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UNIVERSIDADE VALE DO SAPUCAÍ
Lara Santos Brusamolin
Laura Costanti Botan
Maria Eduarda Santos Sousa
Maria Luiza Cobra Vilela
 
REPRODUÇÃO MEDCAMENTE ASSISTIDA
Pouso Alegre
2017
Lara Santos Brusamolin
Laura Costanti Botan
Maria Eduarda Santos Sousa
Maria Luiza Cobra Vilela
REPRODUÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA
Trabalho entregue à disciplina de Bioética
como requisito parcial para obtenção
de créditos.
Pouso Alegre
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO4
2 TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA7
3 JUSTIFICATIVAS PARA O AUMENTO DA PROCURA DA REPRODUÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA9
4 QUESTÕES JURÍDICAS E BIOÉTICAS10
REFERÊNCIAS14
	
1 INTRODUÇÃO
A reprodução medicamente assistida (RMA), também chamada de procriação medicamente assistida (PMA), é uma forma alternativa de formar embriões humanos. Consiste em diversas técnicas que auxiliam casais com algum problema de infertilidade a gerarem seus descendentes. Os tratamentos da reprodução medicamente assistida, ao contrário do que o senso comum acredita, podem ser muito mais básicos do que as últimas tecnologias das clínicas de fertilização. O simples controle da ovulação da mulher que pretende entrar em um estado gravídico, a fim de determinar os melhores períodos para relações sexuais, já pode ser considerado uma técnica de procriação medicamente assistida, de baixa complexidade. Em contrapartida, há casos que requerem mais cuidados como os em que a fecundação deve ser manipulada pela equipe médica, fora do sistema reprodutor da paciente, a fertilização in vitro. Para realizar tal tratamento, é preciso que o médico seja especializado em reprodução humana, embriologia, urologia, genética e ginecologia mas outro profissionais também podem ser envolvidos no processo de manipulação de uma gravidez.
A procriação medicamente assistida consiste em tratamentos caros, que custam de 5 mil a 20 mil reais, em média, o que restringe muitos casais que tentariam alguma das técnicas de RMA. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece alguns tratamentos de maneira gratuita. Porém, como são oferecidos em poucos centros de saúde, a população reclama da fila de espera, da burocracia e da dificuldade de conseguir o auxílio. O SUS atende com indução da ovulação, coito programado (planejar os melhores dias de relação sexual de acordo com a ovulação da mulher), inseminação intrauterina, fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozoide. O SUS também arca com os custos do diagnóstico e tratamento do casal, oferecendo exames como o espermograma, a histerossalpinogradia, a ultrassonografia, as dosagens hormonais e as sorologias infecciosas.
A reprodução medicamente assistida é comumente procurada por casais que apresentam algum problema de infertilidade, que representam de 10 a 15% da população adulta. Na maioria das vezes, a mulher é quem apresenta algum empecilho para uma reprodução natural, sendo os problemas mais comuns, os distúrbios hormonais que afetam uma correta ovulação, a síndrome dos ovários policísticos e a endometriose. Já nos homens, as causas mais frequentes de infertilidade são: a diminuição da quantidade e da mobilidade dos espermatozoides, vasectomias, disfunções sexuais e problemas endócrinos ou testiculares. É válido ressaltar, porém, que não são só casais que apresentam algum quadro de infertilidade que procuram auxílio médico para gestações. A procriação medicamente assistida pode atender também a casais que possuem algum vírus, como o da imunodeficiência humana ou os das hepatites B e C, casais com elevados riscos de transmissão de doenças genéticas, como a trissomia do cromossomo 21. Há casais que sem qualquer tipo de anormalidade fisiológica também procuram a reprodução medicamente assistida, algumas vezes apenas para “moldarem” seus descendentes. A procriação medicamente assistida também ajuda mulheres que querem ter seus filhos sem a necessidade de um parceiro, as “mães solteiras”, o que mostra uma utilidade social importante da RMA.
O tempo recomendado para procurar o tratamento de alguma razão de infertilidade é bastante variável, de acordo com a história de cada paciente. Em casais jovens que não apresentam indícios clínicos ou história genética de infertilidade, a investigação de um especialista deve começar após um ano de tentativas de gestações frustradas. Já quando a mulher possui mais de 35 anos, mesmo que ela não possua casos de infertilidade na família, não é orientado perder tempo então a investigação deve ser iniciada após 6 meses de tentativas. Em casais que já se detectou algum problema em uma das partes, ou em ambas, o tratamento deve ser iniciado quando os pacientes desejarem uma gestação.
