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Curso LFG/Intensivo III 2013/Direito Internacional I.docx
DIREITO INTERNACIONAL
Valério Mazzuolli
Bibliografia:
- Mini Código de Internacional – Editora RT
- Curso de Direito Internacional Público. Valério Mazzuolli. Editora RT
Temas:
Parte Geral (fundamento - fontes - sujeito)
Parte Especial (forma e organização do estado em direito internacional - imunidade - responsabilidade)
Teoria das Organizações internacionais (sistema global da onu - sistema Mercosul) 
Teoria dos indivíduos no plano internacional - nacionalidade e cidadania e condição jurídica do estrangeiro no Brasil - l. 6815/80
Guerra
FUNDAMENTO DO DIREITO INTERNACIOLA
1 - Doutrina voluntarista - direito internacional é obrigatória em razão da vontade estatal de assinar um tratado, exercício da soberania. Crítica - o direito não depende da vontade das pessoas, se o estado deve se manifestar, não explicaria porque os estados são abrangidos pelos costumes.
2 - Doutrina objetivista - o fundamento deve estar acima da vontade dos estados - numa regra que nasce dos costumes e impõe regra independente de sua vontade - ex. TPI julga país que não ratificou o tratado. Ex. vontade comum sem manifestar decorrente dos costumes - derivados da cláusula do PACTA SUNT SERVANDA - art. 26 da convenção de Viena sobre os tratados. Cláusula da boa-fé é implícita. 
O costume seria um grande pacto.
Comunidade estados vinculados por laços espontâneos - sociedade os estados se toleram enquanto tem interesses entre si - formada basicamente por três entes - pessoas de internacional público - ESTADOS SOBERANOS (colônias, vassalos, protetorados, território sob tutela não são soberanos) - ORGANIZAÇÕES INTERGOVERNAMENTAIS
ORG - organizações internacionais - 
ONG - organização internacionais não governamentais
Obs. cruz vermelha é ONG da suíça.
UNESCO - ORG INTERGOVERNAMENTAL
UNICEF - ONG
ORG 	- criada por estados
	- instrumento do tratado (depende da vontade dos estados)
ONG 	- criadas por particular (
	- por meio de contrato
ORG - ONU - conselho da europa - união africana - OEA - 
ONG - FIFA - FIA - Cruz Vermelha - Unicef
INDIVÍDUOS - apenas o Rezek não admite o individuo como sujeito internacional - mas prevalece que apesar de não ter poder para celebrar tratados é sujeito de direito internacional - para ser sujeito basta ter direito e dever - ex. pode postular ativamente e capacidade passiva - ex. TPI.
ORDEM JURIDICA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL
A ordem jurídica da sociedade internacional é descentralizada, horizontalizada, não existe uma constituição do mundo. Igualdade jurídica. 
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Constituição de 88 - art. 59 - fontes do direito - emenda constitucional, LC, LO, resoluções, decreto etc.
Em 1920 - quando da redação do estatuto da corte internacional de justiça - tribunal de Haia - (Rui Barbosa - eleito juiz do tribunal) - art. 38 - (VER) - regra de competência - TRATADO- COSTUME INTERNACIONAL - PRINCIPIO GERAL DE DIREITO. 
a) As convenções internacionais, gerais e especiais, que estabeleçam regras admitidas pelos Estados Litigantes (estudo do direito dos tratados)
b) Os costumes internacionais
c) Princípios gerais de direito internacional (maior que princípios gerais do direito internacional)
Obs. art. 38 rol de fontes clássicas - convenções - costumes - princípios - NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE AS FONTES DO ART. 38 - tanto o tratado quanto o costumes revogam os tratados e costumes mutuamente e anteriores.
AGU 2002 - convenções nem sempre prevalecem sobre costumes - e o rol do art. 38 não é taxativo. Ex. atos unilaterais de estados e decisões de organizações internacionais. E o ius cogens.
6 fontes de direito interna ioanl 
1 - ius cogens (ius cogens) art. 53
2 - tratado
3 - costume
4 - princípio
5 - atos unilaterais
6 - decisões de organizações 
1 - COSTUMES
É a prova de uma prática geral aceita como sendo o Direito.
Quem alega o costume tem que provar. Ônus incumbe a quem alega. ex. bacalhau da Noruega - mas provou que o costume era seu e tinha o direito de pescar. 
Elementos formadores:
Obs. se tiver apenas o primeiro será caso de uso - costume tem sanção - ex. fila indiana é costume. furar fila é violação ao direito e gera dano moral.
Elemento material ou objetivo - prova de uma prática geral
Elemento subjetivo ou psicológico - aceita como sendo o direito
Obs. o Geral significa a grande maioria dos estados, não carecendo a totalidade ou unanimidade deles.
Ex. instituto da passagem inocente - costume geral.
Obs. a prática de um costume geral pode ser dentro de um contexto - ex. geral dentro do continente americano, europeu ou africano - GERAL SIGNIFICA DENTRO DE UM CONTEXTO. PODE TER COSTUME REGIONAL.
Ex. Asilo diplomático - espécie de asilo político - isso nasceu na américa latina - nasceu no caso Haya Delatorre - chefe do Peru - entrou na embaixada da colômbia - inviolável por principio de cortesia. Peru processou a Colombia na corte internacional de justiça - 5 anos. Hoje foi regulamentado no plano internacional
Costume é prova de prática geral aceita como sendo o direito. DEVE HAVER A CRENÇA DE OBRIGATORIEDADE
O COSTUME INTERNACIONAL E OS NOVOS ESTADOS
Doutrina majoritária entende que os novos estados devem seguir os costumes já formados por outrem. Não podendo alegar a chamada a TEORIA DA OBJEÇÃO PERSISTENTE - objetor persistente - se o estado persistentemente se bate contra tal costume - ele estaria liberado.
Talvez a única objeção seria possível em matéria de direitos humanos. Quando o direito interno nega os costumes. 
PEGOU O BONDE ANDANDO DEVE-SE PAGAR O TÍTULOS. 
Obs. Diferença convenções internacionais, costumes internacionais e princípio geral de direito reconhecidos pelas nações - não foram nascidos no plano internacional - são princípios do direito interno dos estados - boa fé, coisa julgada, pacta sunt servanda. 
Ex. princípios gerais do direito internacional - já nasce na norma internacional
princípio geral de direito internacional - princípios gerais de direito interno
Obs. princípio da salvaguarda da humanidade
organização da sociedade internacional
Direito internacionais - Paz de Westfalia - em 1648 nasceu os estados
Crítica - nações civilizadas - doutrina não mais reconhece expressão civilizada, pois estaria impingindo hierarquização cultural o que não é mais tido como correto.
2 - JURISPRUDENCIA E DOUTRINA NÃO SÃO FONTES - PODEM ORIENTAR. Meio de auxílio para determinação das regras. Jurista pessoa física, mas também atas e anais de reuniões internacionais, grupos de estudos internacionais. 
DOUTRINA NÃO É FONTE DO DIREITO - DIREITO NÃO NASCE DO LIVRO - DOUTRINA INTERNACIONAL REVELA OU PROPOE DIREITO.
3 - ATOS UNILATERAIS DOS ESTADOS
Obs. fontes jurídicas devem ter sanção sob pena de não ser direito.
França fez acordo para pesquisas aquáticas perto da Austrália - Corte internacional de Justiça - Aí a França - por
	- Ato de autoridade
	- Contendo comando
	- Público
Obs. o congresso nacional é autoridade, tem comando, 
Obs. Defensor público interamericano - 2009 regulamento da corte interamericana de justiça.
Ex. decreto de D. Pedro II - águas do amazonas estão franqueadas em tempo de paz a todas as bandeiras internacionais. Diferente da passagem inocente. Auto de autoridade, com comando, público, gerando expectativa de direito. 
4 - DECISOES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Parece com os atos unilaterais dos Estados - não tem ato bilateral senão seria tratado - fundamento nos atos constitutivos da ORG. FMI acordo de Bretenwoods - estabelece ato normativo. Ex. não pode exportar produto X - decisão do conselho de segurança vincula
os estados, porque assinou carta participando do tratado. Decisão, recomendação, diretriz, diretivas, resolução.
DIREITOS DOS TRATADO
Tratado
Contratado 
Memorando
1969 - DATA DA REALIZAÇÃO DA CONVENÇÃO DE VIENA - codificação durou 20 anos de 1949 a 1969 - 
PRIMEIRO TRATADO 
Ramses II (egípcios) e Ratuzil III - proposta de paz por Hititas. BATALHA DE CADESH 1280 a.c. - paz às terras Sírias - CRIOU A FIGURA DA EXTRADIÇÃO.
Até o nascimento da ONU não havia regulamentação dos Tratados - CDI - comissão de direito internacional - na ONU tem um departamento nas nações unidas - CDI departamento da ONU responsável por codificar o direito internacional, a partir dos costumes.
CDI - nomeia relator - ILC - international law comission.
Em 1969 nasce a convenção de Viena sobre o direito dos tratados - cuida dos tratados celebrados entre estados. Organizações intergovernamentais também celebram tratados - e só em 1986 foi feita convenção de Viena 2 - os primeiros 72 artigos são idênticos. A SEGUNDA AINDA NÃO ESTÁ EM VIGOR POIS NÃO HOUVE A RATIFICAÇÃO - por enquanto tem força de costume.
Obs. convenção de Havana em cuba - com 12 artigos - 1928
A convenção de 69 entrou em vigor internacional em 1980, composta de mais de 80 artigos, regula a formação, conclusão, entrada em vigor e extinção dos tratados. O BRASIL ASSINOU A CONVENÇÃO DE VIENA NO GOVERNO COLLOR E SÓ NO GOVERNO LULA FOI RATIFICADA EM 2009.
