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Processual Penal I - SEMANA 16

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SEMANA 16 - 
GABARITO
CASO 1 
Os arts. 5º, II, 18, 26, 156, I, 241, 311 do CPP, art. 7º da lei 1.521/51,art. 3º caput e p. 2º da lei 9034/95, art. 3º da lei 9296/96, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda na fase investigativa. Diga se esses dispositivos são compatíveis com o atual sistema vigente na CRFB/88, estabelecendo as principais diferenças entre o sistema acusatório e o inquisitivo. 
CASO 1 Resposta sugerida: (Rangel, Paulo. Direito Processual Penal, 15ª ed, pág.56-63. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2008). A atuação do juiz nos dispositivoscitados afronta o sistema acusatório, pilar de um Estado Democrático de Direito,onde a figura do juiz deve estar distante e separada das partes, resguardando aomáximo, a sua imparcialidade. A imparcialidade é um elemento integrante eindispensável da estrutura do sistema acusatório, pois o juiz não deve imiscuir-sena atividade de colheita do material probatório antes de ter provocada sua jurisdição. Características próprias do sistema inquisitivo: a) as três funções(acusar, defender, julgar) concentram-se nas mãos de uma só pessoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, quebrando assim, sua imparcialidade; b) o processo éregido pelo sigilo, de forma secreta; c) não há contraditório nem ampla defesa; d)o sistema de provas é o da tarifada, e consequentemente a confissão é a rainha dasprovas. Características do sistema acusatório: a) há separação entre as funções deacusar, julgar e defender; b) o processo é regido pelo princípio da publicidade dosatos processuais; c) os princípios do contraditório e da ampla defesa informam todoo processo; d) o sistema de provas é o do livre convencimento; e) imparcialidadedo órgão julgador.
CASO 2 
A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois nãose concebe um processo legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem quese dê ao acusado a oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo MinistérioPúblico em sua peça exordial? (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. PrincípiosFundamentais do Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípios informadosacima e responda se eles são aplicados na fase pré-processual, fundamentando suaresposta.
CASO 2 Resposta sugerida: Devido processo legal, contraditório e ampla defesa e verdade real. Os Estado, sendo o titular do ius puniendi, tem, na realidade, opoder-dever de punir, mas deve, também, preservar a liberdade do indivíduoatravés instrumento de tutela de ambos os interesses: o processo penal. Não háverdade processual sem que, para que se possa descobri-la, respeitem-se osprocedimentos delineados em lei. Não há como se respeitar o contraditório,estabelecendo a igualdade das partes na relação jurídico-processual, sem ocumprimento dos dispositivos legais. Sem o devido processo legal, não pode havercontraditório. O devido processo legal é o princípio reitor de todo arcabouço jurídicoprocessual. 
CASO 3 
Catarina, no dia 10/03/08, praticou o crime de homicídio doloso. Em agostode 2008 entrou em vigor a lei 11.689/08, que revogou o art. 607 do CPP,extinguindo assim com o protesto por novo júri, um recurso exclusivo da defesaque era cabível para os condenados à uma pena igual ou superior a vinte anos dereclusão. Em dezembro de 2008 o magistrado proferiu a sentença condenandoCatarina à 21 anos de reclusão. Essa lei processual nova se aplica à Catarina? 
CASO 3 Resposta sugerida: LIMA, Marcellus Polastri. Manual de Processo Penal. Riode Janeiro: Lumen Juris, 4ª ed., p. 61-65. A lei processual penal entrando em vigorapós promulgação, publicação e eventual vacatio legis, terá efeito imediato. Não secogita na lei processual penal a retroatividade da lei mais benéfica ou airretroatividade da lei mais gravosa como no Direito Penal. Os atos processuaispraticados sob a égide da lei anterior revogada, continuam válidos, e manterão suaeficácia, inclusive no que diz respeito aos prazos que já começaram a correr.Contudo nada impede que o legislador, querendo, estabeleça, expressamente, aretroatividade ou irretroatividade da lei nova. Em havendo normas processuais mistas, com caráter processual e penal, não se aplica quanto aos efeitos penais oprincípio tempus regit actum (aplicação imediata), mas sim os princípiosconstitucionais que regem a aplicação da lei penal: a ultratividade e aretroatividade da lei mais benigna
.CASO 4
 Determinado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crimede tráfico de drogas, figurando como indiciado Regiclécio da Silva, mais conhecidocomo Águia. Durante as investigações, seu advogado, devidamente constituído,requereu à autoridade policial a vista dos autos do respectivo inquérito.Argumentou para tanto que, não obstante em tramitação sob regime de sigilo,considerada a essencialidade do direito de defesa, prerrogativa indisponívelassegurada pela Constituição da República, que o indiciado é sujeito de direitos edispõe de garantias legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos agentes doEstado, além de eventualmente induzir-lhes à responsabilidade penal por abuso depoder, pode gerar a absoluta desvalia das provas ilicitamente obtidas no curso dainvestigação policial. A autoridade policial não permitiu o acesso aos autos doinquérito policial, uma vez tratar-se de procedimento sigiloso e que tal solicitaçãopoderia comprometer o sucesso das investigações. Diga a quem assiste razão,fundamentando a sua resposta na doutrina e jurisprudência. 
