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TCC GERAL Historia 2017 (1)

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL – ORIENTAÇÕES 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – 
LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2017 
 
2 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL – ORIENTAÇÕES 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
Documento de orientação para a organização do 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Curso: Licenciatura em História 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
 
3 
 
CARTA AO ESTUDANTE 
Prezado(a) estudante, 
“Quando se une a prática com a teoria tem-se a ação criadora e modificadora da realidade”. 
(Paulo Freire) 
Parabéns! Você chegou em mais uma etapa de extrema relevância para sua vida 
profissional: o trabalho de conclusão de curso do seu curso. 
 Este é o melhor momento para sua percepção concreta perante uma determinada 
realidade. 
A Escola Superior de Educação do Centro Universitário UNINTER apresenta o manual 
com as orientações para a realização do trabalho de forma acadêmica e orientada. 
Destaca-se que para a realização de tal atividade é imprescindível a leitura integral 
do presente documento. 
Embora trate-se de um trabalho de conclusão de curso, você não precisa, e nem deve, 
esperar até o final de seu curso para executá-lo. Você pode ir cumprindo todas as etapas que 
serão descritas aqui durante o decorrer do seu curso. Assim que possível, escolha seu tema e 
comece suas leituras e fichamentos. 
Não se preocupe se seu projeto inicial parecer muito simples. Você poderá aprimorá-lo 
após adquirir mais leituras e conhecimentos na área escolhida. 
Começar o quanto antes lhe dará tempo para fazer com calma cada etapa em vez de 
levá-lo a uma correria desenfreada no final, o que prejudicará sua redação e, 
consequentemente, sua avaliação final. 
Tudo pronto para começarmos? Seja bem-vindo a esta etapa do seu curso. 
 
 
Bons estudos práticos! 
Coordenação Curso Licenciatura em História 
Coordenação Núcleo de Pesquisa e Prática Pedagógica 
4 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 5 
COMITÊ DE ÉTICA ............................................................................................................................... 7 
NOÇÕES PRELIMINARES - PESQUISA .......................................................................................... 9 
1. O QUE É UM TCC ...................................................................................................................... 10 
1.1 PORQUE TODOS DEVEM REALIZAR O TCC? ............................................................. 10 
2. O QUE É PESQUISA? ............................................................................................................... 11 
2.1 Ciência ...................................................................................................................................... 12 
2.2 Conhecimento científico .................................................................................................... 13 
ROTEIRO DE TCC – PROJETO –TEXTO FINAL-APRESENTAÇÃO .................................... 17 
1. COMO ELABORAR UM TCC .................................................................................................. 17 
1.1 COMO ELABORAR UM TCC - PROJETO ........................................................................ 18 
1.2 COMO ELABORAR UM TCC – TEXTO FINAL .............................................................. 20 
1.3 TCC – APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 20 
2. PASSO A PASSO DO TCC ........................................................................................................ 22 
2.1 ESTRUTURAÇÃO DO TCC .................................................................................................. 22 
2.2 FORMATAÇÃO DO TCC ...................................................................................................... 32 
ANEXOS DO MANUAL ...................................................................................................................... 44 
 
5 
 
 
APRESENTAÇÃO 
A exigência de que você encerre o curso com a produção de um Trabalho 
de Conclusão (pesquisa) revela nossa preocupação com a qualidade do ensino 
que estamos oferecendo, pois será o momento em que escolherá um dos 
assuntos que despertou seu interesse durante seu percurso acadêmico para 
aprofundar-se nele. Sendo assim, é indispensável que o tema escolhido por 
você faça relações com os conteúdos que aprendeu. 
Os eixos nos quais você poderá pesquisar em seu TCC são: 
 
 Metodologia do ensino de História: Pesquisas voltadas para 
o processo de ensino de História e elaboração de material 
didático. Pode se relacionar com temas das seguintes áreas: 
Antiguidade Oriental, História Antiga, História Medieval, 
História Moderna, História Contemporânea, História do Brasil, 
História da América, História da Arte e Arqueologia. 
 
 Educação Patrimonial: Elaboração de projetos que envolvam 
a comunidade local, o patrimônio cultural brasileiro e 
iniciativas de educação patrimonial. 
 
 Teoria & Historiografia: Pesquisas que enfoquem as 
discussões teórico-metodológicas da História, as diferentes 
correntes historiográficas, as distintas abordagens e 
metodologias para as fontes históricas. 
 
Durante todo o período, você deverá articular teoria e prática, utilizando 
as diretrizes aqui disponibilizadas e os referenciais bibliográficos indicados 
pelos professores, bem como as obras pesquisadas por eles e os 
6 
 
conhecimentos acumulados durante o desenvolvimento de todas as disciplinas 
do curso. 
 
 
7 
 
COMITÊ DE ÉTICA 
O pesquisador deve definir como se constituirá o trabalho de pesquisa. 
Sugerimos a realização de uma pesquisa bibliográfica, pois a pesquisa de 
campo requer um tempo maior na preparação e coleta de dados para a 
concretização da pesquisa e, para futura publicação, necessitará passar pelo 
comitê de ética da Instituição. 
Há um assunto importante sobre o qual você precisa ficar atento desde 
já: o comitê de ética. Após receber uma primeira orientação de seu professor 
(orientador) via AVA, você deverá submeter o seu Projeto de Pesquisa a 
aprovação de um Comitê de Ética. Neste caso, será obrigatória a entrega de 
um Projeto de Pesquisa para ser analisado pelo Comitê de Ética. Para que 
haja tempo hábil de encaminhar o seu projeto para a apreciação do Comitê de 
Ética, você deverá encaminhá-lo no início do período de elaboração de TCC, 
ou seja, logo nos primeiros dias da disponibilização do link para postagem. 
 O primeiro passo é acessar o site da Plataforma Brasil, registrar-se 
como pesquisador e, depois, cadastrar o seu projeto. O modelo de projeto a 
ser seguido é o indicado pela plataforma, ou seja, você deve preencher os 
dados solicitados. O comitê reúne-se em datas fixas que estão disponíveis no 
site. Os projetos são avaliados de acordo com as datas das reuniões. 
Clique no link para acessar o site da plataforma do SISNEP – Sistema 
Nacional de Ética em Pesquisa. Um projeto não aprovado pelo comitê de ética 
não significa que você foi reprovado no TCC. Caso o seu projeto não seja 
aprovado, você deverá apresentar outro para nova análise. 
Para que você compreenda melhor, vamos explicar: qualquer dado que 
não seja de domínio público é OBRIGADO a passar pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa. Por exemplo: entrevista, pesquisa de campo, estudos de caso,acesso a prontuários de pacientes (em papel ou meio eletrônico), bases de 
dados de Unidades Básicas de Saúde (prefeituras, hospitais, clínicas, 
8 
 
laboratórios, operadoras de planos de saúde; secretarias municipais e 
estaduais de Saúde) e outros. Mais detalhes sobre esse assunto poderão ser 
encontrados com a tutoria do Curso e, principalmente, com o próprio Comitê de 
Ética da Instituição pelo e-mail: etica@uninter.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES PRELIMINARES - PESQUISA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. O QUE É UM TCC 
 
O TCC é um trabalho científico, resultado de uma pesquisa executada 
de acordo com os requisitos científicos de sua área específica. Esses 
requisitos variam de acordo com as diversas áreas de conhecimento e todos 
devem ser submetidos ao julgamento de seus pares. 
 O TCC é a sua oportunidade para demonstrar que aprendeu a usar as 
ferramentas e conhecimentos obtidos durante o seu curso, mas também pode 
ser o primeiro passo para suas futuras pesquisas. Se você tem interesse em 
algum assunto particular, alguma dúvida ou curiosidade que gostaria de 
responder, este pode (e deve!) ser um bom começo. 
 
1.1 PORQUE TODOS DEVEM REALIZAR O TCC? 
 
I. Para poder aliar a teoria à prática, no que tange à sua formação 
profissional e pedagógica. 
II. Porque a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 
Lei nº 9394/96 determina essa exigência. 
III. Porque as Diretrizes do Curso indicam a carga curricular 
estipulada para a sua realização. 
IV. Para os que já atuam na profissão e buscam aperfeiçoamento, 
certificação e/ou progressão na carreira, significa: espaço de 
formação contínua; reflexão sobre a própria prática; análise de 
outras práticas a partir das teorias estudadas. 
 