ART. 2 - I - tratado significa um acordo internacional concluído por escrito entre estados e regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica.
a) acordo internacional (com sanção jurídica) - vontade de gerar por meio do acordo um vinculo juridicamente válido - não acordo em sentido econômico - ex. acordo com FMI não é tratado - ex. o fundo aplica sanção econômica, pois não tem sanção jurídica.
b) concluído por escrito - (e não celebrado - tradução lusitana) - há uma troca entre concluído e celebrado do português de Portugal e do Brasil. A FORMA ORAL PARA TRATADO É VEDADA. Ex. um comprometimento oral pode ser um acordo de cavalheiro mas não tratado. Escrito - demanda solenidade
c) entre Estado (e/ou organização internacional intergovernamental) - ONG não celebra tratado.
d) regido por direito internacional - se se estabelece regências de direitos interno - SERA ACORDO INTERNACIONAL - CONTRATO ENTRE ESTADOS.
Obs. o foro de NY é o foro financeiro mundial.
Grãos - é Londres
Paris - comércio
e) constante de um ou mais instrumentos conexos - para muitos estados não eram considerados tratados - existe a regra da aprovação interna dos atos internacionais - nesse caso se admite o acordo por troca de notas diplomáticas - a troca de nota já é a negociação - ex. recomenda não utilizar agrotóxico X ao argentinos, e se eles respondem por notas a aquiescência, o tratado já está valendo. 
Art. 84, VIII - estabelece sujeição de todos os tratados à manifestação - PARA CONVENÇAO DE VIENA É PERMITIDO O ACORDO SIMPLIFICADO POR TROCA DE NOTAS. - art. 12 permite tratado a partir da assinatura do instrumento. 
f) qualquer que seja sua denominação específica - tratado é termo genérico. Não tem nome iuris próprio - pode chamar de qualquer coisa. Questão de prática internacional:
Pode-se chamar um tratado bilateral para construção de ponte - ex. Tratado Brasil Paraguai para a construção da ponte sobre o Rio Paraná. Poderia chamar pacto, convenção, protocolo, mas não é o mais próprio. 
Tratado - nome genérico e menos utilizado
Convenção - terminologia para grandes tratados multilaterais abertos sobre temas comuns - transporte aéreo, responsabilidade do estado
Pacto - normalmente de aliança militar, política ou direitos humanos - ex. convenção de direitos humanos = pacto de são José
Acordo - culturais, tecnológicas, científicas, cooperação 
Protocolo - tratado que é protocolar a outro algo - Kyoto - Montreal
Concordata - normalmente acordo com o Vaticano para estabelecer privilégios ao Vaticano. Concordata para ensino religioso nas escolas. 
A MAIORIDA DA DOUTRINA ENTENDE QUE A CONCORDATA É INCONSTITUCIONAL. 
Acordo executivo - executive agreements - é executivo está em plano de governo - É TRATADO SIMPLIFICADO, mas ainda sim o é, ex. troca de notas diplomáticas. Finalidade não fazer passar o tratado pelo congresso para não prejudicar interesses. Fast tract - ex acordo executivo pode ser firmado por ministros - tatado que não passa no congresso. 
Gentlemans agreements - aqui se trata pessoalmente - ex. tratado que se firma sob a honra do chefe de estado - mas há acordo conexos.
ius imnperii - 
ius gestionis - não tem vinculo estatal - é um acordo moral - sem sanções
Obs. Não é aconselhável chamar tratado de constituição - ex. constituição europeia - constituição da 
Também não é bom chamar tratado de acordo - por confusão. 
Classificação dos tratados
Classificações formais 
- quanto ao número de partes
- quanto ao procedimento
- quanto a possibilidade de adesão
Classificações materiais
- quanto a natureza jurídica
- quanto à execução no tempo
- quanto à execução no espaço
- quanto a estrutura da execução
Tratado
Convenções 
DIREITO INTERNACIONAL X DIREITO INTERNO: 
- O direito internacional rege prioritariamente a sociedade internacional. O nome comunidade dá a impressão de que as pessoas são ligadas por um laço espontâneo. O vinculo societário é meramente contratual. Não há no direito internacional um laço espontâneo de afinidades. 
- A sociedade internacional é formada por que tipo de sujeitos? Essa sociedade é formada basicamente por 03 tipos de sujeitos: Estado, organizações internacionais intergovernamentais e indivíduos.
- Ainda existe jurista no Brasil que diz que os indivíduos não são sujeitos do direito internacional público. Mas essa posição é totalmente minoritária. Não é porque o individuo não participa diretamente da formação do direito internacional, que ele não será sujeito. Ele pode sim demandar perante o direito internacional. 
- Os beligerantes também podem ser sujeitos de direito internacional pública (são aqueles que tentam tomar o governo através de força armada). Exemplo: governo normal e governo dos beligerantes. Quem manda na prática é o governo dos beligerantes. 
- Os movimentos de libertação nacional também podem ser sujeitos de direito internacional. 
Características da sociedade internacional:
- Essa sociedade internacional tem a característica de ser descentralizada. Não há centralização.
- Toda sociedade interna é centralizada, portanto, é vertical. A sociedade internacional é descentralizada, portanto, é horizontal. 
- Tendências evolutivas do direito internacional público:
Universalização: o direito internacional sendo universal parece um contracenso. O direito internacional se universaliza, ele ultrapassa as fronteiras de onde nasceu e ele nasceu na Europa. Se Deus é o dono do mundo e o papa é representante de Deus, o papa seria o dono do mundo. Não dá para misturar igreja com Estado. Após a guerra dos 30 anos se fizeram 02 tratados que disseram que o Estado deve estar separado da igreja. A figura do Estado surge juntamente com o direito internacional. O direito internacional passou a ultrapassar fronteiras, deixou de ser um direito euro-americano e passou a ser um direito de todos. Ainda hoje se encontram normas internacionais onde se prevê esse euro-amerincanismo. Os princípios gerais de direito são aqueles reconhecidos pelas nações civilizadas. 
Regionalização: ele se fecha, se particulariza. O mundo tem características diversas de onde surgem os blocos. O exemplo maior de regionalização é a União Europeia. 
Institucionalização: o direito
internacional se institucionaliza. É a fase em que o direito internacional cria as instituições e organizações internacionais. A organização internacional não pode ser confundida com a ONG (organização não governamental). A organização internacional é criada pelo Estado por meio de tratado. A ONG é criada por particulares, por meio de contrato ou ato constitutivo. Exemplo de organização internacional: ONU – criada em 1945 e tem por finalidade trazer a paz e segurança para as relações internacionais. Foi criada após a segunda guerra mundial para trazer estabilidade para as relações internacionais e é composta por 06 órgãos principais.
- Órgãos da ONU:
a) Assembleia Geral: é o órgão máximo. Compete à ela deliberar todos os assuntos da carta e dela participam todos os Estados (194). Cada Estado tem direito à 01 voto. Ela só não cuida do assunto referente á segurança coletiva.
b) Conselho de Segurança: responsável por trazer segurança ao mundo. É composto por 15 membros, desses 10 são não permanentes e 05 são permanentes (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China). Os membros permanentes tem cadeira cativa, não podem ser retirados. 
- Poder de veto: só um dos cinco permanentes possui. É o poder que um deles pode vetar a vontade dos outros 14. Só na carta da ONU possui essa regra. Só há uma maneira de punir um dos 05 membros permanentes: ele votando contra ele mesmo.
c) Corte Internacional de Justiça: conhecida como Tribunal de Haia e também é composta por 15 juízes, um deles é brasileiro. É o judiciário da ONU. Ela resolve as tensões entre os estados parte na organização. Foi criada na década de 20. Ela resolve questões entre Estados, desde que o Estado aceite ser submetido à jurisdição da corte – Clausula facultativa de jurisdição obrigatória. Exemplo: Cezare Batisti – o STF autorizou a extradição e cumpria ao Estado enviar o extraditando. Mas se o Estado tiver certeza de que ele não será agredido, ele enviará. O presidente da República disse que não extraditaria porque Cezare poderia ser perseguido na Itália. Para ir a Haia deveria ter o consentimento do Brasil e ele não aceitou. Mas descobriu-se o tratado da década de 50, dizendo que qualquer controvérsia do Brasil com a Itália a Itália deveria tentar uma conciliação prévia, não tendo acordo, poderá ir à Haia. – Esse será o primeiro julgamento envolvendo o Brasil em Haia. 
d) Conselho de tutela: foi criado para desenvolver nos territórios sob tutela o seu espírito de independência. 
e) Secretariado: é quem faz o papel de secretaria. O secretário que representa a secretaria é o secretário geral. 
f) Conselho econômico e social (ECOSOC): trata dos direito econômicos sociais e culturais, que são os direitos de 2ª geração. É dividido em 02 subórgãos: conselho (comissão) de direitos humanos e comissão de direito internacional.
g) Agências especializadas da ONU: exemplos – OIT, OMS, FMI, UNESCO, Banco Mundial. 
*OBS: a organização mundial do comércio não é agência especializada, não está vinculada à ONU.
Funcionalização: o direito se funcionaliza. Funcionalização significa colocar o “bedelho onde não foi chamado”. Ele passa a se intrometer em problemas que até então não era da sua alçada. Isso é a funcionalização. A funcionalização é a fase pela qual, o direito internacional começa a assumir tarefas e a regular problemas que até então eram considerados como sendo da alçada exclusiva dos Estados, a exemplo dos temas da saúde, do trabalho, dos direitos humanos, do meio ambiente, etc. 
Humanização: é a fase do direito internacional pelo qual ele vai criar os tratados internacionais de direitos humanos. É a fase em que se preocupa mais com o ser humano do que com as relações bilaterais ou multilaterais entre os Estados. Os grandes tratados e as grandes convenções internacionais surgem da humanização. 
Objetivação: o direito internacional se objetiva, ele deixa de ser subjetivo para ser mais objetivo. Ele deixa de ser tão discricionário para ser mais objetivo no que tange aos Estados em relação à sua aceitação. É uma tendência que vai cada vez mais, retirando a discricionariedade dos Estados com relação à alguns temas e objetivando cada vez mais as relações internacionais.