CASO 4 Resposta sugerida: O STF já concedeu habeas corpus para permitir que ospacientes, através de seus advogados, tenha acesso aos elementos coligidos noinquérito policial, que lhes digam respeito diretamente. Asseverou-se que aoponibilidade do sigilo ao defensor constituído tornaria sem efeito a garantiaabrigada no art. 5º, LXIII da CRFB, no qual assegura ao indiciado a assistênciatécnica de advogado. No entanto, deve-se observar a súmula vinculante nº 14 doSTF, para afirmar que tal acesso aos autos do inquérito policial somete ocorreráapós todos os elementos informativos estarem devidamente documentados.Leitura Indicada STF: HC 93767. Informativo do STF nos 495,499, 529, 424, 356.
 CASO 5 
O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II doCPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento doIP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de provasubstancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico.Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material? 
CASO 5 Resposta sugerida: STF, Inp 1538/PR Pet 3927 / SP - SÃO PAULO PETIÇÃORelator(a): Min. GILMAR MENDES EMENTA: Petição. 1. Investigação instauradapara apurar a suposta prática do crime de corrupção eleitoral ativa por DeputadoFederal (Código Eleitoral, art. 299). 2. Arquivamento requerido pelo MinistérioPúblico Federal (MPF) sob o argumento de que a conduta investigada é atípica. 3.Na hipótese de existência de pronunciamento do Chefe do MPF pelo arquivamentodo inquérito, tem-se, em princípio, um juízo negativo acerca da necessidade deapuração da prática delitiva exercida pelo órgão que, de modo legítimo e exclusivo,detém a opinio delicti a partir da qual é possível, ou não, instrumentalizar apersecução criminal. Precedentes do STF. 4. Apenas nas hipóteses de atipicidade daconduta e extinção da punibilidade poderá o Tribunal analisar o mérito dasalegações trazidas pelo Procurador-Geral da República. 5. Ausência de elementardo fato típico imputado: promessa de doação a eleitores. 6. Arquivamento deferido.Decisão O Tribunal, por unanimidade, deliberou pelo arquivamento da ação, nostermos do voto do relator, Ministro Gilmar Mendes (Presidente). 
Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, aSenhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 12.06.2008. Indexação - VIDE EMENTA EINDEXAÇÃO PARCIAL: JURISPRUDÊNCIA, STF, IMPOSSIBILIDADE, APRECIAÇÃO,MÉRITO, SOLICITAÇÃO, PROCURADOR-GERALDA REPÚBLICA, ARQUIVAMENTO,INQUÉRITO POLICIAL. EXCEÇÃO, ARQUIVAMENTO, INQUÉRITO, FUNDAMENTO,EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, PRESCRIÇÃO, PRETENSÃO PUNITIVA, CONDUTA ATÍPICA, POSSIBILIDADE, PRODUÇÃO, EFEITO, COISA JULGADA MATERIAL. Pet3943 / MG - MINAS GERAIS PETIÇÃO Relator(a): Min. CEZAR PELUSO EmentaEMENTA: INQUÉRITO POLICIAL. Arquivamento. Requerimento do Procurador-Geralda República. Pedido fundado na alegação de atipicidade dos fatos. Formação decoisa julgada material. Não atendimento compulsório. Necessidade de apreciação edecisão pelo órgão jurisdicional competente. Inquérito arquivado. Precedentes. Opedido de arquivamento de inquérito policial, quando não se baseie em falta deelementos suficientes para oferecimento de denúncia, mas na alegação deatipicidade do fato, ou de extinção da punibilidade, não é de atendimentocompulsório,
senão que deve ser objeto de decisão do órgão judicial competente,dada a possibilidade de formação de coisa julgada material.
CASO 6
 Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante doexposto, pergunta-se :a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura daqueixa?b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte docônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quemseria seu representante legal?c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para apropositura da ação seria concorrente ou exclusiva? 
