Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR E AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Centro Universitário Estácio do Ceará Unidade: Via Corpvs Disciplina: Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR Desnutrição ou má nutrição é o estado nutricional do indivíduo caracterizado pela ingestão insuficiente de energia, micronutrientes e proteínas que resulta de complexa interação entre a sua alimentação, condições econômicas, estado de saúde e condições sociais em que vive (OMS, 2005) Estado de deficiência de energia, proteína ou outro nutriente específico, que produz um alteração mensurável na função corporal, sendo associada com uma pior evolução da doença e reversível com a terapia nutricional (Allison, 2000) Europa Clínico 22 a 30% Europa Cirúrgico 17 a 50% EUA Clínico 44 a 48% EUA Cirúrgico 50 a 65% Brasil* Clínico 57% Brasil* Cirúrgico 39 a 53% * 1996 PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR Local Tipo Prevalência Efeitos das Complicações e Desnutrição nos Custos Hospitalares NUTRIDO DESNUTRIDO Internação 4 8 Complicações --- + Evolução Alta Óbito Total de custos R$ 203,33 R$ 7531,80 Análise comparativa de custos estimados de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva segundo estado nutricional Correia, 2001 Desnutrição Hospitalar Diagnosticada durante a internação, nas primeiras 72 horas após a admissão, decorrente, parcial ou totalmente, de causas externas. DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR Após as 72h iniciais, considera-se desnutrição hospitalar, mais relacionada a uma deficiente oferta de nutrientes durante o tratamento Causas de Desnutrição DESNUTRIÇÃO Diminuição de ingestão Perdas de nutrientes Dietas modificadas Stress metabólico Jejum para exames Jejum PO Alteração do metabolismo dos tecidos Perda acelerada da função Perda massa corporal Recuperação e cicatrização mais lentas Competência imunológica diminuída Maior morbi-mortalidade Maior tempo de internação Maior consumo de medicamentos Maior custo hospitalar Desnutrição Hospitalar • Associação com: • Função imunológica • Musculatura respiratória • Retardo da cicatrização • Função renal Maior morbidade Maior mortalidade Maiores custos Consequências Tipos de Desnutrição Alimentação quan=ta=va ou qualita=vamente insuficiente em calorias e nutrientes. Ingestão de alimentos não suficiente: • necessidades energé,cas aumentadas • ingestão diminuiu ou absorção ineficiente PRIMÁRIA SECUNDÁRIA Tipos de Desnutrição ü Acompanhado por atrofia, com depleção de tecido adiposo e muscular. ü Há retardo no crescimento e no desenvolvimento físico. ü Geralmente são preservadas as funções viscerais essenciais. ü A principal característica dietética associada é uma baixa ingestão global de nutrientes, incluindo alimentos energéticos Crônica Tipos de Desnutrição ü Baixa ingestão protéica. ü A mobilização da gordura subcutânea é menor e menos estável ü Há patologia hepática evidente, acompanhada de edema em MMII. São freqüentes as lesões de pele e alterações de cabelo. ü A relação peso x altura é bastante baixa Aguda Fisiopatologia da Desnutrição • Fase inicial: Glicogenólise; • Proteólise à aa p/ gliconeogênese; • Lipólise à para poupar proteínas • Balanço nitrogenado neutro/positivo. • BN = N ingerido – N excretado • Liberação de hormônios catabólicos; • Catecolaminas; • Estímulo a síntese de proteínas de fase aguda; Diferença à não há mecanismos adaptativos para poupar ptn Desnutrição sem estresse Desnutrição com estresse Fisiopatologia da Desnutrição Na desnutrição ocorre depleção no pool de aminoácidos: desvio para produção energética Isso afeta a produção celular, diminuindo a produção de linfócitos, aumentando a suscetibilidade à infecção Afetam também o estado físico e mental do paciente, podendo levar à apatia e a depressão, prolongando seu sofrimento, o tempo de internação e os custos hospitalares. Desnutrição sem estresse Fisiopatologia da Desnutrição Com a ocorrência da desnutrição hospitalar, o estado geral do paciente e sua resposta ao tratamento serão afetados: Redução na massa de todos os órgãos, exceto o cérebro; Intestino: perda substancial de massa, seguida de atrofia da mucosa, favorecendo má absorção, má digestão e desenvolvimento da superpopulação bacteriana intestinal. Desnutrição com estresse SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO O mecanismo da hipofosfatemia associado à realimentação tem sido elucidado nos úl=mos anos, devido ao fato de ser a alteração de maior prevalência na Síndrome de Realimentação12,14,20,21,27. Com o uso de