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Resumo Processo Constitucional

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Controle Concentrado de Constitucionalidade
Instrumentos do controle concentrado:
	
	ADIN
	ADC (Surgiu com a EC 3/93)
	Cabimento 
SIM
NÃO
	
Lei Federal ou Estadual /
Lei do DF editada com base na sua competência estadual / Medida provisória / Emendas Constitucionais (Normas Constitucionais Derivadas)/
Atos Normativos (gerais e abstratos)/
Lei de efeitos concretos (lei orçamentária ou que cria autarquias)
Lei Municipal/
Lei do DF editada com base na sua competência municipal/
Norma Constitucional Originária/
Ato de efeitos concretos/ 
Lei já revogada/
Lei anterior à CF/88.
	
Lei ou ato Normativo Federal
Lei Estadual, do Distrito Federal ou Municipal
	Legitimidade (Quem pode entrar com a ADI)
	Art. 103: 
I. Presidente da República (Legitimado Universal)
II. A mesa do Senado Federal (legitimado universal)
III. A mesa da Câmara dos Deputados (legitimado universal)
IV. Mesa de Assembléia Legislativa ou Câmara Legislativa (legitimado especial)
V. Governador de Estado ou do DF (legitimado especial)
VI. Procurador-Geral da República (legitimado universal)
VII. Conselho Federal da OAB (legitimado universal)
VIII. Partido política com representação – ter um deputado ou senador no momento em que entra com a ação - no Congresso Nacional (legitimado universal)
IX. Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. (legitimado especial)
VIII e IX não possuem capacidade postulatória, precisam de advogado.
	Art. 103: 
I. Presidente da República (Legitimado Universal)
II. A mesa do Senado Federal (legitimado universal)
III. A mesa da Câmara dos Deputados (legitimado universal)
IV. Mesa de Assembléia Legislativa ou Câmara Legislativa (legitimado especial)
V. Governador de Estado ou do DF (legitimado especial)
VI. Procurador-Geral da República (legitimado universal)
VII. Conselho Federal da OAB (legitimado universal)
VIII. Partido política com representação – ter um deputado ou senador no momento em que entra com a ação - no Congresso Nacional (legitimado universal)
IX. Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. (legitimado especial)
	Procedimento
	1) AGU – Defensor Legis (Art. 103, §3º) 
2) PGR – Procurador Geral da República – Custos Legis (Art. 103, §1º)
3) Não se admite intervenção de terceiros, salvo amicus curiae.
4) Não se admite desistência. 
5) Causa de pedir aberta.
6) Medida Cautelar. (suspende os processos, mas não suspende a lei que foi objeto da ação)
	1) PGR – Procurador Geral da República – Custos Legis (Art. 103, §1º)
3) Não se admite intervenção de terceiros, salvo amicus curiae.
4) Não se admite desistência. 
5) Causa de pedir aberta.
6) Medida Cautelar.
OBS: Na há participação/intervenção do AGU.
 ADIN ou ADI genérica
Art. 102 da CF – compete ao STF processar e julgar, originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (geral e abstrato) seja ele federal ou estadual. 
Quanto ao cabimento:
- Contra Lei Municipal pode ir para o controle difuso no caso concreto, mas cabe também ADPF. O medo era do constituinte originário era o de que se ele abrisse a ADI para lei municipal, o supremo iria se inviabilizar, uma vez que iam chover adin’s sobre as várias leis municipais que existem. 
- Lei do DF: Lei distrital baseada em competência estadual, caberá ADI. Lei distrital baseada em competência municipal, não caberá ADI.
- Medida provisória: O STF admite uma vez que a MP possui força de lei.
- Cabe ADI contra norma da própria constituição? Contra norma constitucional? Depende. Se for uma norma constitucional derivada, decorrente de Emenda Constitucional cabe ADI, uma vez que esta pode ter sido feita com desrespeito aos limites formais, matérias ou circunstanciais ao poder de emenda. Por outro lado, não cabe ADI contra normal constitucional originária, primária, uma vez que esta é feita pelo poder constituinte originário, sendo esse juridicamente ilimitado. Não cabe controle de constitucionalidade de norma constitucional originária. 