CASO 6 Resposta Sugerida: A ) Paula tem capacidade de ser parte ( legitimatio adcausam) uma vez que foi vítima do crime, entretanto não possui capacidade paraestar em juízo praticando atos processuais válidos ( legitimatio ad processum).Assim sua incapacidade terá que ser suprida através da representação. B - Paraalguns Paula, sendo emancipada, não teria mais representante legal, podendo,assim, propor a queixa. Segunda a melhor doutrina ainda que emancipada Paula éinimputável, já que a emancipaçõ só gera efeitos civis, e caso fizesse falsasafirmações não estaria sujeita as sanções pela prática do injusto penal deDenunciação Caluniosa. Assim necessária a intervenção do representante legal enão possuindo Paula representante legal, seria viável a nomeação de curadorespecial ( artigo 33 do CPP). C ? De acordo com o disposto no art. 5ºdo Código Civila menoridade cessa a partir dos 18 completos. Assim não faz sentido que noprocesso penal permaneça a legitimação concorrente para os maiores de 18 emenores de 21 anos , pois os maiores de 18 anos são pessoas habilitadas paratodos os atos da vida civil. Segundo a melhor doutrina o artigo 34 do CPP, assimcomo outros dispositivos do Código de Processo Penal, perdeu o objeto e foramrevogados. Ver: Rangel, Paulo. Direito Processual Penal , Rio de Janeiro: LumenJuris, 2008, 15ª ed., pág. 233-244. Lima, Marcellus Polastri. Manual de ProcessoPenal. 2009. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 4ª ed., pág 240-241
CASO 7 
Antonio, professor conceituado, certa noite, ao chegar à casa, depara-secom Alfredo, que a havia invadido com a finalidade de furtar bens móveis. Alfredo,tão logo vê Antonio, efetua vários disparos na direção do mesmo, tendo estetambém sacado de sua arma e efetivado dois disparos em Alfredo, que o atingemortalmente. Antonio, por orientação de seu advogado, preparava-se para deixar olocal, de modo a que não fosse preso em flagrante. Entretanto, antes que Antoniosaísse de casa, chegou José, que é Promotor de Justiça. O Promotor, depois deouvir a versão acerca dos fatos, deixou de efetivar a prisão de Antonio por entenderque ele agiu em legítima defesa e, por isso, não seria justo prendê-lo em flagrante.Indaga-se:
 
a) Estaria o Promotor, diante de tal circunstância, obrigado a efetuar a prisão emflagrante?b) Se José fosse delegado de polícia a situação se alteraria? Caso não efetuasse aprisão por ser amigo de Antônio, poderia estar incurso em algum dispositivo docódigo penal
.CASO 7 Resposta sugerida: O promotor de justiça e o juiz podem efetuar a prisãoem flagrante, mas não estão obrigados a fazê-lo, pois o flagrante nesse caso éfacultativo; analisam inclusive a possibilidade de uma legítima defesa no casonarrado.Em relação à letra b), o delegado é obrigado a efetuar a prisão em flagrante; trata-se de flagrante obrigatório, previsto no art. 301 do CPP; se o delegado efetuasse aprisão em flagrante estaria agindo no estrito cumprimento do dever legal, emdeixando de efetivar a prisão estaria cometendo o delito de prevaricação, nosmoldes do art. 319 do CP.
 CASO 8
 Maneco Branco estava sob suspeita de traficar drogas nas imediações deuma casa noturna frequentada por jovens da classe média da zona sul da cidade.Foi assim que policiais da circunscricional local postaram-se em condições deobservar a dinâmica do negócio espúrio: de tempos em tempos, Maneco entrava esaía da de uma casa próxima, para entregar alguma coisa a pessoas, que iam nadireção da referida casa noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram nacasa mediante pontapés, e lograram encontrar 100kg de cocaína, 1000 papelotesde ácido e 5000 comprimidos de êxtase. Maneco foi preso em flagrante. A prisão deManeco foi legal?
CASO 8 Resposta sugerida: Maneco estava em flagrante delito, pois tinha emdepósito a substância entorpecente. Trata-se de crime permanente e o agente estáem flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Art. 302, I e 303 do CPP.Sendo assim, a CRFB, no seu art. 5º, XI, autoriza o ingresso na residência dealguém em situação flagrancial
.CASO 9 
Claudão estava na porta de uma casa noturna, pretendendo nela ingressar,de qualquer maneira, mesmo não dispondo de dinheiro para pagar o ingresso ou deconvite distribuído a alguns frequentadores. Vendo que não conseguia o seuintento, resolveu apelar para o golpe: vou entrar só para ver se encontro umamigo, que marcou aqui na porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi naconversa, Claudão começou a insultá-lo e nele desferiu dois socos bem colocados,causando-lhe um inchaço na testa e escoriações no cotovelo direito, ferimento essedecorrente da queda do agredido ao chão. Policiais-militares, chamados ao local,deram voz de prisão ao Claudão, e o conduziram, juntamente com a vítima, àcircunscricional, onde Claudão foi logo autuado em flagrante delito. Indaga-se: a.foi correta a prisão de Claudão pelos policiais militares? b. O fato narrado, por si só,ensejava a lavratura do auto de flagrante?
