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Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

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4 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
1.1 – TEMA 
O presente trabalho traz como tema a abordagem geral do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e 
de Comunicação – ICMS, mais precisamente sobre a Atividade de Serviços de 
Comunicação. 
As metodologias usadas foram pesquisas em livros didáticos que abordam o 
assunto, consulta à Constituição da República Federativa do Brasil, sites, artigos e 
ao RICMS/PA - Regulamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e 
Serviços do Estado do Pará. 
Também e não menos importante, o processo de aprendizado do assunto em 
questão, contribuindo para o envolvimento e reconhecimento desta futura e honrosa 
profissão, a fim de formar grandes profissionais, contadores de alto nível, altamente 
qualificados. 
 
2 – DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1.1 – Histórico do ICMS 
Na Constituição de 1934, foi criado o IVC – Imposto sobre Vendas e 
Consignações. Tinha incidência em toda a cadeia mercantil, incidindo sobre o preço 
integral. 
Com a Emenda Constitucional de 18 de dezembro de 1965, foi criado o ICM 
para a substituição do IVC, pois o ICM seria uma grande evolução levando em conta 
o imposto criado anteriormente, ao invés de ser cumulativo como o IVC o ICM 
passaria a incidir apenas sobre o lucro. 
5 
 
Em uma breve síntese acerca do advento do ICMS, Eduardo Sabbag (2009, 
p. 939-940), bem como a legislação reguladora, in litteris: 
“O ICMS, imposto estadual, sucessor do antigo Imposto de Vendas e 
Consignações (IVC), foi instituído pela reforma tributária da Emenda 
Constitucional n. 18/65 e representa cerca de 80% da arrecadação 
dos Estados. [...] Ademais, é imposto que recebeu um significativo 
tratamento constitucional – art. 155, § 2º, I ao XII, CF. O tratamento 
constitucional dado à exação em tela é robustecido pela Lei 
Complementar n. 87/96, que substituiu o Decreto-lei n. 406/68 e o 
Convênio ICMS n. 66/88, esmiuçando-lhe a compreensão, devendo 
tal norma ser observada relativamente aos preceitos que não 
contrariem a Constituição Federal.” 
 
E Aliomar Baleeiro (2010, p. 367), discorda do parecer acima sobre a criação 
do IVC, visto que a EC n. 18/65, na reforma tributária, apenas modificou o fato 
gerador do tributo, abaixo transcrito: 
“A EC 18, pretendendo remediar essa contingência daquela 
realidade, inventou novas normas e formulou o fato gerador de modo 
diverso, confundindo quase o imposto de consumo e o IVC. Pela 
Constituição de 1946, o fato gerador do IVC era o contrato de compra 
e venda, o negócio jurídico no qual figuravam, como vendedores, os 
comerciantes e produtores, inclusive industriais, só eles.” 
 
Já em 01 de março de 1989 entrou em vigor o atual sistema tributário 
nacional através da Constituição Federal de 1988, surgiu o ICMS extinguindo os 
impostos especiais, de incidência única, de competência federal. 
Eram três os antigos impostos federais de incidência única, estes incidiam 
sobre os combustíveis e lubrificantes líquidos e gasosos, a energia elétrica e sobre 
os minerais do todo o país, porém com o nascimento da Constituição Federal de 
1988, esses impostos de incidência única foram incorporados ao ICMS. 
O ICMS é regulamentado pela Lei Complementar 87/1996, a chamada "Lei 
Kandir". Cada Estado possui autonomia para estabelecer suas próprias regras de 
cobrança do imposto, respeitando as regras previstas na Lei. O ICMS não é um 
imposto acumulativo, ele incide sobre cada etapa da circulação de mercadorias 
separadamente. Em cada uma dessas etapas, deve haver a emissão de nota ou 
cupom fiscal. Isso é necessário devido ao fato de que esses documentos serão 
escriturados e serão através deles que o imposto será calculado e arrecadado pelo 
governo. Na maioria dos casos, as empresas repassam esse imposto ao 
6 
 
