Buscar

Ficha 2

Prévia do material em texto

� EMBED Word.Picture.8 ����UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Area das Ciências Humanas��
Neste resumo iremos encontrar como a monarquia hispano elabora suas reformas barbónicas, reformas essas que surgiram pela necessidade de aumentar a defesa colonial, para obter um maior controle e para um maior crescimento econômico.
Essas novas politicas foram efetuadas por uma nova dinastia, que passou a governar o império no começo do século, os chamados Borbones.
A implementação dessas novas politicas foram diferentes em cada região, mas podemos notar em toda a intensidade das autoridades sobre os grupos sociais e até mesmo entre eles.
Temos diferentes opiniões sobre essas reformas:
Há historiadores que defendem a ideia de que essas reformas foram uma verdadeira revolução deste governo e uma autentica reconquista burocrática da América, após um século de relaxamento das relações coloniais.
Outros historiadores viram nas reformas uma tentativa fracassada de reforçar a dominação colonial. Mas há o consenso de que essa foi à maior organização do império colonial desde o século XVI. Essas reformas não eram de exclusivamente do povo espanhol, como podemos ver na citação abaixo: 
“No se trataba de um fenómeno exclusivamente español, pues los demás impérios también introdujeron reformas como resultado de La intensa competência entre las principales potencias européias.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.177).
Essas inovações, não fizeram parte de um plano previamente elaborado, como podemos notar na citação do autor:
“... las innovaciones no fueron parte de um plan previamente elaborado sino que se fueron definiendo a tráves de iniciativas que tuvieron ritmos desiguales y muy disímil capacidad de ejecución.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.177).
As reformas atingiram seu auge no reinado de Carlos III (1763-1788) na presença do ministro José de Galvez na Secretaria das Indias (1775-1787). A queda das reformas barbónicas ocorreu durante o reinado de Carlos IV (1789-1808), a decadência das reformas ocorreu pelo fato da Espanha, que deu inicio a Revolução Francesa, ter descartado a capacidade imperial. Em consequência, as reformas acabaram desintegrando o império. Durante o século XVIII as autoridades compartilhavam a ideia de que os domínios coloniais deveriam funcionar efetivamente como colônias. Para isso era necessário modificar o modo que se governava e transformar o regime de consenso e negociantes que haviam sustentado a fidelidade as elites coloniais, tornando-se também necessário uma burocracia mais centrada e menos focada aos grupos coloniais dominantes. 
As reformas tinham por objetivo buscar uma maior centralização do poder. Na Guerra dos Sete Anos podemos ver o quão necessário se fazia essa centralização, pois os britânicos queriam tomar posse de La Habana e de Manila. De acordo com o autor:
“La Guerra de los siete Años (1756-1763) demostró La imperiosa necesidad de apurarlas, pues los británicos habían logrado apoderarse de La Habana y de Manila.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.178)
Se analisarmos essa citação veremos que não é por acaso que a primeira intendência americana foi instalada em Cuba no ano de 1764. Passou-se então a fazer com que alguns pontos de defesa cobrissem não somente uma parte e sim um todo.
Para montar esse sistema foram escolhidos oficiais de máxima formação (exercito real e a força armada) sem duvida esse é o núcleo mais burocrático e sólido do império. Para obter tal controle houve um investimento militar e uma transferência de recursos que vão do México hacia Cuba, Puerto Rico, Florida y Filipinas, desde Bogóta Hacia Cartagena de Indias y desde Potosí hacia Buenos Aires u Montevideo.
Podemos ver através da citação á baixo, que a reforma começou em Cuba no laboratório de Vincinato de La Nueva España, que foi o principal domínio colonial espanhol do século XVIII.
“Si bien la experiência reformista se inició em Cuba, El gran laboratório fue El Virreinato de la Nueva España, El principal dominio colonial español del siglo XVIII.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.178)
O Rio de La Plata também cobrava uma importância das autoridades imperiais e foi na expedição militar enviada pela Coroa (mando de Pedro Cevallos em 1776) que se transformou em uma iniciativa para organizar um novo Virreinato. 
