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Roteiro de aula prática – 2016 1 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - CURSO DE MEDICINA LABORATÓRIO DE HABILIDADES E SIMULAÇÃO – LHS SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO Definição Conjunto de técnicas semiológicas visando avaliar a integridade/função do aparelho respiratório. Aspectos anatômicos Delimitar linhas anatômicas do tórax: Região anterior: Linha médio-esternal Linha para-esternal Hemi-clavicular Região axilar: Linha axilar anterior Linha axilar média Linha axilar posterior Região posterior: Vertebral Escapular Roteiro de aula prática – 2016 2 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá 2 3 1 Material Estetoscópio 1. Oliva Posição correta: anteriorizada (segundo o trajeto do meato auditivo) 2. Campânula – sons de baixa frequência –B3 e B4 3. Diafragma – sons de alta frequência – B1e B2 Técnica 1. Lavar as mãos. 2. Fazer a identificação do paciente. 3. Verificar o prontuário. 4. Explicar o exame ao paciente. 5. Percepção e cuidados com o paciente. (Redução do risco de quedas e ulceração por pressão). 6. Posicionamento do paciente: Exame da região anterior: Posicionar o paciente sentado, em pé ou em decúbito dorsal. Exame da região posterior: Posicionar o paciente sentado a frente do examinador ou de pé em posição ereta. Obs: Decúbito lateral em pacientes acamados. Inspeção estática Forma do tórax: Atípica Globoso ou em Tonel Quereniforme = “peito de pomba” Peito Escavado = tórax em funil Cifoescoliose Torácica Roteiro de aula prática – 2016 3 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá Simetria: Íntima relação com o volume pulmonar de cada lado Abaulamento / Retrações Ginecomastia Circulação colateral Cicatrizes Distribuição de pêlos Inspeção dinâmica (Avaliação do padrão respiratório) Frequência respiratória: Eupneico - 12 a 20 irpm Taquipneico - >20 irpm Bradipneico - <12 irpm Obs: caso seja um paciente idoso, considerar o limite normal de até 24 irpm. Avaliar esforço respiratório (Uso de musculatura acessória): Tiragem intercostal Tiragem de fúrcula esternal Batimento de asa de nariz Roteiro de aula prática – 2016 4 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá Palpação Expansibilidade Lobos Superiores 1. Posicionar-se na frente do paciente. 2. Colocar as mãos sobre a região supraclavicular de cada lado, de modo que as pontas dos dedos apóiem-se no músculo trapézio. 3. Juntar os polegares ao nível da linha medioesternal na região infraclavicular. 4. Fazer uma pequena prega cutânea. 5. Pedir ao paciente para que inspire profundamente e observar o afastamento dos dois polegares, que deve ser simétrico. Lobo Médio e Língula 1. Posicionar-se na frente do paciente. 2. Colocar a mão na região axilar ao nível da linha axilar média. 3. Juntar os polegares ao nível da linha medioesternal através de uma prega cutânea. 4. Pedir ao paciente para que inspire profundamente e observar o afastamento dos dois polegares, que deve ser simétrico. Roteiro de aula prática – 2016 5 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá Obs: Em caso de pacientes com mamas volumosas esta etapa do exame pode ser realizada na região dorsal do paciente. Lobo Inferior 1. Posicionar-se atrás do paciente. 2. Colocar a mão na região axilar ao nível da linha axilar média. 3. Juntar os polegares na linha vertebral através de uma prega cutânea. 4. Pedir ao paciente para que inspire profundamente e observar o afastamento dos dois polegares, que deve ser simétrico. Frêmito tóraco vocal (33): 1. Posicionar a mão espalmada sobre o tórax do paciente. 2. Solicitar que o paciente diga “33”. 3. Intercalando entre os hemitórax direito e esquerdo (em corda grega), com a mesma mão, examinando: Ápice pulmonar (mão em cunha na região supraclavicular); Região anterior Roteiro de aula prática – 2016 6 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá Região lateral – 3 andares Região posterior: 1. Pedir para o paciente “se abraçar”; 2. Palpar do ápice até a base, delimitando a região inferior com a borda ulnar das mãos. Percussão 1. Repousar dedo médio da mão não dominante sobre o espaço intercostal; 2. Realizar a percussão do dedo médio da mão não dominante, com o dedo médio da dominante, flexionando o punho. Obs: executa-se golpeando com a ponta do dedo médio da mão dominante a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio da mão não dominante. É aconselhável a execução de dois golpes seguidos secos e rápidos facilitando a aquisição do ritmo. 3. Percutir nos espaços intercostais (em corda grega), examinando: Ápice pulmonar (Exceção - percutir em cima da clavícula ou na região supraclavicular); Região anterior (2º EIE, 2ºEID e 4ºEID – verifica o lobo médio que é anterior); Roteiro de aula prática – 2016 7 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá Região lateral; Região posterior (pedir para o paciente "se abraçar"). Som normal: claro atimpânico Sons patológicos (exemplos): timpânico, hipertimpânico ou maciço. Obs: Na altura do 5° EID o som será maciço, pois é onde se encontra localizado o fígado. Ausculta 1. Auscultar nos mesmos locais da percussão de forma comparativa e em “corda grega”. Auscultar o ápice pulmonar na região supraclavicular; Pedir para o paciente "se abraçar" no exame da região posterior. Obs: aconselha-se solicitar ao paciente que realize algumas inspirações profundas e tussa algumas vezes. Som normal: Murmúrio vesicular universalmente audível sem ruídos adventícios Ruídos adventícios: Ronco, Sibilo, Estertores (crepitantes e subcrepitantes). Roteiro de aula prática – 2016 8 Laboratório de Habilidades e Simulação – Universidade Estácio de Sá Referências Bibliográficas 1. LOPEZ, M., MEDEIROS, L.Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico , 2004. 2. PORTO, C. C. Semiologia médica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. pp.1356. 3. BICKLEY, L. S. Bates Propedêutica Médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. pp. 299 4. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Programa Nacional de Segurança do Paciente: estado da arte e perspectivas. 2013. 18p. Disponível em < http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/25dbe40043ec3e18ac1cee6b7f09096f/Programa+Naci onal+de+Seguran%C3%A7a+do+Paciente+- +Dra+Doriane+Patrician+F+de+Souza.pdf?MOD=AJPERES> Acesso em: 2 fev. 2015.
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