consumidor, embutindo-o nos preços dos produtos. As mercadorias são tributadas 
de acordo com sua essencialidade. Assim, para produtos básicos, como o arroz e o 
feijão, o ICMS cobrado é menor do que no caso de produtos supérfluos, como 
cigarros e perfumes, por exemplo. No entanto, vale ressaltar que serviços como o de 
energia elétrica, combustíveis e telefonia, embora sejam necessários para a 
boa qualidade de vida dos indivíduos, possuem alíquotas altíssimas de ICMS, o que 
nos faz pensar sobre a regra da essencialidade. 
Em janeiro de 2016 a Emenda Constitucional 87/2015 entrou em vigor as 
novas regras de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à 
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação) determinam, portanto que a cobrança deste 
imposto seja dividida entre Estado de origem e o Estado de destino do produto. 
No passado, a alíquota a ser paga era definida e ficava integralmente no 
Estado produtor, quando este enviava o produto para outro Estado, a nota fiscal 
eletrônica era gerada, impressa em duas vias e adicionada a mercadoria. Então 
essa nova regra, pretende acabar com a guerra fiscal entre os estados. No entanto, 
a nova lei acrescentou mais burocracia e em alguns casos haverá o aumento da 
carga tributária. 
Como exemplo temos a transação entre os estados de São Paulo com 
alíquota de 17% e o Maranhão com 17% também, sendo a alíquota interestadual do 
segundo estado 7%. Calculando, a diferença fica em 10%. 
A alíquota interestadual ficará integralmente no estado vendedor. E a 
diferença de 10%, será dividida na proporção de 60% para o estado de origem e 
40% para o destinatário. 
Em concordância com as novas regras, competira ao empresário do Estado 
de origem da mercadoria e/ou serviço: 
a) Calcular a diferença entre a alíquota interna e a alíquota do Estado de 
destino (já que cada Estado tem sua tabela de porcentagem), denominada alíquota 
interestadual. 
b) Dividir a diferença entre a alíquota interna e a alíquota interestadual em 
duas partes: 40% para o Estado de recebedor e 60% para o vendedor. 
7 
 
c) Emitir a Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), 
pagar a alíquota do Estado de destino, anexando o comprovante à nota fiscal do 
produto e colocá-los junto ao produto que será enviado. 
A nova Lei trouxe impactos inclusive as empresas enquadradas no Simples 
Nacional, quais possuem faturamento bruto anual de 3,6 milhões. Antigamente, as 
empresas do Simples Nacional arrecadavam os tributos de forma unificada através 
do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), onde já estava incluído 
o ICMS. As empresas devem calcular a diferença de ICMS entre estados e pagar a 
diferença recolhendo a Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais 
(GNRE). Ou seja, a tributação ficou ainda mais onerosa, crescendo a burocracia 
para o aqueles que continuam pagando a tributação existente mensalmente do 
Simples e mais a diferença de alíquota de ICMS. 
 
2.1.2 – Atividade de Serviços de Comunicação 
Para que ocorra um processo de comunicação é necessário três elementos 
essenciais, sendo eles: o emissor (autor), o transmissor (que tem como meios o 
rádio, a televisão, o jornal etc.) e o receptor (público em geral). A começar do 
momento em que tal processo passa a ser oneroso, por outra forma, em que o autor 
passa a cobrar determinado preço pela transmissão da comunicação ao destinatário, 
surge a prestação de serviços de comunicação, que, desde 1/03/1989, está no 
campo de incidência do ICMS, de competência dos Estados e do Distrito Federal, 
nos termos do art. 155, caput, II, da Constituição Federal/1988, e do art. 34 do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias. (Constituição Federal/1988, art. 5º, IV 
e IX, e art. 155, caput, II; Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias, art. 34). 
O discernimento da expressão ”Comunicação de qualquer natureza”, cuja 
prestação onerosa é fato gerador do ICMS, tem exemplos reais com base nos Art. 
21 e 22 da CF/88 que tratam das competências material e legislativa da União, onde 
citava em sua redação original os serviços telefônicos, telegráficos (telegrama), de 
transmissão de dados e outros serviços públicos de telecomunicações, e também os 
serviços privados de telecomunicações, os serviços postais, bem assim os de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens. 
8 
 
