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Aula 03

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O Cuidar e o Educar
CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRATICA DE ENSINO NAS CRECHES E EDUCAÇÃO INFANTIL  
 ADELAIDE REZENDE DE SOUZA
Rio de Janeiro, de agosto de 2011
A educação infantil caracterizou-se, historicamente, pelo assistencialismo, reduzindo-se a um espaço essencialmente de cuidados com a criança. O que estamos chamando de cuidados está relacionado especificamente ao corpo: dormir, comer, dar banho...
 Com o passar dos tempos, e algumas mudanças ocorridas nas tendências educacionais, passou a ser considerada e entendida como um processo educativo. Educar como atividade relacionada à atividades pedagógicas.
 Vale destacar, que essa separação original dessas duas ações gerou dois modelos inadequados: cuidar – atividade ligada meramente ao corpo e destinada às crianças pobres, e o educar - como experiência de promoção intelectual reservada aos filhos dos grupos socialmente privilegiados.
 
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Educar de modo indissociado do cuidar é dar condições para as crianças explorarem o ambiente de diferentes maneiras (manipulando materiais da natureza ou objetos, observando, nomeando objetos, pessoas ou situações, fazendo perguntas etc) e construírem sentidos pessoais e significados coletivos, à medida que vão se constituindo como sujeitos e se apropriando de um modo singular de formas culturais de agir, sentir e pensar. Isso requer do professor ter sensibilidade e delicadeza no trato de cada criança, e assegurar atenção especial conforme as necessidades que identifica nas crianças. P.10 (MEC, 2009)
PARECER HOMOLOGADO em 9/12/2009:
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Quando se tira da criança a possibilidade deste ou aquele espaço da realidade, na verdade se está alienando-a da sua capacidade de construir seus conhecimentos. Porque o ato de conhecer é tão vital quanto comer ou dormir; e eu não posso comer por alguém, (FREIRE, 1983, p. 36).
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O cotidiano de Escola Infantil tem de
prever momentos diferenciados que 
certamente não se organização da
mesma forma para crianças maiores
e menores. 
Há diversos tipos de atividades envolverão a formação diária das crianças e dos adultos: o horário da chegada, alimentação a higiene, o repouso, as brincadeiras- os jogos diversificados como o faz de conta, os jogos imitativos e motores, de explicação de materiais, gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto e pelo outro.
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A importância dos cuidados com o corpo, envolvendo:
a higiene, o sono e a alimentação como parte fundamental do processo educativo das crianças
Banho:
 Temperatura da água e ventilação
 Para crianças de até 2 anos banheiras, 
bancadas ou mesas de troca de roupa e fralda
 Chuveiros adequados para a quantidade de criança 
 Entre os 2 e 3 anos as crianças já devem ter conquistado maior autonomia para se movimentar e iniciar o uso de sabonetes e esponjas sozinha.
 Nessa fase ela ainda está aprendendo a controlar seu xixi e cocô e podem acontecer situações em que mesmo tentando ela não vai conseguir.
Banhos Coletivos ou Individuais?
A questão polêmica sobre separar meninos e meninas na hora do banho deve ser discutida com os educadores e famílias.
 Em várias culturas o banho coletivo é um habito. A malicia é algo que a criança aprende com adulto, não sendo um comportamento próprio dela.
 Ter a oportunidade de descobrir as diferenças físicas entre meninos e meninas pode ser um momento rico para a aprendizagem.
 O confronto entre os sexos e as perguntas que surgem podem fazer parte dos projetos psicopedagógicos dos educadores, na hora do banho.
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 Alimentar-se envolve tradições como: por a mesa, compartilhar, degustar, 
trocar ideias e admirar a qualidade dos alimentos que ali estão. Isso envolve tempo e disponibilidade para compartilhar esses momentos na companhia das crianças. Em uma relação de igualdade onde os alimentos sejam para todos, sem distinção de adultos e crianças.
O homem, ao contrário dos outros animais, não come somente para matar a fome. Come para estar com amigos. Para festejar, fechar negócios, despedir-se. O homem come para cultuar. A comida tem um significado social. (PIOTTO, FERREIRA, PANTONI, 2002, P.126)
Nana Nenem
O momento do sono muitas vezes é percebido como um castigo para as crianças e para os educadores. Ele deve ser planejado e organizado a partir de muitos detalhes que promovam o conforto e bem estar das crianças.
Escovar os dentes antes de dormir
 Estar vestido confortavelmente
 Pegar suas chupetas, paninhos...
 Colchões arrumados antecipadamente
 Músicas clássicas
 Cortinas fechadas
 Muito afeto e carinhos 
 Acordar dentro de um ritmo tranquilo com respeito ao ritmo individual.
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Valorizar a educação das emoções e do afeto como parte tão importante quanto a construção de conhecimentos
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Identificar a organização da rotina e do ambiente como aspectos fundamentais para estimular e favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem, a autonomia e a criatividade das crianças
horários bem organizados para facilitar a rotina
 altura adequada dos murais e das estantes
 o tamanho dos móveis e a disposição
 deles nas salas 
 o oferecimento de ambientes externos
 e internos
 contato com a natureza
BRINCADEIRA
A brincadeira é uma das atividades essenciais para o desenvolvimento de uma infância saudável, e uma instituição de educação infantil que é responsável pela formação integral da criança deve planejar formas diferenciadas que permitam a expressão do lúdico de diferentes maneiras. Um dos aspectos fundamentais que deve nortear essa organização é a consideração das diferentes faixas etárias: 0 a 3 anos e 4 a 5 anos.
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Perceber a construção de um planejamento para que as brincadeiras ocorram de formas diversificadas como parte essencial de um trabalho de qualidade
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Pensar o espaço como gerador da experiência representa o sinal de uma atenção de escuta das necessidades das crianças que antecipa – e, no entanto, apoia – o cuidado da relação e da interação do adulto com as crianças dentro do contexto educacional. FORTUNATI (2009) 
Brincar ao ar livre
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a partir dos 4 a 5 anos, é esperado que as crianças já tenham adquirido alguns hábitos de independência e autonomia. Portanto, expressam curiosidades e interesses por vários aspectos: sexualidade, língua escrita, testam os limites estabelecidos, possuem laços de amizades, entre outras conquistas alcançadas. Nesse ponto o educador deve oferecer atividades que:
 Incentivem a alfabetização e o letramento de formas lúdicas e significativas.
 Atividades que ajudem as crianças a refletir sobre as consequências de suas ações.
 Planejar atividades que esclareçam as curiosidades ligadas a descoberta do corpo e a diferença entre os gêneros.
 Oferecer conhecimentos relacionados a matemática, ciências, artes e a leitura e escrita.
DIFERENTES IDADES 
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Cuidar e Educar as crianças de forma integrada exige a cumplicidade a todo momento de adultos e crianças. Os adultos devem proporcionar espaços de ação e compartilhamento em que todos possam interagir trocando experiências significativas em que “corpo” e “cabeça” não sejam percebidos separadamente, mas com o mesmo valor.
 As crianças devem ter acesso a saúde e higiene, tanto quanto aos conhecimentos do mundo e de sua cultura.
 Os profissionais de creches e instituições de educação infantil devem buscar planejar o cotidiano procurando respeitar as individualidades, bem como as necessidades especificas de cada faixa-etária. 
Afetividade e compreensão devem ser requisitos básicos na constituição de qualquer profissional que tenha o desejo de trabalhar com crianças.
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