 
11 
 
2. O QUE É PESQUISA? 
 
 
“Nossos planos fracassaram porque não 
tinham objetivo. Quando um homem não 
sabe a que porto deseja chegar, nenhum 
vento é o vento certo.” 
Sêneca 
 
A história da humanidade revela uma constante busca pelo 
conhecimento. Desde os tempos mais remotos, o ser humano vem lutando 
para progredir. No início, pela própria sobrevivência. Posteriormente, pela 
necessidade intrínseca de adquirir meios mais práticos para obter uma vida 
melhor, com mais saúde, conforto e estabilidade. Há quem diga que, no fundo, 
a busca por todas essas realizações denuncia a vontade do homem de 
encontrar a felicidade. No entanto, a jornada humana é um caminho incerto. 
Durante sua evolução, o homem encontrou-se em meio a condições das mais 
adversas, como intempéries, enchentes, secas, animais ferozes, enfermidades 
de variadas intensidades, epidemias, guerras, pragas etc. Esses reveses 
foram, e são os grandes desafios que o fizeram/fazem usar de toda a sua 
capacidade criativa para superá-los, em favor de sua sobrevivência. 
 Na medida em que o tempo avança, surgem novos desafios, além dos 
que ainda permanecem nos intrigando. 
Como lidar com esses desafios? Essa é a pergunta chave para o 
começo de uma a investigação. Antes de tudo – O QUÊ – exatamente, deve 
ser resolvido? 
Uma vez detectado qual é o problema, surge a próxima pergunta: 
POR QUÊ resolvê-lo? Há, basicamente, dois grandes motivadores, que podem 
estar juntos ou não: a necessidade e a curiosidade. Então, problema 
encontrado, necessidade de resolvê-lo e/ou curiosidade estabelecidos, o 
próximo passo é COMO resolvê-lo? É a partir daí, que o homem lança seu 
olhar ao redor, inferindo causas prováveis para o problema e propondo 
hipóteses: a) para as causas, caso não as conheça, e b) para como solucioná-
12 
 
lo. Usando ferramentas adequadas, aquelas que gerem condições viáveis para 
a busca da solução, ele parte para a coleta de informações sobre causas e 
hipóteses levantadas, que serão testadas para sua confirmação, ou não. 
A pesquisa científica é a aplicação controlada, por pares, desse método 
que é usado, em parte, empiricamente, por nós todos, todos os dias, sem 
sequer percebermos. A pesquisa científica pode ser concebida como um 
processo sistemático no avanço construtivo do conhecimento. 
2.1 Ciência 
 
 Ciência é uma forma de se obter conhecimento por meio do método 
científico. Também chamamos ciência, o conjunto desses conhecimentos 
obtidos por meio do método científico. Diferente do senso comum, cujo 
conhecimento se dá por repetição sem investigação, o conhecimento científico, 
para ser admitido como tal, precisa atender a requisitos específicos. 
 Numa pesquisa cotidiana basta escolher o melhor método de obter a 
resposta e implementá-lo até, efetivamente, conseguir a resposta. Depois que 
você descobre com que roupa deve ir à festa de casamento, não escreve todos 
os passos que deu para descobrir e leva por escrito para festa pra ver se seus 
colegas aprovam. Você veste a roupa e vai se divertir. 
 Na pesquisa científica é bem diferente. Todas as etapas são descritas e 
explicadas, de acordo com as normas científicas, antes e durante sua 
execução. Finda a pesquisa, escreve-se a dissertação, se for uma pesquisa de 
mestrado, ou a tese, se for de doutorado. No caso do trabalho de conclusão de 
curso (TCC) de graduação, será escrito um artigo científico. Depois tudo 
pronto, o trabalho é submetido ao julgamento por pares, que são outros 
pesquisadores que têm reconhecido saber sobre o assunto pesquisado e/ou 
que também o estão estudando. 
 
 
13 
 
2.2 Conhecimento científico 
 
 O conhecimento científico baseia-se na abordagem sistemática dos 
fenômenos a serem investigados e necessita aprendizado superior para seu 
exercício. Com o intuito de facilitar a apreensão dos fenômenos, a ciência foi 
segmentada em diversas áreas do conhecimento (medicina, botânica, 
engenharia, sociologia, psicologia etc.) e cada área produz seus métodos e 
ferramentas para pesquisa e construção de seu conhecimento. Além da 
abordagem metodológica e a segmentação, o conhecimento científico também 
só é considerado válido depois que suas descobertas tenham sido submetidas 
aos pares, para avaliação, refutação ou confirmação. Tanto os resultados, 
como os procedimentos utilizados na obtenção das informações sofrem 
meticuloso escrutínio, e só depois da confirmação da adequação do trabalho, 
os resultados podem ser considerados válidos e incluídos no conjunto dos 
conhecimentos humanos. 
2.2.1 Tipologia 
2.2.1.1 Aplicada 
 
 Objetiva o progresso técnico, a criação de produtos/utilidades para o 
mercado, a conquista de “know-how” sobre alguma tecnologia já existente, o 
aumento do valor de produtos através da criação de novas funcionalidades, 
etc. 
2.2.1.2 Básica 
 
 Objetiva descobrir coisas novas. O que são, como funcionam, onde 
estão. Os resultados servem de base para outras pesquisas. 
14 
 
2.2.1.3 Bibliográfica 
 
Pesquisa feita em fontes documentais como bibliotecas, hemerotecas, 
bancos de dados, etc. Pesquisa feita em trabalhos impressos de 
outros autores, que compõem o acervo de bibliotecas, bancos de dados, sites 
de periódicos científicos, etc. Os textos pesquisados são livros, teses, 
dissertações, artigos ou outra produção científica impressa. 
2.2.1.4 Campo 
 
 Pesquisas feitas no ambiente natural do objeto a ser investigado. O 
pesquisador vai ao local original, observa e coleta dados, sem intervir e produz 
tanto um caderno de campo com tudo o que experimentou enquanto 
pesquisador, como um documento descritivo e analítico do fenômeno 
investigado. A antropologia constitui-se namaior usuária desse tipo de 
pesquisa. 
2.2.1.5 Documental 
 
Pesquisa feita em qualquer tipo de documento. Podem ser documentos 
impressos, gravados, fotografias, filmes, jornais. Entretanto, ao contrário da 
pesquisa bibliográfica, a documental utiliza-se de material ainda não 
investigado. 
2.2.1.6 Descritiva 
 
 Descreve os fatos e dados sem que sejam manipulados pelo 
pesquisador. Seu objetivo é observar e descobrir os fenômenos, para então 
descrevê-los, interpretá-los e classificá-los esclarecendo o que aconteceu. 
 
15 
 
2.2.1.7 Experimental 
 
 Diferente da pesquisa descritiva, a pesquisa experimental busca 
demonstrar como e por que determinado fenômeno ocorre ou ocorreu, 
inclusive, replicando-o em laboratório, sob condições controladas. 
 Pesquisas também diferem em relação à abordagem: elas podem ser 
quantitativas ou qualitativas. 
2.2.2 Caráter/Cunho da pesquisa 
2.2.2.1 Pesquisa quantitativa 
 
É a que utiliza técnicas e ferramentas estatísticas com o intuito de 
quantificar os dados obtidos. É frequentemente usada para produção de 
aferições em amostras com muitos indivíduos. A ferramenta mais comum nas 
pesquisas quantitativas é o formulário com questões fechadas, ou seja, com 
um número limitado, e definido a priori, de opções de resposta. 
 Ex.: Pesquisas eleitorais, pesquisas demográficas, pesquisas de 
satisfação. 
 - Modelo de questão fechada: 
 Como se sentiu em relação ao nosso atendimento? 
Muito satisfeito 
Satisfeito 
Insatisfeito 
Muito insatisfeito 
2.2.2.2 Pesquisa qualitativa 
 
 Esta é utilizada quando o pesquisador pretende obter resultados que 
não são passíveis de medição numérica. Quando as subjetividades individuais 
estão envolvidas. Nesse caso, o número da amostra é bem mais reduzido e as 
16 
 
questões são investigadas mais a fundo. Formulários também podem ser 
usados nas pesquisas qualitativas, mas as questões são abertas. Cada 
entrevistado elabora a sua resposta às perguntas. Por envolver subjetividades, 
é imprescindível que o projeto desse tipo de pesquisa seja submetido ao 
Comitê de Ética o mais breve possível. 
 Ex.: Pesquisas antropológicas, pesquisas biográficas. 
 - Modelo de questão aberta: 
 Quais as atividades diárias dos membros da sua família? 
 Quais atividades são feitas em conjunto? 
 
IMPORTANTE: Você pode fazer uma pesquisa mista! Unir 
conceitos e organizar o seu trabalho de acordo com o que os 
seus objetivos necessitam para serem cumpridos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE TCC: PROJETO – TEXTO FINAL - APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. COMO ELABORAR UM TCC 
 
Ao longo do curso você cumprir três diferentes disciplinas: 
18 
 
 TCC – PROJETO – voltada para o início da sua pesquisa de 
conclusão de curso. Organização do tema. 
 TCC – TEXTO FINAL – voltada para organização e finalização da 
sua pesquisa de conclusão de curso. 
 TCC – APRESENTAÇÃO – voltada para a apresentação do seu 
trabalho para uma banca examinadora. 
 
 
IMPORTANTE: Siga os itens a seguir como se fosse um passo-a-passo. 
Assim, facilitará a organização do seu TCC! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 COMO ELABORAR UM TCC - PROJETO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
TCC 
TCC 
Projeto 
TCC 
Final 
TCC 
Apresentação 
19 
 
O TCC – Projeto é um trabalho que deverá conter, na sua totalidade, 
de 8 (oito) a 10 (dez) páginas. 
 Se você responder tais questões, ao final terá seu TCC organizado de 
forma coesa e dentro das normas de exigências acadêmicas, com a seguinte 
estrutura: 
 
 
20 
 
1.2 COMO ELABORAR UM TCC – TEXTO FINAL 
Neste momento, você irá elaborar o Texto - Final de seu Trabalho de 
Conclusão de Curso (artigo completo). Este texto deverá ter, no mínimo, 15 
(quinze) e, no máximo, 20 (vinte) páginas digitadas, sendo considerados os 
elementos textuais: Introdução, Fundamentação Teórica, Metodologia e 
Considerações Finais. 
 
 
 
 
Essa etapa representa o fechamento da pesquisa, portanto você deverá 
prestar atenção aos tempos verbais e deverá colocar todos os verbos 
referentes à sua execução no passado. 
 