As técnicas de reprodução medicamente assistidas ainda estão aos poucos sendo descobertas e desenvolvidas pelo meio científico. É uma área da Medicina ainda bastante recente visto que apenas em 1978 tivemos o primeiro anúncio do nascimento de um “bebê de proveta”, fruto de uma fertilização in vitro. Nesse ano, os médicos Patrick Steptoe e Robert Edwards foram consagrados por este feito e são considerados por isso, os pioneiros no meio da reprodução medicamente assistida. Desde então, estima-se que mais de 1 milhão e meio de crianças nasceram através da fertilização in vitro. Nestes quase quarenta anos de história, aumentaram-se consideravelmente as técnicas e o desejo por fazer uma reprodução medicamente assistida.
Entretanto, justamente por ser uma área nova da Medicina, não conta com tanto respaldo judicial. Ainda há muita divergência sobre o que pode ou não pode ser realizado, entre quem deve ou não passar por tais procedimentos e sobre a ética dos profissionais que atuam na área. Certas formas de reprodução medicamente assistida são regulamentadas por Leis, Códigos, Normas ou Resoluções, a exemplo da doação de óvulos, da inseminação de sêmen de doador, inseminação intrauterina, fertilização in vitro e a microinjeção intracitoplasmática. Alguns procedimentos não podem ser realizados no Brasil, como a sexagem (escolha do sexo do bebê). Como a questão bioética é individual, cada país tem o direito de escolher quais técnicas permitirá ou não. No Brasil temos as Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida representando a especialidade.
2 TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA
As técnicas de reprodução medicamente assistidas são desenvolvidas para a tentativa de contornar as dificuldades das três fases do processo de reprodução natural que podem estar com empecilhos em alguns casais. Essas três fases são: a primeira é a transferência do espermatozoide para o aparelho reprodutor feminino, caracterizado pelo ato sexual em si; a segunda é o encontro do gameta masculino com o gameta feminino na porção ampolar das tubas uterinas, formando um zigoto; a terceira é a implantação embrionária ou nidação do embrião na mucosa uterina e posterior desenvolvimento.
No cenário atual as três fases da reprodução natural podem estar falhas em casais ou pode haver a busca pela reprodução independente. Dessa forma foram desenvolvidas inúmeras técnicas de reprodução medicamente assistidas para ultrapassar as fases descritas, como:
•Inseminação Artificial (IA): busca solucionar os problemas da primeira fase de reprodução natural, fazendo a introdução do sêmen no organismo feminino de forma instrumental. Sendo separada em extramatrimonial, realizada em mulher solteira ou viúva, e intramatrimonial, a última pode ser dividida em intraconjugal ou homóloga, utiliza o sêmen do companheiro, e extraconjugal ou heteróloga, utiliza sêmen de doador. Técnica que se destina a solucionar os problemas da primeira fase da reprodução natural.
•Gametes Intrafallopian Transfer (GIFT): existem casos que apenas a inseminação artificial dos espermatozoides não é suficiente sendo necessária a transferência de ovócitos diretamente para a Trompade Falópio. São inseminados os dois gametas em separado possibilitando seu encontro e eventual fusão in vivo na porção ampolar da tuba uterina. Técnica que se destina a solucionar os problemas da primeira fase da reprodução natural.
•Fertilização in vitro (FIV clássica): essa técnica é um processo mais complexo que permite a fusão gamética em um recipiente de laboratório, por isso há a denominação de “bebê proveta”, em que os espermatozoides e os óvulos, recolhidos separados, são conjuntamente incubados em meio e temperatura adequados para que ocorra a fecundação originando um zigoto que é posteriormente transferido para o aparelho reprodutor feminino de acordo com seu estágio de desenvolvimento celular. Técnica que se destina a solucionar os problemas da segunda fase da reprodução natural.
•Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (FIV por meio de ICSI): essa técnica se diferencia da clássica por colocar um único espermatozoide diretamente no citoplasma do ovócito. Essa técnica é indicada para casais com fator masculino grave. Técnica que se destina a solucionar os problemas da segunda fase da reprodução natural.
•Zygote Intrafallopian Transfer (ZIFT): é uma variante da GIFT, nesta técnica após a seleção dos espermatozoides e ovócitos, utilizando a mesma técnica da FIV, eles são colocados em contato in vitro, com meio e temperatura adequados por 18 a 24 horas. Quando ocorre a fecundação, é realizada uma laparoscopia e transferência do(s) zigoto(s) para a tuba uterina, entretanto essa técnica apresenta taxas de sucesso baixas.
Ainda não há técnicas sendo aplicadas para a interferência nos empecilhos da terceira fase da reprodução natural, mas há a pretensão científica de conseguir todo desenvolvimento embrionário in vitro com a construção de um útero artificial, fenômeno denominado ectogênese.