A atual redação conforme o art. 21, incisos XI e XII, pela Emenda 
Constitucional n.º 8, de 1995, não alterou essencialmente a letra original, senão para 
submeter os serviços de telecomunicação à regulação e a regimes jurídicos 
diferenciados de prestação (serviços públicos e privados), além de fragmentar da 
radiodifusão. 
Portanto deve ser analisada a existência de outras modalidades de serviços 
de comunicação, por mais que não estejam listados nos dispositivos antes citados 
da CF/88, como a comunicação visual ("outdoors") e o acesso à Internet, que serão 
oportunamente abordados. 
 Com finalidade tributária, destaca-se, em razão, o conceito de serviço de 
comunicação. Este tem como principio a onerosidade. Desse modo, há serviço de 
comunicação quando o executor (autor), mediante prestação onerosa, mantém 
interlocutores (emissor/receptor) em contato, por quaisquer meios, inclusive os de 
geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de 
comunicação de qualquer natureza. 
 
2.2 – RESULTADOS 
 
2.2.1 – Legislação Paraense 
A legislação Paraense prevê no Art 4º, parágrafo 1º do RICMS /PA o conceito 
de prestação onerosa de serviços de comunicação consiste na colocação à 
disposição de terceiro, em caráter negocial, em quaisquer meios e modos aptos e 
necessários à geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição, 
ampliação e transferência unilateral ou bilateral de mensagens, símbolos, 
caracteres, sinais, escritos, 
 
2.2.2 – Modalidades de serviços de comunicação 
Estão contemplados nesta obrigatoriedade, conforme Nomenclatura definida 
pela ANATEL os seguintes serviços: 
a) Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC); 
9 
 
b) Serviço Móvel Pessoal (SMP); 
c) Serviço Móvel Celular (SMC); 
d) Serviço de Comunicação Multimídia(SCM); 
e) Serviço Móvel Especializado (SME); 
f) Serviço Móvel Global por Satélite (SMGS); 
g) Serviço de distribuição de sinais de televisão e de áudio por assinatura via 
satélite (DTH); 
h) Serviço Limitado Especializado (SLE); e 
i) Serviço de Conexão à Internet (SCI). 
 
2.2.3 – Competência 
A Constituição Federal de 1988, no Artigo 155, Inciso II estabelece que é de 
competência dos Estados e Distrito Federal instituir imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias, prestação de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior. 
A Lei Complementar 87/1996, traz a mesma redação, esclarecendo que 
o ICMS incide sobre prestações onerosas de comunicação, por qualquer meio, 
inclusive geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição, 
ampliação de comunicação de qualquer natureza. 
 
2.2.4 – Não Incidência 
A hipótese em que não haverá tributação do ICMS é nas prestações de 
serviço de comunicação qual a atividade trabalhe com as modalidades de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita. 
 
2.2.5 – Penalidades 
10 
 
Segundo o art 729 do RICMS/PA é característico para os contribuintes que 
prestam os serviços de comunicação algumas penalidades como: 
a) deixar de recolher o imposto relativo às prestações de serviços oriundas de 
outra Unidade da Federação e que não estejam vinculadas a operação ou prestação 
subsequente, a multa será equivalente a 40% do valor do imposto; 
b) emitir documento fiscal com preço de serviço acentuadamente inferior ao 
que alcançaria na mesma época, o serviço similar no mercado do domicílio do 
emitente sem motivo devidamente justificado, a multa será equivalente a 100% do 
valor do imposto, calculado sobre a diferença de preço. 
c) acobertar mais de uma vez, com o mesmo documento fiscal, a prestação 
de serviço, a multa será equivalente a 210% do valor do imposto. 
 