- Não cabe ADI só contra lei, a constituição fala em lei ou ato normativa. Logo, há possibilidade de caber ADI sobre decreto legislativo, sobre resoluções, e sobre atos quaisquer que sejam normativos (efeitos gerais e abstratos, ou seja, atingem pessoas indeterminadas e qualquer situação que se enquadre na situação deles – regimento interno da câmara, senado, de tribunais, resolução normativa de agência reguladora caso viole diretamente a constituição).
- Não é cabível ADI contra atos de efeitos concretos (ato que concede a aposentadoria a fulano servidor X).
- CABE ADI para lei de efeitos concretos? Lei que cria autarquia ou lei orçamentária? O STF entendia que não, mas hoje entende que sim. 
- Cabe ADI contra lei que já está revogada? O STF entende que não, uma vez que entra-se com a ADI para a lei sair do ordenamento, se a lei já saiu, mesmo sendo revogada, não há mais interesse de agir na ação direta de inconstitucionalidade. Pode-se questionar os efeitos já produzidos, uma vez que a revogação produz efeitos ex-nunc, e os efeitos produzidos são mantidos. Para que sejam analisados os efeitos já produzidos, vai-se para análise de efeitos concretos, logo, controle difuso. 
- Cabe ADI contra lei anterior a CF? Em regra não, uma vez que se a lei for anterior a CF/88 ela ou é compatível com a CF e foi recepcionada ou é incompatível. Se a lei anterior não for considerada compatível com a nova constituição, ela não é declarada inconstitucional, mas é considerada revogada, logo não cabe ADI. Só caberia ADI contra uma lei anterior a 88, se for para questionar a validade dela perante a Constituição da sua época. 
Quanto a Legitimidade:
- Questão da pertinência temática (questão jurisprudencial): Os legitimados do artigo 103 não estão todos em pé de igualdade, sendo que alguns são tratados de forma discriminatória. Alguns dos legitimados do 103 são considerados legitimados universais, e podem entrar com a ADI em qualquer um dos casos supracitados. Outros são considerados legitimados restritos ou especiais, e eles só podem entrar com a ação direta de inconstitucionalidade nos casos supracitados se demonstrarem ligação, interesse na matéria, ou seja, se demonstrarem pertinência, ligação temática. (Caso amianto Cris atila 1)
- Para ser entidade de classe de âmbito nacional na interpretação do STF é preciso provar que estar-se presente em pelo menos 1/3 dos Estados membros da Federação, por aplicação analógica da lei orgânica dos partidos políticos. 
Quanto ao procedimento em nível constitucional:
1) Advogado Geral da União – Participa da ADI na qualidade de Defensor Legis (Art. 103, §3º). É aquele que defende a lei, que diz que a lei é constitucional. Geralmente é uma posição vinculada, estando ali para defender o contraditório na ADI. Assim como ninguém pode ser condenado sem defesa, a lei também não. Logo, se a lei está sendo acusada de ser inconstitucional, cabe o Advogado Geral da União defende-la. OBS: O STF vem aceitando que o AGU deixe de defender a lei, quando se tratar de uma lei nitidamente inconstitucional, ou quando se tratar de uma lei que já foi outra lei idêntica declarada inconstitucional pelo supremo em outro caso. 
2) Procurador Geral da República – PGR – (Art. 103, §1º). Participa como custos legis, ou seja, como fiscal da lei, aquele que está lá para fiscalizar a lei e dizer se está é inconstitucional ou não. Ou seja, o PGR está lá para dar parecer, podendo sustentar que a lei é constitucional ou não. O parecer não vincula os ministros do Supremo. O PGR tem que ser ouvido em todas as ADIn’s, mesmo naquelas em que ele ajuizou. 