carboidrato como a fonte mais importante de energia durante a realimentação, a produção de insulina é es=mulada. O carboidrato com a insulina permite a entrada de glicose, fósforo, água e outros componentes dentro das células, assim como es=mula a síntese de proteína. A combinação da depleção dos estoques de fósforo corporal total durante o estado de catabolismo e o aumento do influxo do fósforo para o anabolismo durante a realimentação, leva a uma hipofosfatemia extracelular severa. Recomenda- se na nutrição parenteral, não infundir o fósforo separadamente da glicose e deve-se evitar dietas muito ricas em carboidratos13,14,15,20. A hipofosfatemia pode ocorrer em 24 a 72 horas após o início da terapia nutricional, mas pode retardar em 5 a 10 dias em indivíduos com estoques normais de fósforo15,21 SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO HIPOFOSFATEMIA ü fraqueza muscular ü cardiomiopa=a ü contra=lidade diafragmá=ca ü perturbação mental, parestesia HIPOMAGNESIA HIPOCALEMIA DEF. TIAMINA ü arritmia cardíaca ü desconforto abdominal, anorexia ü confusão, irritabilidade ü tremores, parestesia, tetania ü confusão ü distúrbio ocular ü tremores ü coma ü arritmia cardíaca, hipotensão ü confusão ü fraqueza muscular, paralisia ü depressão respiratória MONITORAR !!! • INGESTÃO ALIMENTAR DIARIAMENTE • PESAR 3X/SEMANA • ACOMPANHAR OS EXAMES BIOQUÍMICOS • DADOS ANTROPOMÉTRICOS Importância da avaliação nutricional... No ambiente hospitalar, o que se denomina “desnutrição” talvez seja determinado por diversos fatores e não só a falta de ingestão adequada de calorias, proteínas, macro e micronutrientes (ECHENIQUE & CORREIRA, 1998; BARBOSA-SILVA & BARROS, 2002) A meta é prevenir que a desnutrição chegue a ser um cofator importante na disfunção orgânica, influenciando na morbi- mortalidade Desnutrição no enfermo + Catabolismo / Hipermetabolismo = > Perda de Peso Importância da avaliação nutricional... Perda de peso > 30% ↓ > Significa=vo da morbi-mortalidade Desnutridos ↓ > Incidência de complicações > permanência hospitalar (GINER et al., 1996) Avaliação Nutricional • A avaliação do estado nutricional ainda não dispõe de padrão- ouro que propicie fazer diagnós=cos das alterações nutricionais com alto nível de eficácia • Dessa forma, é necessário u=lizar uma associação de vários indicadores para melhor precisão e acurácia do diagnós=co nutricional dos pacientes hospitalizados (ACUÑA et al., 2003; KAMIMURA et al., 2003) AN Técnicas de avaliação mais uYlizadas na práYca clínica Avaliação antropométrica Peso Altura AJ IMC Pregas cutâneas Circ. do Punho e Panturrilha CMB e AMB Circ. do Braço • Variam de acordocom a doença - lesões orgânicas e celulares Exames bioquímicos • Importan]ssimo para avaliar alterações pela doença Consumo alimentar • Muito importante na etapa de triagem nutricional (1ª fase) Exame bsico (SILVA & FÉLIX, 1998) Em UTI Exa=dão? Inúmeros obstáculos? (paciente / hospital) (RUFFIER, 1997) ObjeYvos da Avaliação Nutricional Ø Iden=ficar os distúrbios nutricionais Ø Possibilita intervenção nutricional adequada Ø Auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado de saúde Ø Monitorizar a eficácia da intervenção dietoterápica Métodos de Avaliação Nutricional Obje=vos • Antropometria • Composição corporal • Parâmetros bioquímicos • Consumo alimentar Subje=vos • Exame ~sico • Avaliação Subje=va Global (ASG) História nutricional completa do paciente ↓ Todos os fatores relacionados ao processo de determinação dos problemas nutricionais (KAMIMURA et al., 2014) Avaliação Nutricional QP HDA HDP H. Familiar H. Social Sinais e sintomas Perda de peso Alterações na alimentação Sintomas GI Estado mental Capacidade funcional Demandas metabólicas Anteceden- tes médicos Uso de medica- mentos História dietéYca História Clínica Fármacos Alimentos / Nutrientes Mecanismos / Efeitos AnYmicrobianos Eritromicina Refeição regular; dieta hiperlipídica Retarda o esvaziamento gástrico, a liberação e a dissolução; ↓ absorção Tetraciclina Refeição regular Retarda o esvaziamento gástrico, a liberação e a dissolução, cria barreira ~sica; ↓ absorção Leite, iogurte, alimentos ricos em Mg, Fe, Ca ↓ absorção por complexação com cá=ons divalentes Cardiovasculares/diuréYcos Captopril Refeição regular ↓ absorção e ↓ efeito terapêu=co Propranolol Dieta hiperproteíca ↓ fase I da biotransformação hepá=ca; ↑ fluxo sanguíneo esplânico e ↑ absorção AnYpiréYcos, analgésicos e anY-inflamatórios Ac. ace,lsalicílico Refeição regular; leite; vegetais Modifica pH gástrico; ↓ solubilidade; ↓ velocidade e extensão da absorção