As reformas barbonicas não podiam deixar de afetar os interesses eclesiásticos, uma vez que a centralização politica se expressou também a um regalismo, o momento em que podemos notar esse sistema politico, é através da expulsão da campanha Jesus de todos os territórios imperiais, 1767. Depois disso vários fatores foram envolvidos, entre eles o maior grupo de pessoas que estariam contra esta política (regalismo) também foram expulsos, de acordo com o autor:
“Detrás de esta decision se movieron múltiples factores, entre ellos, la expulsión barria com El mayor grupo de oposición a la política regalista.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.179)
Até esse momento a companhia era um aliado da monarquia hispana e a sua pregação servia para contrair o edifício ideológico e simbólico, (pois eles se viam como católicos). Mas durante o século XVIII entraram em contradição referente as pretensões regalistas.
O regalismo barbonico, entrou em conflito com alguns componentes chaves do profetismo jesuíta. Três questões foram fundamentais:
- O primeiro se tratava de buscar uma obediência completa do clero ao rei, e alguns catecismos cívicos, também foram exemplificados no final do século.
- Em segundo lugar era preciso banir a teoria que justificava o tiranismo.
- E em terceiro lugar era preciso afirmar um novo conceito de lei que tende a ratificar a vontade real frente à centralidade que gozavam os costumes locais.
Com um novo conceito politico a monarquia não buscava legitimação em sua missão, buscavam encontrar argumentos em fins mais terrestres, pragmáticos e utilitários. A prosperidade do reino era acompanhado sem deixar de lado a importância do bem comum, e a valorização dos habitantes era tão importante quanto a religiosidade. Conforme o autor nos apresenta:
“La prosperidad Del reino acompañaba sin desplazar a la meta Del bien común, y la utilidad de SUS habitantes se postulaba como um valor tan iportnte como su religiosidad.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.181)
A Coroa teve colaboração do clero e de outras ordens, que consideraram uma boa oportunidade para expor suas idéias após a expulsão dos jesuítas.
Mesmo com toda essa “força” da política eclesiástica, não se fortaleceu o papel do clero regular, o que teve mais ênfase, foi o clero secular.
As relações entre os jesuítas, a elite e as autoridades tem uma força fundamental no mundo rio-platense, pois foram decisivos para assegurar as fronteiras, e subjugar os vicinos rebeldes de Asuncion, 1736. Por outro lado o peso da companhia era notável na corte. Provavelmente essa participação teve uma influencia maior na Real Cédula de 1743, que consagrou os privilégios tributários e organizativos das missões guaraníes.
O tratado das Coroas portuguesa e espanhola de 1750 e 1751, tinham por objetivo, definir novos limites imperiais, que complicou na transferência de sete povos missionários, mas houve resistência indígena e a frente dos indígenas nesta luta, estava o cacique Nicolás Neeñgurú. De acordo com o autor:
“... pero la resistência indígena adoptó la forma de un levantamiento encabezado por El cacique Nicolás Ñeenguirú, quien enfrento a los destacamentos militares de ambos impérios.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.181)
“Aunque la invesgación jesuíta nunca fue fehacientemente probada, y a pesar de que las evidencias sugieren que los misioneiros intentaron contecer el levantamiento, su virulência era prueba para muchos del fracaso del experimento, jesuitas y mostraba que la Compañía era uma suerte de estado autónomo dentro Del império, com índios más leales a Ella que a la Corona.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.181)
Também podemos notar nesta citação a presença de missionários estrangeiros que no final da década de1750 representavam um terço da população. O primeiro passo então foi à proibição desta pratica e a outra foi a expulsão da Companhia de todos os territórios de domínio espanhol. Esta nova ordem chegou ao Rio de La Plata um mês depois da sua execução. Embarcaram então todos os membros da ordem rumo à Espanha e os bens da Companhia foram confiscados e entregues a administração estatal. (Juntos de Temporalidade).
