos voltados para o desenvolvimento sustentável do Brasil e dos países em que atuamos. 1.7.2. Articulamos os interesses e as neces- sidades da Administração Pública brasileira com os vários segmentos econômicos das sociedades em que atuamos. 1.7.3. Relacionamo-nos com o poder públi- co independentemente das convicções ide- ológicas dos seus titulares. 1.7.4. Atuamos em conformidade com as diretrizes internacionais no que diz respei- to à prevenção e ao combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. 1.7.5. Repudiamos quaisquer práticas de corrupção a fim de influenciar a ação de funcionário de governo brasileiro ou estran- geiro para obtenção de vantagens impró- prias. 1.7.6. Não financiamos partidos políticos ou candidatos a cargos públicos, no Brasil e nos países em que atuamos. 1.8. Comunidades 1.8.1. Valorizamos os vínculos estabeleci- dos com as comunidades em que atuamos e respeitamos seus valores culturais. 1.8.2. Reconhecemos a importância das comunidades para o sucesso da Empresa, bem como a necessidade de retribuir à co- munidade parcela do valor agregado aos negócios. 1.8.3. Apoiamos, nas comunidades, iniciati- vas de desenvolvimento sustentável e par- ticipamos de empreendimentos voltados à melhoria das condições sociais da popula- ção. 1.8.4. Zelamos pela transparência no finan- ciamento da ação social. 1.8.5. Afirmamos nosso compromisso com a erradicação de todas as formas de trabalho 4 degradante: infantil, forçado e escravo. 1.8.6. Adotamos a responsabilidade social como premissa na definição de políticas, normas e procedimentos voltados à preven- ção e combate à lavagem de dinheiro e fi- nanciamento do terrorismo. 1.9. Órgãos Reguladores 1.9.1. Trabalhamos em conformidade com as leis e demais normas do ordenamento jurídico brasileiro e dos países em que atu- amos. 1.9.2. Atendemos nos prazos estabelecidos às solicitações originadas de órgãos exter- nos de regulamentação e fiscalização e de auditorias externa e interna. CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL Art. 1º Fica instituído o Código de Conduta da Alta Administração Federal, com as seguintes fi- nalidades: I – tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades da alta Administração Pú- blica Federal, para que a sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo decisório governamental; II – contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos da Administração Pública Fe- deral, a partir do exemplo dado pelas auto- ridades de nível hierárquico superior; III – preservar a imagem e a reputação do administrador público, cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas estabeleci- das neste Código; Banco do Brasil Nordeste/2015 – Cultura Organizacional – Prof. Pedro Kuhn www.acasadoconcurseiro.com.br 13 IV – estabelecer regras básicas sobre confli- tos de interesses públicos e privados e limi- tações às atividades profissionais posterio- res ao exercício de cargo público; V – minimizar a possibilidade de conflito en- tre o interesse privado e o dever funcional das autoridades públicas da Administração Pública Federal; VI – criar mecanismo de consulta, destina- do a possibilitar o prévio e pronto esclare- cimento de dúvidas quanto à conduta ética do administrador. Art. 2º As normas deste Código aplicam-se às seguintes autoridades públicas: I – Ministros e Secretários de Estado; II – titulares de cargos de natureza especial, secretários-executivos, secretários ou auto- ridades equivalentes ocupantes de cargo do Grupo-Direção e Assessoramento Superio- res – DAS, nível seis; III – presidentes e diretores de agências na- cionais, autarquias, inclusive as especiais, fundações mantidas pelo Poder Público, empresas públicas e sociedades de econo- mia mista. Art. 3º No exercício de suas funções, as autori- dades públicas deverão pautar-se pelos padrões da ética, sobretudo no que diz respeito à inte- gridade, à moralidade, à clareza de posições e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança do público em geral. Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este artigo são exigidos da autoridade pública na relação entre suas atividades pú- blicas e privadas, de modo a prevenir even- tuais conflitos de interesses. Art. 4º Além da declaração de bens e rendas de que trata a Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993, a autoridade pública, no prazo de dez dias contados de sua posse, enviará à Comissão de Ética Pública – CEP, criada pelo Decreto de 26 de maio de 1999, publicado no Diário Oficial da União do dia 27 subsequente, na forma por ela estabelecida, informações sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse público, indi- cando o modo pelo qual irá evitá-lo. Art. 5º As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública deverão ser imediata- mente comunicadas à CEP, especialmente quan- do se tratar de: I – atos de gestão patrimonial que envol- vam: a) transferência de bens a cônjuge, ascen- dente, descendente ou parente na linha co- lateral; b) aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa; ou c) outras alterações significativas ou rele- vantes no valorou na natureza do patrimô- nio; II – atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por decisão ou política governamental. § 1º É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por de- cisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha infor- mações privilegiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos de renda variável ou em commodities, contratos futu- ros e moedas para fim especulativo, excetu- adas aplicações em modalidades de investi- mento que a CEP venha a especificar. § 2º Em caso de dúvida, a CEP poderá solici- tar informações adicionais e esclarecimen- tos sobre alterações patrimoniais a ela co- municadas pela autoridade pública ou que, por qualquer outro meio, cheguem ao seu conhecimento. § 3º A autoridade pública poderá consultar previamente a CEP a respeito de ato espe- cífico de gestão de bens que pretenda rea- lizar. www.acasadoconcurseiro.com.br14 § 4º A fim de preservar o caráter sigiloso das informações pertinentes à situação pa- trimonial da autoridade pública, as comuni- cações e consultas, após serem conferidas e respondidas, serão acondicionadas em envelope lacrado, que somente poderá ser aberto por determinação da Comissão. Art. 6º A autoridade pública que mantiver par- ticipação superior a cinco por cento do capital de sociedade de economia mista, de instituição financeira, ou de empresa que negocie com o Poder Público, tornará público este fato. Art. 7º A autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra remuneração de fon- te privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade. Parágrafo único. É permitida a participação em seminários, congressos e eventos seme- lhantes, desde que tornada pública eventu- al remuneração, bem como o pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual não poderá ter interesse em decisão a ser tomada pela autoridade. Art. 8º É permitido à autoridade pública o exer- cício não remunerado de encargo de mandatá- rio, desde que não implique a prática de atos de comércio ou quaisquer outros incompatíveis com o exercício do seu cargo ou função, nos ter- mos da lei. Art. 9º É vedada à autoridade pública a aceita- ção de presentes, salvo de autoridades estran- geiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade. Parágrafo único. Não se consideram pre- sentes para os fins deste artigo os brindes que: I – não tenham valor comercial; ou II – distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de even- tos especiais ou datas comemorativas, não ultrapassem o valor de R$ 100,00 (cem re- ais). Art. 10. No relacionamento com outros órgãos e funcionários da Administração, a autoridade pública deverá esclarecer a existência de even- tual conflito de interesses, bem como comuni- car qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado. Art. 11. As divergências entre autoridades pú- blicas serão resolvidas internamente, mediante coordenação administrativa, não lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre matéria que não seja afeta a sua área de competência. Art. 12. É vedado à autoridade pública opinar publicamente a respeito: I – da honorabilidade e do desempenho funcional de outra autoridade pública fede- ral; e II – do mérito de questão que lhe será sub- metida, para decisão individual ou em ór- gão colegiado. Art. 13. As propostas de trabalho ou de negó- cio futuro no setor privado, bem como qualquer negociação que envolva conflito de interesses, deverão ser imediatamente informadas pela au- toridade pública à CEP, independentemente da sua aceitação ou rejeição. Art. 14. Após deixar o cargo, a autoridade públi- ca não poderá: I – atuar em benefício ou em nome de