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DIETAS HOSPITALARES
 As dietas são elaboradas considerando-se o estado nutricional e fisiológico das pessoas, e em situações hospitalares, devem estar adequadas ao estado clínico do paciente, além de proporcionar melhoria na sua qualidade de vida.
Objetivo
Garantir o aporte de nutrientes ao paciente internado e preservar seu estado nutricional, por ter um papel co-terapêutico em doenças crônicas e agudas.
 Trato gastrointestinal íntegro
 Leis de Escudero: Quantidade, Qualidade, Harmonia e Adequação
 O êxito do tratamento depende de:
 Adesão da dieta;
 Conduta dietoterápica adequada;
 Cardápio atraente;
 Acompanhamento e orientação constante do paciente
REFEIÇÕES
 Sabor
 Temperatura
 Volume
 Conteúdo de resíduos
 Valor purínico
 Consistência
CONSIDERAR TAMBÉM: Valor Calórico Total/ Alterações de Macronutrientes/Restrições de Nutrientes
SABOR
 doce, salgado, misto, suave ou moderado, ou intenso
 Evitar: Elevadas concentrações de açúcar, sal ou ácidos;
 Condimentos podem ser utilizados (ervas, especiarias, pouco sal)
TEMPERATURA
 Temperatura ambiente, quente, fria ou até mesmo gelada.
 Peristalse é acelerada pelos alimentos quentes e retardada pelos frios
VOLUME
 capacidade gástrica do paciente (normal, aumentado ou diminuído)
 Para evitar a distensão gástrica, deve-se aumentar a frequência das refeições e diminuir seu volume;
CONTEÚDO DE RESÍDUOS
 quantidade e qualidade de celulose contida nos alimentos vegetais e com a rigidez do tecido conectivo dos animais
REPOUSO GASTRINTESTINAL:
 Isenta de resíduos;
 Com poucos resíduos (frutas e/ou verduras em forma de purê);
 Com resíduos brandos (cereais triturados, verduras e frutas tenras cozidas em compotas ou sem casca);
QUANDO SE DESEJA ESTIMULAR O TRÂNSITO INTESTINAL:
 Rica em resíduos (vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais).
VALOR PURÍNICO
 Quanto ao conteúdo de purinas (metabólitos de proteínas), a dieta pode ser:
 Normopurínica; Hipopurínica; Hiperpurínica; ou Apurínica.
↑ teor de purinas
 Carnes em geral, vísceras de animais, feijões e lentilhas;
↓ teor de purinas
 Cereais, frutas, verduras e leite podem ser incluídos;
CONSISTÊNCIA
 A dieta pode ter consistência normal à líquida, em ordem progressiva da mais consistente e mais completa à menos consistente e mais restrita.
MODIFICAÇÕES TERAPÊUTICAS DA DIETA
 Mudança na consistência dos alimentos;
 Acréscimo ou diminuição do valor energético;
 Aumento ou redução no tipo de alimento consumido;
 Ajuste na proporção e equilíbrio de proteínas, gorduras e carboidratos.
TIPOS DE DIETA HOSPITALARES:
Dieta Líquida; Dieta semilíquida; Dieta Pastosa; Dieta Branda e Dieta Normal
DIETA LÍQUIDA
 É aquela que reduz o tempo e o trabalho digestivo dos alimentos consumidos e apresenta pequena viscosidade e fluidez.
 INDICAÇÕES DA DIETA LÍQUIDA
Dificuldades para mastigar ou engolir; Restrição da função digestiva; Durante o pré e pós- cirúrgico; Preparo de exames;
 TIPOS DE DIETA LÍQUIDA
Líquida Restrita e Líquida Completa
DIETA LÍQUIDA RESTRITA
 Constituída de líquidos translúcidos
 Reduzido Valor Nutritivo
Objetivos:
 Manter a hidratação
 Evitar a acidose
 Manter a função renal
 Repouso gástrico
CARACTERÍSTICAS
 Hipocalórica (300 a 400 Kcal OU Até 600Kcal)
 Hipoprotéica
 Hipoglicídica
 Volume: 200 – 300ml por refeição
 5 -10g de PTN
 120 -130 g de CH
 mínimo de gordura
 Fracionamento: 2 em 2 ou 3 em 3 horas
 Duração máxima: 72 h? 48h?