Em 1776 o império tomou a decisão de separar as importantes jurisdições do velho Virreinato de Peru, e construir um novo em Buenos Aires, este novo vice reino chegaria a uma fase de intenso crescimento e se transformaria no estatal das crises imperiais, em um dos bastões mais firmes do movimento revolucionário. Foram os mineiros do alto peru que financiaram esta estrutura de vice reino, pois eram eles que administravam a maior parte dos recursos fiscais, e notaram o triunfo dos comercializastes do porto do Rio de La Plata, frente aos seus competidores de Lima.
Com esse novo porto, podemos notar praticas ilegais antes toleradas, com o trafego se fez necessária a criação da Real Aduana, em Buenos Aires e em Montevideu. Conforme o autor: 
“La designación de um virrey era tan solo El primer paso; la estructura de gobierno virreinal se completo em los años seguintes: La habilitación completa Del puerto de Buenos Aires al comercio intercolonial com El Reglamento de Libre Comercio entre España e Indias de 1778 trajo consigo la legalización de prácticas anteriores toleradas notable incremento Del trafico y la constitución de um dispositivo administrativo com la instalación de la Real Aduana em Buenos Aires y em Montevideo.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.186)
Em 1786 se organizou o primeiro estoque de tabacos, uma entidade estatal que tinha por objetivo regularizar os cultivadores, e monopolizar a elaboração e a comercialização.
No ano de 1782, ocorre à derrota dos insurreccionales indígenas que sacudiram o império colonial dos Andes, o território do vice reino foi dividido em oito províncias, que na época designava as grandes unidades administrativas que ainda possuia o mesmo sentido que adquiriu na era pós-revolucionaria. Esta decisão viria a modificar o esquema politico colonial, pois teriam novos homens no topo do poder de cada região.
Reformas e rebeliões 
Em 1780 a ordem colonial foi ameaçada nos Andes por uma série de movimentos, cada um com sua própria dinastia e característica, como podemos ver abaixo:
“El 4 de noviembre de 1780, El corregidor Antonio de Arriaga fue ahorcado públicamente em la Plaza de Tungasuca, en um movimiento dirido por El jefe indígena José Gabriel Condorcanqui.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.188)
As rebeliões se deram em vários lugares, mas não podemos afirmar que as reformas barbónicas são as respostas para toda essa agitação, temos que analisar o que o povo andino vinha implantando desde muito tempo. Mas podemos dizer sem duvidas, que a distribuição forçada dos bens e dos corregedores em 1750 fez nascer o ódio das rebeliões. Por outro lado a duplicação das taxas sobre as vendas, a multiplicação da Aduana, os oficiais que tinham por objetivo impedir o tráfico da prata potosina do Peru, tiveram medidas que afetaram seriamente o circuito mercantil dos indígenas.
Las reformas y las elites coloniales.
O sistema politico imperial durante dois séculos se baseava num consenso que o império tinha com os grupos das elites coloniais, era de certo modo um delicado equilíbrio entre os requerimentos metropolitanos, dos interesses das elites locais e as reformas dos grupos sociais subalternos. Viviam em um constante sigilo de negociações, no qual a autoridade politica era dotada de uma frágil estrutura burocrática, que deveria lutar e arbitrar entre as redes que colocavam nas facções, que dividiam as elites.
As reformas queriam romper esse equilíbrio, particularmente a instauração de intendências, por isso introduziram uma nova hierarquia nas cidades que alteravam as situações vigentes. Como podemos notar a seguir: “... em um primer nível quedaba la capital virrenal, que a la vez fungía de capital de su própria intendência; em segundo nível se situaban las cabeceras de intendências; por último, quedaban las ciudades subordinadas.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.192)
E com essa nova hierarquia os cabildos se viram limitados em sua autonomia, pelos intendentes e subdelegados, e o que o cabildo esperava na verdade era exercer um poder maior sobre a população.
E como foi a dinastia na capital de Virreinato?
No ano de 1760, na cidade de Buenos Aires, o cabildo decidiu o poder com um quadro burocrático que praticamente se reduzia ao governo, ao comandante do presidio e ao bispo. Satisfeito com sua contribuição, que haviam enfrentado o cabildo de Santa Fe para afirmar a sua jurisdição e também foi a campaña bonaerense que limitou o poder do outro cabildo que ali existia desde 1756 na Villa de Luján.