pes- soa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em processo ou negó- cio do qual tenha participado, em razão do cargo; II – prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, valendo-se de informações não divulgadas publicamente a respeito de pro- gramas ou políticas do órgão ou da entida- de da Administração Pública Federal a que esteve vinculado ou com que tenha tido Banco do Brasil Nordeste/2015 – Cultura Organizacional – Prof. Pedro Kuhn www.acasadoconcurseiro.com.br 15 relacionamento direto e relevante nos seis meses anteriores ao término do exercício de função pública. Art. 15. Na ausência de lei dispondo sobre prazo diverso, será de quatro meses, contados da exo- neração, o período de interdição para atividade incompatível com o cargo anteriormente exerci- do, obrigando-se a autoridade pública a obser- var, neste prazo, as seguintes regras: I – não aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profis- sional com pessoa física ou jurídica com a qual tenha mantido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração; II – não intervir, em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, junto a órgão ou entidade da Administração Pública Federal com que tenha tido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração. Art. 16. Para facilitar o cumprimento das nor- mas previstas neste Código, a CEP informará à autoridade pública as obrigações decorrentes da aceitação de trabalho no setor privado após o seu desligamento do cargo ou função. Art. 17. A violação das normas estipuladas nes- te Código acarretará, conforme sua gravidade, as seguintes providências: I – advertência, aplicável às autoridades no exercício do cargo; II – censura ética, aplicável às autoridades que já tiverem deixado o cargo. Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela CEP, que, confor- me o caso, poderá encaminhar sugestão de demissão à autoridade hierarquicamente superior. Art. 18. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado neste Códi- go será instaurado pela CEP, de ofício ou em ra- zão de denúncia fundamentada, desde que haja indícios suficientes. § 1º A autoridade pública será oficiada para manifestar-se no prazo de cinco dias. § 2º O eventual denunciante, a própria au- toridade pública, bem assim a CEP, de ofí- cio, poderão produzir prova documental. § 3º A CEP poderá promover as diligências que considerar necessárias, bem assim so- licitar parecer de especialista quando julgar imprescindível. § 4º Concluídas as diligências mencionadas no parágrafo anterior, a CEP oficiará a auto- ridade pública para nova manifestação, no prazo de três dias. § 5º Se a CEP concluir pela procedência da denúncia, adotará uma das penalidades previstas no artigo anterior, com comunica- ção ao denunciado e ao seu superior hierár- quico. Art. 19. A CEP, se entender necessário, poderá fazer recomendações ou sugerir ao Presidente da República normas complementares, inter- pretativas e orientadoras das disposições deste Código, bem assim responderá às consultas for- muladas por autoridades públicas sobre situa- ções específicas. www.acasadoconcurseiro.com.br 17 Questões 1. (CEF 2006) Tome por base o texto a seguir para julgar os itens 01 a 03, assinalando C (Certo) ou E (Errado): ÉTICA E MORAL Ética tem origem no grego ethos, que significa modo de ser. A palavra moral vem do latim mos ou mores, ou seja, costume ou costumes. A primeira é uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade e está relacionada à Filosofia. Sua função é a mesma de qualquer teoria:explicar, esclarecer ou investigar determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. A segunda, como define o filósofo Vázquez, expressa “um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual dos homens”. Ao campo da ética, diferente do da moral, não cabe formular juízo valorativo, mas, sim, explicar as razões da existência de determinada realidade e proporcionar a reflexão acerca dela. A moral é normativa e se manifesta concretamente nas diferentes sociedades como resposta a necessidades sociais; sua função consiste em regulamentar as relações entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, contribuindo para a estabilidade da ordem social. 01. [___] Compete à moral, como conjunto de normas reguladoras de comportamentos, chegar, por meio de investigações científicas, à explicação de determinadas realidades sociais. 