 
1.3 TCC - APRESENTAÇÂO 
 
21 
 
Esta etapa se realiza após a aprovação nas etapas anteriores (TCC – 
Projeto e TCC – Final). A apresentação do TCC é o momento em que você irá 
compartilhar através da pesquisa o conhecimento adquirido, os resultados e as 
suas contribuições. Ela é organizada pelo coordenador de polo, que deverá 
convidar outro professor ou Tutor para compor a banca examinadora. 
Organize a apresentação em, no mínimo, 15 minutos e, no máximo, 20 
minutos, considerando os seguintes itens: título do TCC, aluno, tema, objetivos 
da pesquisa, metodologia (descrição breve da fundamentação teórica, 
discussão de resultados, apresentação da análise de estudo) e considerações 
finais. 
A banca examinadora deverá preencher a Ficha de Avaliação, na qual 
serão apontadas as considerações sobre o trabalho. A arguição sobre o 
trabalho poderá se estender até 15 minutos. 
A data da banca examinadora será marcada pelo Coordenador do polo 
e pelo Tutor presencial em até 30 (trinta) dias após as notas de todas as 
disciplinas terem sido publicadas no seu aproveitamento. 
Você poderá usar como recursos didáticos: slides, transparências, 
cartazes, entre outros, e solicitar a providência dos equipamentos necessários 
ao polo dentro do prazo estabelecido pelo Tutor presencial. 
 
22 
 
PASSO A PASSO DO TCC 
2.1 ESTRUTURAÇÃO DO TCC 
 
É relevante ter em consideração que uma pesquisa científica se constrói 
a partir de algumas perguntas: O QUE, PARA QUÊ? COMO? RESULTOU? 
O QUÊ? 
 A primeira pergunta envolve os dois primeiros itens obrigatórios que 
devem conter em seu trabalho: TEMA E PROBLEMA. 
2.1.1 Tema 
 Esse é o objeto de sua pesquisa. O que você vai pesquisar. Mas como 
escolher um tema? Um tema não deve ser escolhido de forma rápida e sem 
reflexões. Um tema adequado precisa ser útil para você e você precisa gostar 
 
IMPORTANTE: ele deverá estar dentre as linhas de pesquisa do 
seu curso descritas no início deste documento. 
 No Centro Universitário UNINTER – Escola Superior de Educação – o 
Trabalho de Conclusão de Curso é um ARTIGO CIENTÍFICO, de modo que 
seja abordado um aspecto específico de um fenômeno, busque-se produzir 
novos conhecimentos ou ainda que sejam organizados conhecimentos já 
existentes. 
 Não se esqueça de avaliar criticamente se sua escolha é factível. Você 
tem os meios para efetuá-la? Acesso às fontes, tempo hábil, recursos 
financeiros que possam vir a ser necessários? Tudo isso deve ser observado 
antes de começar. 
 
23 
 
A importância do recorte do tema 
 
 O recorte do tema delimita a área de abrangência de sua pesquisa. O 
recorte pode até mesmo contemplar um único aspecto de um problema que lhe 
interessa. Um recorte bem feito garante que você tenha controle sobre até 
aonde vai com o tema escolhido. 
 Após escolher seu tema, você deve torná-lo um “problema”. Embora 
muitas vezes esse “problema” tenha o sentido usual que damos a palavra, 
problematizar o seu tema significa torná-lo um objeto de investigação viável. 
 Veja um exemplo de TCC nas Ciências Biológicas. A partir da 
observação da variação na coloração, maisescura/menos escura do abdome 
de uma espécie de mosca, uma aluna pensou em um tema para seu projeto de 
TCC. 
 
TEMA: 
Polimorfismo de pigmentação em Drosophila polymorpha 
 Mas como transformar esse tema em um projeto de pesquisa viável para 
um TCC? Recortando! Então, o que ela precisou fazer para isso? 
 Investigar preliminarmente – Existe a variação? Especificar e tipificar. 
 Localizar – Aonde vai ser a pesquisa? Em todas as cidades, estados, 
países? Delimitar os locais. 
 Amostra - Vai abranger todas as espécies? Definir quais espécies farão 
parte da coleta. 
 Tempo - Até quando? Demarcar um período. 
 
 Vamos ver como ficou. 
 
RECORTE: 
24 
 
Avaliação da frequência de Drosophila polymorpha (Dobzhansky & 
Pavan, 1943) e do seu polimorfismo de pigmentação abdominal em coletas de 
Drosophilidae na Ilha de Santa Catarina e ilhas vizinhas. 
 Ficou bem mais específico, não? Agora falta problematizar. 
2.1.2 Problema 
 
Problematizar é transformar o seu tema na pergunta que vai ser 
respondida ao final de sua pesquisa. Para tanto, você deve esclarecer o que 
tem em mente, o que o levou a pensar na questão como um problema. Em 
seguida, utilizando-se de autores que você já conhece e sabe que podem 
contribuir com suas ideias e fundamentá-las. 
 Como vimos anteriormente, uma pesquisa pode ter várias motivações. 
No exemplo seguinte, temos uma pesquisa que partiu da solicitação de 
moradores de uma comunidade que gostariam de melhorar suas condições de 
vida, mas não sabiam onde e como deveriam atuar. Em vista disso, solictaram 
a ajuda de um pesquisador para levantar as informações sobre a comunidade 
para poderem atuar na transformação. 
 Assim: 
TEMA: 
Levantamento de informações sobre uma comunidade 
TÍTULO: 
Análise sócio-ambiental do morro da Mariquinha – Maciço Central de 
Florianópolis 
PROBLEMA: 
Dado o interesse dos membros da comunidade em melhorar as suas 
condições de vida, quais fatores influem para a existência do estado atual e o 
que pode ser mudado para modificar essas condições? 
 
25 
 
 Assim, RECORTAR E PROBLEMATIZAR não parece mais tão 
complicado, não é? 
 
PARA QUE? 
 A segunda pergunta envolve o terceiro, quarto e quintos itens 
obrigatórios que devem conter em seu trabalho: JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS 
e HIPÓTESE. 
2.1.3 Justificativa 
 
Por que escolheu fazer? O que te levou a essa pergunta? Qual a 
importância dessa resposta para a ciência? 
 O tema que escolheu com certeza deve ter alguma relevância para 
você. Porque desperta sua curiosidade, porque pode ser útil no seu local de 
trabalho, porque está ligado a alguma necessidade social, etc. Você deve 
explicitar isso. 
Dizer o porquê de ter se interessado pelo assunto, o que vê de 
relevante, útil ou interessante nele que justifique seu empenho em estudá-lo e 
apresentá-lo a seus pares. Deve deixar claro aonde ele se encaixa no conjunto 
do conhecimento científico produzido. Fundamente sua justificativa. Não 
adianta escrever que escolheu esse ou outro tema porque ficou curioso. 
Explique no que esse tema pode interessar à ciência ou a uma comunidade, 
como vimos em exemplo anterior. Em suma, como pode contribuir para ampliar 
o conjunto do conhecimento humano? 
 
 
26 
 
2.1.4 Objetivos 
 
 Quais são seus objetivos, geral e específicos? 
Toda pesquisa tem objetivos: você quer descobrir, comprovar, compilar, 
revisar ou explicar alguma coisa. 
Um objetivo sempre é definido por um verbo no infinitivo. Você vai 
pesquisar, buscar, avaliar, descobrir, desenvolver, etc. O objetivo geral é ação 
que vai responder a sua pergunta de pesquisa, o seu problema. Os objetivos 
específicos são as etapas que vai investigar para obter a resposta. 
 Abaixo você encontra uma tabela com os verbos mais utilizados na 
redação dos objetivos. Eles estão separados de acordo com a intenção da 
pesquisa: conhecer, compreender, aplicar, analisar, sintetizar e avaliar. 
Verbos utilizados na redação dos objetivos 
 
Conhecimento Compreensão Aplicação Análise Síntese Avaliação 
Apontar 
Calcular 
Classificar 
Definir 
Descrever 
Distinguir 
Enumerar 
Enunciar 
Especificar 
Estabelecer 
Exemplificar 
Expressar 
Identificar 
Inscrever 
Marcar 
Medir 
Nomear 
Concluir 
Deduzir 
Demonstrar 
Derivar 
Descrever 
Determinar 
Diferenciar 
Discutir 
Estimar 
Exprimir 
Extrapolar 
Ilustrar 
Induzir 
Inferir 
Interpolar 
Interpretar 
Localizar 
Aplicar 
Demonstrar 
Desenvolver 
Dramatizar 
Empregar 
Esboçar 
Estruturar 
Generalizar 
Ilustrar 
Interpretar 
Inventariar 
Operar 
Organizar 
Praticar 
Relacionar 
Selecionar 
Traçar 
Analisar 
Calcular 
Categorizar 
Combinar 
Comparar 
Contrastar 
Correlacionar 
Criticar 
Debater 
Deduzir 
Diferenciar 
Discriminar 
Discutir 
Distinguir 
Examinar 
Experimentar 
Identificar 
Compor 
Comunicar 
Conjugar 
Construir 
Coordenar 
Criar 
Desenvolver 
Dirigir 
Documentar 
Escrever 
Especificar 
Esquematizar 
Exigir 
Formular 
Modificar 
Organizar 
Originar 
Argumentar 
Avaliar 
Comparar 
Contrastar 
Decidir 
Escolher 
Estimar 
Julgar 
Medir 
Precisar 
Selecionar 
Taxar 
Validar 
Valorizar 
 
27 
 
Ordenar 
Reconhecer 
Registrar 
Relacionar 
Relatar 
Repetir 
Modificar 
Narrar 
Preparar 
Prever 
Reafirmar 
Relatar 
Usar Investigar 
Provar 
Planejar 
Prestar 
Produzir 
Propor 
Reunir 
Sintetizar 
Fonte: BLOOM et al. (1972) apud SANTOS, MOLINA e DIAS (2007) 
 
Esses verbos não esgotam todas as possibilidades. Como você pode 
ver nos exemplos abaixo, ainda há outros. Seus objetivos definirão os verbos 
adequados ao que se propõe. O objetivo do quadro acima é ajudá-lo a 
encontrar alguns dos verbos mais utilizados. 
Veja como seriam alguns dos objetivos na pesquisa sobre as 
Drosóphilas: 
 
GERAL: 
 Investigar se a variação na pigmentação das Drosóphilas é uma 
vantagem evolutiva. 
ESPECÍFICOS: Mapear a população de Drosophilas nas ilhas. 
 Verificar se a vegetação interfere na variação da pigmentação. 
 Verificar se o clima interfere na variação da pigmentação. 
Verificar se localização geográfica interfere variação da pigmentação. 
 