Codificação: na carta da ONU, no artigo 13, §1° está escrito que um dos propósitos da assembleia geral é o desenvolvimento do direito internacional e a sua codificação. Codificação é transformar em código normas costumeiras. No Brasil o exemplo é a CLT. 
Jurisdicionalização: é o momento da criação dos tribunais internacionais. Os tribunais regionais de direitos humanos são: 
a) Corte europeia de direitos humanos (1950) – que existe para zelar pelo cumprimento da Convenção Europeia de Direitos Humanos; 
b) Corte Interamericana de Direitos Humanos (1969) – zela pelo Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) tem dupla competência: competência contenciosa (julga e demanda da clausula da jurisdição facultativa) e competência consultiva (tira dúvidas). 
c) Corte Africana de Direitos Humanos: ainda não julgou nenhuma causa. Foi criado desde a década de 1986, porém o tribunal só entrou em vigor em 2002. 
RELAÇÕES DO DIREITO INTERNACIONAL COM O DIREITO INTERNO: monismo e dualismo:
- Duas doutrinas nasceram: a doutrina dualista e a doutrina monista do direito internacional:
- Doutrina Dualista: defendida por Triepel na Alemanha. Direito internacional e direito interno são duas ordens separadas. O direito internacional não tem influência no plano do direito interno. O direito internacional vai ser aplicado no plano do direito interno se for transformado em regulamento. O direito internacional deve ser transformado em norma doméstica e isso tem o nome de teoria da transformação. *Essa doutrina não é aceita em lugar nenhum do mundo. O direito compõe um ordenamento só, não que se falar em duas ordens. 
- O dualista moderado fala que pode ser uma espécie normativa interna. Kelsen dizia que o direito interno e internacional pertenciam ao mesmo sistema. Não há duas ordem jurídicas, o direito internacional é o círculo maior e o direito interno é o círculo menor. A aplicação do tratado é imediata.
- Para o dualismo a aplicação do direito internacional é mediata e não imediata, por isso requer transformação. Para o monismo a aplicação do direito internacional no direito interno é imediata, não requer transformação. 
- Aceita a tese monista, surge a questão hierárquica. Quando houver conflito, qual dos dois irá prevalecer?
- Ramificações do monismo:
Monismo nacionalista: será o direito nacional o responsável por estabelecer qual das ordens jurídicas deve prevalecer em um determinado caso concreto. 
Monismo internacionalista: havendo conflito entre a norma internacional e a norma interna, sempre prevalece a norma internacional. Foi adotado pela Convenção de Viena – artigo 27: “Direito Interno e Observância de Tratados: uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra não prejudica o artigo 46.” – esse artigo diz respeito à aspectos formais. Sob o aspecto material deve prevalecer a norma internacional. Mas pode ter celebrado o tratado violando disposição formal.
Monismo internacionalista dialógico: não deixa de ser monismo internacionalista, mas temperado com dialogismo. Em matéria de direitos humanos, usa-se o monismo internacionalista dialógico, porque a norma interna pode ser mais beneficia ao ser humano do que a norma do direito internacional. Muitos tratados de direitos humanos preveem clausulas dialógicas, como o artigo 28 do Pacto de São José da Costa Rica que preza pela aplicação da norma interna, se ela for mais benéfica. Monista internacionalista dialógico: é a possibilidade que os tratados nacionais de direitos humanos colocam de se aplicar a norma mais favorável ao ser humano em detrimento do próprio tratado. 
FUNDAMENTO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO:
- Fundamento significa
perquirir de onde vem a obrigatoriedade da matéria. A fonte é perquirir de onde provém a norma. Para saber o fundamento é preciso de duas teorias:
Teoria Voluntarista: segundo essa teoria, o fundamento do direito internacional reside na vontade coordenada dos Estados tomada em conjunto no plano internacional. Ou seja, o direito internacional é válido, porque os Estados desejam (pela sua vontade), que assim seja. A crítica que se faz a esse sistema é que de uma hora para outra, os Estados podem desejar não mais atribuir qualquer obrigatoriedade à ordem internacional, criando assim, uma anarquia. 
Teoria do Objetivismo: diz que há regras objetivas de aceitação do direito internacional por parte dos Estados. Há normas superiores à vontade dos Estados, que fazem com que eles não tenham margem de discricionariedade sobre aceitação dessa norma. A maior regra objetiva que existe é a regra pacta sunt servanda.
*Pacta sunt servanda – artigo 26 da Convenção de Viena (seria uma subdivisão da teoria do objetivismo). Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO:
- Tudo que é possível fazer legislativamente no Brasil está no artigo 59 da CF. Hoje só é possível fazer emenda à constituição, medida provisória, lei ordinária, lei delegada, lei complementar, resolução, etc.
- Fontes principais do direito internacional: “A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos estados litigantes; b. o costume internacional como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; c. os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas; d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito. A presente disposição não prejudicar a faculdade da Corte de decidir uma questão ex équo.” – Artigo 38
- As fontes são:
Convenções internacionais
Costume internacional
Princípios gerais de direito: vem do direito interno e são reconhecidos pelas nações
*Jurisprudência e doutrina: são meios auxiliares para determinação das regras e direitos.
- Há hierarquia entre as fontes elencadas no artigo 38 da Corte Internacional de Justiça? Se disser que tem hierarquia o tratado revoga costume e o costume não revoga o tratado. No plano do direito interno não há hierarquia. Não há hierarquia entre as fontes elencadas pelo artigo 38 do ECIJ. Tratado de hoje revoga um costume de ontem. A recíproca também é verdadeira.
- Desuso: revogação de uma norma escrita anterior por um costume superveniente.
OBS: não há hierarquia das fontes elencadas pelo artigo 38. Mas existe uma norma de direito – artigo 59 da Convenção de Viena – que são as normas de jus cogens. O artigo 53 também trata da norma jus cogens, que possuem hierarquia.
- O artigo 38 do ECIJ é taxativo ou meramente exemplificativo: o artigo 38 é meramente exemplificativo. Podem existir outras fontes do direito internacional, que não estão elencadas no artigo 38. 
- atos unilaterais dos estados e decisões de órgãos internacionais não estão no artigo 38, mas são aceitos como fontes.
- Uma lei é um ato unilateral do Estado. Exemplo: decreto imperial do Brasil que franqueia os rio Amazonas para a navegação de navios de todas as bandeiras em tempos de paz.
- Decisões das organizações internacionais: da mesma forma que os Estados emitem decisões, as organizações internacionais também emitem e podem ser tidos como fonte. 
- Há no direito internacional público atual, seis fontes do direito internacional público: 
Normas de jus cogens (direito imperativo) aceitas e reconhecidas pelos Estados no seu conjunto como norma da qual nenhuma derrogação é possível e que só podem ser modificadas por norma de jus cogen da mesma natureza (artigos 53 e 64 da Convenção de Viena sobre Direitos dos Tratados). 
Tratados internacionais gerais ou específicos, que estabeleçam regras expressamente aceitas pelos Estados litigantes;
Costume internacional composto de 02 elementos: 
a) a prática geral (elemento material)
b) a crença de obrigatoriedade (elemento subjetivo)
Princípios gerais de direito das nações
Atos unilaterais dos Estados
Decisões das organizações internacionais
Curso LFG/Intensivo III 2013/Direito Internacional II.docx
DIREITO INTERNACIONAL
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DISCIPLINAS DE DIREITO INTERNACIONAL
a) Direito internacional público - é o ramo do direito internacional que regula e estuda normas consuetudinárias e convencionais (mediante tratados, convenções, acordos entre nações) e cuida dos vínculos entre estados, organizações internacionais e intergovernamentais, pessoas e os demais sujeitos nas relações exteriores.
Normas consuetudinárias - diferente do direito interno, regras poderão ser criadas pelos costumes, e quando o costume é internacionalmente reconhecido ele vincula as partes, como norma não escrita. Um costume pode obrigar sujeito a exercer conduta - NO DIREITO INTERNO PREVALECE QUE NINGUEM É OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGO SENÃO EM VIRTUDE DE LEI. (ver - mas costume também não é fonte de direito - LICC)
Normas convencionais - no direito interno há maior presença do estado criando e impondo coercitivamente, no direito internacional os próprios atores criam as regras as quais se submeterão. Atores criam suas regras.
Legitimidade para celebrar tratados internacionais - apenas os que detenham personalidade jurídica de direito internacional público. APENAS OS ESTADOS E AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS OU INTERGOVERNAMENTAIS (ONU, OEA, OMC, OMS).
Tratados, convenções, acordos - ajuste - declaração - estatuto - protocolo - ata - memorando - concordata - enfim, mais de 30 denominações e não guarda relações com teor de cada tratado. Enfim, acordo internacional geralmente é de natureza comercial, mas pode cuidar de outro assunto.
Ex. declaração, normalmente é tratado de princípios - Declaração da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento - mas pode cuidar de outro assunto.
Vínculos entre estados, organizações internacionais e intergovernamentais e outras pessoas de direito internacional - PESSOAS FÍSICAS E PESSOAS JURÍDICAS poderão ser atores no cenário internacional.
Ex. Petição a corte interamericana de direitos a parecer consultivo por crime não apurado em Estado - indivíduo X indivíduo.
Ex. Pessoas jurídicas de direito interno também poderão ser sujeito de direito internacional público - empresa vendendo para estado estrangeiro - age em seu próprio nome. 
Demais sujeitos - ONG’s - (green Peace, médicos sem fronteira, WWF) - não detêm personalidade de direito internacional público - não podem celebrar tratados. No entanto, há uma ONG que celebra tratados é o comitê internacional da cruz vermelha - foi autorizado a fazê-lo por meio de tratado. 
Santa Sé - celebram tratados internacionais - detêm personalidade de direito internacional público - Santa sé é equiparada a Estado - NOME OFICIAL - ESTADO DA CIDADE DO VATICANO. NÃO É UM ESTADO É EQUIPARADO, podendo celebrar tratados. 