Paracetamol Dietas hiperlipídicas ↓ liberação e a dissolução; ↓ velocidade e a extensão da absorção Ibuprofeno Refeição regular Retarda a absorção (MOURA & REYES, 2002) EXAME FÍSICO Cabelo Pés Realização exame: inspeção e palpação paciente roupa apropriada sentado ou deitado na cama Direcionado: Para detectar deficiências nutricionais Deve ser minucioso ObjeYvos: IdenYficar sinais de carências específicas de nutrientes (ACUÑA, 2002) Exame bsico – manifestações de carências nutricionais Local Sinais Carências Cabelo Perda de brilho, quebradiço, despigmentado, fácil de arrancar (sem dor) PTN e Zinco Face Seborréia nasolabial (pele estra=ficada) Palidez Riboflavina Kwashiorkor Ferro Olhos Conjun=va pálida Mancha de Bitot Xerose conjun=val (secura) Xerose córnea (falta de vida) Queratomalácia (córnea adelgaçada) Arco córneo (anel branco ao redor do olho) Xantelasma (bolsas amareladas ao redor do olho) Ferro Vitamina A Riboflavina Piridoxina Hiperlipidemia (WAITZBERG & FERRINI, 2000) Exame bsico – manifestações de carências nutricionais Local Sinais Carências Lábios Estoma=te angular(lesão nos cantos da boca) Escaras do Ângulo Queilose (avermelhamento ou edema de lábios e boca ) Riboflavina Língua Escarlate e inflamada Magenta (púrpura) Edematosa Papila filiforme, atrofia e hipertrofia Ácido Niconico Riboflavina Niacina Ácido fólico/ Vit. B12 Gengivas Esponjosa; sangrando Gengiva vazante Vitamina C Glândulas Aumento da =reóide Aumento da para=reóide Iodo PTN (WAITZBERG & FERRINI, 2000) Exame bsico – manifestações de carências nutricionais (WAITZBERG & FERRINI, 2000) EDEMA de MMII ASCITE Edema Hipoproteinemia Hipoalbulminemia Valores < a 5,0 g/l de PTN totais e < 2,5 g/l de albumina são capazes de gerar edema. Sinal de Cacifo ou de Godet Quando no tornozelo, perna e região sacral → maior tempo acamado, maior grau de desnutrição e ↓ albumina Pele – hidratação e alterações na coloração • Hidratação: pode ser avaliada pelo seu turgor. • Se a pele se desfaz lentamente à desidratação ou edema • Palidez: diminuição da cor rósea da pele (anemia, isquemia) • Presença de escaras, úlceras de pressão, feridas • Cianose: é a coloração azulada da pele e extremidade das mãos e pés. • Icterícia: coloração amarelada que pode aparecer difusamente na pele, assim como na esclerótica, nas conjuntivas palpebrais, nos lábios. As causas incluem doença hepática e hemólise eritrocitária Sinal de Cacifo - edema Cianose Úlcera de pressão • Carotenemia: • coloração amarelada que acompanha concentrações elevadas de caroteno. • Devem-se inspecionar as palmas das mãos, regiões plantares e rosto. • Ao contrário da icterícia, a carotenemia não atinge a esclerótica • Petéquias: • equimoses, hematomas profundos e hemartroses são observados nos distúrbios de coagulação sendo agravados ou desencadeados pela deficiência de vitamina K Pele – hidratação e alterações na coloração • Unhas Coiloníquas (forma de colher, finas, côncavas) - ↓Ferro Unhas – coloração e formato Unhas de Terry (com coloração esbranquiçada – comum no idoso e em pacientes com doenças crônicas) Exame bsico Exame das fezes e TGI Escala de Bristol Exame bsico – Reserva de massa muscular Músculo: • Representa importante reserva de proteína • O trofismo da massa muscular esquelé=ca é man=do pela a=vidade ~sica, inervação, irrigação e oferta nutricional • Qualquer alteração em um desses fatores pode ocasionar perda muscular • A idade também exerce influência na massa muscular (LAMEU, 2004) Exame bsico – Reserva de massa muscular Músculo Temporal e Bola Gordurosa de Bichart Para classificar as alterações morfológicas do músculo temporal e da bola gordurosa de Bichart, serão adotados os seguintes achados: 1. Leve - depressão da musculatura 2. Moderada - exposição do arco zigomá=co 3. Grave - visualização de um contorno ósseo envolvendo a órbita, o arco zigomá=co e o ramo ascendente da mandíbula, sugerindo o desenho de uma chave ( } ) (LAMEU, 2004) Exame bsico – Reserva de massa muscular Atrofia grave Redução da ingestão oral nos úlYmos 3 meses Redução importante da ingestão oral para sólidos e pastosos nos úlYmos 3 meses Paciente com disfagia, engasgaos frequentes Redução progressiva e prolongada da ingestão oral (> 3 meses) Exame bsico – Reserva de massa muscular Atrofia grave Músculo Polegar Adutor No músculo adutor do polegar, as alterações morfológicas serão classificadas, de acordo com os respec=vos achados: 1. Leve - pequena depressão do relevo muscular. 2. Moderada – depressão evidente do relevo. 