3) Intervenção de terceiros não é admitida, salvo o amicus curiae – A intervenção de terceiros corresponde a uma terceira pessoa que ingressa ao processo para defender direito próprio. Ora, aqui estamos falando de controle concentrado, logo, não estar-se falando de direitopróprio ou de caso concreto. 
	Porém o amicus curiae é permitido, uma vez que este é um amigo da corte. Ou seja, é um especialista na matéria que se habilita no tribunal para esclarecer questões técnicos, existindo uma fase na qual o relator pode abrir o prazo para que entidades ou pessoas físicas interessadas requeiram o ingresso no feito em forma de amicus curiae, devendo o relator decidir esse ingresso ou não por meio de decisão irrecorrível. Ou seja, o amicus cúriae serve para auxiliar o tribunal nas questões técnicas que envolvem o assunto – exemplo: células troncos, importação de pneus usados, etc. 
4) Não se admite desistência. Ou seja, não se pode desistir da ação direta já protocolada, porque na ADI não se defende um interesse privado, mas sim a própria constituição. 
5) Causa de pedir aberta – Dizer que a causa de pedir aberta significa que o STF pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei, ainda que por motivos que não foram alegados na petição inicial. O STF está vinculado ao pedido, a não ser quando houver uma decorrência lógica. Mas, o motivo para declarar tal inconstitucionalidade é aberto. Ou seja, pode-se alegar que o artigo é inconstitucional por um motivo A, e o STF pode declarar que esse artigo é inconstitucional por um motivo B. 
6) Medida Cautelar (Art, 102, I, p) – Como um ADI demora muito tempo para ser julgada, pode-se pedir que a lei seja cautelarmente suspensa. Ou seja, antes da decisão de mérito pode ser dada uma decisão cautelar, provisória. 
ADC – Ação direta de Constitucionalidade – Art.102-a – Compete ao STF processar e julgar, originariamente, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
	A ADC foi inserida por meio da EC nº 3 de 93. Essa emenda constitucional teve inspiração no regime anterior à 88. Não se tratava de uma grande novidade no sistema brasileiro, pois antes de existir a ADIn, existia a representação de inconstitucionalidade no STF, que quem só podia manejar era o procurador geral da república. Naquela época já se admitia no STF que o PGR mandasse a representação de inconstitucionalidade, mas com um pedido acessório solicitando, com parecer contrário, pedindo que a lei fosse confirmada na sua constitucionalidade.
	Em 1993 foi criada a Ação declaratória de Constitucionalidade, que faz justo o contrário da ADI. Se a ADI for julgada procedente a lei é declarada inconstitucional, se a ADI for julgada improcedente, foi declarada a constitucionalidade da lei. Se a ADC for julgada procedente, a lei é declarada é constitucional, se a ADC for julgada improcedente, a lei é considerada como inconstitucional.
	Para dizer se a lei é constitucional ou inconstitucional, exige-se o voto da maioria absoluta dos ministros. 
	Mas pra que existe ADC, se as leis já são presumidamente constitucionais até que seja declarada inconstitucional? 
	Além dos mecanismos de controle concentrado, existem os mecanismos de controle difuso. Sempre existe a possibilidade de alguém ter questionado a validade da lei no controle difuso, e neste qualquer juiz ou tribunal brasileiro pode ter afastado a aplicação da lei alegando que esta é inconstitucional. 
	Podem estar pipocando declarações de inconstitucionalidade da lei ao longo do Brasil em controle difuso, e alguém interessado em que a lei seja confirmada em sua constitucionalidade, poderá entrar no STF para que este diga de uma vez por todas que a lei é constitucional.
	Logo, para ADC é um requisito específico da petição inicial que haja provas, documentos provando a relevante controvérsia sobre a constitucionalidade da lei. Ou seja, para entrar com a ADC tem que se comprovar que é necessário que o STF diga com efeitos vinculantes (erga-omnes) que aquela lei é constitucional. A ADC é uma ação feita para uniformizar a questão, para que o STF dê a palavra final confirmando a constitucionalidade da lei.
