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CASOS CONCRETOS PENAL IV

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CASOS CONCRETOS - PENAL IV
1- Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Sim, é considerado funcionário publico propriamente dito de acordo com art 327 CP, pois foi nomeado pelo Juiz.
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada.
Praticou delito de corrupção passiva, sendo a conduta de solicitar de natureza formal, crime consumado.
2- Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Desacato : o funcionário publico é ofendido no exercicio da função ou em razão dela.
Resistência: opor se a execuão de ato legal mediante violência ou ameaça ao funcionário publico.
Desobediência : é descumprir, nao obedecer a ordem legal de funcionário publico.
 b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada. Crime de resistência, do art 329 CP pois agrediu ao funcionário publico visando garantir sua fulga, sem prejuizo de eventual aplicação de pena relativa aos crimes de lesão corporal.
3- ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
 a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Errada, é crime de favorecimento real, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo apos o cometimento do roubo por parte de Arnaldo, nao havendo concurso de pessoas.
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO.
Não, devendo ser feito uma analogia ao disposto no art 180 §4° que prevê coautor do crime, é punido ainda que impunivel ou desconhecido o autor do crime precedente.
4- A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura. Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às questões formuladas:
 a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Latrocínio, art 157 §3° parte 2 o crime é consumado mesmo nao havendo subtração da coisa, de acordo com a sumula 610 STF.
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? 
O motoqueiro sendo reincidente ele poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenada, com base na lei 8072/90 art 2,§2°.
5- ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta. 
Incorreto, Romoaldo deve ser responsabilizado pelo crime de tortura castigo, tendo em visto que ele causou sofrimento fisico com dolo de castigar a criança e nao de disciplinar e educar. 
6- LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput,da Lei n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: 
(i) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; 
Não se aplica tal principio pois de acordo com lei 11343/06 o bem juridico tutelado é a saude publica de modo que a mesma quantidade de drogas ainda que para consumo pessoal, nao é insignificante para o bem.
(ii) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso. 
Não ocorre a desclassificação , pois as circunstâncias ( droga no saquinho e dinheiro) indicam que havia situação de traficância,mercância de drogas com base no art 28 §2° da lei antidrogas.
7- Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial,no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. 
A defesa deve alegar coação moral irresistivel sofrida por Astolfo que tem natureza de excludente de culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa, desta forma pugnando pela absolvição dele que nao sendo deferido ainda poderia pugnar o reconhecimento do trafico privilegiado.
b) Á conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
Não, em se tratando de tráfico privilegiado o STF e STJ entendem nao serem equiparados a hediono.
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade?
Sim, de acordo com art 44 da lei antidrogas que trata da vedação, substituição da PPL por PRD, foi declarado incostitucional pelo STF, apos resolução de numero 5 do senado.

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