02. [___] Infere-se do texto que ética, definida como “uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade”, corresponde a um conceito mais abrangente e abstrato que o de moral. TEXTO: “No último dia 12 de outubro, dia das crianças, voluntários da FENAE (Federação Nacional das Associações do Pessoal da CAIXA) e da ONG Moradia e Cidadania uniram-se para levar alegria e solidariedade a uma comunidade de catadores de papel: cerca de 40 crianças e 50 adultos que moram precariamente em um terreno próximo ao metrô, sem água, luz ou qualquer infra-estrutura. Mesmo com todas as dificuldades, são pessoas que estão se organizando e, em breve, graças à sua força de vontade e à ajuda de voluntários, criarão uma cooperativa de catadores de material reciclável, que contribuirá para a inserção social dessas pessoas. Com base nas afirmativas do segundo parágrafo do texto “Ética e moral” e considerando a notícia reproduzida acima, julgue os itens subsequentes. 03. [___] Pelo foco da ética, o comporta- mento dos voluntários da FENAE e da ONG Moradia e Cidadania é considerado louvável e relevante. 4. Assinale a opção correta com referência ao papel do Estado e à ética no serviço público. a) Ao Estado não compete estabelecer as condutas proibidas ao servidor público, já que a ética e a moral no serviço público têm por fundamento a concepção pessoal do servidor a respeito de tais institutos. b) O Estado considera legítima a omissão da verdade por parte do servidor público, quando esta for contrária aos interesses da administração pública. www.acasadoconcurseiro.com.br18 c) Quando há atraso na prestação do serviço que lhe compete, a conduta do servidor público causa dano moral aos usuários, sem, contudo, caracterizar atitude contrária à ética ou ato de desumanidade. d) Ressalvadas as hipóteses previstas em lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum. e) A fim de evitar conduta negligente, o servidor deve velar atentamente pelo cumprimento das ordens de seus superiores, sejam elas legais ou ilegais. 5. O Código de Ética do Banco do Brasil prevê a) estrita conformidade à Lei na proibição ao financiamento a partidos políticos. b) troca, sem limites, de informações com a concorrência, na busca de negócios rentáveis. c) relacionamento com o poder público, dependente das convicções ideológicas dos seus titulares. d) responsabilidade aos parceiros pela avaliação de eventual impacto socioambiental nas realizações conjuntas. e) contratação de fornecedores a partir de um grupo selecionado com parcialidade. 6. O Banco do Brasil espera de seus colabora- dores o atendimento a elevados padrões de ética, moral, valores e virtudes, tais como: a) aceitação de presentes oferecidos por clientes satisfeitos, sem restrição de valor. b) associação a entidades representativas alinhadas ao pensamento da diretoria. c) repúdio a condutas que possam caracterizar assédio de qualquer natureza. d) imposição dos princípios pessoais dos chefes aos membros da sua equipe. e) intolerância com a diversidade do con- junto das pessoas que trabalham no conglomerado. 7. O conhecimento prévio da cultura organizacional, pelo interessado na participação de Concurso Público, para ingresso em instituição financeira, é fator importante para a) compatibilizar seus interesses financei- ros pessoais com a sua remuneração fu- tura. b) acumular experiência com vistas à busca de outra colocação no mercado de trabalho. c) preparar o movimento de formação de grupos internos para reformulação dos princípios vigentes. d) permitir reflexão sobre a decisão de tra- balhar em setor e empresa compatíveis com suas aptidões e valores pessoais. e) possibilitar a realização imediata de suas expectativas sobre trabalho, cole- gas e superiores hierárquicos. 8. (Banco do Brasil – Escriturário – FCC – 2011 – Nível Médio) Está presente no Código de Ética do Banco do Brasil que a) os profissionais contratados são orien- tados a pautarem seus comportamen- tos pelos seus princípios éticos familia- res. b) a transparência e a agilidade no forne- cimento de informações prioriza o acio- nista controlador em relação aos inves- tidores e credores. c) a concorrência entre fornecedores se dá dentre aqueles que também sejam clientes e tenham sido indicados pelas áreas de relacionamento comercial. d) os clientes têm assegurado o sigilo das informações bancárias, ressalvados os casos previstos em lei. www.acasadoconcurseiro.com.br 19 Banco do Brasil Nordeste/2015 – Cultura Organizacional – Prof. Pedro Kuhn e) as parcerias e os convênios são estabelecidos sem condicionamento à prévia análise de valores de integridade, idoneidade e respeito à comunidade e ao meio ambiente. 