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Elementos Acidentais do NJ

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Elementos Acidentais do NJ
Defeitos no NJ
Responsabilidade Civil 
Prescrição e Decadência. 
ELEMENTOS ACIDENTAIS NO NJ 
são cláusulas inseridas num NJ com o objetivo de modificar uma (ou mais) de suas consequências naturais. São quesitos modificadores DOS EFEITOS NORMAIS DO NJ, RESTRINGINDO-OS NO TEMPO OU RETARDANDO SEU NASCIMENTO OU EXIGIBILIDADE. Esses elementos são:
Termo
Condição e 
Encargo (ou Modo).
.
DEFINIÇÃO DE ELEMENTOS ACIDENTAIS
Constituem requisitos de existência e de validade do negócio jurídico, que são: A manifestação de vontade das partes, objeto e forma. 
elementos acidentais, são desnecessários à formação do ato, as partes deles se utilizam para modificar a eficácia do ato, adaptando-a a circunstâncias futuras
APRESENTAÇÃO DOS ELEMENTNOS ACIDENTAIS 
CONDIÇÃO: Negócio dependente de evento futuro e incerto; Identificada pelas conjunções “se” ou “enquanto”; A condição suspensiva suspende os efeitos do negócio jurídico; A condição resolutiva põe fim aos efeito do negócio jurídico.
TERMO: NJ depende de evento futuro e certo; Identificado pela conjunção “quando”; O termo inicial suspende os efeitos do negócio jurídico e termo final põe fim a eles.
ENCARGO: É uma cláusula acessória de liberalidade impondo uma obrigação; Identificado pelas conjunções “para fim de” ou “ com fim de”; O encargo não suspende e nem resolve a eficácia do negócio jurídico; Não cumprido o encargo, cabe revogação da liberalidade. 
Condição 121 e ss CCB 
 Subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro e incerto, 
Esse negócio existe? SIM. É válido? SIM. É eficaz? MOMENTANEAMENTE NÃO, pois só terá eficácia se no dia da compra chover, só depois do implemento da condição o negócio produzirá efeitos.
A condição pode ser suspensiva ou resolutiva. 
 SUSPENSIVA: Ela suspende o exercício e a aquisição do direito, até seu cumprimento. 125/6CCB
 RESOLUTIVA: o contrário da suspensiva, a eficácia acaba quando a condição é satisfeita. 127/8 CCB
CARACTERÍSTICAS DE CONDIÇÃO 121 CC
Suas principais características são: 
Voluntariedade: deve nascer da vontade das partes; 
Futuridade: é o evento que ainda não aconteceu e nem deixou de acontecer, encontrando-se ainda pendente em expectativa. Se o evento já se verificou, ainda que as partes não saibam da ocorrência, não há que se falar em condição, podendo caracterizar erro ou ignorância; 
Incerteza: o evento pode ou não se verificar (incerteza real, não somente na mente da pessoa).
Condição para atos patrimoniais 
Os atos de natureza patrimonial, salvo exceções, tal como aceitação e renúncia da herança (vide Art. 1808 CC) admitem condições.
Os atos de natureza patrimonial pessoal, isto é, referentes ao patrimônio da pessoa (Família e os Direitos Personalíssimos) não admitem condição. Exemplos: Casamento, reconhecimento de filho, adoção, emancipação, legado, fixação de domicílio. 
Atos que não aceitam condição, são aqueles que inadmitem certeza, atos jurídicos em sentido estrito e aqueles relacionados a Direito Sucessório e de Família.
TIPOS de condição: 
Lícitas: São aquelas que não contrariam as leis, a ordem pública e os bons costumes.
Ilícitas: é a condição contrária à lei, à ordem pública e aos bons costumes. Exemplo: a condição de matar alguém (contrária à lei); de instalar casa de prostituição (contrária à lei e aos bons costumes); a proibição de mudar de religião; a condição de não sair do país (viola o direito de ir e vir).