E na pesquisa da comunidade da Mariquinha: 
GERAL: 
 Fornecer subsídios para melhorias da qualidade de vida e ambiental da 
população 
ESPECÍFICOS: 
 Fazer o levantamento das solicitações dos moradores. 
 Levantar dados sobre coleta de resíduos na localidade. 
28 
 
 Levantar dados sobre hábitos da comunidade em relação ao 
 ambiente. 
 Fazer um mapa do locais onde há degradação do ambiente. 
 Mapear as ruas e as condições em que se encontram. 
Fazer o levantamento das moradias que não são contempladas com 
serviços de água e luz. 
 Avaliar o grau de suporte dado pelo Estado e Município, através da 
presença de escolas, creches, posto de saúde, segurança. 
Os objetivos compõem, basicamente, o roteiro do que precisa investigar 
para responder sua pergunta. 
Quando observa um fenômeno, você supõe que há causas para sua 
ocorrência. Ainda que não tenha certeza de quais são, pode dar palpites. 
Esses palpites são as hipóteses. 
COMO? 
 A terceira pergunta envolve o sexto e sétimo itens obrigatórios que 
devem conter em seu trabalho: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA e 
METODOLOGIA. 
 
 
2.1.5 Fundamentação Teórica 
 
 Desde antes do início de seu trabalho, você deverá pesquisar as fontes 
bibliográficasque vai usar. Que autores já pesquisaram e publicaram sobre o 
mesmo assunto ou algum outro tema que de alguma forma se relacione com o 
seu. 
O conjunto das informações que deve obter é o levantamento 
bibiográfico. Ele compreende dados primários e/ou secundários. Os dados 
29 
 
primários são aqueles obtidos por meio de pesquisa de campo. Aqueles que 
você mesmo recolhe por meio de suas pesquisas. Você os produz em 
observações de campo, coleta de informações via formulários que elaborou ou 
outro tipo de apropriação direta. 
 Os dados secundários são aqueles obtidos a partir de trabalhos de 
outros pesquisadores. A pesquisa em dados secundários é, portanto, aquela 
feita em livros científicos, teses, dissertações, monografias, periódicos 
científicos ou qualquer material bibliográfico, independente do tipo, que esteja 
relacionado ao tema ou área de seu trabalho. 
 Evidentemente, todas as fontes utilizadas devem ser confiáveis. Para 
tanto, você também vai pesquisá-las em bancos de dados também confiáveis. 
Abaixo vão alguns endereços de repositórios onde você pode encontrar fontes 
confiáveis para executar seu levantamento bibliográfico. 
Para fundamentar seu artigo você deverá se utilizar das contribuições de 
outros pesquisadores da sua área. Para tanto, terá que pesquisar entre os 
vários autores disponíveis aqueles cujos trabalhos lhe serão úteis. A pesquisa 
bibliográfica deve acompanhar todo o seu trabalho, visto que ela facilita desde 
definição do tema de pesquisa até a elaboração e redação do artigo final. 
 Para começar, você pode iniciar com os artigos listados nas ementas e 
programas de disciplinas do seu curso. Selecione o material que se adapta ao 
trabalho que pretende fazer e comece por aí. Não se esqueça de que pode 
pedir ajuda a seu orientador, mas tenha em mente que é você quem faz o 
trabalho. Não vá ao orientador sem nada nas mãos. Conforme for lendo o 
material dessa primeira seleção, vá fazendo fichamentos. Faça uma ficha para 
cada livro ou artigo contendo seus dados bibliográficos, um pequeno resumo, 
uma lista com seus pontos mais importantes, indicando a página e as linhas no 
texto. Nessa ficha também deverão constar os trechos que acredita que 
possam ser utilizados, em forma de citações, para fundamentar o seu trabalho. 
30 
 
 A partir dessa primeira seleção, você pode ir expandindo seu campo. 
Quem os autores que você leu estão citando? Verifique se na bibliografia deles 
há outros autores e obras que também sejam úteis à sua pesquisa. 
 A pesquisa bibliográfica de fontes pode incluir outros materiais além de 
livros e artigos. Pode incluir documentos, mapas, periódicos, manuscritos, 
material fotocopiado, fotografias etc. Todo material utilizado deve estar 
identificado e referenciado. 
 Você não precisa citar todos os autores que leu, mas todas as leituras 
efetuadas podem ser incluídas na bibliografia. Entretanto, apenas as citadas 
em texto científico são consideradas: 
Scientific Eletronic Library Online - SciELO 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES 
Biblioteca Nacional Digital – Brasil 
Biblioteca Digital da Fundação Getúlio Vargas 
Portal Domínio Público 
Biblioteca Ana Maria Poppovic da Fundação Carlos Chagas 
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – USP 
Biblioteca Digital UNICAMP 
Google Acadêmico 
 Além dessas, você pode encontrar fontes confiáveis em todas as 
bibliotecas das Instituições de Ensino Superior do país. 
 
 
2.1.6 Metodologia 
 
A metodologia é o eixo estruturador de cada ciência. Ela abrange e se 
apoia na sistematização dos experimentos, nas análises dos fenômenos, na 
organização e descrição dos princípios norteadores da pesquisa e dos 
procedimentos experimentais utilizados. É por meio da pesquisa científica que 
os conhecimentos científicos se acumulam e a ciência avança. Para tanto, é 
31 
 
necessário que haja clareza sobre todas as etapas do projeto a fim de executá-
lo com eficiência. 
No capítulo Metodologia Científica de um trabalho de conclusão de 
curso (TCC), descreve-se minuciosa e rigorosamente os procedimentos 
ou técnicas utilizadas na elaboração da pesquisa científica. 
 
RESULTOU? 
 A quarta e última pergunta envolve o oitavo e nono itens obrigatórios 
que devem conter em seu trabalho: CONCLUSÕES E REFERÊNCIAIS. 
 
 
2.1.7 Conclusões 
 
 É no item conclusões que você em texto descritivo o cruzamento dos 
dados teóricos, pesquisas de campos e suas percepções – corroborando ou 
refutando sua hipótese. 
 É interessante que ao final da escrita você indique propostas de novas 
pesquisas a partir do ponto que terminou. A investigação é uma constante. 
Novos caminhos, novas análises podem ser realizadas e quem sabe não seja 
por você mesmo em cursos de Mestrados e/ou Doutorado? 
 
2.1.8 Referenciais 
Ao fazer sua pesquisa para levantamento de fontes vai descobrir muito 
material. Eles podem ser bibliográficos, documentos, sites, etc. 
Como escolher o que vai utilizar no seu trabalho? 
 Usando três critérios (Pereira, 2013): 
32 
 
 Relevância 
 O que é mais importante, não só para fundamentação do seu trabalho, 
como para a área da ciência na qual ele se insere. 
 Acessibilidade 
Sempre que possível, procure utilizar obras indexadas, portanto, 
facilmente encontráveis. Atualmente, graças ao desenvolvimento do meio 
eletrônico, o acesso a obras digitalizadas ficou muito mais fácil. Essa 
acessibilidade facilita, a você e a seus leitores, a localização de suas 
referências. Lembre-se de utilizar os links de repositórios bibliográficos 
disponibilizados anteriormente. 
 Atualidade 
 Você não pode prescindir de obras clássicas. Inclua-as entre suas 
leituras, mas não deixe de buscar as últimas publicações da área. Uma boa 
estratégia é usar as obras clássicas para justificativa do seu trabalho e as mais 
recentes para a análise. Se ficar com dúvidas entre dois ou mais artigos 
semelhantes, opte pelo mais recente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 FORMATAÇÃO DO TCC 
 
A estética do trabalho acadêmico depende essencialmente da 
obediência a certos padrões à sua apresentação gráfica. Assim, devem ser 
seguidas algumas recomendações referentes ao formato, margens e 
paginação (NBR 14724:2011). 
33 
 
O trabalho acadêmico deve ser impresso em folha “A4” de dimensões 
21,0 x 29,7cm. Deve-se utilizar apenas um dos lados da folha e tinta de cor 
preta. A fonte utilizada deve ser Arial tamanho 12 para o texto e tamanho 10 
para citações longas (mais de três linhas) e notas de rodapé. 
 Com relação às margens, a folha deve apresentar margem de 3cm à 
esquerda, 2cm à direita, 3cm na parte superior e 2cm na parte inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O texto deve ser digitado com espaço 1,5, exceto nas citações longas, 
nas notas de rodapé, nas referências no final do trabalho e no resumo que 
devem ser digitados em espaço simples. 
Os parágrafos devem iniciar a 1,25cm a partir da margem esquerda (ou 
um TAB do computador). 
As notas de rodapé devem ser digitadas dentro das margens, ficando 
separadas do texto por um espaço em branco e por filete de 3cm a partir da 
margem esquerda. 
Os títulos das seções devem ser separados do texto que os precede ou 
que os sucede por uma entrelinha dupla (um espaço duplo ou dois espaços 
simples). 
Sobre a numeração, as folhas pré-textuais são contadas, mas não 
numeradas. As folhas textuais e pós-textuais são numeradas com algarismos 
arábicos na extremidadesuperior à direita. Não se deve usar nenhum tipo de 
pontuação ou sinal antes ou após o número (Ex.: 1, 2, 3... e não 02 ou –2-, ou 
2.). 
34 
 
 As divisões e subdivisões denominam-se seções (primárias, 
secundárias, terciárias, quaternárias, quinária...), sendo que os títulos das 
seções devem ser destacados gradativamente, utilizando-se racionalmente os 
recursos de negrito, itálico ou grifo, caixa alta ou versal. Não se recomenda 
subdivisão excessiva de um texto, ou seja, subdivisão que ultrapasse a seção 
quinária. 
 A partir daí deve-se usar alíneas, caracterizadas por letras minúsculas, 
seguidas de um parêntese. 
 Os títulos das seções primárias por serem as principais seções de um 
texto devem iniciar em folha distinta. 
 Nos títulos, sem indicativos numéricos, como agradecimentos, resumo, 
sumário, referências, os mesmos devem ser centralizados. 
As abreviaturas e siglas quando aparecem pela primeira vez no texto, 
devem ser redigidas por extenso e, entre parênteses, a abreviatura ou sigla. 
A construção da(s) tabela(s) deve(m) obedecer às Normas de Apresentação 
Tabular publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 
1993). 
 Os quadros compreendem ilustrações com informações qualitativas – 
normalmente textuais – dispostas em linhas e/ou colunas e que se caracteriza 
graficamente por terem os quatro lados fechados. Quando mais de um deve 
ser numerado e o título deve vir na parte superior. 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO TCC - PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER 
 
IDENTIFICAÇÃO 
 
Nome: (Nome completo) 
RU: (Registro Uninter) 
 
 
1 TEMA 
 
A Metodologia de aprendizagem baseada em projetos. 
 