 Fibras isenta
Alimentos indicados
 Chá
 Caldo
 Água de coco
 Caldo de carnes e legumes
 Caldo de fruta
 Suco de fruta translúcido coado
 Sorvete ou picolé de frutas sem leite
Alimentos contra- indicados
 Leite e derivados
 Café, chá preto
 Carnes todos os tipos e caldos concentrados
 Condimentos irritantes, com exceção ao sal
 Cereais
 Leguminosas
 Alimentos sólidos
 CARDÁPIO
Desjejum 7h - Chá de erva cidreira
Lanche 9h - Água de coco
Almoço 11 h - Caldo de carne
Lanche 13 h - Suco de Laranja diluído
Lanche 15h - Caldo de frutas
Lanche 17h - Suco de maçã com limão
Jantar 19 h - Caldo de legumes
Lanche 21 h - Suco de Lima
Ceia 23 h - Chá de Camomila
DIETA LÍQUIDA COMPLETA
 Compõe-se de alimentos líquidos ou que possam se transformar em líquidos no momento da ingestão.
 INDICAÇÕES
- Período de transição (2 ªfase Pós Operatório)
- Dificuldade para deglutição e mastigação
- Problemas inflamatórios do trato gastrointestinal
Sinonímia: Líquida total
INDICAÇÕES
Anorexia; Preparo de exames; Disfagia; Lesões obstrutivas do TGI; Pré e pós- cirúrgico.
CARACTERÍSTICAS
 Distribuição normal de macronutrientes
 Consistência: Líquida
 Volume: 200 a 300 ml por refeição
 Fracionamento: 2 em 2 ou 3 em 3 horas
 Baixo teor de fibra
PREPARAÇÕES INDICADAS
 Leite, iogurte
 Gelatina
 Sucos de frutas e vegetais coados
 Mingau ralo
 Sopas ralas
 Gordura: óleo, margarina e creme de leite
 Sobremesa: geleias, cremes de frutas e sorvetes
ALIMENTOS NÃO RECOMENDADOS
 Condimentos picantes
PREPARAÇÕES INDICADAS
 evolução para dieta semilíquida deve ser feito o mais breve o possível;
Não sendo possível:
 Suplementação vitamínica e/ou mineral, ou mesmo protéico-calórica (Sustagem, Sustacal), clara de ovo, creme de leite, açúcar, farinhas etc.
CARDÁPIO
Desjejum 7h • Mingau ralo
Lanche 9h • Suco de goiaba
Almoço 11 h • Sopa de carne com vegetais
Lanche 13 h • Vitamina de Ameixa
Lanche 15h • Suco de Acerola
Lanche 17h • Sopa de frango com vegetais
Jantar 19 h • Suco de Laranja com Cenoura
Lanche 21 h • Mingau ralo
Ceia 23 h • Leite
DIETA SEMILÍQUIDA
 Abrange preparações mistas, as quais contêm líquidos e substâncias em estado de dispersão grosseira, cujas as partículas se encontram em suspensão ou emulsão, resultando num líquido espessado.
Sinonímia: Dieta leve, líquida pastosa ou pastosa liquidificada
OBJETIVOS:
 Repouso digestivo
 Atender às necessidades dos pacientes quando alimentos sólidos não são tolerados.
INDICAÇÕES
Estados Anoréticos; Preparo para exames; Lesões do TGI; Disfagia Pré e pós cirúrgico.
CARACTERÍSTICAS
 Distribuição normal de macro
 Alimentos líquidos espessados
 Volume: 200 a 400 ml
 Fracionamento: 5 a 6 refeições
 Isenta de fibras e tecido conjuntivo
PREPARAÇÕES INDICADAS
 Infusos
 Sucos coados
 Purê de vegetais
 Sopas espessas liquidificadas e cremosas
 Leite, iogurte, coalhada, queijos cremosos
 Sobremesas: sorvetes, pudins, cremes
 CARDÁPIO
Desjejum • Mingau
Lanche • Papa de fruta
Almoço • Sopa de creme de vegetais
Lanche • Vitamina de Fruta
Jantar • Sopa de creme de vegetais
Ceia • Mingau
DIETA PASTOSA
 Os alimentos devem estar em forma de purê, mingau, batidos ou triturados, exigindo pouca mastigação e facilitando a deglutição.