 CASO 9 Respostas sugeridas: a- Foi correta pois o mesmo encontrava-se emflagrante delito, haja vista ter sido encontrado agredindo o porteiro, art. 302, I doCPP b- A lesão corporal leve, por se tratar de infração de menor potencial ofensivo,a teor do que dispõe o art. 61 da lei 9099/95, a autoridade policial deveria lavrartermo circunstanciado, na forma do art. 69, p. único da citada lei, e não o auto deprisão em flagrante
.CASO 10:
 Wladimir e Otaviano, policiais civis, vão até a uma favela da região e, nointuito de incriminar Godofredo como traficante de droga, fingem ser compradoresde maconha e o induzem a lhes vender a erva. Quando Godofredo traz a droga, ospoliciais efetuam a prisão em flagrante por infringência do art. 33, da Lei nº11.343/06. Pergunta-se: Essa prisão é legal? Resposta fundamentada. 
CASO 10 Resposta sugerida: Segundo a jurisprudência sumulada no STF, ?não hácrime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a suaconsumação (Verbete 145, STF). Todavia, o caráter permanente da infração autoriza concluir que estava o agente em estado flagrancial, posto que levavaconsigo a substância entorpecente, sendo certo tratar-se de uma das modalidades do tipo múltiplo do art. 33 da Lei nº 11.343/06. Observa-se que não houve induzimento do policial para que o traficante portasse a droga. Ele já a portava, deforma permanente. No caso de entorpecente, o estado de flagrante é permanente,infração chamada delicta facti permanentis, nas modalidades de guardar, ter emdepósito, trazer consigo. A prisão é, portanto, legal, tanto que não restou impedidaaconsumação do ilícito penal, logo o IP será instaurado pelo APF. 
CASO 11 
Genésia, 19 anos de idade, foi vítima do crime previsto no art. 213 caputdo CP praticado por Regiclécio. Genésia, assustada, foi pra casa e comunicou o fatoa seu pai, que imediatamente noticiou o fato à delegacia local. Após algumasdiligências, horas depois do crime, a autoridade policial logrou prender Regiclécioem sua residência. O auto de prisão em flagrante foi lavrado nos termos do art.306 do CPP. Diante do exposto, pergunta-se:a) A situação acima caracteriza flagrante delito? Em caso positivo, diga qual aespécie, indicando o dispositivo legal.b) Agiu corretamente a autoridade policial na condução da diligência, bem como nalavratura do auto de prisão em flagrante? 
CASO 11 Resposta sugerida: A hipótese caracteriza o flagrante presumido, previstono art. 302, IV do CPP. Não agiu corretamente a autoridade policial, haja vistatratar-se de crime de ação penal pública condicionada à representação, nos termosdo art. 225 caput do CP. Dessa forma, Genésia, vítima maior e capaz, é a únicalegitimada a ofertar a representação em sede policial necessária à lavratura do autode prisão em flagrante. 
CASO 12 
Rosivaldo Loureiro foi preso em flagrante por policiais militares pelaprática do crime previsto no art. 12 da lei 10.826/03. Narra o auto de prisão emflagrante, que o preso guardava em sua residência 03 (três) revólveres calibre 38,em desacordo com a regulamentação legal. O APF foi comunicado ao juiz no prazolegal acompanhado da folha de antecedentes criminais de Rosivaldo, onde nãoconstava nenhuma anotação. À luz das características da prisões cautelares, digase é possível que Rosivaldo responda ao processo em liberdade.
CASO 12 Resposta sugerida: É possível que Rosivaldo responda ao processo emliberdade haja vista que o crime tem pena de detenção de 1 a 3 anos, e ainda quecondenado a pena máxima, caberá a substituição por pena restritiva de direitos,por se tratar de réu primário e de bons antecedentes, e não ser o crime praticadocom violência ou grave ameaça. É a aplicação do princípio da homogeneidade queregem as prisões cautelares, que nos informa que ?a medida cautelar a ser adotadadeve ser proporcional a eventual resultado favorável ao pedido do autor, não sendoadmissível que a restrição, durante o curso do processo, seja mais severa que asanção a ser aplicada caso o pedido seja julgado procedente? (RANGEL, Paulo.Direito Processual Penal. 15ª ed., pág. 659-660). OBSERVAR OS ARTS. 282, 313 E319 DO CPP COM A REDAÇÃO DETERMINADA PELA LEI 12.403/11

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