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A vida e principais ideias de Jeremy Bentham

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A vida e principais ideias de Jeremy Bentham.
Nascido no dia quinze de Fevereiro de 1748, em Londres, Jeremy Bentham teve uma vida dedicada plenamente aos estudos do Direito e da Filosofia. Ele iniciou seus estudos aos doze anos de idade, por influência de seu pai um grande advogado na época, foi estudar em Queen’s College, onde bacharelou-se aos quinze anos. Logo depois ingressou na Lincoln’s Inn, onde se preparava para prática do direito. Apesar de sua afinidade com o direito Jeremy ficou desmotivado após assistir algumas aulas do professor William Blackstone, onde ele imediatamente detectou falhas do sistema legislativo. Foi então que Jeremy decidiu ao invés de praticar a lei, escreve sobre ela. Reformulando e codificando o Direito Civil e Penal, assim como elaborando um sistema de jurisprudência. Por acreditar que o Direito deveria ser acessível a todos, ele repudiava a arbitrariedade e imprevisibilidade do sistema Common Law da época. 
Após a morte de seu pai, Jeremy herdou sua fortuna e fico financeiramente estável por muito tempo, podendo produzir tranquilamente suas obras, na cidade de Westminster. Ele produzia de dez a vinte manuscritos por dia. Seu primeiro livro foi “Um fragmento sobre o governo” onde criticava o antirreformismo e a teoria do direito conservadora de William Blackstone . Mas fez sua fama pela Europa e América no ano de 1789, quando publicou o livro “Uma introdução aos princípios da moral e da legislação”, onde discorreu sobre os importantes temas: “O prazer e a dor”, onde diz que existem duas causas eficientes para a ação, positivamente a busca pelo prazer e negativamente a fuga da dor (Jeremy os denominou senhores soberanos), que fundamentaram “O Princípio da Utilidade”. O princípio da utilidade defende a ideia de que a sociedade precisa pensar em termos racionais e coerentes em relação ao bem comum e felicidade, tentando proporcionar o máximo de prazer e o menor desprazer ao maior número possível de indivíduos. Jeremy dizia nesse contexto que a felicidade podia ser calculada, sendo assim seria possível guiar a conduta governamental. Sua ideias criaram uma ferramenta para verificar se uma decisão governamental era reta, desenvolvendo assim uma teoria utilitarista da boa legislação, além disso influenciaram o liberalismo clássico, caracterizando a economia e as reformas da administração publica do século dezenove. 
Jeremy sempre será associado a doutrina do Utilitarismo e o principio da felicidade para o maior número de pessoas. Mas ele também foi o primeiro a produzir uma justificativa utilitarista para a democracia, além de escrever sobre suas ideias para uma reforma no sistema penitenciário da época, religião, assistência financeira para os pobres, direito internacional, a liberdade do divorcio, e o bem estar animal. Sempre sendo um visionário além de seu tempo, ele também defendia a descriminalização da homossexualidade e o poder de voto a todos os cidadãos acima de dezoito anos. Jeremy também ficou conhecido como um ótimo economista e até foi chamado de discípulo de Adam Smith, mesmo discutindo a logica de seus princípios, quando escreveu “Defense of Usury”, enquanto visitava seu irmão Samuel Bentham, na Russia. Nesse livro Bentham afirmava que cada individuo era o melhor juiz de sua própria vantagem, e sendo assim do ponto de vista público ele deveria busca-lo sem obstáculos e não havia motivo para limitar a aplicação dessa doutrina em matérias de empréstimos de dinheiro com interesse.
Seus escritos continuam até hoje sendo utilizados em diversos debates e ensinamentos acadêmicos, principalmente nas áreas de política social, positivismo jurídico e economia do bem-estar.
Jeremy Bentham morreu no dia 6 de Junho de 1832, por sua vontade, seu corpo foi dissecado por seu amigo cirurgião, Thomas Southwood Smith, e seu esqueleto foi preservado. 
Fonte: Cicero Araújo*
Bentham, o Utilitarismo
e a Filosofia Política Moderna
JEREMY BENTHAM E A CONSTITUIÇÃO DO CONCEITO DE
DIREITO NO PENSAMENTO JURÍDICO MODERNO.
Christian Fernandes Gomes da Rosa*

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