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA 
 
A metodologia de aprendizagem baseada em projetos e a prática 
pedagógica no ensino superior de duas Instituições de Curitiba. 
 
2 PROBLEMATIZAÇÃO 
 
Como a metodologia de aprendizagem baseada em projetos, numa prática 
pedagógica inovadora, pode contribuir para produção do conhecimento no 
Ensino Superior? 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
O tema pesquisado decorre de questões levantadas ao longo da 
formação acadêmica do pesquisador na graduação e pós-graduação lato-
sensu em Magistério Superior. Na época, começaram a surgir questionamentos 
sobre a utilização de uma prática pedagógica diferenciada. 
Atualmente, o interesse dos pesquisadores da área de educação pelo 
tema tem aumentado significativamente. 
Dessa forma, a pesquisa visa colaborar para que os professores das 
mais diversas áreas possam refletir sobre suas práticas pedagógicas com o 
conhecimento e o emprego da metodologia de aprendizagem baseada em 
projetos. 
 
37 
 
4 OBJETIVOS 
 
4.1 OBJETIVO GERAL 
 
Analisar a possível conexão entre a metodologia de aprendizagem 
baseada em projetos e a produção de conhecimento no ensino superior. 
 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Apresentar aspectos teóricos da Metodologia de aprendizagem baseada 
em projetos; 
 Apresentar a contribuição da metodologia de aprendizagem baseada em 
projetos para construção do conhecimento no ensino superior. 
 
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
A sociedade caracterizada no século XX como sociedade de produção 
em massa, “transforma-se e passa, no final do século, a ser designada 
sociedade do conhecimento” (TOFFLER, citado por BEHRENS, 2000, p. 42). 
De fato, o elevado grau de competitividade ampliou a demanda por 
conhecimentos e informações e, em decorrência, a educação foi eleita como 
estratégia para fazer face à velocidade das mudanças. A escola tradicional, a 
educação formal, as antigas referências educacionais tornaram-se obsoletas. 
(MORAES, 2009, p. 588) 
Na sociedade de produção em massa, as práticas pedagógicas levaram, 
de forma geral, à reprodução do conhecimento, à repetição, à memorização e à 
cópia. Já na sociedade do conhecimento, altera-se a velocidade de 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia extrapolando a concepção dos 
enciclopedistas em relação à evolução do conhecimento humano. 
(CARVALHO, 1987, p. 34) 
Behrens (2000, p. 45) ressalta que o ensino como construção de 
conhecimento propõe o envolvimento do aluno no processo educativo. A 
38 
 
exigência de tornar o sujeito cognoscente valoriza a reflexão, a curiosidade, o 
espírito crítico, a incerteza, a provisoriedade, o questionamento e exige 
reconstruir a prática educativa proposta em sala de aula. 
 
6 METODOLOGIA 
 
Este estudo tem como base uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa 
de campo participante, visando alcançar os objetivos propostos. Inicialmente, 
será feita uma revisão bibliográfica para descrever teorias que abordam 
práticas pedagógicas inovadoras e para apresentar aspectos teóricos da 
metodologia de aprendizagem por projetos. 
A pesquisa de campo será realizada na Instituição XX e na Instituição XX. 
Serão entrevistados X professores de cada Instituição [...].1 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Curitiba: 
Champagnat, 2000. 
 
CARVALHO, R. de Q. Tecnologia e trabalho industrial: as explicações sociais 
da automação microeletrônica na indústria automobilística. Porto Alegre: L&PM, 
1987. 
 
MORAES, M. C. M. de. A teoria tem consequências: indagações sobre o 
conhecimento no campo da educação. Educação e Sociedade, Campinas, v. 30, 
n. 107, p. 585-607, maio/ago. 2009. Disponível em:< 
http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 13/01/2013. 
 
 
1 Os textos apresentados nesse modelo foram retirados de: SANTOS, G. do R. C. M.; MOLINA, 
N. L.; DIAS, V. F. Orientações e dicas para trabalhos acadêmicos. Curitiba: Ibpex, 2007 (p. 
132-142). 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO TCC – TEXTO FINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
TÍTULO 
(centralizado, em negrito, fonte Arial, 12) 
 
SOBRENOME, Nome do aluno2 
RU do aluno 
SOBRENOME, Nome do professor orientador3 
 
RESUMO 
O resumo pede, obrigatoriamente, um texto conciso, destacando os aspectos 
de maior relevância, ressaltando os objetivos, os métodos, os resultados e as 
conclusões do trabalho. Deve ser elaborado entre 150 a 250 palavras, escrito 
na terceira pessoa do singular e redigido em um único parágrafo, com frases 
completas e claras, em espaço simples entrelinhas e sem recuo de parágrafo; 
deve-se evitar citação; usar fonte tamanho Arial 12 (doze) e texto justificado. A 
palavra resumo deve estar centralizada em negrito com todas as letras 
maiúsculas. Esse texto deve ser dividido da seguinte forma: 40% resumindo a 
Introdução e o Desenvolvimento do trabalho; 10% resumindo os Objetivos do 
trabalho; 20% resumindo a Metodologia do trabalho; e 30% resumindo os 
Resultados do trabalho. O Resumo deve ser o último item a ser construído em 
uma pesquisa. 
 
Palavras-chave: _____________. _____________. _______________. 
 
(Palavras-chave: Mínimo 3 (três), máximo 5 (cinco), conforme a temática 
abordada, separadas por ponto). 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Na Introdução, o aluno deve resgatar seu TCC – Projeto e apontar os 
Objetivos, o Problema e as Justificativas do seu trabalho, deve ter, no máximo, 
2 (duas) páginas, e deve ser construída em texto corrido. 
 
2 Aluno do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de 
Conclusão de Curso. __ - 20__. (semestre e ano). 
3 Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER. 
 
41 
 
 Devem ser apresentados o tema,os Objetivos da pesquisa, a 
Justificativa e a Metodologia e as Partes. A fonte deve ser Arial, tamanho 12, 
espaçamento 1,5 entrelinhas. 
 
2 (DESENVOLVIMENTO) TÍTULO 
 
 No Desenvolvimento são apresentadas a Fundamentação Teórica e a 
Metodologia. 
 Na Fundamentação Teórica do TCC – Texto Final, o aluno deverá 
incluir o mesmo texto que construiu para a Fundamentação Teórica do TCC – 
Projeto, tomando os seguintes cuidados: 
 
 Fazer todas as revisões solicitadas pelo Professor Orientador na 
Fundamentação Teórica de seu TCC – Projeto; 
 Conjugar todos os verbos referentes à execução de sua pesquisa neste 
texto. Eles deverão estar no tempo verbal passado, pois quando ocorrer 
a apresentação do trabalho, a pesquisa já terá sido concluída. 
 Realizar uma releitura do texto procurando identificar lacunas, questões 
superadas ou, ainda, a inclusão de novas citações com a ampliação do 
conhecimento sobre o tema. 
 
 É importante ressaltar que os verbos referentes à execução de sua 
pesquisa deverão estar no tempo verbal passado, pois quando ocorrer a 
apresentação do trabalho, a pesquisa já terá sido concluída. Se algum 
procedimento metodológico programado não pôde ser efetivado, em função de 
problemas no decorrer da pesquisa, o aluno deverá relatar o fato nesta parte 
do texto e explicar o porquê de ele ter ocorrido. É importante que o aluno se 
empenhe em realizar todos os passos metodológicos que planejou em seu 
TCC – Projeto. Apenas problemas de força maior, que não expuserem uma 
42 
 
falha no planejamento e não interferirem na essência da pesquisa serão 
aceitos sem prejuízo à nota. 
 A Metodologia deverá ter 1 (uma) página e ser construída em texto 
corrido. 
 No Desenvolvimento, é importante elaborar um texto com início, meio e 
fim. Geralmente, inicia-se com a parte teórica, em seguida, abordam-se 
questões práticas/análise de dados. Ao final, aparecem as inferências sobre o 
tema estudado. O texto pode ser elaborado em texto corrido ou ser subdividido 
em subtítulos. 
 Citações diretas com mais de três linhas têm formatação diferente: 
recuo, fonte tamanho 10, entrelinhas simples, ano e página obrigatórios. 
Citações diretas com menos de três linhas – usam-se aspas, devendo ser 
informado o ano e a página. Os autores parafraseados devem ser citados no 
texto e referenciados no final. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O texto de Considerações Finais deve apresentar uma retrospectiva dos 
principais elementos da pesquisa, desde a problematização (apresentação do 
problema) até a escolha dos procedimentos metodológicos, apresentando e 
discutindo os resultados e demonstrando que os objetivos da pesquisa foram 
alcançados, pois, inclusive, as pesquisas puramente bibliográficas devem 
expor resultados. 
 As Considerações Finais terminam o artigo com a apresentação de 
inferências/resultados, conclusões, indicações de pesquisas futuras ou até 
mesmo de novas indagações. 
 Pontos significativos da trajetória da pesquisa, indicando dificuldades, 
surpresas, devem ser descritos, assim como a indicação da necessidade de 
novos estudos científicos sobre o tema abordado. 
43 
 
 O texto de Considerações Finais deverá ter, no máximo, 2 (duas) 
páginas e deve ser construído em texto corrido. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 O título REFERÊNCIAS deve ficar sem numeração e centralizado. 
Todos os autores citados no TCC – Texto Final deverão aparecer na lista de 
Referências. Autores não citados no texto não deverão ser incluídos entre as 
referências do trabalho. 
 Cada tipo de obra ou fonte de pesquisa (artigo, livro, página da internet 
etc.) exige uma forma de registro de referência diferente. Para compor 
corretamente a lista de referências de seu trabalho, consulte o documento 
“Normas para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos”, disponibilizado na Rota 
de Aprendizagem da disciplina no AVA. 
 