9. (Banco do Brasil – Engenheiro de Segurança do Trabalho – Cesgranrio – 2014 – Nível Superior) Um gerente de pesquisa vinculado ao superintendente de propaganda, ambos subordinados à Diretoria de Marketing do Banco I, verifica, através de um dos projetos que gerencia, a necessidade da divulgação dos serviços bancários prestados pela internet aos clientes dessa Instituição. Para vencer eventual resistência dos usuários em aderir à inclusão digital, em conjunto com a área de Informática, o gerente apresenta- lhes um mecanismo de acesso à rede com proteção avançada. Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, em relação aos clientes, do modo como foi elaborado, tal projeto de inclusão realiza o primado da: a) cortesia b) segurança c) competividade d) precaução e) promoção 10. (Banco do Brasil – Engenheiro de Segurança do Trabalho – Cesgranrio – 2014 – Nível Superior) Um casal possui contas separadas em uma mesma agência bancária. A mulher, curiosa quanto aos gastos do marido, segundo ela, excessivos, procura o gerente do Banco para pedir informações sobre a movimentação financeira do cônjuge. O gerente, no entanto, aduz que somente pode permitir- lhe o acesso aos dados bancários mediante autorização do correntista titular. Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o gerente estaria a) protegendo o direito de imagem do cor- rentista diante da curiosidade da espo- sa. b) burlando o dever de cortesia que per- mite o acesso preconizado pela cliente. c) violando a lei que permite o acesso de familiares às contas de todos os mem- bros da família. d) perdendo uma oportunidade de negó- cios, deixando de agradar à cliente. e) assegurando o sigilo da operação ban- cária, que deve ser protegido no caso. 11. (Banco do Brasil – Engenheiro de Segurança do Trabalho – Cesgranrio – 2014 – Nível Superior) Uma assistente administrativa de um banco que atua na área de câmbio, emépocas de muita procura, por vezes, tem necessidade de postular autorização do seu gerente para procurar numerário em outras Instituições financeiras, prometendo reciprocidade no caso de situações similares ocorreram nas outras empresas. Em determinado dia, diante de procura excepcional, um dos funcionários de uma das Instituições que auxiliara a funcionária postulou reforço do seu numerário em moeda estrangeira. Sabedora da existência de reservas polpudas no seu banco, a assistente solicitou o apoio do gerente que, em altos brados, chamou-a de mendaz e oportunista, acrescentando que não autorizaria a remessa postulada. Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o gerente estaria a) exercendo naturalmente o seu poder de decisão gerencial com autonomia. b) impedindo que a Instituição financeira tivesse prejuízos diante da possibilidade de falta de espécie para outros atos. c) estabelecendo um ambiente não sau- dável de relacionamento, contrariando a normativa preconizada. d) atuando de acordo com o estresse pro- vocado pelo trabalho desempenhado. www.acasadoconcurseiro.com.br20 e) defendendo a Instituição de um mau negócio em época de crises, o que lhe permitiria o uso de um palavreado mais rude. 12. (Banco do Brasil – Engenheiro de Segurança do Trabalho – Cesgranrio – 2014 – Nível Superior) O gerente de relações com o mercado do Banco I divulga comunicado interno aos colaboradores da Instituição sobre a necessidade de divulgação aos novos acionistas dos relatórios apresentados à Comissão de Valores Mobiliários. Nesse comunicado, dá a orientação de que os relatórios devem ser enviados, preferencialmente, por meio eletrônico, ou em papel. Um dos colaboradores mostra- se contrário a essa ideia, aduzindo que, em mensagem eletrônica, os relatórios seriam extensos e que, em papel, a impressão de mais de duzentas folhas por acionista e os custos de postagem gerariam enorme despesa. Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o envio dos relatórios a) traduz um ato de burocracia que deve ser evitado. b) induz a custos exagerados que devem sofrer corte. c) realiza o dever de transparência e informação aos acionistas. d) revela-se inadequado diante das modernas tecnologias. e) concretiza um ideal de prevalência da forma sobre o conteúdo. 