2.2.6 – Hipótese de incidência e fato gerador 
Considera-se com base no Art. 155, II CF/88, ocorrido o fato gerador do ICMS 
a partir do momento das prestações onerosas de serviços de comunicação, feitas 
por qualquer meio, inclusive a geração, emissão, recepção, transmissão, 
retransmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza. Nesse 
caso quando o serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou 
assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando do 
fornecimento desses instrumentos ao usuário. 
A Lei Complementar nº 87/1996, no seu art. 12, caput, VII, X e XIII, § 1º 
dispõe que o fato gerador também ocorre no momento: 
a) do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; e 
b) da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha início 
em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada a operação ou 
prestação subsequente (diferencial de alíquotas). 
Segundo uma das hipóteses de incidência do ICMS e relacionadas no artigo 
4º do RICMS/PA é a prestação de serviços de comunicação. Para que haja a 
incidência do ICMS é necessário que o serviço de comunicação seja oneroso e 
prestado à terceiros. 
11 
 
O momento da ocorrência do fato gerador será nas seguintes hipóteses: 
a) da prestação onerosa de serviços de comunicação, inclusive a geração, 
emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de 
comunicação de qualquer natureza, feita por qualquer meio ou processo; 
b) do recebimento pelo destinatário, neste Estado, de serviço iniciado ou 
prestado no exterior; 
c) do recebimento no estabelecimento ou domicílio de tomador do serviço 
prestado por meio de satélite. 
Na ocasião de o serviço de comunicação for prestado mediante pagamento 
em ficha, cartão ou assemelhados, ou por qualquer outro instrumento liberatório do 
serviço, ainda que meio eletrônico de dados, determina-se ocorrido o fato gerador no 
momento do fornecimento ou disponibilização desses instrumentos pelo prestador. 
 
2.2.7 – Local da Operação e da Prestação 
De acordo com o art. 155, § 2º, XII, "a", da Constituição Federal/1988 cabe à 
lei complementar definir os contribuintes do ICMS. 
Nesse caso o art. 4º, caput, da Lei Complementar nº 87/1996 estabelece que 
contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou 
em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria 
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que essas operações e prestações se iniciem no exterior. 
 Previsto no art. 11, caput, III, e art. 12, XIII da Lei Complementar nº 87/1996, 
o local da prestação do serviço, para efeitos de cobrança do imposto e definição do 
estabelecimento responsável, no caso de prestação onerosa de comunicação, é: 
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, 
assim entendido o de geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, 
ampliação e recepção; 
b) o do estabelecimento da concessionária ou permissionária que forneça 
ficha, cartão, ou assemelhados com os quais o serviço seja pago; 
12 
 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese e para os efeitos 
do inciso XIII doart. 12 da Lei Complementar nº 87/1996 (diferencial de alíquotas - 
veja letra "b" do item 7), e o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, 
quando prestado por meio de satélite; e 
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos. 
O art 18 inciso III parágrafo 5º do RICMS/PA, discrimina que os serviços não 
medidos, e que envolvam locais situados em Unidades da Federação distintas e cujo 
preço seja cobrado por períodos definidos, o imposto devido será recolhido em 
partes iguais para os estados onde estiverem localizados o prestador e o tomador. 
 
2.2.8 – Contribuinte 
O artigo 14 do RICMS/PA define que contribuinte do imposto é qualquer 
pessoa física ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume que 
caracterize intuito comercial, prestações de serviço de comunicação, ainda que 
essas tenham início no exterior. 
São considerados contribuintes do imposto: 
a) a empresa concessionária ou permissionária de serviço público de 
comunicação; 
b) qualquer pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade, seja 
destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no 
exterior; 
c) qualquer pessoa ou entidade arrolada no artigo 14 que, na condição de 
consumidor final, adquira serviços em operações interestaduais; 
 
2.2.9 – Alíquota 
Como prevê o Decreto Nº 4.676 de 18 de Junho de 2001, RICMS/PA, 
Capítulo VII, art 20: “As alíquotas internas são seletivas em função da 
essencialidade das mercadorias e dos serviços, na forma seguinte: I - a alíquota de 
30% (trinta por cento): b) nas prestações de serviços de comunicação;” Para as 
13 
 
prestações de serviços de comunicação, e no caso em que o tomador do serviço 
esteja localizado em outra UF e não seja contribuinte do ICMS. 
 