3 JUSTIFICATIVAS PARA O AUMENTO DA PROCURA DA REPRODUÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA 
A infertilidade é a principal causa para a busca de reprodução assistida feita por casais, já que esta doença impede-os de realizar o sonho da parentalidade. Acarreta não só a esfera sócio-cultural, mas também as esferas físicas e psicológicas do casal.
A infertilidade pode ter duas causas: esterelidade e hipofertilidade. Destas, apenas a esterelidade tem como solução apenas a reprodução medicamente assistida, já que a hipofertilidade pode ser solucionada com terapêuticas tradicionais, além das técnicas de reprodução assistida.
O aumento de incidência desta doença se dá pelas mudanças de valores sociais a partir da revolução industrial, quando as mulheres ganharam espaço no mercado de trabalho. Em decorrência destas mudanças, tornou-se comum o desejo de paternidade surgir no casal quando a mulher se encontra numa idade mais avançada, diminuindo de maneira drástica suas chances de engravidar naturalmente.
Outras causas que acarretam na infertilidade são poluição, estresse, tabaco, comportamentos sexuais e proliferação de doenças sexualmente transmissíveis.
4 QUESTÕES JURÍDICAS E BIOÉTICAS
Com o advento de novas técnicas de reprodução medicamente assistida, surgiu a necessidade de um diálogo entre pesquisadores, médicos e a população em geral para discutirem os limites éticos e jurídicos dessas práticas. No Brasil, a primeira regulamentação quanto a essas questões foi em 1982, pelo Conselho Federal de Medicina que publicou a Resolução CFM 1358, de 1992, na qual instituiu as primeiras Normas Éticas para a Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida.
Os aspectos éticos mais importantes que envolvem as questões de reprodução humana assistida são relacionados ao esclarecimento e consentimento informado, já que em qualquer procedimento, os pacientes devem ser totalmente informados sobre a técnica, as chances de sucesso e todos os riscos inerentes aos procedimentos, bem como ser informados sobre outras possibilidades de tratamento, levando-se em conta o respeito a sua autonomia. Também se deve esclarecer que, qualquer que seja o procedimento utilizado, é fundamental a distinção do momento em que o novo ser humano passa a ser reconhecido como pessoa e detentor de dignidade.
Considera-se que a informação genética do novo ser humano surge na fusão dos gametas masculino e feminino, pois, a partir desse momento, ele pode vir a se desenvolver e tornar-se um indivíduo adulto. Entretanto, há uma grande controvérsia quanto ao momento que o embrião realmente é considerado uma vida. Existem duas posições mais comuns: os que acreditam que a vida humana surge desde o momento da fecundação e os que afirmam ser por volta do 14º dia de vida, quando surge a linha primitiva.
Os que acreditam que a vida surge somente após o 14º dia de vida, consideram que antes desse dia, estão diante de formas de vida humana, mas não propriamente de um ser humano. Já os que acreditam no aparecimento de vida desde o momento da fecundação afirmam que o embrião merece os mesmo respeito e proteção do que do que a pessoa adulta, mas existem duas vias de fundamentação para isso. A primeira estabelece que como desde a fusão de gametas o embrião já possui sua carga genética, lhe é atribuído existência própria, o que o torna merecedor de todo o respeito e proteção jurídica. A segunda via privilegia o potencial da vida humana desde o seu começo de se transformar em um adulto, por isso, já justificaria o seu tratamento como tal.
A Resolução 2121/2015 publicada em 22/09/2015 formaliza uma legislação brasileira específica que envolve a Reprodução Assistida. 
Uma das questões mais polêmicas que foram abordadas na resolução se referem a questão ética que permeia a capacidade de clínicas de reprodução assistida alterarem características fenotípicas, como cor do cabelo e cor dos olhos, e raciais do doador a partir da preferência do casal interessado pela fertilização.
Há países como os Estados Unidos da América que permite a seleção detalhada do material genético a ser escolhida pelos receptores destes gametas (explicitado na reportagem da revista Superinteressante exposta ao lado). Entretanto, no Brasil, essa resolução, em seu 5º princípio geral, estabelece que:
“As técnicas de RA não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças do filho que venha a nascer.”
No concernente à escolha do sexto da criança gerada em laboratório, vale ressaltar que já há proibição existente no próprio Código de Ética Médica, no Capítulo III, que trata da responsabilidade profissional, artigo 15, e § 2º, que veda ao médico:Figura 1 - Capa da Revista Superinteressante.
 “Art. 15. Descumprir legislação específica nos casos de transplantes de órgãos ou de tecidos, esterilização, fecundação artificial, abortamento, manipulação ou terapia genética.
[...]
§ 2º O médico não deve realizar a procriação medicamente assistida com nenhum dos seguintes objetivos:
[...]
III – criar embriões com finalidades de escolha de sexo, eugenia ou para originar híbridos ou quimeras.”