Possíveis: São passíveis de serem cumpridas.
Impossíveis: Não são passíveis de serem cumpridas.
Fisicamente Impossíveis: Humanamente impossíveis. (dar-te-ei R$ 1.000.000,00 se vc voar)
Juridicamente Impossíveis: Existe proibição expressa no ordenamento jurídico, ou ferem a moral e os bons costumes. (aproximam-se das condições ilícitas e imorais)
CLASSIFICAÇÃO DE CONDIÇÃO: 
CAUSAIS: São as que dependem do fortuito, do acaso, fato alheio à vontade das partes. Exemplo: doarei um milhão se chover amanhã.
POTESTATIVAS: Decorrem da vontade ou poder de uma das partes.
Puramente Potestativas: São ilícitas, pois dependem exclusivamente do puro arbítrio de uma das partes. Ex: juros ao seu critério de um dos contratantes.
Simplesmente Potestativas: Lícitas, dependem não só da manifestação de vontade de uma das partes, mas também de algum acontecimento ou circunstância exterior que escapa ao seu controle. Exemplo: doarei o bem X se você fizer Y.
Mistas: Dependem simultaneamente da vontade das partes e de um terceiro. Ex: se você se casar com Y, darei a casa.
SUSPENSIVA: impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto. Ex: darei o SE ocorrer tal fato (125/126 do CC)
RESOLUTIVA: É aquela que extingue, resolve o direito quando ocorrido o evento futuro e incerto. Ex: doarei X /mês enquanto você morar no Rio. 
TERMO 135 CCB
Trata-se de uma determinação acessória que se refere a um acontecimento futuro e certo, que subordina o início ou o fim da eficácia jurídica do negócio Cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento FUTURO E CERTO, podendo ser: 
 SUSPENSIVO (termo inicial ou dias a quo): dá início aos efeitos do negócio, ou seja, a sua eficácia, atente que o termo suspensivo suspende apenas o exercício do direito e não a aquisição como no caso da condição suspensiva. 
RESOLUTIVO (termo final ou dias ad quem) é quando as partes determinam quando um negócio jurídico, p. ex, um contrato de locação, cessará os efeitos esperados pelas partes, no caso, a vigência do contrato celebrado entre locatário Art. 131, CC
TERMO = CLASSIFIÇÃO 
CONVENCIONAL: contratual que subordina a eficácia do negócio a evento futuro e certo
TERMO DE DIREITO: decorre da Lei (prescrição ou decadência).
TERMO DE GRAÇA: dilação de prazo concedida ao devedor.
TERMO INCERTO: É o termo certo e inevitável, porém incerto quanto à data de sua realização (morte).
TERMO CERTO: Quando se reporta a determinada data do calendário ou a determinado lapso.
Termo Inicial e Final: dies a quo e ad quem.
modo ou encargo 136/7 CCB. 
consiste na imposição de um ônus, como uma doação modal ou também conhecida como onerosa. Caso o encargo não seja cumprido, a liberalidade poderá ser revogada e invalidado o NJ.
Att ao Art 137 – exigência impossível e se cumprir é tida como não escrita. 
consiste em um ônus oriundo de um negócio jurídico gratuito, ou seja, uma determinação que, imposta pelo autor de uma liberdade, a este adere, restringindo-a. 
Exemplo: Doações feitas ao município, com a obrigação de construir um hospital; Testamentos com a obrigação de cuidar de determinada ALGUÉM. 
DEFEITOS NO NJ
DEFEITOS NO NEGÓCIO JURÍDICO 
Do Erro ou Ignorância – CC, 138 a 144
Do Dolo – CC, 145 a 150
Da Coação – CC, 151 a 155
Do Estado de Perigo – CC, 156
Da Lesão – CC, 157
Da Fraude Contra Credores – CC 158 a 165
Da simulação – CC, §1º, 167
ERRO OU IGNORÂNCIA
Consiste em uma falsa representação da realidade (o agente engana-se sozinho); 
ESPÉCIES
a) ERRO SUBSTANCIAL (OU ESSENCIAL): é o que recai sobre circunstâncias e aspectos relevantes do NJ (se conhecida a realidade - seria celebrado).