2.2.10 – Nota fiscal de serviço de comunicação 
O RICMS/PA define que o estabelecimento que preste serviço de 
comunicação deverá utilizar a Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21, e 
deverá conter no mínimo as seguintes indicações: 
- a denominação: "Nota Fiscal de Serviço de Comunicação"; 
- o número de ordem, a série e subsérie e o número da via; 
- a natureza da prestação do serviço, acrescida do respectivo código fiscal; 
- a data da emissão; 
- a identificação do emitente: o nome, o endereço e os números de inscrição, federal 
e estadual; 
- a identificação do destinatário: o nome, o endereço e os números de inscrição, 
federal e estadual; 
- a discriminação do serviço prestado, de modo que permita sua perfeita 
identificação; 
- o valor do serviço prestado, bem como acréscimos a qualquer título; 
- o valor total da prestação; 
- a base de cálculo do ICMS; 
- a alíquota aplicável; 
- o valor do ICMS; 
- a data ou o período da prestação dos serviços; 
- o nome, o endereço e os números de inscrição, federal e estadual, do impressor da 
nota, a data e quantidade de impressão, o número de ordem da primeira e da última 
nota impressa e respectivas série e subsérie, e o número da Autorização para 
Impressão de Documentos Fiscais; e 
14 
 
- a data limite para utilização. 
 
2.2.11 – Base de Cálculo do Imposto 
Conforme a Lei Complementar nº 87/1996, art. 12, caput, X, art. 13, caput, III, 
VI e IX, § 3º, e art. 16, a Base de Cálculo é o preço do serviço. 
Na hipótese de recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no 
exterior, a base de cálculo é o valor da prestação, acrescido, se for o caso, de todos 
os encargos relacionados com a sua utilização. 
De acordo com o art. 13, parágrafo 1º, inciso I, o valor do imposto integra sua 
própria base de cálculo. 
 
EXEMPLO DE CALCULO DO ICMS 
 
Receita Liquida – 100% 
Alíquota – 30% 
 
Forma de Cálculo (100-30) = 70% 
 
Receita Liquida – 100.000,00 x 100/70 = 142.857,14 
 
142.857,14 x 30% = 42.857,14 (ICMS) 
 
2.3 – SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA(SCM); 
Disposto na Resolução nº 614, de 28 de maio de 2013, anexo i, art. 3º 
Serviços de Comunicação Multimídia:” É um serviço fixo de telecomunicações de 
interesse coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, 
que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão e recepção de 
15 
 
informações multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma 
área de prestação de serviço.” 
Para os Serviços de Comunicação Multimídia (SCM), o RICMS/PA determina 
que o modelo de documento fiscal a ser emitido é o 21: Nota Fiscal de Serviço de 
Comunicação, observando uma alíquota de 30% para as operações tributadas 
internamente. 
Para os contribuintes enquadrados no Simples Nacional será utilizado o 
anexo III da Resolução nº. 94/2011 do Comitê Gestor para a apuração do imposto. 
Desse montante, deve-se excluir a alíquota de ISS e incluir a alíquota de ICMS para 
a mesma faixa correspondente à apuração no mês. 
 
Demonstrativo do Cálculo do ICMS no Serviço de Comunicação Multimídia 
(SCM) 
CASO: A empresa ALFA presta serviço de Comunicação Multimídia para empresa 
BETA no valor de R$420,00, pagamento a vista, ICMS 30%. 
 