PESSOA FISICA, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO INTERNO OU PRIVADO, ONG’s NÃO CELEBRAM TRATADOS - CELEBRAM - ESTADOS E ORGANIZAÇ~EOS INTERNACIONAIS E INTERGOVERNAMENTAIS, SANTA SÉ E CASO DA CRUZ VERMELHA (autorização por tratado);
b) Direito internacional privado - é o ramo do direito internacional que regula e estuda um conjunto de regras que determina a lei e/ou jurisdição aplicável às relações particulares exteriores.
Ex. brasileiro casando com argentina no México, e descobrem que são irmãos - qual será norma e justiça para dissolução
do casamento? 
Ex. empresa brasileira negociando com espanhola, produtos da china para entregar na África do sul, negociados em dólar e contrato celebrado na França - qual a norma? 
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO NÃO RESOLVE NADA APENAS APONTA A LEI E A JURISDIÇÃO CORRETA 
Obs. no direito anglo saxão é denominado o direito público - law of nations - direito das nações - direitos difusos e coletivos
e o direito privado - conflict of laws - relações particulares
CARACTERÍSTICAS DA ORDEM JURÍDICA INTERNACIONAL
a) Ausência de autoridade superior - nas relações exteriores não existe poder supremo - TODOS SÃO JURIDICAMENTE IGUAIS - NÃO EXISTE ESTADO OU ORG. INTERNACIONAL MAIS IMPORTANTE QUE OUTROS. (HORIZONTALIDADE)
b) Ausência de hierarquia entre as normas - não existe norma mais importante que outra - pacto sobre direitos civis é tão importante quanto dos direitos ou declaração universal dos direitos ou pacto de são José da costa rica ou tratado comercial entre brasil e argentina ou Gana e Angola.
Diferencia do direito interno da PIRAMIDE NORMATIVA DE HANS KELSEN - art. 59 da CF:
CF 
Emendas Constitucionais
LC
LO
Leis delegadas
MP
DL
Resoluções/Portarias
c) Manifestação do consentimento - ESTADO APENAS SE SUBMETE A DETERMINADA NORMA APENAS SE MANIFESTAR SEU CONSENTIMENTE EM RELAÇÃO A ELA - pactuantes precisam concordar com a incidência da norma para se submeter a ela.
Ex. EUA não ratificou o protocolo de Kyoto e não trará sanção por seus descumprimentos, pois não aderiu a seus termos.
d) Descentralização - relações são descentralizadas, não há órgão descentralizador - a ONU não é centralizadora, é a mais importante organização internacional, mas cada estado atua conforme sua a soberania, personalidade independente, autoridade plena e governo próprio. 
e) Sistema de sanções precário - há conjunto de sanções - ex. represálias, retorsão, ruptura de relações diplomáticas, exclusão de organização internacional ou intergovernamental. Muitas vezes são eficazes mas em outras hipóteses não produzem efeitos. Ex. Brasil assina tratado comercial com os EUA - venda de laranja - se Brasil descumpre, EUA pode aplicar sanções no Brasil em virtude do tratado - mas caso os EUA descumpra Brasil pode aplicar sanção - ex. deixar de vender laranjas - mas não é lá sanção.
PRINCÍPIOS DE REGIMENTO DAS RELAÇÕES EXTERIORES BRASILEIRAS
Art. 4º
I - independência nacional - afirmação de soberania, independência.
II - prevalência dos direitos humanos - eventual declaração à DUDH (que não é tratado, é resolução), não traz sanção como nos tratados. Mas o Brasil se submete às regras de direitos humanos e compromete-se a emprega-los e defende-los
III - autodeterminação dos povos - Brasil reconhece e respeita a soberania dos países estrangeiros 
IV - não-intervenção - não interferência em assunto interno dos Estados. 
Atuação do Brasil no Haiti - foi em nome das nações unidas e a pedido do país. Prevalência dos direitos humanos e cooperação entre os povos.
V - igualdade entre estados - horizontalidade - igualdade independe de ordem econômica
VI - defesa da paz e solução pacífica de conflitos - solução por meio de tratados e diplomáticas - negociação direta - sistema de consultas - ofícios - mediação - conciliação
VII - repúdio ao terrorismo e ao racismo - crítica não há tipo específico para crime de terrorismo e pena cominada - a lei de segurança nacional não o delineia para a maioria - princípio da legalidade. Mas as pessoas responde pelas outras normas, exemplo lesões corporais, homicídios, danos.
Racismo - há normas de direito interno - Convenção internacional sobre eliminação de todas as formas de discriminação racial 1965 - incorporados em 1969 - Decreto 65810 - significado de discriminação racial e medidas de ações afirmativas (discrimen, equiparação material temporária)
L. 7716/89 - remete conceito de discriminação da convenção - (seria norma supralegal)
Racismo - se caracteriza pelo impedimento no exercício de direitos inerentes a uma pessoa em virtude de suas características de raça, cor, etnia, religião e outras do mesmo gênero.
VIII - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade - Brasil se compromete a auxiliar para demais estados alcançar autonomia.
IX - concessão de asilo político não é obrigado - quando houver pessoas perseguidas em face de crimes políticos ou de opinião. Concessão de asilo - ato discricionário. 
§ único - buscar integração social, econômica, cultural na busca de sociedade latino americana - Mercosul - união aduaneira.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
Antiguidade - 4.000 a.c. até 476 d.c. - teria havido o surgimento do DIP. Surgiu alguns institutos como a arbitragem e a troca dos prisioneiros de guerra. Corrente minoritária.
Idade média - 476 d.c. até 1453 d.c. - alguns ainda defendem o surgimento do DIP durante a idade média. Havia comunicação entre os feudos e para alguns autores seria o surgimento do DIP, mas ainda não havia o estado moderno. Ou ainda por ter surgido alguns institutos usado posteriormente - ex. noção de guerra justa - guerra declarada pelo príncipe em retorção a injusta agressão. Ex. trégua de deus - guerra não deveria perdurar nos dias santos.
Paz de deus - camponeses e civis deveriam ser poupados - apenas os soldados deveriam ser atingidos.
Idade moderna - prevalece que direito internacional surgiu com os estados modernos que só veio bem depois. 1453 até 1789 - TRATADOS DE WESTFALIA - duas convenções internacionais - TRATADO DE MUNSTER E OSNABRUCK QUE COLOCARAM FIM A GUERRA ENTRE CATÓLICOS E PROTESTANTES E TROUXE A CONCEPÇÃO DE ESTADO MODERNO COM 3 ELEMENTOS OBJETIVOS - (TERRITORIO POVO S - GOVERNO) e UM SUBJETIVO (RECONHECIMENTO INTERNACIONAL) IDENTIFICAÇÃO DA SOBERANIA - E UMA RENUNCIA A HIERARQUIA BASEADA NA RELIGIOSA.
Estados - personalidade primária
Organização internacionais - personalidade secundária
Idade contemporânea - 1789 até 2012... 1ª Guerra Mundial - tratado de Versalhes - levou a Alemanha a bancarrota - ultranacionalismo - 1/09/39 02/09/45 - Violação de direitos humanos. 
Convenção de Viena - 1969 O TRATADO DOS TRATADOS - cuida-se da consolidação das normas consuetudinárias acerca da celebração de tratados internacionais. Traz as regras para celebração entre estados nada menciona sobre OII (organizações internacionais e intergovernamentais - outra convenção de Viena - mas de 1986) Essas convenções se complementam. ARTIGO 27 ESTABELECE A SUPREMACIA DO DIREITO INTERNACIONAL SOBRE O DIREITO INTERNO DOS ESTADOS. ESTADO NÃO PODE ALEGAR RAZOES DE DIREITO INTERNO PARA DESCUMPRIMENTO DE CLAUSULA.
O BRASIL NÃO PODE ALEGAR NORMAS DE DIREITO INTERNO PARA DESCUMPRIMENTO DE TRATADO - ESTATUTO DE ROMA - DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM - ONU
FUNDAMENTOS DO DIREITO DE INTERNACIONAL PÚBLICO 
I - Manifestação do consentimento - essencial para que o Estado se submeta à regra é a prévia manifestação de seu acordo.
Exceção - a) costume internacionalmente reconhecido. Se o costume for internacionalmente reconhecido ele vincula as partes como norma não escrita.
b) quando houver indicação de investigação pelo conselho de segurança da ONU no TPI indivíduo de Estado que não ratificou o estatuto de Roma poderá ser julgado.
Tribunal permanente - TPI - investiga crimes de guerra contra a humanidade - genocídio - MAS PODE SER QUE INVESTIGUE E JULGUE INDIVÍDUO DE ESTADO QUE NÃO ASSINOU OU RATIFICOU O ESTATUTO DE ROMA.
II - Soberania - capacidade de um estado de estabelecer e manter sua ordem interna e de fazer representar no cenário internacional.
III - Pacta sunt servanda - tratados livremente constituídos devem ser fielmente cumpridos. Assinatura é compromisso de respeito e cumprimento das normas e se Estado ratificou se
mostra obrigado a cumprir suas disposições, e se descumprir devem ser aplicadas sanções - independentemente de previsão no texto do tratado, nada precisa compor o texto do tratado. 
RELAÇÃO ENTRE O DIP E O DIREITO INTERNO DO ESTADO
Existem conflito entre normas internas e externas? Em caso de confronto qual deve prevalecer? 2 Correntes:
1ª Corrente - Monismo - defendem a existência de apenas um sistema jurídico - normas internacionais e nacionais se misturam e se chocam - EXISTE CONFLITO ENTRE NORMAS INTERNACIONAIS E NACIONAIS.
a.1 - Monismo com supremacia do direito internacional - em caso de conflito deverá prevalecer regras de direito internacional - princípio adotado pela França, Holanda.
a.2 - Monismo com supremacia do direito interno - em caso de choque, prevalecerá as normas de direito interno do Estado.
2ª Corrente - Dualismo - DEFENDE A IDEIA DE 2 SISTEMAS JURÍDICOS DIVERSOS - DIREITO INTERNACIONAL (relações exteriores) X DIREITO INTERNO (relações intrínsecas) - não existe conflitos entre normas internas e externas - PARA UMA NORMA INTERNACIONAL TER VALIDADE, OBRIGATORIEDADE E VIGENCIA DEVE SER INCORPORADA PELO ORDENAMENTO.