A.1) Erro sobre Natureza Do Negócio (error in negotio) : uma das partes manifesta a sua vontade pretendendo e supondo celebrar determinado NJ e, na verdade, realiza outro diferente (quer alugar e escreve vender) “pretende o agente praticar um ato e pratica outro”.
 A.2) Erro Sobre O Objeto Principal da Declaração (error in corpore) é o que incide sobre a identidade do objeto (seu desejo recai sobre objeto diverso daquele que tinha em mente).
 
Erro. Continuação. 
A.3) Erro sobre alguma das Qualidades Essenciais Do Objeto Principal (error in substantia ou error in qualitate) ocorrerá quando o motivo determinante do NJ é a suposição de que o objeto possui determinada qualidade e, posteriormente, se verifica inexistir (não tem as qualidades que pensava essenciais e que influiriam na decisão).
A.4) Erro quanto à Identidade: ou Qualidade da pessoa a quem serefere a declaração de vontade (error in persona). 
A.5) Erro de Direito (error juris) é o falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea da norma jurídica aplicável à situação concreta.
ERRO...CONTINUAÇÃO . 
B) ERRO ACIDENTAL: é o erro que se opõe ao substancial, porque se refere a circunstâncias que, sem elas, o ato não se realizaria se o agente conhecesse a verdade, mesmo assim realizaria o NJ. 
 Obs: Erro Escusável: (ART. 138) é o erro justificável, exatamente o contrário de erro grosseiro ou inescusável, de erro decorrente do não-emprego da diligência ordinária. Adotou-se o padrão abstrato para aferir a escusabilidade, qual seja, do homem médio (homo medius)
 C) ERRO REAL: é aquele causador de prejuízo concreto para o interessado. . ex. adquiro um veículo 2000 em vez de 2006
 D) ERRO OBSTATIVO OU IMPRÓPRIO: é o de relevância intensa,que apresenta uma profunda divergência entre as partes, impedindo que o NJ venha a se formar.  obsta a sua formação e, diante disto, inviabiliza a sua existência.
Dolo 
Conceito: é o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. 
 difere do ERRO porque este é espontâneo (a vítima se engana sozinha) enquanto que aquele é provocado pela outra parte ou por terceiro, fazendo com que a vítima se equivoque.
Espécies de dolo:
dolo principal:art 145; ocorre quando há induzimento malicioso de uma das partes.  
dolo acidental:art. 146; relativo às condições do NJ. Não vicia a vontade nem anula o NJ. 
Dolo. Continuação...
dolus bonus :dolo tolerável, destituído de gravidade suficiente para viciar a manifestação de vontade(comum no comércio em geral). 
dolus malus: revestido de gravidade com o propósito de prejudicar , consiste em atos, palavras e até mesmo no silêncio maldoso. 
dolo positivo ou comissivo e dolo negativo ou omissivo: art. 147. omissão à ação dolosa e tem como base o princípio da boa-fé.  
dolo de terceiro = art. 148. incumbe a parte lesada provar, na ação anulatória, que a outra parte, beneficiado pelo dolo de terceiro, dele teve ou deveria ter conhecimento. 
dolo do representante = art. 149. quando atua nos limites de seus poderes, considera-se o ato praticado pelo próprio representado. subdivide-se em legal e convencional. 
 dolo bilateral: art. 150. ambas as partes tem culpa. ninguém pode valer-se da própria torpeza. não há boa-fé a defender.
dolo de aproveitamento: Art. 157. constitui elemento subjetivo da lesão. 
coação 
É toda ameaça ou pressão exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar um NJ. ATINGE BENS. 