A ADC possui algumas peculiaridades em relação a ADIN:
Quanto ao Cabimento:
	Só cabe ADC contra lei ou ato normativo federal, não cabendo contra lei ou ato normativo estadual, do DF ou dos municípios.
Quanto a Legitimidade:
	Os mesmos legitimados a propor a ADI, são legitimados a propor ADC após a Emenda Constitucional 45. Valendo as mesmas regras de pertinência temática.
- Questão da pertinência temática (questão jurisprudencial): Os legitimados do artigo 103 não estão todos em pé de igualdade, sendo que alguns são tratados de forma discriminatória. Alguns dos legitimados do 103 são considerados legitimados universais, e podem entrar com a ADI em qualquer um dos casos supracitados. Outros são considerados legitimados restritos ou especiais, e eles só podem entrar com a ação direta de inconstitucionalidade nos casos supracitados se demonstrarem ligação, interesse na matéria, ou seja, se demonstrarem pertinência, ligação temática. (Caso amianto Cris atila 1)
- Para ser entidade de classe de âmbito nacional na interpretação do STF é preciso provar que estar-se presente em pelo menos 1/3 dos Estados membros da Federação, por aplicação analógica da lei orgânica dos partidos políticos. 
Quanto ao procedimento em nível constitucional:
OBS: Na ADC não há intervenção ou participação do AGU. Na ADI este participa para defender a lei. Ora na ADC a lei não está sendo atacada, mas sim busca-se que ela seja declarada constitucional. Logo, não é necessário a presença de alguém para defende-la.
1) Procurador Geral da República – PGR – (Art. 103, §1º). Participa como custos legis, ou seja, como fiscal da lei, aquele que está lá para fiscalizar a lei e dizer se está é inconstitucional ou não. Ou seja, o PGR está lá para dar parecer, podendo sustentar que a lei é constitucional ou não. O parecer não vincula os ministros do Supremo. O PGR tem que ser ouvido em todas as ADIn’s, mesmo naquelas em que ele ajuizou. 
2) Intervenção de terceiros não é admitida, salvo o amicus curiae – A intervenção de terceiros corresponde a uma terceira pessoa que ingressa ao processo para defender direito próprio. Ora, aqui estamos falando de controle concentrado, logo, não estar-se falando de direito próprio ou de caso concreto. 
	Porém o amicus curiae é permitido, uma vez que este é um amigo da corte. Ou seja, é um especialista na matéria que se habilita no tribunal para esclarecer questões técnicos, existindo uma fase na qual o relator pode abrir o prazo para que entidades ou pessoas físicas interessadas requeiram o ingresso no feito em forma de amicus curiae, devendo o relator decidir esse ingresso ou não por meio de decisão irrecorrível. Ou seja, o amicus cúriae serve para auxiliar o tribunal nas questões técnicas que envolvem o assunto – exemplo: células troncos, importação de pneus usados, etc. 
3) Não se admite desistência. Ou seja, não se pode desistir da ação direta já protocolada, porque na ADI não se defende um interesse privado, mas sim a própria constituição. 
4) Causa de pedir aberta – Dizer que a causa de pedir aberta significa que o STF pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei, ainda que por motivos que não foram alegados na petição inicial. O STF está vinculado ao pedido, a não ser quando houver uma decorrência lógica. Mas, o motivo para declarar tal inconstitucionalidade é aberto. Ou seja, pode-se alegar que o artigo é inconstitucional por um motivo A, e o STF pode declarar que esse artigo é inconstitucional por um motivo B. 
5) Medida Cautelar (Art, 102, I, p) – Como um ADI demora muito tempo para ser julgada, pode-se pedir que a lei seja cautelarmente suspensa. Ou seja, antes da decisão de mérito pode ser dada uma decisão cautelar, provisória. 
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO (ADIN por Omissão).
