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2° p 7 legislaçao aplicada ao setor publico

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2° P – 7 LEGISLAÇÃO APLICADA AO SETOR PÚBLICO
AULA 7) AGENTES PÚBLICOS
Seja bem-vindo à disciplina de Legislação aplicada a Gestão Pública.
Nesta sétima aula, apresentaremos os Agentes Públicos, suas principais características, suas atuações e os demais institutos relacionados a estes que atuam em nome do Estado na prestação do serviço público. 
Aprenderemos a exigir dos Entes da Federação e da Administração Pública, que respondam pelos danos que seus agentes públicos causarem, nos termos do artigo 36, §6º da Constituição da República.
Por fim, estaremos desenvolvendo algumas atividades buscando aplicar o binômio – teoria e prática.
O agente público, para José dos Santos Carvalho Filho, significa o conjunto de pessoas, que a qualquer título, exercem uma função pública como prepostos do Estado. O conceito “dado” pelo exímio administrativista nos leva a entender que os agentes públicos presentam os Entes da Federação, devendo materializar a vontade estatal e não a sua própria vontade, sob pena de desvio de finalidade no uso dos institutos públicos.
O agente público hoje é o gênero, enquanto o termo servidor público passou a ser espécie desse gênero quando o mesmo está vinculado aos Entes da Federação ou a Administração Pública autárquica ou fundacional pública por meio de lei, nos termos do artigo 39 da Constituição da República que assim nos diz:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
Além da mudança de terminologia acima, que evidencia que a Constituição da República deixou de usar a expressão funcionário público e sim servidor público, a Constituição de 1988 trouxe outra “grande” mudança que foi a imposição do regime jurídico único nos quadros funcionais (Vínculo legal ou contratual), nos termos do artigo supramencionado no texto original.
A emenda constitucional 19/98, alterando a exigência de regime jurídico único, “flexibilizou” o regime jurídico, ou seja, a partir da referida emenda o “chefe do Poder Executivo” poderia verificar sua necessidade e com base nela, escolher para aquela função cargo público ou emprego público como regime jurídico. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal, após análise da emenda supramencionada, vislumbrou um vício formal pela falta de observância do quórum exigido no artigo 60 da Constituição da República, e deferiu uma liminar para suspender os efeitos da “flexibilização” até o julgamento do mérito da Adin 2135/00.
Igualdades entre os regimes
Mutabilidade do regime jurídico: pois as Leis que regulamentam os vínculos poderão ser alteradas, desde que se respeite a iniciativa;
Vedação a acumulação: exceto nos termos do artigo 37, inciso XVI da Constituição da República;
Concurso Público: para acesso ao cargo público ou emprego público se exigirá o concurso público, nos termos do artigo 37, inciso II da Constituição da República.
Institutos importantes
Provimento
Originário:
É o meio através do qual o cargo público será preenchido. 
Em regra, esse meio é a nomeação que dá origem ao vínculo. Para a Lei nº 8112/90, a nomeação poderá ocorrer para o cargo efetivo isolado ou de carreira e para o cargo em comissão e, em regra, será precedida de concurso público.
Derivado ou Reingresso: 
Que para o doutrinador José dos Santos Carvalho Filho é aquele que o cargo será preenchido por alguém que já tem um vínculo anterior com outro cargo. As principais formas são mencionadas pela Lei nº 8112/90 que para os demais entes da federação traz aspectos de normas gerais, sem contudo adentrar nas questões locais ou regionais, dos Municípios ou Estados respectivamente.
Investidura
A investidura é um ato administrativo complexo - ou procedimento administrativo complexo _ formado de três fases, são elas: nomeação (provimento originário), posse (materializa a investidura) e exercício (que exige que o servidor dê início às atribuições do cargo). Até a investidura o servidor público poderá ter seu ato de provimento tornado nulo, caso não tome posse, e após a posse, caso não entre em exercício, será exonerado pela Administração Pública.
São formas de provimento de cargo público: 
I – Nomeação: Provimento originário que será precedido de concurso público;
II - Promoção: Provimento derivado que, pela maioria da doutrina, deverá ser considerada inconstitucional se muda de cargo, e se esse é superior ao de origem se assemelha a ascensão, ferindo o artigo 37, inciso II da Constituição da República;
III - Ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).
IV - Transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97). 
V - Readaptação: De acordo com o artigo 24 da mesma lei, deverá ser definida como a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. A impossibilidade de readaptação deverá levar a aposentadoria do servidor por invalidez, nos termos do artigo 40, § 1º, inciso I da Constituição da República. 
Atuação em caso concreto.
VI - Reversão: É o retorno à atividade de servidor aposentado, nos termos do artigo 25 da Lei nº 8112/90, quando os motivos que geraram a invalidez deixou de existir - o servidor “ficou são” ou no interesse da administração pública – solicitação, aposentadoria voluntária, estável aposentadoria ocorrido nos últimos cinco anos e vaga; 
VII - Aproveitamento: Ocorre quando a Administração Pública “acha” cargo compatível (quanto à função, remuneração e funções) o servidor público que foi colocado em disponibilidade pela extinção do seu cargo (por lei – artigo 61, §1º, inciso II da Constituição da República) ou por decreto do chefe poder (artigo 84, inciso VI da Constituição da República), nos termos do artigo 30 da Lei 8112/90; 
VIII – Reintegração: A anulação do ato demissional, a sentença absolutória que comprove a inexistência de autoria ou materialidade do fato e para a corrente majoritária as
excludentes de ilicitude levam a reintegração do servidor ao seu cargo de origem, com efeito ex tunc, ou seja, o servidor público receberá “tudo” que deixou de ganhar pelo efeito retroativo da lei, nos termos do artigo 28 da Lei nº 8112/90.