Anexos e Apêndices (Elemento opcional) 
 
Anexos: documentos produzidos por outra pessoa ou instituição, que 
ilustram o trabalho, mas que não foram inclusos no corpo do texto. Todos os 
anexos devem ser “chamados”, ou seja, indicados durante a parte textual da 
pesquisa. 
Apêndice: documento elaborado pelo próprio autor. 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS DO MANUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
A REDAÇÃO ACADÊMICA 
 
Escrever corretamente e de forma clara é uma arte. Entretanto, talento para a escrita 
não nasce conosco e nem é fruto de inspiração divina, portanto, não é uma arte que está além 
do alcance de ninguém. É importante compreender que escrever corretamente implica em um 
bom vocabulário, clareza de ideias, mas também esforço físico. É comum pensarmos que um 
texto bem escrito, de um autor consagrado, saiu de uma tacada só, como se o autor fosse 
iluminado. Não é bem assim. Um texto bem escrito é reescrito várias vezes, mexido e remexido 
de todas as maneiras, com vários cortes, revisões múltiplas e lindos trechos que vão parar na 
lixeira. 
 Quando estiver redigindo seu artigo, fique atento ao uso correto dos conceitos e termos 
científicos de sua área. Eles são fundamentais para o trabalho científico. Ao usar 
apropriadamente os conceitos e termos científicos você evita equívocos e facilita a 
compreensão e a avaliação do trabalho pelos seus pares. 
 Pratique a escrita. Escreva e mostre para seu professor orientador. Observe suas 
críticas e reescreva. Não tenha receio de mudar frases, cortar palavras. No processo de 
escrever e reescrever, o texto vai se tornando enxuto e elegante, sem repetições, nem excesso 
de palavras. Se uma frase não ficou clara, refaça-a. Não escreva outra para explicar a primeira 
e por aí em diante, ad nauseam4. Muito provavelmente o seu texto não vai ficar bom da 
primeira vez, mas não desista. É a fase do trabalho físico mencionado anteriormente: escrever, 
escrever e depois, reescrever. 
 Uma tática interessante é dar seu projeto de artigo para alguém, além do seu professor 
orientador, ler. De preferência, alguém que não esteja familiarizado com o assunto, mas 
interessado o suficiente para ler. Quem não conhece o assunto, vai ter dúvidas, vai fazer 
perguntas. Respondê-las vai fazê-lo perceber o quanto você sabe. Lembra da parte da clareza 
das ideias? Quanto mais tentar explicar para um leigo, mais terá que elaborar seu pensamento 
e com isso a redação vai se construindo mentalmente. 
 Além de responder verbalmente, anote as perguntas e responda-as também no artigo. 
A cada nova versão, dê novamente para um leigo. Essa é uma maneira simples de saber o que 
se esqueceu de descrever, onde o texto não está claro e o que precisa ser mais bem 
explicado. Seu professor orientador o ajudará com as correções teóricas, éticas e 
metodológicas. 
 Ao redigir você estará descrevendo para os leitores todas as etapas pelas quais 
passou para concluir seu trabalho. Para que compreendam, a ordenação é fundamental. Você 
não só deve estruturar o texto completo em capítulos ordenados como “introdução” 
metodologia”, “fundamentação teórica”, etc., como ordenar os parágrafos dentro desses 
capítulos. 
 Os parágrafos devem estar de acordo com cada etapa de suas reflexões. Deve 
acompanhar todo processo de pensamento que o levou desde a ideia para a pesquisa até a 
suas conclusões. Cada parágrafo expressará uma dessas etapas. Seu tamanho será 
determinado pela maior ou menor necessidade de elucidação de cada etapa. Fique atento para 
não escrever uma frase para “consertar” a anterior que não ficou muito clara. Reescreva a 
anterior. Ao terminar o raciocínio descrito no parágrafo, comece o seguinte. Nas palavras de 
Severino, 
 
“A estrutura do parágrafo reproduz a estrutura do próprio trabalho;constitui-se de uma introdução, de um corpo e de uma conclusão. 
Na introdução, anuncia-se o que se pretende dizer; no corpo, 
desenvolve-se a ideia anunciada; na conclusão, resume-se ou 
 
4 Ad nauseam é uma expressão em latim cujo significado é “até enjoar ou entediar”. 
46 
 
sintetiza-se o que se conseguiu.” (SEVERINO, 2007: 151. Grifos no 
original.) 
 
 Ainda de acordo com Severino, ainda que cada parágrafo contenha uma etapa distinta 
do suas reflexões, eles devem estar conectados uns aos outros ou seu texto se tornará uma 
colcha de retalhos ininteligível. 
 
“Portanto, a articulação de um texto em parágrafos está intimamente 
vinculada à estrutura lógica do raciocínio desenvolvido. É por isso 
mesmo que, na maioria das vezes, esses parágrafos são iniciados 
com conjunções que indicam as várias formas de se passar de uma 
etapa lógica à outra.” (SEVERINO, 2007: 152) 
 
 No item domínio da linguagem escrita, você encontrará um link para um quadro de 
conectivos ou elementos de ligação entre parágrafos. Use-o! 
 
Domínio da linguagem oral e escrita 
 Dicas importantes para escrever: 
 Gerúndio – evite. A chance de errar é grande. Expressões como “vou estar 
pesquisando”, “vou estar escrevendo” ou “vou estar” qualquer outra coisa, só 
estão corretas em algumas situações e, provavelmente, nenhuma das que 
você empregaria. 
 
 Transcrição de citações – Como já foi dito anteriormente, citações devem ser 
grafadas como estão no texto original. Inclusive com eventuais erros de 
português, redação e/ou digitação. Caso não pretenda citar ipsis litteris5o autor, 
mas utilizar-se de suas ideias, cuidado com as paráfrases. Escrever a mesma 
frase mudando as palavras por sinônimos também configura-se plágio. 
 
 Cuidados com o falso eruditismo. Não tente parecer mais erudito usando 
palavras das quais não tenha domínio do significado. Na dúvida sobre o 
significado, consulte o dicionário. Não escreva uma bobagem por preguiça. 
 
 Evite repetir e/ou usar palavras que não acrescentam informação. Use todas as 
palavras necessárias para deixar seu texto claro, mas evite penduricalhos. 
Procure ser objetivo. Os leitores agradecem! 
 
 Se você tem dificuldade na escrita, prefira frases curtas. Frases longas podem 
ser armadilhas perigosas. Você corre o risco de se perder no meio e terminar 
enrolando mais do que esclarecendo. 
 
 Pleonasmo é uma figura de estilo que usa a redundância para enfatizar uma 
expressão. Entretanto, há um tipo de pleonasmo que está longe de ser uma 
figura de estilo. É um vício de linguagem e não deve ser usado. Exs: encarar 
de frente; elo de ligação; certeza absoluta; comparecer pessoalmente; há anos 
atrás; metades iguais; outra alternativa; voltar atrás; adiar para depois, etc. 
 Comece a redação do seu artigo de forma a interessar o leitor. Dê nos 
primeiros parágrafos indicações claras do que se trata e o que se propõe. Em 
seguida, vá desenvolvendo o texto de forma organizada e ordenada, Tenha em 
mente que o objetivo de redigir um artigo é transmitir a seus leitores os seus 
 
5 Ipsis litteris – expressão em latim que significa “literalmente”. (Que tal começar o seu 
glossário?) 
47 
 
achados. Para que eles compreendam do que se trata, sua redação deve ser 
clara, objetiva e suas ideias exprimidas de forma organizada. 
 Elementos de ligação entre parágrafos 
 Um artigo científico com frases soltas, jogadas de qualquer maneira, não atingirá seu 
objetivo maior que é divulgar ciência. Apesar da estruturação de um texto ser feita por meio de 
parágrafos, estes devem estar conectados formando um todo coerente. Para tanto, utilizamos o 
recurso dos conectivos (elementos de ligação) que podem ser: 
 pronomes 
 conjunções 
 preposições 
 advérbios 
 locuções adverbiais 
 palavras denotativas 
 
 Expressões a evitar e expressões de uso recomendável. 
Algumas formas de expressão, embora corretas, tornaram-se tão difundidas que passaram a 
ser utilizadas também em contexto ou versões equivocadas. Um exemplo clássico é a 
expressão “à nível de”. 
 