INDICAÇÕES
Dificuldade de mastigação; Disfagia; Pré e pós-cirúrgico
CARACTERÍSTICAS
 Distribuição normal de macro
 Consistência: pastosa
 Volume: 200 a 400 ml
 Fracionamento: 5 a 6 refeições
 Isenta de fibras e tecido conjuntivo
 Cerca 2000Kcal e 80g de PTN.
PREPARAÇÕES INDICADAS
 Carnes moída, desfiada
 Frutas cozidas, purê ou sucos
 Arroz papa
 Pão e similares
 Gordura: óleo, margarina e creme de leite
 Sobremesa: geleias, cremes de frutas e sorvetes, bolo simples, cremes
CARDÁPIO
Desjejum: Leite e biscoito doce
Lanche: Banana amassada
Almoço: Sopa de frango com macarrão
Lanche: Vitamina de maracujá
Jantar: Sopa de carne com arroz
Ceia: Leite c/mucilon ou neston
DIETA BRANDA
 É restrita em frituras e alimentos crus, exceto os de textura macia
 O tecido conectivo e a celulose estão abrandados por cocção ou ação mecânica, facilitando a mastigação e a digestão.
INDICAÇÕES
Dificuldades de mastigação; Doença do TGI; Pré e pós-operatório; Transição para dieta normal
CARACTERÍSTICAS
 Normoglicídica
 Normoprotéica
 Normolipídica
 Fracionamento:5 – 6 refeições
 Duração: indeterminado
 Baixo teor de fibras
PREPARAÇÕES INDICAÇÕES
 Salada cozida (vegetais cozidos temperados com molhos simples);
 Carnes frescas cozidas, assadas e grelhadas;
 Vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados;
 Ovo cozido, pochê ou quente (Gema mole não permitido);
 Frutas (sucos, assadas, ou bem maduras, sem casca);
 Torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais);
 Bolo simples, sorvete simples;
 Sopas;
 Óleos vegetais, margarinas (somente para cocção);
 Evitar alimentos gás-formadores
 Sálvia, tomilho e manjericão
PREPARAÇÕES CONTRA-INDICADAS
 Hortaliças cruas
 Doces concentrados
 Frituras
 Alimentos integrais
 Alimentos gases – formadores
 Leguminosas (exceto o caldo)
 Conservas
 Frutas cruas
 Condimentos fortes e picantes
CARDÁPIO
Desjejum: Leite e biscoito doce
Lanche: Suco de maracujá
Almoço: Arroz; verduras cozidas ou refogadas; frango ao molho e purê de abóbora
Lanche: Vitamina de banana
Jantar: Arroz; isca de carne ao molho com verduras cozidas
Ceia: Mingaus de amido de milho
DIETA NORMAL
 Sem nenhuma restrição, deve preencher todos os requisitos de uma dieta equilibrada
 Aproximadamente 1600 -2200 Kcal
- 60 - 80g de PTN ,
- 80 a 100g de LIP,
- 180- 300g CH
Sinonímia: Dieta Geral
CARACTERÍSTICAS
 Normoglicidica
 Normoprotéica
 Normolipídica
 Fracionamento: 5 – 6 refeições
 Duração: indeterminado
 Fibras normais
CARDÁPIO
Desjejum: Leite com café; pão com margarina + 1 fatia de mamão
Lanche: Suco de goiaba ou fruta
Almoço: Arroz, feijão com batata doce, salada crua(tomate, pepino, alface, e azeite de oliva), bife assado
Lanche: Vitamina de melão
Jantar: Arroz, salada cozida(batata, beterraba e cenoura)
Ceia: Mingau de amido de aveia
MODIFICAÇÕES, SEGUNDO O EQUILÍBRIO DE NUTRIENTES
 Normocalórica: Dieta com quantidades normais de calorias, dentro das necessidades distintas de cada paciente.
 Hipocalórica: Dieta restrita em calorias, ou seja, em quantidades abaixo do necessário. Sua função é produzir balanço energético negativo e consequente perda de peso. Indicada para pacientes obesos ou em caso de doenças que requerem urgência médica em perda de peso. Não possui alimentos de alta densidade calórica.
 Hipercalórica: Dieta com quantidades aumentadas de calorias, ou seja, em quantidades acima do valor energético total (VET) do paciente. Tem a função de gerar balanço positivo e consequente ganho de peso. Indicada para pacientes em subnutrição. Possui alimentos de alta densidade calórica.