	A ADO é também uma ação direta de inconstitucionalidade, de modo que as regras da ADIN se aplicam a ela. Porém, esta possui uma peculiaridade do objeto, pois ao invés de combater uma lei que foi feita e que é inconstitucional, a ADO combate uma omissão inconstitucional.
	Esta omissão inconstitucional se relaciona ao descumprimento do dever de legislar. Ou seja, o legislativodeveria ter feito a norma e não o fez. O legislativo ou qualquer outra autoridade deveria ter adotado uma medida exigida pela Constituição Federal e não o fez. Ou seja, é preciso a omissão que descumpre um dever constitucional de legislar.
	Deve-se lembrar que nas normas constitucionais de eficácia contida, a legislação pode vir para restringir o conteúdo da norma, mas não é exigida, então, nesse caso, se o legislador não fizer a lei, não estaremos diante de uma omissão inconstitucional. Agora, quando se trata de uma norma constitucional de eficácia limitada, como a lei complementadora é exigida pela constituição federal, se o legislador não faz a norma, ai sim tem-se uma omissão inconstitucional que pode ser combatida por meio da ADO. 
	Logo, na ADO combate-se:
1. Omissão inconstitucional:
	a) Omissão total – é verificada quando o legislador ou a autoridade que deveria ter elaborada a norma não fez nenhuma norma, não tomou nenhuma medida que era exigida pela CF.
	b) Omissão parcial – O legislador atua de forma insuficiente. Quer dizer, ele fez a lei, fez a norma regulamentadora, tomou a medida para tornar efetiva a norma constitucional, mas esta medida não foi suficiente para cumprir com o dever constitucional. Lei insuficiente. Exemplo clássico: Quando o CN faz uma lei, mas aquela lei se torna desatualizada, não sendo mais suficiente para cumprir com o objetivo que a constituição exige; Salário mínimo: cumprimento parcial do dever de legislar, uma vez que o salário mínimo não é suficiente para realizar os mandamentos constitucionais do art. 7º, inciso IV.
	Em ambos os casos é cabível a ADO. 
	Quando se tratar de omissão parcial, admite-se a fungibilidade (trocar uma ação por outra) com a ADI genérica. Quer dizer, quando se trata de omissão parcial, pode-se entrar com a ADO ou com a ADI genérica. 
	Imagine-se que foi feita uma lei e aquela lei é insuficiente. Você pode ataca-la por meio da ADI genérica, dizendo que aquela lei por ter sido insuficiente é inconstitucional. Ou você por ataca-la via ADI por omissão, dizendo que ficou um espaço de omissão a ser preenchido em relação àquela lei. De qualquer maneira, na omissão parcial é cabível ambas.
2. Legitimidade e Procedimento para a ADO: 
	Aplicam-se as regras da ADI genérica. Isto esta dito na própria lei 9868/99. 
	Questão da medida cautelar: É possível que seja concedida uma medida cautelar (decisão provisória enquanto não se decide o mérito da ação) na ADO – Art. 12, f da lei 9.868/99.
	Tradicionalmente a jurisprudência do STF dizia que não era cabível medida cautelar em ADO. Hoje em dia, depois da alteração da lei 12.063 de 2009, passou a ser expressamente prevista a possibilidade de cautelar em ADIn por omissão.
Qual a diferença da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão para o Mandando de Injunção, já que os dois se destinam a combater omissões constitucionais. 
	
	Mandando de Injunção
	ADO
	Controle
	Difuso
	Concentrado
	Processo
	Subjetivo – O objetivo é proteger o interesse individual do impetrante.
	Objetivo – Sem partes, não se busca analisar uma situação concreta de um sujeito, mas sim defender a própria Constituição objetivamente considerada.
	Legitimidade
	Qualquer pessoa que se sinta lesada pela falta de uma norma regulamentadora.
	Autoridades do Art. 103, valendo as mesmas regras de pertinência temática.