13. (Banco do Brasil – CESGRANRIO – 2015) Sra K é aprovada em concurso para ingresso em um determinado Banco. Sendo pessoa extremamente ambiciosa e calculista, programa a sua carreira estabelecendo, em cada momento temporal, o nível que deveria ser alcançado no plano de cargos e salários da instituição financeira. Não existem limites para o seu projeto e, para isso, utiliza todas as armas possíveis, inclusive o complexo jogo da sedução. Não basta apenas convencer os superiores, mas, também, os subordinados, estes para convencê-los a cumprir, em prazos curtos, as metas estipuladas pela alta gerência. Essas atitudes devem ser consideradas, sob a perspectiva ética, a) naturais, uma vez que são inerentes à progressão na carreira. b) admissíveis, pois não existe locupleta- mento pessoal. c) adequadas, uma vez que, socialmente diante do universo empresarial são estimuladas. d) rejeitáveis, diante do claro assédio mo- ral. e) impugnáveis, diante da utilização de critérios de metas. 14. (Banco do Brasil – CESGRANRIO – 2015) Sr. X é um gerente com dedicação extre- mada à família e, sempre que as atividades profissionais o permitem, dirige-se a locais bucólicos e realiza atividades lúdicas com seus familiares. Com o passar do tempo, Sr. X entende que o serviço não merece a sua dedicação total e passa a delegar mais e mais tarefas aos seus subordinados, incluin- do a assinatura de documentos importantes que, na sua seção, ocorre mediante meio eletrônico, utilizando um token cadastrado. Sendo frequente a sua ausência do local de trabalho com o argumento de visitas cons- tantes a clientes, a portadora do token pas- sa a ser sua fiel secretária. Ocorre que hou- ve a detecção de diminuição das operações www.acasadoconcurseiro.com.br 21 Banco do Brasil Nordeste/2015 – Cultura Organizacional – Prof. Pedro Kuhn na agência dirigida por Sr. X, o que gerou a visita surpresa de representantes da audito- ria interna, os quais constataram inúmeras irregularidades, além das descritas anterior- mente. Nessa situação, sob a perspectiva ética, a) a família deve ser privilegiada em detrimento das atividades profissionais. b) o comprometimento com a família é considerado falta, pois o trabalho deve ser privilegiado. c) o compartilhamento de senhas pessoais é considerado uma grave falta. d) o empréstimo de instrumentos de assinatura digital a servidores de confiança é admissível. e) os atos praticados representam a moderna administração com delegação de funções e exercício da confiança nos subordinados. 15. (Banco do Brasil – CESGRANRIO – 2015) Sr. W, após longa carreira no Banco Z&Z S.A., passa a chefiar uma equipe numerosa de colaboradores, sendo instado pelas altas instâncias da instituição financeira a aumentar o nível de produtividade individual. Com esse objetivo, ele realiza pesquisas sobre as necessidades e os desejos dos funcionários e realiza diversas sessões de treinamento. Ao aplicar os conhecimentos nas relações concretas, resolve criar um ritual, ao final de cada expediente laboral, elegendo o funcionário mais produtivo e o mais improdutivo do dia. Para o vitorioso funcionário, outorga uma barra de chocolate fino; para o outro, a inclusão em quadro de avisos, com o seu nome em letras garrafais. Sra V, após um mês sendo classificada em último lugar, começa a chorar, causando comiseração nos seus colegas que passam a criticar o método do gerente e levam o caso à Comissão de Ética do Banco. Nesse caso, de acordo com o código de Ética do Banco do Brasil, tais fatos são a) adequados, uma vez que é assegurada às chefias completa liberdade para utilização de métodos que levem aos objetivos preconizados. b) adequados, uma vez que propiciaram aos funcionários treinamento e motivação, elementos que integram o rol das atividades próprias da instituição sem limitações. c) essenciais para um adequado desenvol- vimento do trabalho, uma vez que haja uma Comissão de Ética externa. d) inadequados, uma vez que são repudiadas as atividades de qualquer natureza, que caracterizem assédio no ambiente de trabalho. e) inadequados, uma vez que analisar os atos sob a perspectiva empresarial revela-se essencial para aferir a sua regularidade. Gabarito: 1. 1. E / 2. C / 3. E 4. D 5. A 6. C 7. D 8. D 9. B 10. E 11. C 12. C 13. D 14. C 15. D
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