 Normoprotéica: Dieta que possui quantidades normais de proteínas, segundo as necessidades distintas do paciente.
 Hipoprotéica: Possui quantidades diminuídas de proteínas cuja finalidade é prevenir o acúmulo de metabólitos nitrogenados. Indicadas para pacientes com insuficiência renal crônica, encefalopatia hepática ou outra patologia cujo catabolismo protéico possa interferir na evolução positiva do quadro clínico.
 Hiperptotéica: Dieta com quantidades aumentadas de proteínas a fim de produzir balanço positivo de nitrogênio. A relação caloria/proteína deve ser suficiente. Indicada para pacientes em estado de hipercatabolismo.
Normoglicídica: Dieta em quantidades normais de hidratos de carbono, conforme as necessidades distintas de cada paciente.
 Hipoglicídica: Possui quantidades de carboidratos reduzidas, cujo principal objetivo é diminuir a quantidade destes, sem diminuir necessariamente as calorias, um exemplo é a dieta para o diabético, que é pobre em glicídios simples, em destaque a sacarose.
 Hiperglicídica: Dieta com quantidades aumentadas de carboidratos
 Normolipídica: Possui quantidades normais de gorduras, segundo as necessidades individuais de cada paciente.
 Hipolipídica: Dieta pobre em gorduras, principalmente saturadas, indicada para pacientes com hipercolesterolemia e obesos.
 Hiperlipídica: Dieta com uma boa quantidade de gorduras, principalmente de Triglicerídeos de Cadeia média (TCMs), geralmente indicada para tratamento de desnutrição grave.
 Hipossódica: Dieta pobre no eletrólito/mineral Sódio (Na), presente em grande quantidade em diversos tipos de alimentos, como por exemplo, alguns tipos de adoçantes alimentos embutidos, enlatados, conservas dentre outros. É indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre outros.
 Rica em potássio: Dieta contendo alimentos fontes de potássio. A carência de potássio é comum em pós-operatórios, má nutrição, perdas gastrintestinais e alcalose metabólica, insuficiência cardíaca: (batata, molho de tomate, feijão, batata doce, abacate, leite de cabra, soja, beterraba, damasco, tomate, banana)
 Pobre em potássio: Dieta com teores ↓ de K+. Em pacientes com doenças renais (acidose metabólica).
Rica/pobre em fibras:
 Depende da motilidade intestinal do paciente.
 Quanto ↑ for a quantidade de fibras, maior é a motilidade intestinal; quanto ↓ for a quantidade de fibras, menor o esforço gastrintestinal. Indicada para problemas no TGI e cirurgias de cólon.
 Redução do risco de doenças cardíacas, além de sua coparticipação em hipercolesterolemias e equilíbrio glicêmico.
 Fibras solúveis e insolúveis e também estão indicadas para doenças do cólon, hemorróidas e obesidade.
Pobre em colesterol:
 Restrição de gorduras saturadas e utilizar-se, moderadamente, das gorduras poli e monoinsaturadas.
 Indicada para pacientes com dislipidemias, ou pressão arterial ↑
Restrita em líquidos:
 Doença renal aguda, onde os rins são incapazes de manter a homeostasia de água e eletrólitos.
 Fases oligúricasda doença. Nestes casos, restringe-se também a ingestão de sódio e potássio.
Isenta de Glúten:
 Ausência total de cereais ricos em glúten (trigo, centeio, aveia, cevada, pão, macarrão, bolos, biscoitos e massas em geral)
 O trigo pode ser substituído por farinha de milho, maizena, polvilho, araruta, fécula de batata ou creme de arroz.
 Educar o paciente a verificar sempre o rótulo de qualquer alimento, não consumindo aqueles cuja embalagem informar “contêm glúten”.
Isenta de Lactose:
 Eliminar alimentos que contenham lactose (leite e derivados), ou utiliza-se produtos lácteos onde a lactose é retirada.
 Intolerância à lactose, algum tipo de erros natos do metabolismo (galactosemia) ou em casos de diarreia crônica.
