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BAD RAGAZ Giovanna Loterio Tybel Fisioterapia Vitoria 2017 CONCEITO HALLIWICK O objetivo deste trabalho é mostrar um pouquinho da história deste método que é tão importante para pessoas incapacitadas que necessitam de reabilitação. Professor responsável Fagner Salles Fisioterapia aquática Giovanna loterio tybel Vitoria 2017 Introdução As crianças e adultos incapacitados não devem ser negados os prazeres do movimento. A atividade física em terra pode ser difícil para essas pessoas, mas na agua eles encontram seu elemento. A maioria das pessoas aprecia a agua e querem aprender a nadar; e o sentimento de realização quando dominam a arte e enorme. Elas ganham confiança, seu auto respeito o incentivado e elas adquirem um beneficio social, porque na agua são capazes de competir com seus companheiros normais. As pessoas incapacitadas, como outras, beneficiam-se com incentivos para melhorar o seu vigor e sua técnica; portanto, os efeitos são ao mesmo tempo psicológicos e físicos. A atividade na água constitui um meio de ampliar sua experiência, pois esta precisa experimentar movimentação ativa para que se desenvolva, e a falta de experiência física muito bem pode constituir um fator no desenvolvimento lento, a tornando incapacitada. A água como meio para a atividade, possui aspectos terapêuticos e recreacionais. Quando estes aspectos estão baseados no mesmo método, eles se tornam complementares uns dos outros, e se pode promover um programa de reabilitação continua, através de recreação propriamente estudada. Recreacionalmente são envolvidos maiores padrões de movimentos, enquanto que terapeuticamente esses padrões são refinados.··. Sumário História James Mcmillan (1913-1994) – Londres, Engenheiro – mecânica de fluidos, Nadador de competição, 1950- Escola Hilliwick para meninas deficientes, Observação de movimentos impossíveis em solo, O objetivo era ensinar incapacitados a nadar e fazer integração social. 1952 – Associação de terapia aquática, 1963 – Cursos anuais em Bad Ragaz, 1986 – Conferencia Halliwick (encontro cientifico em 20 países), 1994 – Fundação da associação internacional de Halliwick, Associação Brasil Halliwick. Finalidades do método Ensinar sobre controle de equilíbrio na agua. Ensinar incapacitados a nadar. Integração social. Ensinar a equilibrar-se na agua usando os princípios da mecânica dos líquidos momentos de inercia para controlar movimentos indesejados e movimentação do corpo por estimulação tátil. Observou-se que melhorava a postura, o controle cervical, movimento geral e acima de tudo comportamento pessoal. Facilitar reações de postura e equilíbrio, Controles rotacionais, Trabalho em grupo, Programa de dez pontos Natação. 01 Adaptação mental Envolve o reconhecimento de duas forcas atuando sobre o corpo na agua: gravidade e empuxo. Os efeitos combinados dessas forcas levam a um movimento rotacional. Restauração do equilíbrio Enfatiza o uso de grandes padrões de movimento, particularmente com os braços para restaurar ou manter o equilíbrio. Inibição: A capacidade de criar e manter uma posição ou postura desejada. Quando a inibição e desenvolvida, o nadador e capaz de conter todo movimento indesejado. Facilitação: A capacidade de criar um movimento mentalmente desejado e fisicamente controlado por quaisquer meios sem recursos de flutuação. Aprendizado: passo importante – rotação de 360 º. Princípios metacêntricos da agua e os padrões rotacionais. O que foi aprendido na agua pode ser reproduzido no solo. Objetivos gerais Fortalecer ou melhorar grupos musculares fracos, Melhora ADM, Facilita reações posturais e de equilíbrio, Melhora condição física geral, Melhora a adaptabilidade mental Reduz a dor, Controla a espasticidade. 