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Apostila Corte das Arvores

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
Disciplina: Mecanização e Exploração Florestal 
Professor: Eduardo Saraiva 
 
CORTE DAS ÁRVORES 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 A busca de minimizar erros na operação de árvores aplicadas na exploração madeireira 
manejada é fundamental no melhor aproveitamento da madeira, assim como, aumenta a 
segurança da equipe de derruba. 
 O corte das árvores na exploração florestal deve também considera o melhor 
direcionamento de queda das árvores, visando proteger a árvores remanescentes de valor 
comercial e facilitar a extração das toras. 
 A equipe de derruba pode ser composta por um motosserrista e um ajudante, onde o 
ajudante realiza a localização da árvore a ser derrubada, faz a limpeza do local e prepara os 
caminhos de fuga. O motosserrista determina a melhor direção de queda e realiza o corte da 
árvore. 
Atividades Pré-Corte 
As árvores devem ser preparadas para o corte observando os seguintes casos: 
1- O coordenador da equipe (motosserrista), de posse do mapa de corte/arraste encontra a 
árvore a ser derrubada; 
2- No caso da árvore não apresentar visualmente danos ou defeitos (oco, podridão, 
tortuosidade acentuada) a qual não fora observado no inventário florestal, a motosserrista 
procede com o teste do oco, (perfura o tronco com o sabre da motosserra no sentido vertical, 
próximo a altura de derruba): 
* caso exista o oco, este individuo é descartado para a derruba é deve permanecer na 
área em sua função ecológica; 
 
Pá
gi
na
2 
 
 
* caso não apresente oco, segue-se a seguinte seqüência: 
3- Verificar se: a direção de queda recomendada é possível, minimizando os riscos de 
acidentes, observar a existência de galhos dependurados na copa, e outros, além de observar a 
disposição das árvores remanescentes. 
4- Limpar o tronco a ser cortado, eliminando cipós se existentes, removendo eventuais casas 
de cupins, galhos quebrados ou outros obstáculos situados próximos à árvore. 
 
 5- Retirar o prego e plaqueta de identificação colocada na árvore durante o inventário 
florestal; 
 
 
Pá
gi
na
3 
 
6- Preparar dois caminhos de fuga, onde a equipe deve se afastar no momento da queda da 
árvore, sendo estes construídos no sentido contrário à direção de queda da árvore. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7- Após a derruba da árvore a plaqueta retirada anteriormente, deve ser colocada no toco da 
árvore. 
 
45o 
Caminho de fuga 
Caminho de fuga 
Direção de Queda 
 
Pá
gi
na
4 
TÉCNICA PADRÃO DE CORTE 
 Utiliza-se quando se observa que o tronco da árvore selecionada para a derruba é de 
boa qualidade, ou seja, com pouca inclinação, sem sapopemas e direção natural de queda 
favorável à operação de arraste. 
 A qual consiste em uma seqüência de três entalhes: Entalhe Direcional (1- corte 
horizontal e 2- corte diagonal), 3- corte de derruba. 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- O entalhe direcional (boca) é um corte horizontal no tronco (sempre no lado de queda da 
árvore) a uma altura de ≅ 20 cm do solo. Esse corte deve penetrar no tronco até atingir cerca 
de 1/3 do diâmetro da árvore. 
2. Em seguida, faz-se um 2o corte, em diagonal, até atingir a linha de corte horizontal, 
formando com esta um ângulo de 45 graus. 
3. Para finalizar, realiza-se o corte de derruba, no lado oposto ao entalhe direcional “boca”., 
sendo a uma altura de ≅ 30 cm em relação ao solo e a profundidade atinge metade do tronco. 
OBS: Deixa-se uma parte do tronco sem ser cortada, localizada entre a linha de derruba e o 
entalhe direcional "boca", denominada dobradiça, este tem a função de apoiar a árvore 
durante a queda, permitindo que esta caia na direção desejada, sendo sua largura equivalente a 
10% do diâmetro da árvore. 
 