Esse princípio estabelecido na resolução é pautado na consideração de que é antiético selecionar características em busca de um ser humano “perfeito”, com ausência de características negativas, ou seja, praticar a eugenia.
Outra questão recente relacionada a reprodução medicamente assistida envolve a ovodoação.
Sabe-se que pacientes com menos de 35 anos que recebem a doação de óvulos possuem maior chance de engravidar do que as que estão acima dessa idade. Diante disso, a resolução autorizou a doação compartilhada de óvulos tendo como base o princípio da dignidade humana. Assim, uma mulher doa parte de seus óvulos para a outra (observando a idade de 35 anos como limite para a doadora), se compartilharem do material biológico e custos financeiros que envolvem o procedimento.
A regulamentação sobre essa prática tem sido bem severa, visto que muitas mulheres com dificuldade para engravidar, doavamparte de seus óvulos para outra, em troca de tratamentos, consultas e até dinheiro.
Também na resolução, foram estabelecidas diretrizes para casos de gestação compartilhada em união homoafetiva feminina, com ausência de infertilidade. O procedimento, que já era realizado mesmo antes da resolução referida, consiste na implantação de um embrião gerado a partir do óvulo de uma das parceiras e a sua consequente transferência para o útero da outra. A principal dúvida que envolvia essa questão está relacionada com a necessidade da decisão se esse óvulo deveria ser de uma doadora anônima. Como o relacionamento homoafetivo recebeu homologação legal, o bebê é reconhecido por ter dupla maternidade.
Outra questão relacionada à reprodução medicamente assistida e discutida na Resolução se refere a inseminação artificial em casais com vírus HIV. Verifica-se uma procura crescente pela reprodução assistida visando a gestação sem contagiar o parceiro, nos casos em que somente um está contaminado. Nesses casos, negar a realização do procedimento poderia ser considerado uma forma de discriminação, mas devem ser considerados os riscos de contaminação da criança previamente.
Além de todas as questões expostas acima que suscitam debate ético e jurídico, está o caso de embriões congelados deixados em clínicas por casais que não querem mais filhos. Há excessiva quantidade de embriões congelados, excedentes de procedimentos realizados, que não serão mais utilizados, pois seus pais que não querem mais ter filhos e rejeitam a sua doação para outros casais. Assim, em função da proibição de destruí-los, pelo Conselho Federal de Medicina, as clínicas são obrigadas a mantê-los sob congelamento. Entretanto, tal procedimento envolve indagações e controvérsias, em todo o mundo, sobre a licitude do destino dos embriões excedentes, todas relacionadas sobre o estatuto de o embrião, indagando-se se deve este ter ou não a mesma dignidade de pessoa humana plenamente desenvolvida.
REFERÊNCIAS
SCHEFFER, Bruno Brum; MOURA, Marisa Decat; SOUZA, Maria do Carmo Borges de; Reprodução assistida. Um pouco de história. Ver. SBPH, Rio de Janeiro, v. 12, n.2, dezembro, 2009.
PAGAN, Manuela. Tratamento de infertilidade pelo SUS: como fazer reprodução assistida gratuitamente. Disponível em: <https://www.vix.com/pt/bdm/saude/tratamento-de-infertilidade-pelo-sus-como-fazer-reproducao-assistida-gratuitamente>. Acesso em 07 nov 2017.
CAMARGO, Fernanda; CHEDID, Silvana. Médica explica como funciona reprodução assistida. Disponível em: < https://www.vix.com/pt/bdm/bebe/planejamento/materia/medica-explica-como-funcionam-as-tecnicas-de-reproducao-assistida>. Acesso em 07 nov 2017.
GOUVEIA, Fátima Dalina Gomes. Implicações bioéticas sobre procriação medicamente assistida. 2010. Disponível em: <file:///C:/Users/aluno01/Downloads/Revista_Referência_Teórico.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2017.
GOLDIM, José Roberto. Bioética e Reprodução Humana. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/bioetica/biorepr.htm>. Acesso em: 03 nov. 2017.
PERRONE, Marcella. Aspectos jurídicos da reprodução assistida no Brasil. Disponível em: <https://marcellaperrone.jusbrasil.com.br/artigos/251650344/aspectos-juridicos-da-reproducao-assistida-no-brasil>. Acesso em: 03 nov. 2017.
 SANTOS, Agostinho de Almeida; RENAUD, Michel; CABRAL, Rita Amaral. Procriação Medicamente Assistida. Disponível em: <http://www.cnecv.pt/admin/files/data/docs/1273057205_P044_RelatorioPMA.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2017.
ALVES, Sandrina Maria Araújo Lopes; OLIVEIRA, Clara Costa. Reprodução medicamente assistida: questões bioéticas. Revista de Bioética, [s.i], v. 22, n. 1, abr. 2014.

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