3. Grave - visualização de um contorno ósseo do indicador e polegar formando uma concha (LAMEU, 2004) Exame bsico – Reserva de massa muscular Atrofia grave Adutor normal Atrofia leve do adutor Atrofia moderada do adutor Atrofia grave do adutor Reserva de massa muscular Na musculatura da panturrilha (gastrocnêmico), a presença de alterações morfológicas será observada através da perda de relevo neste músculo, flacidez muscular e pele com dobras. (LAMEU et al, 2004) Na musculatura da coxa (quadríceps femural), a ausênciade tônus muscular será observada pela atrofia da musculatura e perda de relevo Musculatura dos MMII Exame bsico – Reserva de massa muscular (LAMEU et al, 2004) Musculatura do tórax supraclavicular infraclavicular fúncula esternal Atrofia destas regiões indica que o paciente já perdeu massa muscular há muito tempo (perda crônica) Deltóide e Trapézio Exame físico da massa muscular Musculatura intercostal e paravertebral: • Reduz a sustentação corporal → cifose • ↓ capacidade de expansão ven=latória pulmonar, menor u=lização das bases do pulmão • → hipoven=lação de bases de pulmão maior propensão a pneumonia de base • Atrofia muscular → maior tempo no ven=lador mecânico Abdome Características: • Plano (normal) • Globoso (obesidade e grávidas) • Em avental • Escavado: afundamento do abdome próximo ao estômago (privação crônica de alimentos) • Ascítico (ascite): acúmulo de líquido no abdome “Duro, brilhante” • Distensão abdominal Sinais clínicos?? Exame bsico – Avaliação SubjeYva Global (ASG) (DETSKY et al., 1987) Até 72h da admissão Avalia: Risco nutricional • Disfagia • Odinofagia • Pirose ou azia • Regurgitação • Flatulência • Hematemese • Melena • Enterorragia • Hematoquezias Eliminação das fezes negras ou de consistência pastosa e de odor bem característico (fétido) Vômito com sangue vivo ou em borra de café Hemorragia intestinal com eliminação de sangue vivo pelo ânus Geralmente associada a uma hemorragia causada por hemorróida e diverticulite Sistema digestório • Questionar se o paciente apresenta dificuldade para urinas, quantas vezes, se urina muito a cada vez, se tem alguma dor ou queimação, cor da urina Vias urinárias EAS (Elementos anormais e sedimento) ANÁLISE FÍSICA • COR: urina normal; laboratorista observa o aspecto (límpido ou turvo) e odores anormais (infecções). • A presença de sangue: cor laranja a vermelha, sinal de doenças dos rins e do trato urinário • Urina turva: presença de bactérias, ou desacamações de células em excesso do trato urinário; infecção • Algumas medicações são capazes de modificar a cor da urina � EAS (Elementos anormais e sedimento ANÁLISE BIOQUÍMICA • pH: ácido - indicam perda de potássio, dieta rica em proteínas, infecção das vias urinárias por Escherichia coli, diarréias severas. O uso de anestésicos, assim como medicamentos podem diminuir o pH urinário. • DENSIDADE: avalia a capacidade do rim de concentrar a urina. Densidade baixa indica uso excessivo de líquidos por via intravenosa, insuficiência renal crônica, diabetes e hipertensão. • Densidade alta mostra desidratação, diarréia, vômitos, febre, diabetes mellitus, glomerulonefrite, insuficiência cardíaca conges=va, etc. EAS (Elementos anormais e sedimento ANÁLISE BIOQUÍMICA • PROTEÍNA e GLICOSE: Ausentes na urina normal. Presentes em doenças renais e diabetes. • CETONAS (Corpos Cetônicos): Presentes em pacientes diabé=cos ou após jejum prolongado. • HEMOGLOBINA (sangue): Ausente na urina normal. Presente nas hemorragias de qualquer causa que a=ngem o sistema urinário (Infecções urinárias, cálculo renal etc). ANTROPOMETRIA É a medida do tamanho corporal e de suas proporções Variações individuais: idade, gênero, estado fisiológico → Indicador direto do estado nutricional Medidas mais uYlizadas: peso, estatura, pregas (bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca), circunferências do braço, da cintura, quadril e abdome. Peso Usual ou Habitual Peso Atual Peso Corporal É a soma de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio proteíco-energé=co do indivíduo. PA PU PI PAj PI amp PA É ob=do em uma balança calibrada de plataforma ou eletrônica; o indivíduo deve posicionar-se em pé no centro da base da balança, descalço e com roupas leves. PU É informado pelo paciente ou acompanhante e u=lizado como referência nas mudanças recentes de peso ou quando não há possibilidade de se medir ou es=mar o peso atual. Peso Ideal ou Desejável Peso Corporal É u=lizado para calcular as necessidades calórico protéicas quando o paciente está restrito ao leito e não é possível realizar a es=ma=va de peso ou ainda quando o paciente apresenta peso muito abaixo ou muito