IX – Recondução: ocorre pela inabilitação no estágio probatório de servidor estável, em cargo anteriormente ocupado após licença concedida, para tentar aprovação em estágio probatório em novo cargo “conquistado” através de concurso público, para os Entes da Federação que trouxerem a previsão do instituto em sua Lei e/ou como efeito da reintegração quando o servidor público demitido volta, e o servidor estável que ocupava seu cargo tem direito de voltar ao seu cargo público de origem. Quando o servidor público não é estável, o mesmo deverá ser exonerado, nos termos do artigo 41, § 2º da Constituição da República.
Diferenças entre o estágio probatório e experimental
Estágio Probatório: artigo 41 da Constituição da República
- Ocorre após o concurso público pela não aprovação no mesmo através de análise da comissão;
- Assina termo de posse, por isso deverá ser exonerado, pois ocorre a investidura;
- Entra em exercício devendo dar plena consecução as funções do cargo público assumido;
- Após o mesmo poderá adquirir a estabilidade;
- Sem aptidão será exonerado, pois não é apto para o cargo público.
Experimental: previsão no Edital do Concurso
- É fase do concurso devendo o mesmo ser mencionado no edital;
- Não está necessariamente em efetivo exercício, por isso será considerado reprovado no certame;
- Quebra impessoalidade, caso a Administração Pública não o motive;
- Desclassifica o concursando, e por isso é fase.
Vacância
Para os autores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, ocorre nas hipóteses em que o servidor desocupa o cargo, tornando-o passível de ser preenchido por outra pessoa. A Lei 8112/90, que traz aspectos de norma geral para osdemais Entes da Federação, previu as hipóteses possíveis de desocupação do cargo público no artigo 33, nos termos que veremos a seguir.
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
EXONERAÇÃO
Ocorre a pedido do servidor público ou de ofício, nos termos do artigo 35 da supramencionada Lei Federal. “A pedido” é direito subjetivo do servidor público, exceto se o mesmo estiver respondendo a um Processo Administrativo disciplinar, como determina o artigo 172 da Lei nº 8112/90. A exoneração não é punição, e sim ato administrativo que poderá ser de ofício, por exemplo, pelo excesso de gasto orçamentário (artigo 169 da Constituição da República), ou em caso de reintegração para o servidor não estável que não poderá ser reconduzido, ou em caso de exoneração por “falta de confiança” de pessoas que estivessem no cargo comissionado; 
Atuações em caso concreto.
O artigo 37, inciso V da Constituição da República, previu o cargo comissionado ou a função de confiança. O cargo comissionado tem nome de cargo, embora seja uma função de direção, chefia ou assessoramento, e não cargo. É ato administrativo externo para “aquele” que não é servidor, e em regra de livre nomeação e livre exoneração. Já a função de confiança, em regra é ato administrativo interno para “aqueles” que são servidores públicos que ocuparam uma função (direção, chefia ou assessoramento), além do seu cargo público ocupado, sob livre nomeação e livre exoneração, em regra.
DEMISSÃO
Será aplicada como sanção, nos termos dos artigos 127 e 132 ambos da Lei nº 8112/90. Cumpre esclarecer que o rol que menciona as possíveis sanções não poderá ser ampliado pelos demais Entes da Federação, enquanto o artigo 132, que traz as causas que podem levar a demissão através de Processo Administrativo Disciplinar, é exemplificativo;
PROMOÇÃO
Para a maioria da doutrina é possível como progressão funcional, sob pena de falta de observância do artigo 37, inciso II da Constituição da República;
ASCENÇÃO
 (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
TRANSFERENCIA
(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
READAPTAÇÃO
É uma tentativa de evitar a aposentadoria “precoce” do servidor público. O artigo 24 a entende como forma de investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica;
APOSENTADORIA
A aposentadoria tem natureza jurídica de ato complexo, pois a administração pública deverá verificar se o servidor preencheu os requisitos exigidos pelo artigo 40 da constituição da república, são eles: tempo no cargo público (5 anos) , tempo no serviço público (10 anos), contribuição ( 35 anos ou 30 anos) e idade (60 anos ou 55 anos) para a aposentadoria voluntária e integral – artigo 40, §1º, inciso III, alínea ‘a’ da constituição da república; 
A Constituição da República previu outros dois tipos de aposentadoria, que são, a por invalidez ou compulsória.
POSSE EM OUTRO CARGO INACUMULÁVEL
A acumulação não é regra, e sim exceção, nos termos do artigo 37, inciso XVI da Constituição da República;
FALECIMENTO
Morte do servidor que levará a vacância do seu cargo público.
http://estacio.webaula.com.br/Cursos/GRA304/docs/07LA_aula07_Classifica%C3%A7ao_dos_agentes_publicos.pdf

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