	Competência
	1. STF (Art. 102, I, Q – grande autoridade)
2. STJ (Art. 102, I, H – ministros)
3. TJ (governador, assembleia legislativa, etc)
4. Juiz de primeira instância (mero órgão público que deixou de adotar uma portaria por exemplo)
	STF
	Objeto
	Ausência de norma regulamentadora, ausência esta que inviabilize o exercício de direito previsto na CF.
	Ausência de medida para tornar efetiva norma constitucional. 
	Efeitos
	Mandamentais-Aditivos
	Decisão meramente declaratória - Art. 103 §2º 
Legislador – Ciência
Adm – 30 dias 
	O mandando de injunção é um instrumento do controle difuso de constitucionalidade, ou seja, busca-se analisar a situação concreta do impetrante. Já na ADIn por omissão o controle é concentrado, isso significa que na ADO não está se questionando uma situação específica, mas sim de forma abstrata a falta de regulamentação.
	O Mandado de Injunção não é para combater qualquer omissão inconstitucional, mas sim para combater a ausência de norma regulamentadora que inviabilize o exercício de direito previsto na Constituição Federal. Ou seja, no mandado de injunção a situação é a de que tem-se um direito previsto na Constituição Federal, e este direito está sendo impossibilitado de ser exercido devido à ausência de uma norma regulamentadora. 
	A ADO é mais genérica, a CF fala que é esta será cabível quando houver a ausência de uma medida (mais amplo, até atos de efeitos concretos) para tornar efetiva uma norma constitucional. 
	Logo, o âmbito da ADO é mais amplo do que o âmbito do Mandado de Injunção. O Mandando de injunção serve para alguns tipos de omissão inconstitucional, enquanto que a ADO serve para qualquer tipo de omissão inconstitucional. 
	Em relação aos efeitos, o mandando de injunção que é instrumento do controle difuso tem mais efeitos do que a ADO. A decisão tem efeitos mandamentais-aditivos. Ou seja, o judiciário dá uma regulamentação provisória a matéria. 
	Por outro lado, no caso da ADO os efeitos são aqueles previstos no art. 103 §2º da CF, são efeitos meramente declaratórios: Quando o omisso for o legislador este terá a mera ciência da falta da norma. Quando a falta da norma for atribuída ao administrador, este terá o prazo de 30 para tomar a medida que falta ou elaborar a norma faltante. 
Estado de Coisas Inconstitucional – ECI:
Instrumento utilizado para reconhecer o Estado de coisas inconstitucional: ADPF. Se houver outra medida apta a sanar a lesão a direito fundamental não caberá ADPF. 
O ECI está na causa de pedir. (Corte Constitucional Colombiana):
1. Deve-se fazer uma análise de fato da coisa.
2. No ECI o STF toma uma série de providências, mas não no sentido de concretizar uma política pública. 
	Também foi reconhecido no ordenamento jurídico peruano, mas houve um barateamento do instituto, que passou a ser utilizado para qualquer coisa. 
Pressupostos para conhecimento da ECI (Estado de Coisas Inconstitucional):
1. Massiva, generalizada e sistemática violação de direitos fundamentais de um grupo significativo de indivíduos.
2. A omissão deve decorrer de um período razoável, deve ser uma omissão prolongada desse Estado de coisas que violam a constituição.
3. Impossibilidade de identificar uma única autoridade estatal como responsável pelo descumprimento da Constituição. Ou seja, existem uma multiplicidade de órgãos estatais que devem agir conjuntamente para sanar esse estado de inconstitucionalidade.
4. Existência de problema grave cujo equacionamento requer soluções diferenciadas e complexas por parte das autoridades Estatais.
5. A omissão não é apenas no âmbito normativo, mas sobretudo no plano fático. O problema do Estado de coisas Inconstitucional é um problema de efetividade: é uma análise de texto com a realidade fática, o quadro empírico sobre qual a norma incide. Análise textual é insuficiente para que se caracterize o ECI. 
