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Aula 05

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O Brincar na Educação Infantil
CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRATICA DE ENSINO NAS CRECHES E EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 ADELAIDE REZENDE DE SOUZA
O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana. (HUIZINGA , 1999. P.33)
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A brincadeira permite ao ser humano transitar entre mundos opostos, no limite entre a realidade e a fantasia. O real e o imaginário se misturam abrindo a possibilidade de criação que instiga o ser humano a viver com mais energia e alegria, encarando suas dificuldades com mais leveza.
 O bebê desde seus primeiros meses de vida, é capaz de reagir com um sorriso após uma interação lúdica,, tal como uma voz que expresse alegria em um tom mais suave, a reação dele demonstra a capacidade humana de responder a esse tipo de estímulo desde os primeiros meses de vida.
Pontos Importantes: 
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o brincar tem sido apontado por vários autores como um dos comportamentos principais da infância. As crianças quando brincam desenvolvem habilidades motoras, cognitivas, sociais e afetivas. Contudo, na educação infantil a brincadeira precisa estar presente como uma atividade importante em si mesma. 
 é necessário garantir espaço e tempo para as crianças brincarem sem que necessariamente tenham que atingir algum objetivo antes, durante ou depois da atividade.
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Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;	 
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
ECA – Brincar é Direito!
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reconhecer o brincar como atividade essencial na infância;
 identificar as diferenças das atividades lúdicas para crianças de 0 a 3 anos e 4 a 5 anos;
 articular e integrar conhecimentos, através de atividades lúdicas;
 reconhecer as diferenças entre as brincadeiras de faz de conta e o jogo com regras;
 criar condições no planejamento da rotina da creche para que o brincar ocorra;
 valorizar a brinquedoteca como espaço essencial nas creches e escolas de educação infantil.
Aspectos fundamentais que devem ser garantidos:
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Jogo de Exercício - Caracterizam a fase que vai desde o nascimento até o aparecimento da linguagem.
Os Jogos de exercício têm como finalidade o próprio prazer do funcionamento: por exemplo, quando a criança empurra uma bola, vai atrás dela, volta e recomeça, ela o faz por mero divertimento. Caracterizam a fase do desenvolvimento pré-verbal. 
 Jogo Simbólico - Caracterizam a fase que surge com o aparecimento da linguagem
O símbolo implica a representação de um objeto ausente (comparação entre um elemento dado e outro imaginado).
Piaget - Jogo de Exercício, Brincadeiras de Faz de Conta e Jogos com Regras 
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Jogo de Regras 
A regra substitui o símbolo e enquadra o exercício quando certas regras sociais se constituem.
As regras podem ser transmitidas (repassadas de geração a geração) ou espontâneas (de natureza contratual e momentânea).
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 O jogo é essencialmente desejo satisfeito originado dos desejos insatisfeitos da criança que se tornam afetos generalizados.
 Quando pequena o brincar da criança é imaginação em ação, nos adolescentes é o brinquedo sem ação - imaginação.
 Não existe atividade lúdica sem regras:
 O Jogo de faz de conta possui imaginário explicito e regras implícitas na cultura.
 O Jogo de regras possui regras explicitas e o imaginário implícito.
Vygotsky – o papel do brinquedo no desenvolvimento
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O Jogo é crucial para o desenvolvimento cognitivo, pois na brincadeira a criança pode brincar com o sentido que ela dá ao objeto e não com o significado do objeto em si.
 Ela se descola de um pensamento concreto, ligado objetivamente ao significado do objeto, e dá um salto qualitativo em sua forma de pensar aumentando a sua imaginação dando ao objeto novos significados relacionados a sua cultura passando ao pensamento abstrato.
 Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – O brincar cria zona de desenvolvimento proximal, pois no brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade.
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Anomia – Fase dos primeiros anos de vida em que a criança não compreende o valor das regras, ou seja, não e capaz de compreender as regras nem para o seu bem estar e proteção. 
Heteronomia – nesta fase ela compreende as regras, mas só as obedece porque teme desagradar quem as construiu.
Autonomia – uma fase em que o sujeito e capaz de construir e respeitar as regras porque compreende a sua importância para o bem estar da comunidade. Nesta fase o sujeito aprende a conviver com consensos e divergências, aceita opiniões diferentes das suas e respeita os valores mutuo, da dignidade, do dialogo e da solidariedade
Piaget - a construção da Moralidade na Infância e o brincar
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Cidadania é ter o direito de escolha!
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