acima do ideal. O mais prá=co para o cálculo do peso ideal ou desejável é pela u=lização do IMC: PI Peso Ideal = IMC desejado x Estatura (m) ² IMC - ADULTO Classificação < 16 kg/m² Magreza grau III 16 a 16,9 kg/m² Magreza grau II 17 a 18,49 kg/m² Magreza grau I 18,5 a 24,99 kg/m² Peso adequado / Eutrofia 25 a 29,99 kg/m² Sobrepeso / Pré-obeso 30 a 34,9 kg/m² Obesidade grau I 35 a 39,9 kg/m² Obesidade grau II ≥ 40 kg/m² Obesidade grau III / Mórbida IMC - IDOSO Classificação (NSI, 1992) < 22 kg/m² Magreza 22 a 27 kg/m² Eutrofia > 27 kg/m² Excesso de peso (OMS, 1995/1998) IMC - IDOSO Classificação (OPAS, 2003) < 23 kg/m² Magreza 23 a 28 kg/m² Eutrofia 28 a 30 kg/m² Sobrepeso > 30 kg/m² Obesidade IMCi - adulto • 22 kg/m² IMCi - idoso • 24,5 kg/m² (FAO, 1985) PI = IMCi x E ² Peso Ajustado Peso Corporal COLOCAR FORMULA DE ADEQUAÇÃO DE PESO É o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energé=ca e de nutrientes quando: • Pacientes com IMC > 27 Kg/m² (ASPEN) • Pacientes com obesidade mórbida ou quando o PA for superior a 100% do PI (LAMEU, 2005) • A adequação do peso for superior a 115% ou inferior a 95% do peso ideal (CUPPARI, 2002) Peso Ajustado = (PA – PI) x 0,25 + PI Adequação de Peso (%) Classificação ≤ 70 Desnutrição grave 70,1 a 80 Desnutrição moderada 80,1 a 90 Desnutrição leve 90,1 a 110 Eutrofia / Peso adequado 110,1 a 120 Sobrepeso > 120 Obesidade (BLACKBURN & THORNTON, 1979) PAj Adequação do peso (%) = PA x 100 PI Peso Ideal para amputados Peso Corporal Para corrigir o peso corporal ideal em amputados, deve-se subtrair o peso da extremidade amputada do peso ideal calculado. (BRUMSTROG, 1962) PI amp CONTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO SEGMENTO CORPORAL Membro Proporção do Peso (%) Cabeça e Pescoço 7,0 Tronco sem extremidades 42,7 Mão 0,8 Antebraço sem a mão 2,3 Antebraço com a mão 3,1 Parte superior do braço 3,5 Braço completo 6,5 Pé 1,8 Parte inferior da perna sem o pé 5,3 Parte inferior da perna com o pé 7,1 Coxa 11,6 Membro inferior completo 18,6 (OSTERKAMP, 1995) Peso Corporal • EsYmaYva de Peso – Adultos e Idosos Homem • Pest = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69)] Mulher • Pest = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35)] (CHUMLEA et al., 1985) (CHUMLEA et al., 1988) Peso Corporal CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (CP) Fita posicionada na circunferência máxima Peso Corporal ALTURA DO JOELHO (AJ) Perna flexionada com ângulo de 90o Peso Corporal CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) Mede o comprimento do braço e calcula o ponto médio Mede a CB com o braço estendido Peso Corporal PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (PCSE) Deitado, costas voltadas para o medidor Tronco em linha reta Ombros perpendiculares a espinha e á mesa do exame Pernas levemente flexionadas nos joelhos Cabeça apoiada sobre travesseiro Braço não u=lizado sob travesseiro Prega desprendida do tecido muscular um cenmetro abaixo formando ângulo de 45° Peso Corporal• EsYmaYva de Peso com EDEMA (BLACKBURN & BISTRIAN, 1977 apud KAMIMURA et al., 2003) Edema Excesso de peso hídrico + Tornozelo 1 kg ++ Joelho 3 a 4 kg +++ Raiz da coxa 5 a 6 kg ++++ Anasarca 10 a 12 kg } EsYmaYva de Peso com ASCITE Ascite Excesso de peso hídrico Leve 3 a 5 kg Moderada 7 a 9 kg Grave 14 a 15 kg Peso Corporal • Mudança de peso (%PP) A perda de peso involuntária é uma importante informação para avaliar a gravidade do problema de saúde, haja vista sua elevada correlação com a mortalidade. A determinação da variação de peso é realizada pela fórmula: (BLACKBURN et al., 1977) % Perda de Peso = (PU – PA) x 100 PA PERDA DE PESO EM RELAÇÃO AO TEMPO Tempo Perda significaYva de peso (%) Perda grave de peso (%) 1 semana 1 a 2 > 2 1 mês 5 > 5 3 meses 7,5 > 7,5 6 meses 10 > 10 Estatura • É medida u=lizando estadiômetro ou o antropômetro. • O indivíduo deve ficar em pé, descalço, com os calcanhares juntos, as costas retas e os braços estendidos ao lado do corpo. • Alguns métodos alterna=vos para a es=ma=va de estatura em indivíduos impossibilitados de u=lizar os métodos convencionais. MEDIDA DA ESTATURA – MÉTODO CONVENCIONAL Definição: Distância entre a parte mais alta da cabeça e a sola dos pés, medida realizada em posição ver=cal. Indivíduo: Roupas leves e pés descalços. Sem adereços na cabeça e penteado desfeito. Técnica: Pés juntos, com calcanhares juntos. Costas retas, braços estendidos ao lado do corpo e joelhos estendidos. Encostar na super~cie ver=cal 5 pontos anatômicos Linha imaginária do canal audi,vo externo até a órbita inferior do olho (COGILL, 2003) (CHUMLEA et al., 1988) Pela Extensão dos braços (envergadura): Medida pela distância entre as pontas dos dedos médios quando os braços es=verem abertos no nível dos ombros. A medida corresponde à es=ma=va de estatura do indivíduo. - Na impossibilidade de medir toda a extensão dos braços, é possível realizar a medida da distância entre o esterno e a ponta do dedo médio de uma das mãos (hemi-envergadura), e mul=plicar o valor ob=do por 2. Estatura Recumbente: O indivíduo deve estar em posição supina e com leito horizontal completo. Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo. Medir a distância entre as marcas u=lizando uma fita métrica flexível. Estatura ESTIMATIVA DE ESTATURA Estatura • Pela altura do joelho (AJ) FÓRMULAS PARA ESTIMATIVA DE ESTATURA ♂ • [64,19 – (0,04 x I em anos) + (2,02 x AJ em cm)] ♀ • [84,88 – (0,24 x I em anos) + (1,83 x AJ em cm)] (CHUMLEA et al., 1988) ♂ • 72,803 + 1,803 x AJ ♀ • 51,875 + 2,184 x AJ (SILVEIRA et al., 1994 ) IDOSOS ADULTOS Estatura ESTIMATIVA DE ESTATURA Estatura ESTIMATIVA DE ESTATURA Circunferência do Braço (CB) Esta medida representa a soma das áreas cons=tuídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso. Para sua determinação, o braço avaliado deve estar flexionado em direção ao tórax, formando um ângulo de 90o, mas na medição deverá estar estendido ao lado do corpo (JELLIFFE, 1966; FRISANCHO, 1990) ADEQUAÇÃO DE CB Adequação de CB = CB obYda x 100 CB do P50 Classificação % adequação Desn. Grave < 70 Desn. Moderada 70 – 80 Desn. Leve 80 – 90 Eutrofia 90 – 100 Sobrepeso 100 – 120 Obesidade > 120 (FRISANCHO, 1990) VALORES DO PERCENTIL 50 DE HOMENS E MULHERES PARA: CB CMB DCT Circunferência do Braço (CB) (LEE & NIEMAN, 1993) PARÂMETROS DO BRAÇO PERCENTIL TECIDO ADIPOSO TECIDO MUSCULAR < 5 Magro/baixa reserva Magro/baixa reserva 5 a 15 Abaixo da média/risco para déficit Abaixo da média/risco para déficit 16 a 85 Média Média 86 a 95 Acima da média Acima da média > 95 Excesso de gordura Boa nutrição Prega/Dobra Cutânea Tricipital (PCT ou DCT) Avalia o estado nutricional protéico Pacientes acamados – massa muscular varia com o nível de a=vidade Repouso prolongado leva atrofia muscular (LEE & NIEMAN, 1993; FRISANCHO, 1990) ADEQUAÇÃO DE PCT Adequação de PCT = PCT obYda x 100 PCT do P50 Classificação % adequação Desn. Grave < 70 Desn. Moderada 70 – 80 Desn. Leve 80 – 90 Eutrofia 90 – 100 Sobrepeso 100 – 120 Obesidade > 120 Circunferência Muscular do Braço (CMB) (FRISANCHO & JELLIFFE, 1973) CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x PCT (mm)) ADEQUAÇÃO DE CMB Adequação de CMB = CMB obYda x 100 CMB do P50 Classificação % adequação Desn. Grave < 70 Desn. Moderada 70 – 80 Desn. Leve 80 – 90 Eutrofia 90 – 100 Sobrepeso 100 – 120 Obesidade > 120 Circunferência da Panturrilha (CP) (TROIANO, 1994) CP < 31 cm depleção de tecido muscular Músculo Adutor do Polegar (MAP) (LAMEU et al., 2004) Método: Com o indivíduo sentado, mão dominante repousando sobre o joelho homolateral, cotovelo em ângulo de aproximadamente 90° sobre o membro inferior u=liza-se o paquímetro para pinçar o músculo adutor no vér=ce de um ângulo imaginário formado pela extensão do polegar e do dedo indicador Sexo Valor (mm) Desvio Mediana Homens 12,5 ± 2,8 12 Mulheres 10,5 ± 2,3 10 Espessura do MAP em adultos Força de Preensão Muscular (dinamômetro) • Avalia força contração músculos mãos • Relação com capacidade funcional • DEP CC e RCQ • Circunferência da Cintura (CC) • Relação Cintura-Quadril (RCQ) Classificação Valores Risco de complicações metabólicas Homens Mulheres Sem risco < 94 < 80 Risco alto ≥ 94 ≥ 80 Risco muito alto ≥102 ≥88 (OMS, 1997/1998) Homens > 1,0 Mulheres > 0,85 Indicador de risco para desenvolvimento de doenças COMPOSIÇÃO CORPORAL (LOHMAN et al., 1992) % Gordura Corporal Classificação Homens Mulheres Risco de doenças associadas à desnutrição ≤ 5 ≤ 8 Abaixo da média 6 – 14 9 – 22 Média 15 23 Acima da média 16 – 24 24 – 31 Risco de doenças associadas à obesidade ≥ 25 ≥ 32 Limitações da antropometria Ø Presença de edema / retenção hídrica Ø Estado de hidratação Ø Acesso vascular Ø Ascite Ø Anasarca Ø Queimaduras em grandes áreas corporais Ø Fratura ou lesões de membros Ø Pacientes acamados e amputados Exames bioquímicos GLICEMIA 9 2013-2014 Diretrizes SBD INTRODUÇÃO A evolução para o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ocorre ao longo de um período de tempo variável, passando por estágios intermediários que rece- bem a denominação de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose di- minuída. Tais estágios