6. Um risco de colapso do poder judiciário, materializado na possibilidade real de ajuizamento múltiplo de ações judiciais versando sobre questões idênticas.
Críticas ao ECI:
O STF reconheceu o ECI na ADPF 347. 
O ECI é uma ação civil pública julgada pelo Supremo.
A maior crítica ao ACI é o problema da efetividade da decisão. Como ela é implementada? 
_______________________________________________________________
Técnicas de Decisão no Controle
No começo havia apenas duas técnicas: a declaração de constitucionalidade e a declaração de inconstitucionalidade. Hoje em dia, tem-se todo um repertório de decisões.
Declaração de constitucionalidade 
1) Pura e simples: A norma é compatível com a CF e é assim declarada. 
2) Interpretaçãoconforme a constituição: A norma é constitucional desde que interpretada em um determinado sentido. Às vezes a lei permite vários significados, alguns são compatíveis com a constituição, outros são incompatíveis com a CF. Logo, a lei, a norma em si é constitucional, desde que afastados determinados sentidos, afastadas determinadas intepretações. Ex: Análise da EC 45 – COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
3) Apelo ao legislador: A norma é declarada AINDA constitucional. Ainda porque a norma está em trânsito para a inconstitucionalidade, ou seja, esta prestes a se tornar inconstitucional. Dessa forma, o tribunal a mantém, mas apela ao legislador para que edite uma nova lei/norma antes que aquela se torne definitivamente inconstitucional. Geralmente, a norma está prestes a se tornar inconstitucional por conta da mudança de uma realidade fática. 
Declaração de inconstitucionalidade (Art. 97 – Clausula de reserva de plenário)
1) Pura e Simples: Verifica-se que a norma é incompatível com a constituição. Logo, caso haja decisão do STF, a norma é expulsa do ordenamento. Insta ressaltar que caso a norma seja considerada inconstitucional por outro tribunal, a norma não será expulsa, mas somente não aplicável aquele caso.
2) Nulidade Parcial sem redução do texto: A incidência da norma em determinado caso concreto, em determinada situação, é afastada, sem que para tal seja preciso alterar o texto da norma. 
3) Declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade: A norma é declarada inconstitucional, mas é mantida para evitar um mal maior. Ou seja, para evitar uma inconstitucionalidade mais grave. Utiliza-se essa técnica quando há omissão parcial, ou seja, foi feita uma lei, mas essa é insuficiente para regular uma matéria. Mas se a lei simplesmente for expulsa do ordenamento, volta-se a uma situação jurídica pior. Ou seja, a lei vai ser excepcionalmente mantida para que a situação não piore. Ex: Salário mínimo. O valor não é suficiente para manter todos aqueles mandamentos previstos na CF, porém, caso esta seja anulada, volta-se para uma lei de um salário mínimo ainda menor. Essa é uma técnica alemã. 	
OBS: Geralmente quando declara a inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade, é então fixado um prazo para o legislador resolver aquela situação normativa. 
OBS: Na interpretação conforme há uma declaração de constitucionalidade, enquanto que na nulidade parcial há uma declaração de inconstitucionalidade. A interpretação conforme também não precisa respeitar a cláusula de reserva de plenário. A interpretação conforme tem a ver com sentido, de como a lei deve ser interpretada, enquanto que a inconstitucionalidade sem pronúncia tem a ver com incidência, sendo que esta só pode ser interpretada de uma única forma. 
Efeitos das decisões do Supremo Tribunal Federal
	Efeitos objetivos e Efeitos subjetivos: Analisa-se quem é atingido pela decisão. Ou seja, se a decisão vincula ou não vincula outros órgãos.
	Quem é atingido pela decisão. Se tem efeito erga omnes ou inter-partes.
	A decisão em controle concentrado (ADIN, ADC e ADPF) vai ter efeitos erga-omnes (vale para todas as pessoas, não só para quem entrou com a ação) e vinculante (a decisão obriga outros órgãos do poder judiciário e da administração publica).