 Ao usar notas de rodapé, certifique-se de que são informações 
complementares. Evite inserir muitas notas e/ou notas muito extensas. Como 
seu nome indica, são notas, não tratados ou testamentos. Se as suas notas 
estiverem muito extensas, avalie a possibilidade de inserir as informações no 
próprio parágrafo. 
 
“Segundo a NBR 10520 (ABNT, 2002, p.2) notas de rodapé são 
“indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo autor, 
tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem esquerda ou 
direita da mancha gráfica. 
As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer 
considerações, que não devam ser incluídas no texto, para não 
interromper a sequência lógica da leitura. Devem ser reduzidas ao 
mínimo e situar-se em local tão próximo quanto possível do texto. 
Para a utilização de notas de rodapé deve-se observar um certo 
equilíbrio. Não se deve permitir que um texto permaneça equívoco ou 
ambíguo por falta de explicação em nota de rodapé. Por outro lado, 
não se desvia para rodapé informação básica que deve integrar o 
texto.” 6 
 
RESUMO 
 Um resumo é um relato reduzido dos pontos principais de uma obra. Um resumo de 
artigo científico, por exemplo, não deve ser muito grande, algo entre dez a doze linhas, ou de 4 
a 6 frases, sem entrada de parágrafo e começando por uma introdução ao artigo. As frases 
seguintes contemplarão a justificativa, o método utilizado, os resultados e a conclusão. 
 Durante seu curso, você deverá escrever vários resumos, tanto como tarefa quanto 
para seu uso pessoal, nos fichamentos. Entretanto, vemos com muita frequência, resumos mal 
feitos, nos quais o aluno pega o texto lido e tenta reduzi-lo, cortando algumas palavras. Isso 
não é um bom resumo. Ao fazer um resumo, certifique-se de que ao resumir algum trecho de 
outro autor, mantenha-se fiel a ideia original. Resumir é descrever de maneira sucinta e 
objetiva algum ponto ou ideia que compreendeu. Não é cortar palavras aleatoriamente do texto 
 
6 http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/ppgtds/NORMAS%20ABNT/15_-_Notas_de_rodape.pdf 
48 
 
original para ele ficar menor. Isso não é um bom resumo. O bom resumo deve ser sucinto e ir 
direto aos pontos principais. 
 Veja dois exemplos de resumo de artigo científico: 
 
Este trabalho buscou o impacto da aposentadoria precoce de homens entre 45 e 55 anos, em 
seus relacionamentos familiares e conjugais. Para tanto, foram feitas entrevistas e colhidos 
depoimentos de homens aposentados e, também de algumas mulheres, esposas de 
aposentados. A análise das representações desses sujeitos sobre vários aspectos de suas 
vidas, como relacionamentos pessoais e sociais, trabalho, modos de vida, entre outros, obtidas 
através de suas falas, revelou que para os homens a aposentadoria, precoce ou não, constitui-
se em praticamente um rito de passagem, marcando sua entrada numa outra categoria, menos 
valorizada, do tecido social. 
 
O assédio moral tornou-se uma discussão frequente no mundo do trabalho. Levando em 
consideração o aumento de relatos desta prática, o objetivo deste estudo foi investigar a 
prevalência de assédio moral em estudantes universitários que trabalham e averiguar quais 
são as características biosociodemográficas e laborais mais frequentes no grupo de 
trabalhadores que sofreram assédio moral. A amostra foi composta por 457 estudantes 
trabalhadores da região metropolitana de Porto Alegre/RS, utilizando como instrumentos um 
questionário Biosociodemográfico e Laboral e o Questionário de Atos Negativos (QAN). 
Constatou-se que 89,3% dos estudantes apresentaram escore de assédiomoral de acordo 
com o QAN – medida objetiva. De acordo com a medida subjetiva, 11,2% dos participantes 
declararam ter sofrido assédio moral. Pode-se verificar altos índices da prática de atos hostis 
no trabalho, muitas vezes, vistos como atitudes corriqueiras e normais no ambiente laboral. 
Conclui-se que é necessário buscar alternativas para superar este problema, que já atinge uma 
parcela significativa de trabalhadores. 
 
PARÁFRASE 
 Parafrasear é, essencialmente, reescrever. É quando você se apropria da ideia de um 
autor, mencionando-o, mas reelaborando com suas próprias palavras aquilo que ele disse ou 
escreveu. Em outras palavras, paráfrase é a transformação de um texto já escrito em outro 
texto. É importante salientar que, quando produzimos uma paráfrase, alteramos e substituímos 
as palavras do texto, mas de maneira alguma devemos alterar seu sentido. 
 A paráfrase é um excelente exercício de escrita e visa facilitar a compreensão do leitor 
sobre alguns conceitos que, aparentemente, podem ser de difícil entendimento. Para 
compreender um pouco mais a noção de paráfrase, imagine-se explicando um assunto para 
uma criança, supondo-se que essa criança desconheça parcial ou totalmente tal assunto. Para 
fazer-se entender, você buscará uma adequação da linguagem, uma didática especial no 
manuseio com as palavras e, principalmente, buscará exemplos claros e práticos que possam 
“traduzir” o assunto. 
 
 Em textos acadêmicos a paráfrase é bem-vinda por pelo menos dois motivos: evita o 
excesso de transcrições (citações diretas) e traz fluidez ao texto, despertando um maior 
interesse do leitor. 
 
 
RESENHA 
 A resenha é a descrição sintetizada e discutida de uma obra com o intuito de dar aos 
leitores informações sobre a obra resenhada. Uma resenha pode ser de um filme, de uma peça 
de teatro, de um livro, de textos em geral, de um evento, de discos, de uma exposição, de 
esportes (jornais estão cheios de resenhas sobre futebol, cinema e espetáculos), etc. Uma 
resenha é um texto não muito extenso, entre duas e seis páginas. 
49 
 
 Ao fazer uma resenha você deve começar apresentando a obra, ou evento, que vai ser 
resenhada. Dizer do que se trata, seu autor, sua importância em relação a outras similares, 
enfim, delimitar o contexto no qual se insere. Em seguida, deve descrever seus pontos mais 
importantes, comparando com outras obras, do mesmo autor ou obras similares de outros 
autores, enquanto vai deixando claro no que considerou que a obra supera as outras e no que 
ela sai perdendo. Por fim, emite seu julgamento indicando para os leitores se considera que a a 
obra vale a pena ser vista (filme, peça teatral, show musical), lida (livro), visitada (exposição, 
feira). 
 Embora as resenhas também possam apenas descrever uma obra para seu público-
alvo, muito mais frequentemente elas apresentam caráter opinativo. Ou seja, seu objetivo é a 
crítica ou avaliação de uma determinada obra ou evento. 
Veja em seguida alguns exemplos de resenhas. 
 
Exemplo de resenha culinária publicada na revista VEJA São Paulo: 
Resenha por Arnaldo Lorençato e Helena Galante 
 
Titular da cozinha do restaurante italiano número da cidade desde julho de 2012, Luca Gozzani 
imprime sua marca em receitas, como o suflê desenformado de queijo sobre creme de batata 
ao parmesão e o tartare de atum fresquíssimo coberto por uma esfera de iogurte — sim, isso 
mesmo, no clássico Fasano há uma esfera de iogurte. Ambas as sugestões custam R$ 69,00. 
O ravióli de vitelo regado por creme de queijo parmesão e fios de molho rôti (R$ 99,00) atesta a 
excelência do cozinheiro. Nada supera, porém, o porquinho de leite de carne tenra envolta em 
pele fina como um papel e deliciosamente crocante. Ele vem assentado sobre feijão-branco 
colorido por molho de tomate (R$ 115,00). Na sobremesa, ele faz o tiramisu (R$ 42,00) de uma 
maneira peculiar. Em vez de ficar pronto esperando o pedido, o doce é montado na hora com o 
biscoito borrifado por uma mistura de café, vinho marsala e açúcar antes de receber o creme 
de queijo mascarpone. Fica durinho e deve ser quebrado com a colher. Há ainda duas opções 
de menu degustação, uma com ingredientes da terra e outra de pescados. Cada um deles 
custa R$ 310,00. Recomenda-se reservar. 
 
Exemplo de resenha esportiva publicada na revista Manchete Esportiva: 
Flamengo Sessentão, por Nelson Rodrigues 
“Corria o ano de 1911. Vejam vocês: — 1911! O bigode do kaiser estava, então, em plena 
vigência; Mata-Hari, com um seio só, ateava paixões e suicídios; e as mulheres, aqui e alhures, 
usavam umas ancas imensas e intransportáveis. Aliás, diga-se de passagem: — é impossível 
não ter uma funda nostalgia dos quadris anteriores à Primeira Grande Guerra. Uma menina de 
catorze anos para atravessar uma porta tinha que se pôr de perfil. Convenhamos: — grande 
época! grande época! 
Pois bem. Foi em 1911, tempo dos cabelos compridos e dos espartilhos, das valsas em 
primeira audição e do busto unilateral de Mata-Hari, que nasceu o Flamengo. Em tempo retifico: 
— nasceu a seção terrestre do Flamengo. De fato, o clube de regatas já existia, já começava a 
tecer a sua camoniana tradição náutica. Em 1911, aconteceu uma briga no Fluminense. 
Discute daqui, dali, e é possível que tenha havido tapa, nome feio, o diabo. Conclusão: — 
cindiu-se o Fluminense e a dissidência, ainda esbravejante, ainda ululante, foi fundar, no 
Flamengo de regatas, o Flamengo de futebol. 
Naquele tempo tudo era diferente. Por exemplo: — a torcida tinha uma ênfase, uma 
grandiloqüência de ópera. E acontecia esta coisa sublime: — quando havia um gol, as 
mulheres rolavam em ataques. Eis o que empobrece liricamente o futebol atual: — a 
inexistência dohisterismo feminino. Difícil, muito difícil, achar-se uma torcedora histérica. Por 
50 
 