seriam decor- rentes de uma combinação de resis- tência à ação insulínica e disfunção de célula beta. No diabetes mellitus tipo 1 (DM1), o início geralmente é abrupto, com sintomas indicando de maneira contundente a presença da enfer- midade.1,2 O critério diagnóstico foi modifica- do, em 1997, pela American Diabetes Association (ADA), posteriormente aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasilei- ra de Diabetes (SBD).1,2 As modificações foram realizadas com a finalidade de prevenir de manei- ra eficaz as complicações micro e ma- crovasculares do DM.3-5 Atualmente são três os critérios aceitos para o diagnóstico de DM com utilização da glicemia (Quadro 1): Sintomas de poliúria, polidipsia e t� perda ponderal acrescidos de gli- cemia casual > 200 mg/d?. Com- preende-sepor glicemia casual aquela realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições (A).1,2 Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dt� ? (7 mmol/?). Em caso de pequenas Métodos e critérios para o diagnóstico do diabetes mellitus QUADRO 1 Valores de glicose plasmática (em mg/d?) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos CATEGORIA JEJUM* 2 H APÓS 75 G DE GLICOSE CASUAL** Glicemia normal < 100 < 140 Tolerância à glicose diminuída > 100 a < 126 ≥ 140 a < 200 Diabetes mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 (com sintomas clássicos)*** *O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por no mínimo 8 horas; **Glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição; ***Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda não explicada de peso. Nota: O diagnóstico de DM deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, a me- nos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM. elevações da glicemia, o diagnósti- co deve ser confirmado pela repe- tição do teste em outro dia (A).1,2 Glicemia de 2 horas pós-sobrecar-t� ga de 75 g de glicose > 200 mg/d? (A).1,2 O teste de tolerância à glicose deve ser efetuado com os cuidados preconi- zados pela OMS, com coleta para dife- renciação de glicemia em jejum e 120 minutos após a ingestão de glicose. É reconhecido um grupo interme- diário de indivíduos nos quais os níveis de glicemia não preenchem os critérios para o diagnóstico de DM. São, entre- tanto, muito elevados para serem con- siderados normais.7 Nesses casos foram consideradas as categorias de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída, cujos critérios são apresen- tados a seguir. GLICEMIA DE JEJUM ALTERADA Glicemia de jejum > 100 mg/dt� ? e < 126 mg/d?. Esse critério ainda não foi oficializado pela OMS, po- rém já existe uma recomendação da Federação Internacional de Dia- betes (IDF) acatando o ponto de corte para 100 mg/d?. Tolerância à glicose diminuída. t� Ocorre quando, após uma sobre- carga de 75 g de glicose, o valor de glicemia de 2 horas situa-se entre 140 e 199 mg/d? (B).2-6 O método preferencial para deter- minação da glicemia é sua aferição no plasma. O sangue deve ser coletado em um tubo com fluoreto de sódio, centrifugado, com separação do plas- ma, que deverá ser congelado para posterior utilização. Caso não se dispo- Diretrizes SBD-01.indd 9 20/9/2013 10:11:55 HEMOGLOBINA GLICADA (HbA1c) 27 2013-2014 Diretrizes SBD GESTAÇÃO E LACTAÇÃO As gestantes com diabetes devem ser avaliadas, do ponto de vista nutricional, por meio de curvas que considerem a idade gestacional, o peso atual e a esta- tura.114 O ponto de corte mínimo do ín- dice de massa corporal (IMC) pré-gesta- cional é de 19,8 kg/m2. Devem receber orientações nutricionais individualiza- das. de forma a contemplar as necessi- dades nutricionais e de energia, com base no IMC, na frequência e na intensi- dade de exercícios físicos, padrão de crescimento fetal e ganho de peso ade- quado de acordo com o período gesta- cional.115 A distribuição energética deve se basear nas recomendações de ali- mentação saudável e balanceada, sen- do: 40%-55% de carboidratos, 15%-20% de proteínas (no mínimo 1,1 g/kg/dia) e 30%-40% de gorduras. Para evitar episódios de hiperglice- mia, hipoglicemia ou cetose, a distri- buição do valor energético total (VET) deve se dar em três pequenas refeições (lanche da manhã, merenda e lanche noturno) e três refeições maiores (desjejum, almoço e jantar) (C). Gestan- te que faz uso de insulina é importante atentar que o lanche noturno deve conter 25 g de carboidratos comple- xos, além de proteínas ou gorduras para evitar a ocorrência de hipoglice- mia durante a madrugada. Essas mu- lheres também devem ser orientadas a QUADRO 2 Adaptado do consenso de