	OBS: É importante diferenciar a ratio decidendi (razões de decidir) e o obter dictum (o que é dito de passagem).
	Efeitos vinculantes:
1. Dispositiva – decisão final – tem efeito vinculante
2. Ratio decidenci – divergência – doutrina majoritária que não vincula
3.Obter dictum - não vincula.
	A decisão em controle difuso em regra tem efeitos inter-partes, ou seja, vale só para as partes do processo e não vinculante, ou seja, outros tribunais podem entender de maneira diferente.
Excepcionalmente, existem casos que a decisão em controle difuso vai ter efeitos erga-omnes e vinculantes. Seguem os casos especiais:
1. Quando o STF editar súmula vinculante – (ART 103 – A da CF): A constituição diz que o STF depois de reiteradas decisões em matéria constitucional, ou seja, casos concretos (controle difuso), poderá por 2/3 dos seus membros, de ofício ou por provocação, editar uma súmula de efeitos vinculantes. Quando o STF edita essa súmula, aquela decisão que atingiria somente aquelas partes passa a ter efeitos erga-omnes e vinculantes. Exemplo: SÚMULA 11 – ALGEMAS. 
2. Quando o Senado Federal suspender a execução da lei por meio de resolução nos termos do art. 52, inciso X da CF. Quando o STF declara a inconstitucionalidade de uma lei em controle difuso (decisão transitou em julgado), ele comunica o SF por meio de um ofício STF. Esse oficio S é encaminhado ao CCJ que vai dar um parecer sobre este, podendo concluir pelo arquivamento do ofício (deixar valendo apenas para o caso concreto, não havendo a suspensão da lei, continuando a decisão a ter efeitos inter-partes) ou pode concluir pela apresentação de um projeto de resolução. Se esse projeto for aprovado, ai então o SF suspende a execução daquela lei. Ou seja, o SF pega a decisão do STF que era só para aquele caso concreto específico, e amplia para que a decisão tenha efeitos erga-omnes e vinculante.
	OBS: Esse ato do SF é um ato discricionário. 
Efeitos temporais: A partir de quando a decisão é valida.
	No controle concretado:
Em regra a decisão vai ter efeitos retroativos (ex-tunc, desfaz o que estava feito), inclusive, vai ter também o efeito repristinatório, ou seja, vai voltar à lei que estava antes. É como se a lei nunca tivesse existido, e vai voltar a lei que estava antes dela. Insta ressaltar que aqui a lei não está sendo revogada, mas sim declara inconstitucional. 
	Excepcionalmente, a decisão em controle concentrado pode ter efeitos ex-nunc (a partir de agora a lei não vale mais, porém, os efeitos passados são mantidos) ou ter efeitos pro-futuro (hoje, fixa-se uma data no futuro, até que chegue essa data, a lei vai continuar produzindo efeitos, a partir de uma data no futuro esta deixará de produzir efeitos). 
É possível mudar de ex tunc para ex nunc ou de ex tunc para pro-futuro, de acordo com o art. 27 da lei 9868/99, sendo necessário o quórum de 2/3 dos ministros para poder concordar. Esse procedimento é conhecido como modulação de efeitos. 
Portanto, pode ser levantada uma questão de ordem, para decidir qual efeito irá prevalecer.
Essa mudança pode ser feita por motivos de relevante interesse público ou segurança jurídica, de acordo com a discricionariedade do próprio STF. 
No controle difuso:
Em regra, a decisão tem efeitos ex-tunc.
Excepcionalmente, o STF pode dar a decisão efeitos ex nunc ou pro futuro. É aplicado o art. 27 da Lei 9868/99 por analogia. (MODULAÇÃO DE EFEITOS)
	Quando o controle difuso atinge terceiros, diz a doutrina majoritária que vai atingir com efeitos ex-nunc, uma vez que no caso de súmula vinculante ou no caso de o SF suspender a lei, aquela súmula ou resolução valerá dali por diante.

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