Obs. CORRENTE MAJORITA´RIA - BRASIL ADOTA CORRENTE DUALISA - POIS A NORMA INTERNACIONAL PARA OPERAR VIGÊNCIA DEVE SER INTERNALIZADA, INCORPORADA NO ORDENAMENTO (TEORIA DA INCORPORAÇÃO) - Ex. Estatuto de Roma é o Decreto... Alguns doutrinadores afirma que o Brasil é monismo temperado com exceções ao monismo - ex. art. 98 do CTN - em matéria tributária se houver choque entre normas, prevalecerá a norma internacional.
RESPONSABILIDADE E CONFLITOS INTERNACIONAIS
Estado detém soberania, mas não é inflexível - tratado de Westfália de 1648 - hoje há soberania flexível, maleável para cooperação penal, tribunais penais e internacionais, institutos como deportação, extradição, expulsão, entrega, e não tudo precisa ser resolvido dentro de um país. 
Estado se submete a regras - tratados, convenções e às dos costumes. EM CASO DE VIOLAÇÃO DEVE HAVER RESPONSABILIZAÇÃO - deve-se buscar evitar cizânias.
Mecanismos de solução de controvérsias: Preferência pela ordem:
1- Diplomáticos:
2- Políticos:
3- Jurisdicionais:
4- Coercitivos:
Os Estados aplicarão os mecanismos como desejarem, há apenas uma recomendação, por ex. pode haver casos em que se opere de imediato uma medida coercitiva.
1- MECANISMOS DIPLOMÁTICOS:
1.1 - Negociação direta - os próprios estados confrontantes decidem se encontrar e resolver o conflito, a iniciativa é própria, não há participação de terceiros.
1.2 - Sistema de consultas - os estados antes de controvérsia internacional, estabelecem por meio de tratado, encontros periódicos para solução de controvérsias que sequer surgiram.
1.3 - Bons ofícios - haverá atuação de terceiro estado, que não se encontra entre os contendentes, mas goza da simpatia entre os confrontantes e tentará aproximá-los - O TERCEIRO APENAS APROXIMA AS PARTES ELAS QUE TRARÃO SOLUÇÃO AO CONFLITO - atuação do terceiro como instrumento de aproximação, NÃO TRAZ A RESPOSTA AO CONFLITO.
1.4 - Mediação - terceiro estado aproxima e sugere uma solução os estados não estão obrigados a seguir a sugestão. TERCEIRO ATUA DE FORMA SUBSTANCIAL, NÃO APENAS INSTRUMENTAL.
Obs. NO DIREITO INTERNO MEDIAÇÃO SERIA OS BONS OFÍCIOS - HÁ DIFERENÇA DE CONCEITOS
1.5 - Conciliação - cada parte escolhe um conciliador e os conciliadores escolherão um terceiro - poderão ser mais - mas sempre em número impar - estudam o caso, ouvem as partes e sugerem solução. Atuação substancial, e partes não estão vinculadas.
1.6 - Inquérito - professor chama de mecanismo indireto de solução de controvérsia - não resolve nada por si - é apenas um instrumento com informações sobre a contenda, suas razões e poderão ser utilizados nos demais métodos, como subsídio.
Obs. NO DIREITO INTERNO MEDIAÇÃO SERIA OS BONS OFÍCIOS - HÁ DIFERENÇA DE CONCEITOS
2- MECANISMOS POLÍTICOS
Será mecanismo político sempre que houver a atuação de organização internacional ou intergovernamental, independente de se instrumental ou substancial - não se denomina bons ofício, mediação, conciliação, enfim, será caso de mecanismo político.
3- MECANISMOS JURISDICIONAIS
3.1 - Arbitragem internacional pública - contendentes escolhem árbitros - cada um escolhe um e escolherão um terceiro - podem ser mais, mas no mínimo 3 - AO CONTRÁRIO DA CONCILIAÇÃO, AQUI OS ESTADOS CONTENDORES DEVERÃO SEGUIR A DECISAO DOS ÁRBITROS - atuação não é mais apenas instrumental ou substancial - MAS VINCULATIVA
3.2 - Solução judicial - traz consigo o emprego de corte jurisdicional pré-constituída. Ex. corte internacional de justiça, tribunal penal sobre direito do mar, corte interamericana de direitos humanos. ATUAÇÃO VINCULATIVA - SE AS PARTES NÃO SEGURIREM AS DECISÕES PODERÃO SER-LHES IMPOSTOS OS MECANISMOS COERCITIVOS.
4- MECANISMOS COERCITIVOS
4.1 - Represálias:
a) bloqueio pacífico - obstrução da comunicação de um Estado em face de outro impedindo a sua comunicação com os demais integrantes da sociedade internacional. Já foi aplicada - ex. antes da guerra das Malvinas - o Reino unido 1982 impediu que embarcações argentinas deixassem o mar territorial. 
b) boicotagem - interrupção parcial ou total das relações econômico-financeira entre os estados confrontantes. (A MIDIA DENOMINA COMO EMBARGO)
c) embargo - ato inamistoso constituído por sequestro em tempo de paz de navios de comercio e de cargas estrangeiros que se encontram nos portos ou mar territorial de país soberano.
4.2 - Retorsão - emprego das mesmas medidas aplicadas em desfavor de um estado em relação a outro. Ex. Espanha impõe dificuldade para brasileiro ingressar no seu país, aí o Brasil aplicou as mesmas medidas em face dos espanhóis.
4.3 - Ruptura das relações diplomáticas - uma das mais severas aplicações de sanções no cenário das relações exteriores, estão a um passo da beligerância. A GUERRA HOJE É UM ILÍCITO INTERNACIONAL. Retirada de consulares e diplomatas, não há mais comunicação entre os estados.
4.4 - Exclusão de organização internacional ou intergovernamental - professor diz nunca ter visto na prática, mas é bom considerar - acontece quando do cometimento de ilícito, o estado será expulso da OII, o estado no máximo já foi suspenso - ex. a Líbia foi suspensa do conselho de direitos humanos das nações unidas.
FONTES DO DIP 
Obs. As mesmas fontes do direito internacional dos direitos fundamentais
Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça de 1945
Fontes materiais serão objeto de estudo da filosofia do direito.
Fontes formais
Corte - função decidir de acordo com direito internacional as controvérsias apresentadas:
a) tratados e convenções internacionais
b) costumes internacionais
c) princípios gerais de direito
d) jurisprudência e doutrina internacionais
e) equidade - se as parte concordarem - ex aequo et bono
Obs. itens “d’ e “e” são fontes secundárias ou meios auxiliares, tratados, costumes e princípios são fontes primárias.
NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE AS NORMAS DE DIP. NEM ENTRE OS SUJEITOS NEM ENTRE AS FONTES.
Fontes primárias - origens convencionais
Fontes secundárias - origens jurisprudenciais 
QUESTÃO - As fontes são taxativas? O rol é exemplificativo - as novas fontes serão adicionadas como meios auxiliares ou secundários:
- Decisões das OII
- Atos unilaterais normativos dos estados
Tratado internacional - é um acordo, um ajuste, convenção, declaração formal entre PJ de DIP que firmam O compromisso de cumprimento e respeito às clausulas e condições escritas com a finalidade de produzir efeitos jurídicos criando preceitos de direito positivo de acordo com as regras das relações exteriores.
PJ de DIP - Estados - OII - Santa Sé
Costumes - prática reiterada de determinadas
condutas com a convicção de sua obrigatoriedade - diferença é que no direito internacional o costume vincula as partes como norma não escrita, ex. contrato internacionais a grande maioria possui cláusula de arbitragem - a arbitragem é vista como costume. PODE-SE ATÉ CONVENCIONAR TRATADO SEM ARBITRAGEM, MAS A AUSENCIA DIMINUI A SEGURANÇA JURÍDICA DAS PARTES ENVOLVIDAS. 
Princípios - diretrizes e fixam programas - ex. pacta sunt servanda - não intervenção.
Jurisprudência internacional - decisões de relações exteriores por um tribunal superior num determinado assunto sobre determinado sentido - ex. CIJ TPI - não formará jurisprudência internacional as decisões de tribunais constitucionais. ex. STF
Doutrina internacional - estudo de autores de relações exteriores. 
Equidade - ponto de equilíbrio entre duas ou mais partes conflitantes. Única fonte do DIP que exige expressa manifestação do consentimento para ser aplicada. Partes devem concordar com sua aplicação, senão o magistrado internacional não poderá aplica-la.
Decisões de OII - OEA, ONU, OMC, OMS - atos com características de generalidade e abstração - ex. resoluções da ONU - recomendações não tem natureza de tratado - sua violação não traz consigo aplicação de sanção. ex. DUDH 1948 - resolução 217 da ONU - sanções podem vir de violação de costumes internacionais.
Atos normativos unilaterais de estados - condutas de estados sem manifestação de outros sujeitos de DIP que tornam-se regras nas relações exteriores - atos não podem violar tratados internacionais.
ex. Brasil delineou mar territorial e ZEE - obedecendo limites de Montego Bay - mar territorial de 12 milhas náuticas e a ZEE totaliza 2oo milhas contadas de cada ponto do litoral brasileiro - no mar territorial as regras nacionais devem ser obedecidas - ex. pena de homicídio - a ZEE leva em consideração zona de exploração econômica e cientifica exclusiva - pode haver passagem inocente mas sem exploração econômica e cientifica. 
TRATADOS INTERNACIONAIS
Tratado internacional - é um acordo, um ajuste, convenção, declaração formal entre PJ de DIP que firmam O compromisso de cumprimento e respeito às clausulas e condições escritas com a finalidade de produzir efeitos jurídicos criando preceitos de direito positivo de acordo com as regras das relações exteriores.