sua vez, os homens torciam como espanhóis de anedota. E os jogadores? Ah, os jogadores! A 
bola tinha uma importância relativa ou nula. Quantas vezes o craque esquecia a pelota e saía 
em frente, ceifando, dizimando, assassinando canelas, rins, tórax e baços adversários? Hoje, o 
homem está muito desvirilizado e já não aceita a ferocidade dos velhos tempos. Mas 
raciocinemos: — em 1911, ninguém bebia um copo d’água sem paixão. 
Passou-se. E o Flamengo joga, hoje, com a mesma alma de 1911. Admite, é claro, as 
convenções disciplinares que o futebol moderno exige. Mas o comportamento interior, a gana, 
a garra, o élan são perfeitamente inatuais. Essa fixação no tempo explica a tremenda força 
rubro-negra. Note-se: — não se trata de um fenômeno apenas do jogador. Mas do torcedor 
também. Aliás, time e torcida completam-se numa integração definitiva. O adepto de qualquer 
outro clube recebe um gol, uma derrota, com uma tristeza maior ou menor, que não afeta as 
raízes do ser. O torcedor rubro-negro, não. Se entra um gol adversário, ele se crispa, ele 
arqueja, ele vidra os olhos, ele agoniza, ele sangra como um césar apunhalado. 
Também é de 1911, da mentalidade anterior à Primeira Grande Guerra, o amor às cores do 
clube. Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para 
o Flamengo, a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: — quando o time não 
dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juizes, bandeirinhas 
tremem então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o 
Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, 
aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma 
bastilha inexpugnável.” 
 
Exemplo de resenha de livro, publicada na Revista Estudos Feministas 
 
Diferença na igualdade 
César Schirmer dos Santos 
Universidade Federal de Santa Maria 
 
Elogio da diferença: o feminino emergente 
ROSISKA, Darcy de Oliveira. 
Rio de Janeiro: Rocco, 2012. 167p.A reedição de Elogio da diferença é muito bem-vinda, seja porque houve avanços desde 1991, 
ano da primeira edição, seja porque outros avanços propostos por Rosiska Darcy de Oliveira 
não foram buscados, quiçá por serem pouco conhecidos. 
Se a bandeira clássica do feminismo foi a igualdade, a proposta de Darcy de Oliveira é a 
diferença. Não a diferença da opressão, não a diferença da inferioridade, mas o direito de ser 
igual sendo outro. 
Se o feminismo sempre lutou pela igualdade de oportunidade entre homens e mulheres nas 
carreiras culturalmente masculinas, o que Darcy de Oliveira propõe é a igualdade de valor 
social entre essas carreiras e os trabalhos culturalmente femininos, pois seria um erro 
concordar com a premissa tácita de que as tarefas "femininas" são inferiores e seria um 
empobrecimento do horizonte civilizatório de todos a total terceirização dessas tarefas para as 
creches e outros serviços. 
Se as tarefas tradicionalmente femininas são distintas das tarefas tradicionalmente masculinas, 
isso não quer dizer que elas sejam inferiores ou menos importantes. O prestígio social de umas 
deve ser igual ao das outras, sem que as tarefas sejam iguais. Deve haver diferença na 
51 
 
igualdade e igualdade na diferença. 
A meu ver, o desafio dessa proposta é explicar como se pode dar o devido valor aos papéis 
femininos sem abrir espaço para o discurso reacionário, o qual naturaliza e essencializa os 
papéis de mãe e de esposa do lar. Não poderia o reacionário dizer que está de acordo com o 
pós-feminismo de Darcy de Oliveira, dado que defende que as mulheres fiquem em casa, sem 
estudar ou trabalhar, só cuidando das crianças, dos velhos e do esposo? 
Uma parte da resposta a essa questão é simples. Por se tratar de um pós-feminismo, a 
proposta de Darcy de Oliveira pressupõe as conquistas feministas, isto é, não só Darcy de 
Oliveira pressupõe, contra o reacionário, que as mulheres devem ter espaço garantido, talvez 
até mesmo com cotas e discriminação positiva, nos mundos do trabalho e da educação. A ideia 
não é que as mulheres abandonem o mundo público e sejam encerradas no mundo privado. A 
ideia é que se reconheçam o valor e a importância fundamental do mundo privado e que se 
preserve este mundo. Assim, contra a ideologia reacionária, Darcy de Oliveira toma o voltar-se 
para o mundo privado como uma escolha, não como um destino, muito menos como um fardo. 
Outra parte da resposta é mais complexa. Afinal, se a valorização do mundo íntimo e privado 
não viria da remuneração do "trabalho" de cuidar dos próximos, mas sim de uma gigantesca 
mudança civilizatória, na qual se estimularia os homens a buscarem as "carreiras" 
tradicionalmente femininas, não estar-se-ia esperando o impossível? 
Ora, a proposta de Darcy de Oliveira é justamente que se espere e se imagine o "impossível", 
pois é a partir da invenção do "impossível" que se abrem novas possibilidades. É 
transformando – e desorganizando – as opções abertas a homens e mulheres que se cria um 
mundo no qual a ação e o conhecimento femininos valem ao menos tanto quanto as carreiras e 
práticas tradicionalmente masculinas. 
Assim, a proposta de Darcy de Oliveira é voltada para o futuro, mas com um olho no passado. 
Do passado se resgatam as atividades femininas com conotação pouco meritória, buscando a 
sua valorização no futuro. Sem tal projeto, é como se o feminino tivesse que ser definido 
segundo a régua masculina, e o problema todo é justamente que uma igualdade digna deste 
nome requer réguas diferentes para gêneros diferentes, não porque um gênero é superior ou 
inferior ao outro, mas porque cada gênero tem uma métrica distinta, sendo a existência de 
cada escala por si mesmo um elemento rico e inegociável da vida em sociedade. 
Darcy de Oliveira aponta para sinais claros de que há algo de desequilibrado na sociedade, 
apesar de haver mais oportunidade para as mulheres. Sim, agora as mulheres podem estudar 
e podem trabalhar, mas o mundo privado que serve de sustento e de plano de imanência para 
o mundo público do trabalho e do ensino ainda se apoia no núcleo familiar com uma mulher 
que cuida de todos, inclusive e principalmente do marido, que dá tanto trabalho quanto um filho. 
Esse desequilíbrio já é reconhecido na muito discutida jornada dupla de trabalho, mas pouco 
se fala sobre como lidar com essa questão. Por que não se fala disso? Talvez por se 
considerar natural que as mulheres cuidem de tarefas "menores", como a limpeza das crianças 
ou da casa. Mas de onde viria tal inferioridade? Do mero fato de essas tarefas tradicionalmente 
serem feitas por mulheres? Se assim for, o equilíbrio nos valores do cuidado privado e do 
trabalho público viria da escolha, pelos homens, dessas tarefas e "vocações" femininas. É 
exatamente o que Rosiska Darcy de Oliveira propõe. 
 
REVISÂO 
 Outra parte muito importante da produção de um texto de qualidade é a revisão. 
Revise, revise e revise. Não espere para fazer uma única revisão final. Vá revisando o texto 
cotidianamente, Você verá que, a cada revisão, encontrará algo a ser corrigido e/ou 
reformulado. 
52 
 
 Muitas vezes, o autor se apega à frases ou parágrafos que redigiu. Entretanto, durante 
o processo de elaboração/reflexão/redação/revisão lhe ocorre uma outra redação para o 
mesmo trecho. Apesar de notar a redundância, ele pode sentir dificuldade em descartar suas 
frases queridas e a tentação de deixar as duas proposições é grande. Primeiro, porque as duas 
podem ser, realmente, boas construções textuais. Segundo, porque o processo de redação é 
custoso. Páginas cheias de texto demoram a ser produzidas e descartar qualquer coisa parece 
ser um retrocesso que acabará por inviabilizar o término do trabalho dentro do prazo 
estipulado. Ainda assim, essa tentação deve ser vencida e, pelo bem da clareza e objetividade 
do trabalho, o autor deve escolher a que melhor descreve o que quer dizer. 
 É importante notar que, muitas vezes, mesclamos duas frases e construímos uma bem 
mais adequada. Entretanto, na minha experiência, duas construções muito boas, porém 
redundantes, raramente, se tornam uma terceira melhor. É mais provável que as duas boas, 
misturadas, se tornem uma mais “fraca”. Portanto, antes de mesclar, observe com cuidado se 
realmente a junção foi para melhor. Se não, não tenha dó, escolha uma e siga em frente! Olha 
o prazo!!! 
 Não se acanhe em pedir a opinião de seu orientador. Ele é seu primeiro leitor. E se 
após várias revisões, ainda não se sinta confiante com sua redação e/ou seu professor 
orientador demonstre preocupação com ela, não se esquive de contratar um revisor para a 
versão final. O custo é muito menor do que apresentar um artigo mal escrito e cheio de erros. 
O cuidado que você despende na elaboração de seu artigo reflete a importância que você dá a 
ele. Um texto mal escrito, descuidado, vai mostrar à sua banca examinadora o pouco valor que 
você dá ao seu trabalho. 
53 
 
COMO POSTAR NO AVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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56 
 
EVITANDO O PLÁGIO 
 
O Trabalho de Conclusão de Curso deve ser uma produção 
inédita. 
 A questão do plágio é muito séria. Plágio é a apropriação 
indébita de uma obra intelectual, ou parte dela, que tenha sido 
produzida por outro, sem dar o devido crédito. Em última instância, 
um furto. O plágio pode ocorrer em textos, filmes, músicas etc. 
 Mas se, forçosamente, em um trabalho científico, temos que 
nos basear em conhecimentos de outros, como evitar o plágio? 
Deixando explícito a quem pertence aquela produção utilizada

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