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ALEGAÇÕES FINAIS 13 11 17

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP. 
Processo n.º XXXXXXXXXXXXX 
A Querelante Patrícia Goulart de Bragança, já qualificada nos autos do presente processo crime que move em desfavor da Querelada Kamylla Proença de Albuquerque, outrossim qualificado no caderno processual, vem, por seus procuradores in fine assinados, à presença de Vossa Excelência, apresentar as pertinentes ALEGAÇÕES FINAIS, em forma de memoriais; o que faz mediante os termos infra aduzidos: 
1 - PRELIMINARMENTE 
Vê-se dos autos que a presente ação penal fora devidamente instaurada pela queixa-crime, a qual seguiu o rito adequado, não tendo se verificado qualquer irregularidade ou vício na fase instrutória, apresentando-se o processado idôneo para a solução meritória. 
A atermação encontra-se colacionada às fls. .... O termo de Representação se vê às fls..... O instrumento de mandato, com poderes específicos para a deflagração da ação penal, contendo a narrativa do acontecido e apontando a autoria e as circunstâncias do fato delituoso fora junto às fls. ... 
A pretensão acusatória da Querelante não foi atingida pela Decadência, haja vista não ter decorrido o prazo legal para tanto. 
Foi junta aos autos, na oportunidade do oferecimento da queixa-crime, a Declaração de fls...., produzida pelas Testemunhas.
É o relatório. 
2– DA PROVA ROBUSTA DA AUTORIA E MATERIALIDADE DOS CRIMES PREVISTOS NOS ARTIGOS 139 E 140 DO DIGESTO PENAL A AUTORIZAR A CONDENAÇÃO 
Como se infere dos depoimentos colacionados aos autos, resta extreme de dúvidas a prática, por parte da Querelada, dos crimes de Difamação e Injúria previstos nos artigos 139 e 140, respectivamente, do Código Penal Brasileiro. 
O depoimento das testemunhas se diz inteira coerência com a Declaração de fls. .., produzida de próprio punho pela mesma Testemunha. 
Nenhuma das declarações, naquilo que pertinente para o deslinde do caso sub judice, da Querelada em seu depoimento de fls. .. foram confirmadas pela Testemunha presencial
Nesse passo, conclui-se que não houve, por parte da Querelante, nenhum fomento ou incentivo para as declarações da Querelada, já que não se referiu ao nível deste, nem tampouco entrou em confronto verbal com o mesmo. 
Em assim sendo, mostra-se inconcussa a autoria e materialidade dos delitos imputados. 
3 – DA AFETAÇÃO INCONTESTE AO BEM JURÍDICO HONRA 
3.1 – Do Conceito Jurídico de Honra 
Ao conceituar honra, assevera o grande Mestre Nelson Hungria: 
“Entre todos os povos e em todos os tempos, depara-se a noção da honra como um interêsse ou direito penalmente tutelável.” 
Recentemente, citando o não menos festejado Mestre Magalhães Noronha, declarou o Professor Mirabete: 
“No capítulo V, estão definidos os crimes que atentam contra a honra, ou seja, os que atingem a integridade ou incolumidade moral da pessoa humana. A honra pode ser conceituada como o conjunto de atributos morais, intelectuais e físicos referentes a uma pessoa ou, no dizer de Noronha, como o “complexo ou conjunto de predicados ou condições da pessoa que lhe conferem consideração social e estima própria.” 
3.2 Da Consumação dos Crimes de Difamação e Injúria 
O crime de Difamação se consumou quando terceiras pessoas tomaram conhecimento da imputação desonrosa. 
Como se verifica do processado, além da Testemunha XXXXXXXXXX, outras pessoas ouviram as interpelações grotescas da Querelada. É o que se infere das declarações da mesma testemunha em Juízo.
Ora, Excelência, o Direito Pretoriano em casos tais não vacila. Vejamos: 
“Consuma-se o delito de difamação com o conhecimento, por terceiro, da imputação.” 
“Não é necessário que fique ciente uma pluralidade de pessoas, bastando a ciência de qualquer uma, além da ofendida.” 
O crime de Injúria, de igual forma, restou induvidosamente consumado. 
Injuriar é: “Na sua essência, é a injúria uma manifestação de desrespeito e desprezo, um juízo de valor depreciativo capaz de ofender a honra da vítima no seu aspecto subjetivo. (....) Trata-se ainda de proteger a integridade moral do ofendido, mas, ao contrário do que ocorre com a calúnia e a difamação, na injúria está protegida a honra subjetiva (interna), ou seja, o sentimento que cada qual tem a respeito de seus atributos. Na injúria, pode ser afetada, também, a reputação (honra objetiva) da vítima, desprestigiada perante o meio social, mas esse resultado é indiferente à caracterização do crime.” 
3.3 Do concurso de crimes – Difamação e Injúria. 
Resta induvidosa a perpetração de dois delitos, quais sejam, o previsto no artigo 139 e aquele inserto no artigo 140, ambos do Código Penal. 
Note, digno Magistrado, como fez crer a Doutrina e Jurisprudência, que na realidade o tipo penal do artigo 139 visa proteger a honra objetiva da vítima, entendida essa como o conjunto de atributos morais da mesma e, ainda sua reputação. Este o bem jurídico tutelado. 
O injusto penal que se adequa ao preceituado no artigo 140 atinge a honra subjetiva (este o interesse protegido), a saber, o sentimento pessoal da vítima com relação a seus atributos morais. 
Desse modo houve a prática de dois delitos, ainda que se possa imaginar terem ocorrido a um só tempo (concurso formal de crimes), já que o Querelado ofendeu a honra objetiva (difamação) e a honra subjetiva (injúria) da Querelante; pelo que incidiu nos preceitos penais incriminadoras de ambas as normas penais (arts. 139 e 140 do CP).
4. DO PEDIDO 
Ante o exposto, pugna a Querelante Patricia pela condenação da Querelada Kamylla nas penas dos artigos 139 e 140, na forma do artigo 70, todos do Código Penal Brasileiro, por ser medida de estrita legalidade e Justiça. 
Nestes termos,
Pede Deferimento.
............., .... de ................ de ............
(local e data)
...............................
Advogado (nome)
OAB/..... nº............

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