Obs. tratados não há uniformidade conceitual no termo - 
Tratado é formal - solenidade - forma escrita - embora há posições isoladas pela possibilidade de firmar oralmente, mas seria impossível pois seriam tantas exigências que oralmente seria impossíveis cumpri-las - (TÍTULO - PREAMBULO - identificando as partes - ARTICULADO - parte com os artigos, as cláusulas - FECHO - com local, data, idioma, e número de vias originais - POR FIM ASSINATURA E TERMO DE LACRE - servem para conferir autenticidade ao tratado internacional).
Art. 2º, §1º Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 - estabelece de forma inequívoca a exigência de forma escrita.
Art. 2º Convenção de Havana de 1928 - exigência de forma escrita aos tratados internacionais. 
Pode haver compromisso, mas não será considerado tratado por não ser formal.
PJ de DIP - estados, OII, Santa Sé - (pessoa física e pessoa jurídica ou ONG não poderão - salvo o comitê internacional da cruz vermelha - autorizado por acordo nas relações exteriores) - 
Devem ser observadas regras de direito exterior
Obs. Gentlemen´s agreement - ACORDO DE CAVALEIROS - diverge dos tratados internacionais, ocorre que na sua forma existem semelhanças - forma escrita - preambulo... AS DIFERENÇAS ENTRE ACORDO DE CAVALEIROS E TRATADOS SERIAM DE PARTES E CONTEÚDO - firmado entre as pessoas que representam os estados - VINCULA AS PESSOAS QUE O FIRMARAM NÃO VINCULA O ESTADO. Acordo possui conteúdo moral, não cria regras jurídicas não há preceitos jurídicos. 
Obs. em caso de violação de Acordo de Cavaleiros não gera aquelas sanções jurídicas estudadas. 
REQUISITOS DE VALIDADE DOS TRATADOS INTERNACIONAIS
I - Capacidade das partes 
Estados
OII - organizações internacionais intergovernamentais
Santa Sé
Únicos sujeitos de direito com personalidade de direito internacional público. Um PJ de direito interno não pode firmar tratados assim como PJ de direito público interno.
OII firmam tratados ex. FMI e Estado
II - Habilitação dos agentes signatários - agentes autorizados pelos estados e OII devem estar devidamente habilitados - chefe de estado e de governo - ou o plenipotenciário escolhido pelo chefe de estado e de governo com chancela do ministro das relações exteriores. qualquer um pode ser plenipotenciário ou delegação nacional - grupo em missão especial para negocia - O grupo possui um chefe com carta de plenos poderes - com limites ao ato. Ou ainda, o ministro das relações exteriores.
Ex. Se no Brasil fosse escolhido um diplomata plenipotenciário. PODERES DO PLENIPOTENCIÁRIO SÃO PLENOS DESDE QUE PREVISTOS NA CARTA.
QUESTÃO - e se o agente signatário excedeu aos limites? MESMO SE EXCEDEU AOS LIMTES SERÁ VÁLIDO POIS A CARTA DE PLENO PODERES SERÁ ELABORADA DE ACORDO COM REGRAS DE DIREITO INTERNO DOS ESTADOS - E O PLENO RESPONDERÁ DE ACORDO COM O DIREITO INTERNO
Obs. a vinculação só surge com a ratificação em regra. Se ainda não ratificado o tratado é válido no plano das relações exteriores - depois de assinado - será apreciado pelo congresso - SE O CONGRESSO NÃO AUTORIZA/APROVA A PRESIDENTE NÃO PODE RATIFICAR - então há comunicação internacional que o processo não foi aprovado. PODE ACONTECER DE O CONGRESSO APROVAR E A PRESIDENTE NÃO ASSINAR. O Plenipotenciário não vincula automaticamente o país ao assinar tratado - o congresso precisa autorizar e a presidente ratificar.
III - Consentimento mútuo - não é a simples manifestação do consentimento, significa que os pactuantes o admitam, e reconheçam válido. Ratificam assinatura, ratificam no direito interno - CONSENTIMENTO MÚTUO - 
IV - Objeto lícito e possível - lícito - de acordo com as regras internacionais, que não violar as regras das relações exteriores; possível - traz em seu bojo a faculdade de ser realizado.
TERMINOLOGIA 
Acordo - geralmente tratado de natureza comercial, pode ser que cuide de outros assuntos.
Ajuste Arranjo Memorando - tratados bilaterais de menor complexidade - ex tratado entre Chile e Peru - juridicamente todos os tratados são iguais, no plano fático se não apresenta impacto significativo será ajuste/arranjo/memorando.
Reversais - geralmente indica tratado internacional em que se estabelecem reciprocamente hipóteses convencionais. Ex. concessões recíprocas. 
Carta ou Constituição - empregada em tratados internacionais que cria OII - ex. carta das nações unidas de 1945.
Declaração - é geralmente um tratado de princípios ex. declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio ambiente e desenvolvimento - tratado da Rio 92
Convenção - expressão geralmente para tratados sem fins políticos - ex. Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 - cuida de regras sobre celebração de tratados internacionais.
Estatuto - geralmente cria corte nas relações exteriores - ex. estatuto de Roma criou o TPI - ou o estatuto da corte internacional - MAS PODE SER DE UM ESTATUTO NÃO CRIAR CORTE
Protocolo - geralmente indica um tratado acessório que segue um principal - ex. protocolo de Kyoto de 1997 - é um tratado acessório da convenção quadro da ONU sobre a mudança do clima de 1992
Concordata - única denominação empregada nos tratados internacionais com vínculo relativo ao conteúdo - TRATADOS EM QUE A SANTA SÉ FIGURA COMO PARTE DA RELAÇÃO JURÍDICA.
Objeto do tratado - emprego de missões apostólicas da Santa Sé no território - Tratado de cunho religioso.
Se outro estado exerce funções religiosas não poderá ser chamado concordata.
CLASSIFICAÇÃO DOS TRATADOS
INTERNACIONAIS
I - Segundo o procedimento:
a) Tratado internacional strictu sensu - possui dois momentos internacionalmente distintos:
I Fase - da negociação até a assinatura do tratado.
II Fase ou momento - da assinatura até a ratificação - a maioria dos tratados são estrito senso. A obrigação e a possibilidade de sanção por descumprimento normalmente ocorre após a ratificação.
b) Acordo executivo - procedimento com apenas uma fase, a simples assinatura já traz validade, vigência e obrigatoriedade no direito interno - verifica-se caso em que a simples assinatura do representante da PJ de DIP já traz consigo a validade e a obrigatoriedade no direito interno.
Leva em conta procedimento de obrigação sem ratificação, não há que se falar em submissão ao congresso nacional.
Ex. trato sobre carne bovina - até a aprovação e ratificação já teria perecido o produto - NORMALMENTE É OBSERVADO EM TRATADO COMERCIAIS BILATERAIS - não se exige duas fase.
II - Segundo número de partes e extensão do procediemtno adotado
Bilateral - convenção internacional que possui apenas 2 partes - o consenso deve ser total não se admite reservas
Multilateral - possuem três ou mais partes
Normativo (Tratado-Lei) - Alguns autores afirma categoricamente observando o número de partes será ou contratual ou normativo - já para outros autores todos os tratados serão contratual e normativo.
Tratado normativo - é aquele que estabelece regras gerais - regras gerais visando o bem comum. Carta da ONU
Tratado contrato - traz regras específicas e cada um, cada pactuante visa defender seus interesses. Contrato comercial entre Brasil e Argentina.
Todo tratado internacional será contratual e normativo - num tratado geral pode haver cláusulas específicas - e no contrata bilateral deve haver zelo pela vontade coletiva.
Todos os tratados são contatuais e normativos - mas pode haver de prevalecer uma das características. DOUTRINA QUE PREVALECE
III - Segundo sua aplicação no tempo
Estático - cujos efeitos são gerados de uma só vez. - ex. Brasil e Argentina - Brasil se compromete a doar 100.000 computadores. Alcançada a data o objeto se extingue.
Dinâmico - cujos efeitos se protraem no tempo.
IV - Aplicação no espaço:
Tratado internacional territorial absoluto - atinge todo o território de um estado
Tratado territorial relativo - atinge apenas uma parte do território do estado
Ex. pacto amazônico atinge apenas algumas áreas. Ex. Estado de SP não deve observar tais regras.
V - Possibilidade de participação
Fechado - possibilita participação apenas dos pactuantes originários - impede a adesão posterior.
Aberto -
Limitado - (alguns requisitos para ingresso)
Ilimitado - (não existe requisitos para ingresso) - normalmente são convenções internacionais de direitos humanos
NEGOCIAÇÕES NOS TRATADOS INTERNACIONAIS
Iniciativa - não há curso oficial - a parte interessada deve procurar outros pactuantes.
Nota ou ofício - oficializa a iniciativa do estado que primeiro teve interesse, sempre vincula o proponente (estado ou OII) - o vincula à relação jurídica internacional, o proponente já possui responsabilidades. O proponente deve comunicar na hipótese de não desejar mais as negociações - poderá o proponente receber sanção internacional.
Obs. não existe regra na utilização de idioma - partes podem inclusive escolher mais de um idioma. Devendo ser estabelecida CLAUSULA MODELO - qual idioma deve prevalecer em caso de dúvida de suas disposições.
Idioma autêntico - empregado no curso das negociações - ex. Carta da ONU se utilizou dos idiomas inglês, espanhol, francês, russo e chinês.
Idioma oficial - responsabilidade do estado no seu vernáculo - Brasil tem exemplar em português.
Regra de celebração do tratado - normalmente no domicílio do proponente - mas regra flexível - 
EXPRESSÃO DO CONSENTIMENTO NOS TRATADOS INTERNACIONAIS
1 - Assinatura - é o prenunciativo da expressão da vontade das partes em estabelecer um vínculo que poderá ou não existir.
Representante se compromete a levar o tratamento ao âmbito interno para decisão. (No acordo executivo - exceção - a assinatura dispensa a ratificação). O VÍNCULO PODE NÃO EXISTIR.
Pode ser que tinha intenção, mas depois mudou.