DIETAS ENTERAIS
VIAS ENTERAL
Entre as possíveis definições de nutrição enteral, umas das mais abrangentes e gerais foi proposta pelo regulamento técnico para a terapia de nutrição enteral – A resolução RCD n. 63, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério de Saúde, de 6/7/2000, define nutrição enteral como: “Alimentos para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusivamente ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” 
A Terapia de nutrição enteral, caracteriza-se por um conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional, quando comparada a nutrição parenteral está associada a menor morbimortalidade, menor período de internação, menor custo e preservação da barreira intestinal e função imunológica. (TOLEDO, DE. CASTRO, M.,2015).
TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL
 A nutrição enteral pode apresentar-se das seguintes formas:
CASEIRA: Dieta preparada a base de alimentos na sua forma original ( in natura ) que deverá ser liquidificada, coada e ser administrada apenas em pacientes que possuem gastrostomia. Caso seja administrada via sonda nasoenteral, necessitará de maior diluição para passar pelo tubo fino, neste caso haverá perda de nutrientes. Deverá ser preparada seguindo umasérie de recomendações, a fim de evitar contaminação.
 INDUSTRIALIZADA: É uma dieta pronta, completa em nutrientes e balanceada, onde há menores chances de contaminação. Pode ser encontrada na forma de: - Pó: necessitando de reconstituição ou diluição com água. - Líquidas em Sistema Aberto: prontas para uso, devendo ser envasada em um frasco plástico (descartável); - Líquidas em Sistema Fechado: prontas para uso, sendo necessário somente conectar o equipo diretamente no frasco da dieta.
A nutrição enteral apresenta como vantagens melhora na resposta imune, previne atrofia intestinal, evitando a translocação bacteriana e diminuindo a resposta inflamatória.
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS: 
Sistema aberto: Dieta requer manipulação prévia a sua administração
Sistema fechado: Dieta não requer manipulação prévia a sua administração
Osmolaridade / osmolalidade:
- Medida da concentração das partículas osmoticamente ativas na solução:
Dieta isotônica: - < 350 mosm.L-1,
Dieta moderadamente hipertônicas:- 350 - 550 mosm.L-1,
Dieta hipertônica: - >550 mosm.L-1.
Densidade calórica:
Calorias.mL-1 de solução: 
- Dieta hipocalórica: < 1,0 kcal.mL-1
- Dieta Normocalórica: 1,0 kcal.mL-1
- Dieta Hipercalórica: 1,2 kcal.mL-1
FORMULAÇÕES DISPONÍVEIS:
Conforme complexidade dos nutrientes:
Elementares ou Monoméricas: São aquelas em que os macronutrientes de apresentam na sua forma mais simples e hidrolisadas. As proteínas se apresentam principalmente na forma de aminoácidos livres, os hidratos de carbono na forma simples e os lipídios em forma de ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais.
Oligoméricas: São aquelas em que principalmente as proteínas estão na forma de hidrolisado, como no hidrolisado de lectoalbuminas, no hidrolisado de soja e outros.
Os hidratos de carbono podem ser complexos ou não e os lipídios estão em sua maior concentração na forma de triglicerídeos de cadeia média (TCM) e ácidos graxos essenciais (AGE) 
Poliméricas: São aquelas em que os macronutrientes se encontram na sua forma intacta, necessitando de sofrer digestão prévia à sua absorção. As proteínas estão na forma de caseinatos, sojas, lectoalbuminas, os lipídios na forma de óleo de milho, canola, girassol, podendo ter ou não adição de TCM, AGE, e os hidratos de carbono na forma de maltodextrina, sacarose, podendo ou não ter a presença de fibras.
Dietas Modulares: São aquelas que usam base de sua formação os módulos de macro e micronutrientes (proteínas intactas ou aminoácidos, hidratos de carbono, lipídios, vitaminas, minerais, fibras, glutamina e outros). Os módulos de nutrientes também podem ser utilizados para complementar uma dieta já formulada ou como complemento alimentar.
Especial ou Especializada: Indicada para pacientes com tubo gastrintestinal funcionante, mas que requerem formulações especiais em virtude das doenças de base. Podem ter características poliméricas, oligomérica ou elementar bem como serem nutricionalmente completas ou incompletas.
 Descrição das dietas enterais: Dieta enteral padrão:
Polimérica, nutricionalmente completa, 
Densidade energética 1,0 a 1,2 kcal/ml,
Proteínas 4,0 a 4,5 g /100 ml 
Lipídeos ≤ 35% do VCT ( de acordo com a A.H.A), 
Sem sacarose, 
Fornecendo 100% das DRIs em ≤1500 cal, 
Apresentação pó ou líquida, 
Osmolalidade ≤ 400 mOsm/kg, 
Acondicionada em embalagem apropriada.