 
 
 
 
Pá
gi
na
5 
Filete de Segurança 
CORTES ESPECIAIS 
 E em caso em que as árvores apresentem pelo menos uma das seguintes 
características: diâmetro grande, inclinação excessiva, tendência à rachadura, presença de 
sapopemas, existência de ocos grandes e direção de queda desfavorável ao arraste, aplica-se 
outras técnicas, classificadas como “cortes especiais”. 
 
 Árvore cuja direção de queda natural não favorece o arraste 
 
 Com o objetivo de facilitar o arraste das toras e proteger árvores remanescentes, em 
algumas situações torna-se necessário orientar a queda da árvore a ser extraída para uma 
direção diferente da sua tendência natural. 
 Para isso o ajudante introduz a cunha na fenda do corte de derruba, com o objetivo de 
direcionar a queda da árvore. Funcionando a cunha como suporte e devendo ser inserida no 
lado de inclinação natural da árvore, dificultando a queda nesta direção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local para 
introduzir a cunha 
1 
2 
3 
4 
A 
B 
A – Direção de queda natural 
B - Derruba Direcional 
1- Corte do entalhe directional; 
2- Iniciar o corte de derruba no lado onde se introduzirá a cunha ; 
3- introduzir a cunha, continuar o corte e bater na cunha; 
4- Corte de derruba. 
 
* Cunha e Marreta 
 
Pá
gi
na
6 
 
 Árvores com tendência à rachadura 
 
 Algumas espécies são propensas a racharem na operação de derruba. Para reduzir a 
tensão e, conseqüentemente, as chances de rachadura durante a operação, devem-se cortar as 
bordas da dobradiça ou fazer o corte “escadinha”: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
2 
3 
1 – Entalhe direcional; 
2- Corte lateral para diminuir a tensão; 
3- Corte de derruba e 4 deixa o Filete de Segurança 
 
4 
Fonte: FFT 2002 
 
Pá
gi
na
7 
 
 
 
1 e 2 – Entalhe Direcional 
3- Corte 10 cm abaixo do 1, formando a chamada “escadinha”; 
4- Corte de Derruba. 
 
 
 Árvores com o fuste apresentando oco 
 
 
 Um considerável número de acidentes graves na derruba são provocados pela 
derrubada de árvores ocadas, pois estas tendem a cair em direção imprevisível e rapidamente. 
Se a árvore está ocada na base do tronco, realiza-se um segundo teste do oco e caso não 
apresente mais oco, a árvore pode ser cortada sendo necessário adotar um corte especial. 
Porém se continuar apresentando o oco, este individuo, deverá permanecer na área como 
árvore matriz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pá
gi
na
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Árvores consideradas grandes 
 Árvores consideradas grandes, sua derruba deve ser realizada em etapas, com o 
objetivo de promover o melhor manuseio da motosserra e com isso diminui a possibilidade do 
sabre ficar preso na árvore, onde são apresenta a seguir a seqüência de três entalhes na árvore. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direção de Queda 
1 
2 
3 
Filete de Segurança 
 
 
 
 
Direção de Queda 
1 
2 
3 
1 – Entalhe Direcional 
2 -Corte nas laterais do fuste, formando um “triângulo” no centro, sem tocar na parte oca; 
3- Corte de Derruba. 
 
Pá
gi
na
9 
1 – Entalhe Direcional 
2 -Corte nas laterais do fuste, formando um “triângulo” no centro; 
3- Corte de Derruba. 
 
 
 
 
 Árvores com tronco muito inclinado 
 
 
 Nesta situação ás árvores com tronco excessivamente inclinado vêem a apresentar 
riscos maiores de ocorrência de acidentes, no decorrer da operação de derruba, devido em 
algumas vezes a velocidade que as árvorestendem a cair. Utiliza-se a seguinte técnica de 
derruba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – Entalhe Direcional 
2 – Introduz o sabre da motosserra nas laterais do fuste, de forma a corta-lo internamente; 
3- Corte de Derruba. 
 