02 Técnica de tratamento Empuxo / Gravidade: variar a profundidade da agua para aumentar ou diminuir o suporte pela flutuação. Profundidade critica nível T11. Turbulência: para auxiliar ou perturbar o controle de equilíbrio, mover o paciente através da agua. Metacentro: refere-se à teoria do equilíbrio de qualquer objeto flutuando na agua. Ondas: criar ondas para aumentar ou diminuir a forca de trabalho. 03 Estimulação da pele: controle da postura ou movimento. Desvio ocular: importante para o controle da cabeça. Transferência: capacidade de criar movimento em uma área do corpo e transferi- lo para outra área. Conceitos Subjacentes Tônus e influenciado pelo estimulo proprioceptivo estimulado pelas forcas gravitacionais. Aumento do tônus = 10 minutos de imersão. Metacentro: CG = centro de gravidade. CF = centro de flutuação. Regras de metracentro O CG existe quer um objeto esteja submerso ou em terra firme, e determinado pela forma do objeto. O CG de um corpo humano normal e em torno do nível de L2. O CF pode ser considerado somente se um objeto estiver parcial ou completamente submerso. O CF e definido como o centro de volume de agua deslocado, ele esta sempre abaixo da superfície da agua. Um objeto com raio pequeno e fácil de mover e retornar a posição. Se uma parte qualquer do corpo for levantada da agua, o corpo roda para tentar levar essa parte de volta para dentro. Se um membro for cruzado através da linha mediana, o corpo rola para o mesmo sentido do movimento. Se o volume do corpo for menor na direita, ele rolara para este lado (amputado). Técnicas do manuseio Área de pega deve ser pequena (mínima estimulação tátil). Evitar estimular áreas que levem a movimentos indesejáveis. Apoio deve ser tirado gradualmente (pegas mais distais). Área ideal entre T11 e S2. Posição vertical. Posição supina. 04 05 PROGRAMA DE 10 PONTOS Quatro FASES: DIVIDIDAS EM 10 PONTOS Fase 1: ajustamento mental. 1) Controle respiratório e desprendimento. Fase 2: restauração do equilíbrio 2) Rotação vertical 3) Rotação sagital 4) Rotação lateral 5) Rotação combinada 6) Inversão mental Fase 3: inibição 7) Equilíbrio estático 8) Deslizamento turbulento Fase 4: Facilitação 9) Progressão simples 10)Movimentos básicos 06 1ª Fase – Ajustamento mental: 1º Ponto: controle respiratório e desprendimento: - Superar a dificuldade de inspiração e expiração (pressão da agua) - Entrar no ambiente da agua, manter postura e equilíbrio. Inicio nível de S2 – posição de cubo Aumenta dificuldade – manter os braços fora d’água para dar estabilidade Desprendimento / Desligamento: Encaixe / Desencaixe: Encaixe - paciente e suportadopelo terapeuta Desencaixe – remoção gradual do suporte (não somente físico mais também mental). Face a face, Pega em T11, Posteriormente em S2, Braço sobre braço, antebraço- antebraço, palma- palma, Posicionamento atrás do terapeuta. Suporte e retirado – quando paciente alcança o controle. 07 PROGRAMA 10 PONTOS 4 FASES – 2ª FASE 2ª Fase – Restauracao do equilibrio (sempre com rotacao da cabeca) O equilibrio e atingido quando o paciente ganha controle de rotacao em torno dos tres eixos. 2 º Ponto: Rotação vertical / transversal – mudar de ortostatismo para supino. E a habilidade de controlar movimentos ao redor do eixo indo de lado a lado (eixo fronto- transversal). Por exemplo: da posição em pé para a flutuação de costas na agua. Da posição em pé, inclinar-se a frente para soprar bolhas. Da posição de flutuação de costas para posição em pé (com ou sem apoio). Ser capaz de manter a posição em pé sem desequilibrar para frente ou para trás. 3 º Ponto: Rotação sagital – encostar a orelha na agua. E a habilidade de controlar movimentos para o lado ao redor do eixo sagito – transversal. Por exemplo: na posição em pé colocar o ouvido na agua, na posição em pé realizar movimentos laterais. 