2 - Adesão - vínculo a tratado internacional que já se encontra em vigor
3 - Definição - ato por qual um estado comunica aos demais que uma vez superado os procedimentos internos o tratado internacional já se encontra em vigor no território nacional.
Presidente - Assina
Câmara - Analisa e Vota
Senado - Analisa e Vota
Presidente do Congresso - elabora decreto legislativo autorizando o presidente a ratificar - RATIFICAÇÃO É PROCEDIEMNTO INTERNO DO ESTADO LEVA EM CONTA CONVENIENCIA E OPORTUNIDADE	 - SE RATICA PROMULA (OBRIGANDO O ESTADO) PUBLICA (OBRIGANDO A POPULAÇÃO) - INFORMANDO QUE O TRATADO JÁ SE ENCONTRA EM VIGOR NO TERRITÓRIO.
4 - Reserva - é uma objeção, ressalva feita em um tratado internacional. Regra é que as reservas podem ser opostas em tratado internacional.
a) reserva não poderá ser oposta em tratado bilateral - pois o consenso entre as partes deve ser total.
b) vedação expressa - ex. TPI
c) quando a reserva for incompatível com o objeto do tratado - ex. EUA ao protocolo de KYOTO - reserva sobre os artigos que dispunham acerca da diminuição de emissão de poluentes.
Obs. A RATIFICAÇÃO NÃO SE MOSTRA COMO MANIFESTAÇÃO DE CONSENTIMENTO - MAS SIM COMO UM PROCEDIMENTO INTERNO DO ESTADO QUANDO DA CELEBRAÇÃO DO ESTADO INTERNACIONAL.
REGISTRO DOS TRATADOS
Obs. Registro não é requisito de validade dos tratados - 
Obs. liga das nações tinha dispositivo de que para a validade os tratados deviam ser registrados - MAS AS PARTES REGISTRARÃO OS TRATADOS SEGUNDO PERTINENCIA TEMÁTICA - registro serve para que os pactuantes e demais sujeitos conheçam dos conteúdos. NÃO É OBRIGATÓRIO - e a sua ausência pode trazer como consequência às partes que o não fizerem a impossibilidade de provocar aquela organização internacional em caso de descumprimento.
Art. 102 da carta da ONU - estabelece que se não houver registrado do tratado internacional em seu secretariado a ONU não poderá ser provocada em caso de descumprimento do tratado.
Ex. tratado internacional entre Estado A e B - se houver descumprimento o outro estado poderá aplicar sanções - o normal é conectar a ONU para fundamentar a aplicação - mas se não houve registro a ONU não atenderá a tal solicitação.
EXTINÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS
ART. 54 e ss. CVDT 1959
1 - Distrato - todos os pactuante de um tratado se reunirão e discutirão sobre a extinção do tratado internacional. Demanda unanimidade.
2 - Denúncia - ato por meio do qual um estado comunica aos demais que o tratado não vale mais para si. Denúncia regra geral não extingue o contrato salvo em um caso - NOS CASOS DE TRATADOS BILATERAIS - e se uma parte sai a outra
NÃO EXISTE TRATADO UNILATERAL se era bilateral e uma parte denuncia. será extinto.
3 - Condição resolutiva - aquela que está vinculada a evento futura e incerto. Ex. diminuição do número de partes - abaixo de 15 extingue o tratado.
4 - Expiração do termo pactuado - tratado alcançou a data limite para validade, vigência e efetividade no âmbito das relações exteriores. 
5 - Perda do Objeto - objeto deixou de existir. 
6 - Execução integral do objeto - tratado foi integralmente cumprido - será extinto.
7 - Tratado posterior - desde que tenha as mesmas partes e cuide do mesmo assunto de forma igual ou contrária.
8 - Rebus sic stantibus - mudança fundamental das circunstâncias - é muito difícil, pois se um estado alega mudança das situações o outro discorda, mas está na convenção de Viena de 1969.
ORG. INTERNACIONAL
INTERGOVERNAMENTAL
Conceito - cuida-se de uma associação estável e voluntária de pessoas jurídicas de direito internacional público que são criadas mediante tratado constitutivo - geralmente denominado carta ou constituição com finalidade legalmente aceita, propósito internacionalmente admitidos, personalidade típica, (diferente da personalidade dos membros que a compõe), estrutura específica e dotada da faculdade de criar suas próprias normas. Com funções particulares e o exercício de poderes concedidos pelos seus membros - ONU OEA FMI BIRD (banco internacional para reconstrução e desenvolvimento) 
OII são criadas por Estados ou outras OII - pessoas jurídicas de direito internacional público - podem criar outras OII
Obs. OII agem em nome de seus membros. Geralmente os tratados, por meio de carta ou constituição, instituem uma OII - outro sujeito de direito internacional.
Espécies de OII
a) OII de integração - comunidade regional .Ex. Mercosul - união europeia
b) OII de cooperação
	Político - (objeto mais amplo e alcance geral) ONU, OEA
	Técnico - (objeto restrito, alcance específico) FMI, BIRD 
 
ORG. INTERNACIONAL INTERGOVERNAMENTAL DE INTEGRAÇÃO - COMUNIDADE REGIOAL - pequena imperfeição conceitual - pois as relações jurídicas são movidas pela coordenação em acordo com soberania, não temos bem uma comunidade em que todos atuam em busca de objetivo comum, mas cada um detém seus interesses e busca seus ideais - a expressão sociedade parece mais adequado.
5 FASES DO DIREITO DE INTEGRAÇÃO
1 - ZONA DE LIVRE COMÉRCIO
2 - UNIÃO ADUANEIRA
3 - MERCADO COMUM
4 - UNIÃO ECONÔMICA E MONETÁRIA
5 - UNIÃO POLÍTICA 
Por vezes o objetivo é melhor se preparar à globalização - o estado pode optar a integrar a qualquer delas - nenhum grupo de estados se vê obrigado a entrar na primeira, mas podem começar na segunda ou terceira, até mesmo na 5ª fase, ou até mesmo regredir as fases.
Obs. OS ESTADOS NÃO PRECISAM NECESSARIAMENTE PASSAR POR TODAS AS FASES
1 - ZONA DE LIVRE COMÉRCIO - bloco formado por estados para promover a livre circulação de mercadorias entre seus integrantes. Estados diminuem taxas, impostos, emolumentos entre eles - ex. eliminam impostos de importação para facilitar circulação de mercadorias - união é muito tênue.
2 - UNIÃO ADUANEIRA - há estipulação de tarifa externa comum 
Obs. as fases posteriores são formadas de todas das anteriores somadas de peculiares. Ex. então, Mercado comum - facilitação comercial - União aduaneira, facilitação comercial, mais estipulação de taxa comum de comércio exterior.
Obs. o MERCOSUL ainda não é um mercado - o objetivo é ser mercado comum, mas ainda se trata de união aduaneira.
3 - MERCADO COMUM - circulação de mercadorias, pessoas, capital, trabalho.
Não ocorre no Mercosul - para depositar $ na Argentina deve passar pelo Banco Central. No mercado comum não é necessário - Ex. o Advogado brasileiro não pode advogar na Argentina. 
4 - UNIÃO ECONOMICA E MONETÁRIA
Todas as características das anteriores, livre comércio, aduaneiro, mercado comum, mais a existência de um banco central único para todos os integrantes, e ainda é estabelecida moeda única. Livre circulação de mercadorias, pessoas, capital, trabalho, tarifa externa comum, BANCO CENTRAL ÚNICO E MOEDA ÚNICA para todos os integrantes - seria o exemplo da união europeia - os integrantes tentam se ajudar mutuamente - buscam auxiliarem para manterem-se coesos para poderem dar resposta no cenário internacional.
5 - UNIÃO POLÍTICA
Todas as característica anteriores - e ainda há UMA RENUNCIA DOS MEMBROS À SOBERANIA PARA REPRESENTAÇÃO ÚNICA DE RELAÇÕES EXTERIORES. Renúncia à soberania mas nunca à autonomia - ex. primeiros estados americanos - estados soberanos que renunciaram a soberania. 
ORG. INTERNACIONAL INTERGOVERNAMENTAL DE COOPERAÇÃO
Auxílio mútuo internacional
	Cunho Político - ONU
	Cunho Técnico
ONU - surgiu com a Carta de São Francisco, Carta da ONU de 1945 - antes já havia uma instituição de cunho global, Liga ou Sociedade das Nações - criada pelo tratado de Versalhes em 1919 quebrou a Alemanha - criada com o objetivo de evitar uma conflagração de II Guerra e deixou de existir em 1946 - no período de 6 meses conviveram a ONU e a Sociedade das Nações - e a ONU absolveu muito da estrutura do Sociedade das Nações.
Objetivo - promover o pacifismo e auxiliar os Estados em suas estruturações - a ONU tem estrutura organizacional típica:
Estrutura organizacional
a) Assembleia Geral - órgão plenário da ONU - composta por representantes de cada integrante das nações unidas - cada membro contará com até 5 integrantes. TODOS TERÃO DIREITO A VOTO - na discussão de qualquer assunto - não é um órgão permanente. SE REUNE ORDINARIAMENTE UMA VEZ POR ANO. Na sede da ONU em NY - terceira terça feira do mês de setembro
Pode ser realizada sessão extraordinária sempre que se mostrar necessária
Funções - ex. escolher o secretário geral - pessoa mais importante
b) Secretariado - órgão administrativo das nações unidas - atua mediante condutas de interesse da ONU para sua própria existência - ex. registro dos tratados internacionais. Art. 102 da Carta da ONU - estados não estão obrigados a registrar tratado, mas não poderão provocar a ONU em caso de descumprimento. Uma das medidas do secretariado realizando medidas administrativas 
Órgão Administrativo e Órgão Executivo
Presta Assistência aos demais órgãos
Dirige Princípios e projeto
Secretário geral - eleito pela assembleia geral para mandato de 5 anos - CONSELHO DE SEGURANÇA NÃO ELEGE, MAS RECOMENDA O SECRETÁRIO GERAL. PODE SER RECONDUZIDO UMA VEZ POR 5 ANOS. Recomendado para votação pela AG.
c) Conselho de Segurança - composto de 15 integrantes 5 permanentes (vencedores da II GM direito a voto e veto) e dez rotativos (com direito a voto e não a veto) - se apenas um vetar determinada medida ela deixa de ser aplicada. TECNICAMENTE OS INTEGRANTES DO CONSELHO DE SEGURANÇA NÃO SÃO MAIS IMPORTANTES, APENAS DETÊM PRERROGATIVAS PELA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS. Não há violação ao princípio da horizontalidade - para alguns haveria maior importância. 