Portanto, para calcularmos o ICMS temos o seguinte exemplo: 
 
Nota Fiscal de Serviço Comunicação/21 
Total da NF – R$420,00 
 
• Cálculo do ICMS 
 
Preço do serviço X Alíquota = Valor do ICMS da Mercadoria 
Base de Cálculo do ICMS – R$420,00 
Alíquota – 30% 
Valor do ICMS – R$420,00 X 30% = R$126,00 
 
16 
 
Sobre a Base de Calculo retira-se 30 % para obter o valor do ICMS. 
 
• Contabilização 
D-FORNECEDORES DE SERVIÇO------ 420,00 
D- ICMS -------------------------------------- 126,00 
C- CAIXA ------------------------------------- 294,00 
Hist: Ref a serviço de comunicação tomado no mês de setembro/2017 
 
D- ICMS S/ SERVIÇO --------------------- 126,00 
C- ICMS A RECOLHER ------------------- 126,00 
Hist: ICMS sobre serviço de comunicação tomado no mês de setembro/2017 
 
 
3 – DISCUSSÃO 
 Pode-se perceber que o ICMS na Atividade de Comunicação no Estado do 
Pará tem uma das alíquotas mais altas do Brasil. Mas, sabe-se que a comunicação 
como, telefone e internet, não deveriam ser considerados supérfluos pois, são 
serviços essenciais para a população hoje em dia. Hoje, grande parte da população 
utiliza smartphones, tablets, e até mesmo computador. Cremos que os serviços 
citados cabem ao gênero de primeira necessidade, pois não se consegue mais ficar 
sem esse artifício nas residências e empresas. 
 Parece que nos cabe o esforço de um amadurecimento e uma consciência de 
que todos esses recursos devem atender efetivamente a uma mudança. Somente 
uma proposta encaminhada ao Governo como uma solicitação para minimizar o 
tributo, pois senão continuaremos pagando por um serviço essencial, um valor muito 
mais alto. E que, sai perdendo somo nós. As diferenças de alíquotas existentes no 
país resultam em distorções incompatíveis com o panorama econômico atual. 
 
17 
 
4 – CONCLUSÃO 
 Com os estudos dirigidos sobre ICMS verificamos que a partir da Lei 
complementar 87/1996 este imposto consolidou-se como a principal fonte de receita 
dos estados. Tal tributo objeto do presente trabalho, tem 26 regulamentos diferentes 
entre si, um para cada unidade da federação, todos com alterações semanais, 
quando não alterações diárias em sua redação. Este trabalho mostrou o nascimento 
do ICMS em seu histórico e sua evolução demonstrando as peculiaridade da 
incidência do ICMS no estado de PA em relação a Prestação de Serviço de 
Comunicação Multimídia, conforme é regido pelo RICMS/PA - Regulamento do 
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços do Estado do Pará, 
especificou-se qual o fato gerador paraa incidência do imposto, como efetuar o 
calculo, e qual o modelo de Nota fiscal é utilizado, o local da prestação de serviço e 
as penalidades ao contribuinte por não cumprir com as normas. Observou-se, a alta 
alíquota cobrada, instituída no Capítulo VII, art 20 – RICMS-PA, não somente no 
estado do Pará, mas em todo o Brasil como discutimos anteriormente o serviço é 
considerado Supérfluo por isso a porcentagem é de 30% considerável absurda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro, Rio de Janeiro: Forense, 2010. 11ª 
ed., p. 366-434; 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário: ideal para concursos públicos, São 
Paulo:Saraiva, 2009., 1ª ed., p.; 939-964; 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Art. 155 § 2º, XII, "a"; Lei 
Complementar nº 87/1996, art. 4º, caput 
Disponível em <https://jus.com.br/artigos/32596/icms-imposto-sobre-circulacao-de-
mercadorias-e-prestacao-de-servicos > artigo, consultado em 09/09/2017 
Disponível em < http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_ 
leitura &artigo_id=10516 > consultado em 10/09/2017 
Disponível em < https://www.valortributario.com.br/tributos/icms/ > consultado em 
10/09/2017 
Disponível em < https://www.semas.pa.gov.br/wp-content/uploads/2015/11/ 
legislacao/estadual/dc2001_c4676.pdf > consultado em 12/09/2017 
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