4 º Ponto: rotação lateral longitudinal E a habilidade de controlar movimentos ao redor do eixo longo do corpo como o eixo que passa desde a cabeça ate o dedo do pé (eixo sagito-frontal). Este movimento pode ser na posição em pé ou em flutuação na horizontal. Por exemplo: na posição em pé girar no mesmo lado, da posição de rosto na agua rolar para a posição de flutuação horizontal, quando nadando de frente , girar para inspirar. 5 º Ponto: rotação combinada - Rotação vertical combinada com a rotação lateral, -Voltar à posição supina – posição segura para respirar. 08 E a habilidade de controlar o movimento utilizando qualquer combinação de rotações. Da ao nadador o controle nas três dimensões de movimentos na agua. Por exemplo: da posição sentada na borda, entrar na agua rolando ate a posição de flutuação de costas na horizontal. Readquirir uma posição estável, em flutuação de costas, após desequilibrar a frente. Virada olímpica quando nadando na direção da borda. 6 º Ponto: inversão mental - restauração do equilíbrio. Nadador deve inverter seu pensamento a perceber que flutua e não afunda. Atividades de submersão são ensinadas. Ele experimenta o empuxo e como e difícil permanecer embaixo d’água. Exemplo de empuxo são: - o nadador retira seus pés do fundo da piscina e sente que a agua pode sustenta- lo (saltando como coelho). - recolher objetos do fundo da piscina e sente o empuxo trazendo de volta a superfície. 09 PROGRAMA 10 PONTOS 4 FASES – 3ª FASE 3ª Fase – Inibição Ensina os pacientes a manter uma postura quando eventos podem deslocar o corpo. 7 º Ponto: Equilíbrio estático Atividades desafiam posição equilibrada de um paciente para encoraja-lo a corrigir-se. Ex: causar turbulência. 4ª FASE – FACILITACAO (movimento controlado através da agua) Realizado com o paciente deitado em flutuação supino – o terapeuta produz turbulência embaixo dos ombros do paciente. 8 º Ponto – deslizamento turbulento - ensina o paciente manter uma posição equilibrada enquanto esta sendo movido passivamente atrás da agua. 10 - realizado com o paciente deitado em flutuação supino – o terapeuta produz turbulência embaixo dos ombros do paciente. 9 º Ponto: Progressão simples Quando o paciente já mantem postura equilibrada enquanto esta sendo movido passivamente ele começa a tentar movimentos ativos delicados para impulsionar-se através da agua. 10 º Ponto: Movimento básico São ensinadas braçadas de natação. Inicia-se nado de costas com braçadas duplas. ENSINAR COMO UM JOGO O jogo deve ter nome Um sistema de verificação O jogo deve ter ritmo e musica Conhecer seus paciente e usar atividades apropriadas. Começar a terapia ajudando o paciente. Progredir ate o paciente ser capaz de fazer a atividade independentemente. Dar ao paciente uma situação na qual objetivo final não seja conhecido. 11 Se o paciente não for capaz, ajuda-lo a passar pelo processo inteiro. DENTRO DO GRUPO Cada paciente forma par com um instrutor treinado Grupo ideal – 5 pares Cada grupo- um líder- das instruções Cada jogo no máximo 3 minutos Atividades uma vez por semana Sessões de 30 minutos Após 10 pontos – incentivar competições de natação. 12 Sumário Historia 1 Finalidades do método 1 Adaptação mental 2 Restauração do equilíbrio 2 Inibição 2 Facilitação 2 Objetivos gerais 2 Técnicas de tratamento 3 Conceitos subjacentes 4 Regras de metracentro 4 Técnicas de manuseio 4 Programa 10 pontos 6 1ª Fase – Ajuste mental 7 1 º Ponto - controle responsável e desprendimento 7 2ª Fase – Restauração do equilíbrio 8 2 º Ponto – Rotação vertical / transversal 8 3 º Ponto: Rotação sagital 8 4 º Ponto: rotação lateral longitudinal 8 5 º Ponto: rotação combinada 8 6 º Ponto: inversão mental 9 3ª Fase – inibição 10 7 º Ponto: Equilíbrio estático 10 4ª Fase – Facilitação 10 8 º Ponto – deslizamento turbulento 10 9 º Ponto: Progressão simples 11 10 º Ponto: Movimento básico11 Ensinar como um jogo 11 Dentro do grupo 12
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