Com essa transformação de cidade para capital Virreinal, as coisas mudariam radicalmente para os porteños, que estavam acostumados com sua margem de autonomia. E foi em 1776 a 1810 que surgiram os primeiros conflitos com as autoridades, que forçaram os funcionários virrenales a varias negociações. 
A organização do vice reino e a qualificação do porto de Buenos Aires, referente ao trafego direto aos portos espanhóis, não foram às únicas medidas que facilitaram a formação de novos grupos mercantis que possuíam um papel decisivo sobre os comerciantes que estavam chegando às diferentes regiões da Península.
 O mercúrio era a entrada para mineração, e ele também determinava de certa forma a produção. E como a produção nas minas de Huancavelica era insuficiente, a Coroa começou a subsidiar o mercúrio desde as minas de Amadém na Andalucia e com isso reduziu seu preço de venda.
Em 1778 essa mercadoria foi descarregada em Buenos Aires, e o tráfico desta mercadoria passou a ser legal, fato esse contribuiu para a instalação de asentistas de mercúrio, comerciantes que obterão o monopólio do abastecimento deste produto e com isso também conseguiram uma parte do acesso a prata de Potosi. Em conseqüência de toda essa mudança ouve a queda do mercado de Buenos Aires.
Outra participação importante foram os escravos vindos da África, essa entrada de escravos já ocorria desde o inicio do século, quando os ingleses e franceses permitiram a instalação de asientos negreiros em Buenos Aires. O tráfico de escravos era feito de uma forma passiva, compravam os escravos no porto e revendiam nos mercados internos.
Em 1780 surgiram novos protagonistas e a liberação do tráfico negreiro impulsionou alguns comerciantes de Buenos Aires e Montevideo a obter licenças de importação, para realizar um comercio ativo. Eles também passaram a exportar outros produtos, (carne, couro, frutas) e com isso a distância entre a elite mercantil de Buenos Aires e os produtores rurais diminuiu.
Em meados de 1790 parecia que Bueno Aires se tornava um núcleo mercantil inovador e bastante autônomo.
Podemos perceber que o mundo da elite viveu um processo de ampliação e renovação que precedia e acompanhava as reformas. 
Outro aspecto a ser considerado é a ficção que introduziu no seu interior as reformas e a difusão de novas ideias, noções e valores. E são essas doutrinas que em boa medida buscavam a mesma burocracia imperial, esse foi um dos principais motivos para a expulsão da Compañia de Jesus. Outro possível vínculo para essa transformação foram os indivíduos que haviam estudado na Europa.
Os ideólogos da reforma compartilhavam a ideia de que a sociedade poderia ser modelada desde o Estado, e que a autoridade poderia ser uma arquitetura politica que deveria criar regras racionais de comportamento e formalizar relações e ordená-las.
Começava assim uma nova sensibilidade sobre essas pessoas, algo mais “civilizado” e mais “urbano”. Estavam assim dispersando as elites do vasto império, as quais tinham uma grande influencia jesuíta.
As reformas não transformavam tanto a sociedade, mas sim a sua economia,sua cultura e seu estilo de vida, como diz Halperin Donghi: 
“Las reformas habían renovado menos a esta sociedad que lo que había transformado su economia y, sobre todo, su cultura y su estilo de vida.”
(FRADKIN,GARAVAGLIA, 2009,p.198)
- As novas instituição e autoridade da monarquia reformadora parecem ter empregado uma nova hierarquia que tomou um novo modo de vida para aquele povo.
Fonte: FRAKDIN, Raúl Osvaldo.,GARAVAGLIA, Juan Carlos., La Argentina Colonial.El Rio de la Plata entre lossiglos VXI y XIX.Buenos Aires: Siglo XXI, 2009, pp.177 – 198.
	
Trabalho referente ao capitulo 8 Las reformas borbónicas y el Virreinato del Rio de la Plara na obra “La Argentina colonial”.
Local: São Leopoldo/2013
_993628425.doc

Outros materiais