 
 
 
 
 
Filete de segurança 
1 
1 
2 
2 
3 
3 
 
Pá
gi
na
10
 
 
 
 
 Árvores com raízes laterais situadas na base da árvore (sapopemas) 
 
 
 Na Amazônia existem espécies de valor comercial que apresentam as sapopemas. 
Onde em algumas espécies o tronco segue maciço até a base no solo. Nesta situação, pode-se 
adotar as técnicas de corte apresentadas a seguir, objetivando o melhor aproveitamento da 
arvora derrubada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A A 
C 
B B 
 
Pá
gi
na
11
 
1 
2 3 
3 
3.1 
3 
 
 
1 
2 
 
 
 
A e B – Retirada Vertical e Horizontal das Sapopemas Respectivamente; 
C – Realiza o Corte Básico na Árvore. 
 
 Árvores com raízes laterais situadas na base da árvore (sapopemas) e inclinação 
acentuada 
 A derruba nesta situação, como a situação anterior deve-se adotar a seguinte técnica de 
derruba, objetivando sempre o melhor aproveitamento da árvore: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1– Realizar o entalhe direcional para a direção de queda desejada; 
2- * Observar e deixar 10% do diâmetro da árvore como filete de segurança “dobradiça”; 
 * Introduzir o sabre no tronco a partir do final do filete de segurança, perfurando totalmente o tronco da 
árvore, dando seguimento ao corte a partir da perfuração, de dentro para fora do tronco, no sentido contrário ao 
entalhe direcional, mas deixando aproximadamente 10% do diâmetro sem cortar em cada sapopema oposta; 
 3– Realiza de forma inclinada, o corte das sapopemas laterais (≅ 45°) e finalizando a derruba cortando as pontas 
das sapopemas opostas ao entalhe direcional. 
 
Pá
gi
na
12
 
 
 
 
Atividades Pós-corte 
 
 Após a queda da árvore, recomenda-se aguardar alguns minutos, no intuito de 
minimizar a possibilidade da ocorrência de acidentes referentes a queda de galhos presos nas 
copas das árvores remanescentes, outra possibilidade é realizar o destopamento após ≅ 10 dias 
da derruba, pois, a maioria dos galhos já se desprendeu das copas, diminuindo com isso a 
possibilidade de acidentes e no traçamento, a madeira poderá ter um aproveitamento maior, 
haja vista que a maior parte das folhas caíram, melhorando a visualização do local da destopa, 
sendo este um dos erros comuns na atividade. 
 
 Outro erro comum seria a altura de corte, onde a grande maioria dos motosserristas 
realiza na altura da sua cintura, havendo assim um grande dispêndio físico e desperdício de 
madeira na área. 
 
 Para isso recomenda-se o corte o mais próximo de solo, e que o motosserrista alivie o 
peso da motosserra, dobrando os joelhos: 
 
Pá
gi
na
13
 
 
(INAM, 2005) 
 Outro ponto importante tanto no desperdício de madeira como para a segurança do 
motosserrista é a profundidade e ângulo de corte, pois caso o corte diagonal seja menor que 
45 graus, não interceptando o corte horizontal, a possibilidade da árvore rachar durante a 
queda é bem maior, além do perigo de acidente com o motosserrista: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pá
gi
na
14
 
Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
 
(INAM, 2005) 
 
Pá
gi
na
15
 
(INAM, 2005) 
 
 
 
Pá
gi
na
16
 
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS 
 
• Amaral, P.; Veríssimo, A.; Barreto, P.; Vidal, E. Floresta para sempre: Um manual 
para a produção de madeira na Amazônia. Belém: IMAZON, 1998. 
 
• Fundação Floresta Tropical – Manual de Campo para avaliação de desperdício de 
madeira causados pela exploração florestal, 1998. 
 
• Rocha, E.; S.; da, Análise de Sistemas de Exploração Florestal, utilizados em 
empresas do Estado do Pará, Belém 2003. 
 
• Segurança e Saúde no Trabalho em Atividades do Manejo Florestal: Equipamento de 
Proteção Individual (EPI); Serie Inam Seu Manejo, Belém 2006.

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