terapia nutricional enteral e dieta modificada para diabéticos – ADA e EASD RECOMENDAÇÃO GERAL JUSTIFICATIVA Objetivo Controle glicêmico próximo do normal Manter imunidade, reduzir complicações macro e microvasculares Monitoramento individual da glicemia Glicemia sanguínea 140 -180 mg/d? na maioria dos pacientes críticos Hemoglobina glicada (A1c) ao redor de 7% A1c < 7% A1c > 7% Glicemia pré-prandial < 140 mg/d? Glicemia pré-prandial < 180 mg/d? Como marcador de curto prazo Como marcador de longo prazo de bom controle glicêmico para adulto DM1 e 2 Desde que não aumente o risco de hipoglicemia ou outras complicações do tratamento Em hipoglicemias severas, expectativa de vida limitada e complicações graves entre outras Em tratamento insulínico Glicemias ao acaso Calorias individualizadas Limite de 25-35 cal/kg/dia Até 50 cal/kg/dia Evitar hiperalimentação Se ocorrer perda de peso grave Carboidratos Em torno de 200 g/dia Favorecer melhor resposta glicêmica nas 24 h Fibras 20 g a 50 g de fibra/dia ou 14 a 25 g/1.000 cal/dia cerca de 50% solúvel Regularizar o trânsito intestinal, auxiliando no controle da diarreia e da constipação, diminuir o índice glicêmico, a resistência insulínica e o perfil lipídico Evitar a constipação Proteína 10% a 20% das necessidades calóricas/dia ou 1 g/kg/dia 1,5 g/kg/dia 0,6 g/kg/dia em caso de nefropatia diabética Em estresse leve Em estresse moderado a grave Retardar a queda da taxa de filtração glomerular (continua) Diretrizes SBD-05.indd 27 20/9/2013 10:13:50 HEMOGRAMA HEMOGRAMA • Ïndices hema=métricos VCM (82 – 98 fL) HCM (26 – 34 pg) RDW (11,8 – 15,5%) COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA • Leucócitos ü Realizam fagocitose ü população mais abundante (60 – 70%) ü Primeiros a chegarem ü São classificadas em 3 grupos: granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), linfócitos e monócitos • Neutrófilos (jovem: bastonetes) COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA • Monócitos ü Maiores céls circulantes ü Fagocí=cas ü Grande capacidade migratória • Eosinófilos: processos alérgicos e parasitas; infecção tardia • Basófilos: par=cipam de reações alérgicas (eosinófilos e neutrófilos) COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA • Linfócitos ü =po B: imunidade humoral/ ag solúveis ü =po T: mediadores de imunidade celular (65 – 75%)/ céls infectadas por vírus e bactérias Contagem total de linfócitos (CTL) • Defesa ce lu la r e reservas imuno lóg icas momentâneas. • Indicador de estado nutricional que evidencia alterações bioquímicas precocemente, anterior às lesões celulares e/ou orgânicas • A contagem é feita com base no leucograma: % de linfócitos e contagem total de células brancas • CTL = % de linfócitos x leucócitos 100 Contagem total de linfócitos (CTL) • Valores aumentado nas infecções virais, agudas e doenças colagenosas • Valores diminuídos com uso de cor=costeróides e em doenças relacionadas à deficiência do sistema imunológico • Interpretação: - depleção leve: 1200 a 2000/ mm³ - depleção moderada: 800 a 1199/ mm³ - depleção grave: < 800/ mm³ LIPIDOGRAMA 16/07/2015 173 COLESTEROL DIABETES ESTRESSE FUMO OBESIDADE HIPERTENSÃO Fatores de Risco para Desenvolver Doenças Cadiovasculares 16/07/2015 222 Exames bioquímicos • Critérios biológicos • Albumina: principal critério biológico – prognóstico. • Especificidade ⇓ pela meia-vida longa • Relaciona-se com ⇑ morbi-mortalidade se < 3,5 g/dL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • As avaliações laboratoriais incluem a determinação das concentrações das proteínas viscerais e hemoglobina, a contagem de linfócitos totais • Outros exames laboratoriais podem auxiliarna caracterização de deficiência nutricional específica • A associação de avaliação clínica e laboratorial resulta em maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico da desnutrição Proteínas Totais • Albumina + globulinas • Albumina • Pré albumina • Proteína Carreadora de re=nol (RBP) • Transferrina • Vantagens e desvantagens ü Doença hepá=ca, desnutriçao, catabolismo intenso, excrecao anormal ü Edema CONSUMO ALIMENTAR Dieta total • Nutrientes ou cons=tuintes dos alimentos Alimentos ou refeições • Frequência de ingestão de nutrientes • Forma, =po do alimento, método de cozimento • Diversidade e fonte alimentar Grupos alimentares • Frequência de ingestão de grupos alimentares • Conformidade com o plano alimentar Caracterís- Ycas da dieta • Refeições picas, modificações na consistência e volume • Frequência das refeições, local, uso de suplementos polivitamínicos... OBRIGADA
Compartilhar