Objetivos:
- Manutenção da paz
- Manutenção da segurança
Obs. pode adotar medidas externas (intervenção) ou ainda sanções econômicas para evitar qualquer tipo de agressão.
15 membros 
- 5 permanentes (EUA - Reino Unido - França - China - Rússia) - direito de voto e veto
- 10 rotativos - eleitos pela AG - 2 anos - por distribuição geográfica tácita
Competência 
	- Recomendar à AG admissão de um Estado na ONU, Suspensão ou até a expulsão de um estado das nações unidas.
	- Recomendar candidato à posição de secretário geral
Decisões são tomadas pelos votos afirmativos de 9 integrantes - somatória dos conselhos permanentes e rotativos - MAS SE UM DOS MEMBROS DO CONSELHO DEFINITIVO VETAR A MEDIDA, NÃO SERÁ IMPLEMENTADA.
d) Conselho econômico e social
Objetivo - desenvolvimento dos estados - busca trazer uma contribuição cultural para evolução de caráter econômico, financeiro, cultural.
Órgão responsável pela implementação de políticas adequadas de desenvolvimento de atividade econômicas, sociais, culturais e humanitárias da organização das nações unidas. Sempre com respeito aos direito humanos. 
Conselho - formado por 54 membros - eleitos pela assembleia geral por um período de 3 anos.
Foi nesse conselho que houve a elaboração da DUDH 01/12/1948.
Supedâneo - apoio 
e) Conselho de tutela - não atua mais no direito internacional, nas relações internacionais, mas ainda existe sua referência, previsão na carta da ONU, o objetivo era auxiliar estado para que conseguisse independência e autonomia, alcançar a soberania - o último estado tutelado foi Palau (independência em 1994).
Auxílio a
territórios sob sua proteção
Dificuldades estruturais
Estímulo
Evolução política
Evolução econômica
Evolução social
Alcançar governo próprio, a independência, afirmar soberania, autonomia.
Composição - 3 grupos de estados membros:
a) Administravam os territórios tutelados
b) Integrantes do conselho de segurança
c) Eleitos pela assembleia geral para ocupar assento no CS por 3 anos
Em novembro de 1994 em face da independência de Palau houve suspensão de seus trabalhos - o Conselho está inativo, mas é possível que volte a ativa, ou por ex. que haja reforma da carta com alteração de suas atribuições.
f) Conselho de direitos humanos - 
Criado em 2006 (15/03) - antes existia apenas uma comissão de direitos humanos (comissão tem atuação menos que de um conselho).
Kofi Ananan (sugestão em 2005)
Finalidade - fortalecer a promoção e a proteção dos direitos humanos e substituir a antiga comissão de DH.
Membros - 47- escolhidos por maioria absoluta pelos integrantes da assembleia geral - Mandato de 3 anos - não podendo ser reeleito - DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA dos assentos.
Brasil já atuou no conselho de direitos humanos. 
Houve a suspensão de um estado Líbia em face de violação de direitos humanos de um conselho. A suspensão de um estado de um conselho é hipótese de sanção internacional. Kadafi violou muitos direitos humanos e a Líbia foi suspensa, mas hoje já foi reintegrada novamente. FOI UMA SANÇÃO ORIGINAL - vimos a possibilidade de exclusão de OII - mas o que houve nesse caso foi uma suspensão em face de violação aos DH.
Obs. Ainda existem os Organismos autônomos - FMI - BIRF - OMS - OIT
Obs. os conselhos são órgãos especializados para cuidar de assuntos que lhes foram atribuídos pela carta das nações unidas.
Financiamento da ONU - por todos os estados membros - levando em consideração a disposição econômica de cada um - ex. o estado que mais contribui é o EUA - quem não pode contribuir não contribui.
O critério da capacidade contributiva teoricamente não traz favorecimento, mas levando em consideração que a sede fica em NY e que os EUA são quem mais contribuem há uma certa parcialidade.
MAS A VERDADE É QUE A ONU TEM PERDIDO FORÇA POR NÃO RESPONDER A ALTURA AOS EVENTOS QUE VEM OCORRENDO.
DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL
Conceito - configura-se por regiões do globo terrestre e espaciais em que pode até existir o exercício de soberania de um estado, são utilizadas pela sociedade internacional de acordo com regras consignadas em tratados e convenções internacionais.
Ex. estado não tem livre domínio sobre regiões internacionais - há regras específicas. Ex. estreito de Magalhães, de Gibraltar.
ex. Polo Norte (há teoria dos setores), Antártida.
Espécies de Regiões de domínio público internacional:
Antártida - região extrema do globo, com massa territorial, os estados podem explorar cientificamente, não é possível exploração comercial ou bases militares, apenas científicas.
Alguns estados, como Chile, Argentina e Reino Unido querem soberania sobre o território. (perto das ilhas Malvinas ou Faklans)
Tratado da Antártida - 1959
- Vedada utilização militar
- Vedada utilização econômica 
- Exploração científica
Polo norte - não possui massa territorial - região considerável para pesca. Também podem estabelecer bases cientifica. Calota de gelo permanente. 
Convenção de Montego Bay 1982
Teoria dos setores - dividiu o polo norte em acordo com proximidade aos estados. 
Mar internacional - exceção ao que não compreender o mar territorial no máximo de 12 milhas - 
É possível exploração do mar internacional - proibindo-se a pirataria e a pesca com bomba - CONVENÇÃO SOBRE O DIREITO DO MAR - Convenção de Montego Bay
Mar internacional - região de mar que não fizer parte de mar territorial de nenhum estado. Faixas oceânicas em que nenhum estado exerce soberania.
Sobre o aspecto territorial sobre a navegação, em relação a embarcação deve-se observar a bandeira que o país ostenta - embarcações públicas ou privadas.
Ex. navio brasileiro em alto mar - privado ou pública - ex. homicídio - empregam-se as regras brasileiras.
Fundos marinhos - tem início no limite das plataformas continentais dos estados. 
3 Princípios dos Fundos Marinhos:
a) Princ. da não apropriação
b) Princ. da utilização pacífica
c) Princ. da exploração no interesse da humanidade
Ex. instalação de dutos para fios de comunicação. 
Estreitos internacionais - regiões do globo terrestre que se caracterizam por condutos naturais de pequena largura que servem para facilitar a navegação internacional possibilitando a comunicação entre dois seguimentos de um mesmo mar, mar e oceano, oceanos diferentes e mares diferentes. Gibraltar, Magalhaes, Bering. 
Estreitos são diferentes de Canais - Canais não são naturais e não têm domínio público.
Espaço Extra-atmosférico - há diversos tratados - se iniciaria a partir do ponto da órbita geoestacionária terrestre. Satélites artificiais são lançados eles circulam nessa região, diferente de espaço aéreo que se considera soberania, extra-atmosférico - não tem soberania.
Regiões que não configuram domínio público:
a) Canais - condutos artificiais de pequena largura que servem para facilitar a navegação internacional possibilitando a comunicação entre dois seguimentos de mesmo mar, oceano, mares e oceanos - diferenças dos estreitos - não são naturais e ainda há soberania de um estado. Canal de Suez e do Panamá.
b) Mares territoriais - delimitação do mar territorial é ato normativo unilateral - com limitações geográficas e as de Montego Bay - LIMITE DE 12 MILHAS NÁUTICAS - 200 milhas náuticas é a zona econômica exclusiva.
Obs. o reino unido possui 3 milhas náuticas.
Nessa região o estado exerce soberania.
c) Plataforma continental - extensão do território abaixo do nível do mar - pré sal está dentro das 200 milhas náuticas.
d) Zona econômica exclusiva - exploração econômica e científica - NÃO HÁ SOBERANIA - mas só ao estado que se concede pode explorá-la e aplicar sua lei.
NACIONALIDADE
Nacionalidade - É o intrínseco vínculo politico-jurídico que conecta uma pessoa ao território do estado capacitando-a a exigir sua proteção e a cumprir os deveres inerentes ao nacional. 
Nação - pessoas ligadas entre si por costumes e raízes (Bósnia Eslováquia, Kosovo, Albânia, Montenegro...) 
População - pessoas localizadas em determinado território incluindo estrangeiros.
Povo - pessoas ligadas ao território pelo vínculo da nacionalidade.
Saída compulsória de estrangeiros:
Iniciativa alienígena - extradição
Iniciativa do próprio estado - deportação - expulsão
Extradição - é a entrega de refugiado criminoso ou acusado a pedido de outro estado para naquele território ser julgado ou lá cumprir pena.
Entrega de nacionais é permitida - extradição de brasileiro nato é vedada. art. 89, I - Estatuto de Roma.
Extradição de naturalizado - Crimes antes da naturalização e envolvimento em crimes de drogas.
Expulsão - Entrega coercitiva de estrangeiro ao território de origem ou outro que o receba em face da prática de conduta atentatória aos interesses nacionais. Ex. crime, conduta fronteiriça. Ex. estrangeiro praticando jogo do bicho dentro do congresso, não é crime, é contravenção penal.
Obs. o estrangeiro não será expulso:
a) estrangeiro casado com brasileira há mais de 5 anos
b) estrangeiro com filho brasileiro sob sua guarda
c) estrangeiro com filho brasileiro sob sua dependência econômica
Obs. os tribunais não têm considerado união estável ensejando os mesmos efeitos do casamento.
Obs. filho adotivo sob guarda ou dependência não há diferença. Se adoção iniciou posterior não valerá

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