Dieta enteral hipercalórica:
Dieta polimérica para nutrição enteral/oral nutricionalmente completa,
Densidade energética 1,5 kcal/ml, 
Proteína 4,0 a 6,5 g /100 ml, 
Lipídeos ≤ 35% do VCT, 
Fornecendo 100% das DRIs em ≤ 1500 kcal, 
Apresentação pó ou líquida, 
Osmolalidade ≤ 650 mOsm/kg, Acondicionada em embalagem apropriada.
DIETAS DO HOSPITAL
NOVASOURCE SENIOR
 Novasource Senior é um alimento para suplementação de nutrição enteral ou oral, normocalórico e hiperproteico. Cada 1ml de Novasource Senior fornece 1,2 kcal.
 Indicado para suplementação de nutrição oral, normocalórico e hiperproteico. Desenvolvido especialmente para atender pacientes com elevadas necessidades proteicas e alimentação de curto e longo período.
PEPTAMEN AF
 Peptamen AF é um alimento para suplementação de nutrição enteral ou oral à base de peptídeos. Hiperproteico e normocalórico. Cada 1ml de Peptamen AF fornece 1,2 kcal. 
Embalagem: Sistema Fechado UltraPak 1L. ISENTO DE GLÚTEN.
 Indicado para terapia nutricional precoce em pacientes críticos inflamados, com retarde de esvaziamento gástrico e com risco de broncoaspiração, dificuldade na absorção de proteína intacta associada a desconfortos gastrointestinais, necessidade moderada de prebióticos e pacientes em desmame de nutrição parenteral. 
PEPTAMEN HN 
 Alimento para suplementação de nutrição enteral ou oral, à base de peptídeos, em embalagem de 500 ml, hipercalórico e hiperproteico. Sem sabor. ISENTO DE GLÚTEN.
 Indicado para terapia nutricional precoce em pacientes críticos com necessidade de iniciar nutrição enteral em menor volume, pacientes com retarde de esvaziamento gástrico e com risco de broncoaspiração.
FRESUBIN 1.2 KCAL HP
 Dieta enteral líquida, polimérica, nutricionalmente completa, hipercalórica (1,2 Kcal/ml) e hiperprotéica. Com distribuição calórica de 20% de proteína (caseinato), 50% de carboidrato (maltodextrina) e 30% de lipídio (óleo de canola, óleo de girassol de alto teor oléico, óleo de peixe. (EPA, DHA, Beta Caroteno e Colina). Com adição de Fibras (80% solúvel / 20% insolúvel). Isenta de sacarose, lactose e glúten. Osmolaridade de 345mOsm/l. Acondicionado em exclusivo sistema fechado: Easy Bag de 1000ml.
 Indicado para pacientes com necessidades elevadas de proteína: Idosos, pacientes de terapia intensiva sem restrição hídrica, distúrbios neurológicos e pré e pós operatório.
REFERÊNCIAS
 AUGUSTO, A. L. P . et al. Terapia Nutricional. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. DIAS et al. Dietas orais hospitalares. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ªed. São Paulo: Editora Atheneu. V. 1. Cap.36. p.649-663, 2009.
 IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tabelas de Composição de alimentos. Rio de Janeiro,5º edição, 1999.
 ISOSAKI, M. CARDOSO, E. OLIVEIRA, A. De. Manual de dietoterapia e avaliação nutricional: Serviço de Nutrição e dietética do Instituto do Coração-HCFMUSP, 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
 MARTINS, C. et al. Manual de dietas hospitalares. Nutro Clinica, 2001. MELO, M. F. De. Manual de dietas. 3ª ed. Belo Horizonte: Coperativa Editora e de CulturaMédica, 1985.
 PINHEIRO, A. B. V. LACERDA, E. M. de A. BENZECRY, E. H. GOMES, M. C. da S. DA COSTA, V. M. Tabela para Avaliação de Consumo Alimentar em Medidas Caseiras. São Paulo, 5º edição, 2008.
 TOLEDO, D.; CASTRO, M. Terapia nutricional em UTI. 1ª ed., Rubio. 2015.

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