 
ESPÉCIES:
ABSOLUTA OU FÍSICA(vis absoluta) vicia é o constrangimento corporal que retira toda capacidade de querer, não se tratando de vício de vontade
RELATIVA OU MORAL(vis compulsiva) deixa-se uma opção ou escolha à vítima: pratico o ato exigido ou corro o risco de sofrer as consequências? Há aniquilação do consentimento.
Coação --- continução 
COAÇÃO PRINCIPAL:é assim denominada a que é a causa determinante do NJ. 
COAÇÃO ACIDENTAL: influi apenas nas condições da avença, ou seja, sem ela o nj assim mesmo se realizaria, mas em condições menos desfavoráveis à vítima. Somente obriga ao ressarcimento do prejuízo
Requisitos da Coação – CC, 151
Excluem a Coação – CC, 153, 1ª parte
Coação exercida por terceiro – CC, 154 e 155
DO ESTADO DE PERIGO art 156
 No estado de perigo há o temor de grande dano moral ou material onde a pessoa, diante dessa possibilidade, assume comportamento que não teria,normalmente, caso não houvesse essa condição que pusesse a vida de familiar em risco. 
vontade viciada por situação de perigo, com o intuito de salvar direito pessoal, de sua família, ou de parente. Critérios: 
Objetivos:
a)Ameaça de grave lesão a direito do agente ou de pessoa de sua família;
b) Atualidade do dano;
c) Onerosidade excessiva da obrigação.
Subjetivos: 
d) A crença do agente de que realmente se encontra em perigo;
e) O conhecimento do perigo por parte do outro contratante. 
LESÃO 
Lesão: prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de um contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou inexperiência de uma das partes. De fundo moral, visa ajustar o contrato a seus devidos termos, eliminando-se a distorção provocada pelo aproveitamento da necessidade, ou da inexperiência ou da leviandade alheia.
 
SIMULAÇÃO 
É a declaração falsa da vontade, visando produzir efeito diverso do indicado, para iludir terceiros ou burlar a lei. É produto de um conluio entre os contratantes, visando obter efeito diverso daquele que o NJ aparenta conferir. É vício social 
CARACTERÍSTICAS
a) falsa declaração bilateral de vontade;
b) a exteriorização do ato não reflete a intenção real das partes;
c) estará sempre a iludir ou prejudicar terceiro.
ESPÉCIES DE SIMULAÇÃO
Absoluta: quando a declaração enganosa da vontade exprime um NJ bilateral ou unilateral, não havendo intenção de realizar ato negocial algum. 
Relativa: alguém, sob a aparência de um NJ fictício, realizar outro que é o verdadeiro, diverso, no todo ou em parte, do primeiro, com o escopo de prejudicar terceiro. 
EFEITOS DA SIMULAÇÃOO NEGÓCIO É NULO, não podendo ser convalescido pelo decurso do tempo. 
 
 
FRAUDE CONTRA CREDORES.
Da Fraude Contra Credores: prática maliciosa, pelo devedor, de atos que desfalcam seu patrimônio, com o fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios alheios. objetivo (eventus damni). Provoca a AÇÃO PAULIANA. Espécie de vício social. Má fé do devedor que em estado de insolvência, dispõe de todo seu patrimônio para evadir-se das obrigações. Elementos: 
Consilium fraudis: conluio fraudulento. 
Eventus damini: prejuízo causado. 
RESPONSABILIDADE CIVIL art 186 CCB 
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
 Objetivo: restituir o dano por completo - principio da restitutio in integrum, ou seja, a reposição completa da vítima a situação anterior a lesão, ou por uma indenização mais próxima possível o valor do prejuízo.
Art 187 – Teoria do Abuso de Direito. 
Excludentes de Ilicitude: art 188 CCB 
Legítima defesa
Exercício regular de direito
Estado de Necessidade.

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