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Aspectos da Linguagem e Produção Textual

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ASPECTOS DA LINGUAGEM E PRODUÇÃO TEXTUAL 1 
Introdução 
Como você já sabe, esta disciplina trata de atividades de linguagem. 
Na aula anterior, entendemos que a faculdade da linguagem é exclusiva do ser 
humano e, por isso, permite a ele interpretar a realidade, além de interagir com 
as pessoas. 
Agora, vamos explorar as potencialidades da língua para suprir as necessidades 
de comunicação e interação em termos pessoais e profissionais. 
Às vezes, tais reflexões podem se tornar problemáticas por exigirem abstração 
de algo que adquirimos e utilizamos sem muito esforço, apenas mantendo 
contato com o meio ambiente. 
É como se tivéssemos de isolar a língua, distanciando-se dela para estudar os 
elementos que a integram. Essa não é uma tarefa fácil, mas necessária. 
A nosso favor está o fato de que somos portadores da faculdade da linguagem. 
Por isso, podemos, a todo o momento, trocar experiências e questionar aquilo 
que não nos parece simples de internalizar. 
Então, mãos à obra! 
 
Objetivo: 
1. Explicar a noção de língua a partir da caracterização de sua estrutura e da 
análise de seus aspectos socioculturais; 
2. Identificar as potencialidades linguísticas a partir das necessidades sociais e 
profissionais. 
 
 
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Conteúdo 
Adquirindo a língua 
Como vimos na aula anterior, podemos nos comunicar e interagir com as pessoas 
não apenas através de nossa língua materna mas também por meio de outros 
idiomas. 
Vejamos um exemplo na charge a seguir: 
 
 
 
Note que, incialmente, Mafalda, personagem da charge que acabamos de ver, 
não entendeu o significado da expressão sala de estar. Esse entendimento só 
ocorreu depois que sua mãe traduziu a expressão para a língua inglesa. 
Devido ao estrangeirismo, o termo living era mais comum à Mafalda do que 
sala de estar. 
Essa comunicação por meio tanto da língua materna quanto de línguas 
estrangeiras só é possível porque nos valemos da faculdade que nos é inerente 
– nesse caso, utilizando a linguagem verbal, ou seja, a estrutura da língua. 
 
 
 
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Interação social 
Mas como ocorre, de fato, a interação social a partir da estrutura da língua? 
Lembre-se do bebê que está começando a falar assistindo à cena a seguir: 
 
 
Galeria de Vídeos 
 Veja o vídeo Bebê versus papai. 
 
Percebeu como mesmo sem ter ainda adquirido as primeiras palavras, ele já 
emite sons como se estivesse interagindo com aqueles que estão a sua volta? 
Portanto, já nessa fase inicial de aquisição da linguagem, há alguma espécie de 
comunicação. 
Na verdade, essa interatividade é o que proporciona o aprendizado da língua 
falada na comunidade em que esse bebê vive. Em outros termos, a faculdade da 
linguagem e o contato que mantém com o meio social permitem que a criança 
adquira a estrutura da língua. 
Vejamos, a seguir, os aspectos que a tornam importante nesse processo de 
aprendizagem. 
 
Estrutura linguística 
A estrutura da língua apresenta as relações sintáticas entre seus elementos. 
 
 
 
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Enfim, essa estrutura representa todo o aparato linguístico de que necessitamos 
para produzir nosso discurso, e seus elementos ficam armazenados na mente de 
cada um. 
 
Embora haja um volume grande de informações desconhecidas a respeito do 
emprego da língua, todos nós somos capazes de utilizá-las e de combiná-las em 
uma produção discursiva. 
Claro que há momentos de hesitação – aqueles em que não sabemos bem que 
palavra usar –, mas são poucos comparados com a fluência no discurso de 
qualquer indivíduo. Quer ver um exemplo? 
 
Escolha dos elementos linguísticos 
Imagine que, em uma conversa, os participantes se comunicassem desta forma: 
 
 
 
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Nesse caso, cada elemento pronunciado no discurso é devidamente analisado e 
nomeado de acordo com a norma gramatical do português. Mas você sabe que 
ninguém fala desse modo, não é verdade? 
Se assim o fosse, todo usuário da língua portuguesa precisaria conhecer esse 
tipo de classificação, o que não é fato. Mesmo assim, as pessoas conseguem se 
comunicar. 
Isso significa que, para adquirir uma língua, não é necessário dominar suas 
regras gramaticais. Basta saber escolher os elementos e usá-los adequadamente 
para produzir ideias que façam sentido – o que deriva de nossa capacidade 
mental e de nosso convívio social. 
É esse contato constante com a comunidade linguística em que 
estamos inseridos – seja esta usuária do português, do mandarim, do 
francês, do inglês ou do espanhol – que nos permite adquirir nossa 
língua materna. 
 
Potencialidades da língua 
Você se lembra de sua infância e das vezes em que sua mãe, seu pai ou alguém 
de sua família lhe ensinou a pronunciar determinadas palavras corretamente? 
 
 
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Foi assim que você aprendeu a falar, certo? Na verdade, foi assim que você 
desenvolveu seu potencial linguístico e começou a se comunicar a partir da 
linguagem verbal, relacionando os vocábulos a seu significado e a seus contextos 
de uso. Isso nos leva a concluir o seguinte: 
Por se tratar de um veículo de comunicação mediado pela linguagem verbal, a 
língua não pode ser encarada somente como um acervo de palavras e de 
elementos presente na estrutura linguística. 
Quando adquirimos uma língua, não aprendemos somente termos ou apenas 
combinamos elementos, mas passamos a entender o significado de ambos e a 
identificar em que situações podemos empregá-los. 
 
Além disso, a realidade que nos circunda é percebida e registrada por meio da 
língua, o que resulta no conhecimento sociocultural. 
É importante que você registre essa informação para discutirmos as 
potencialidades desse aprendizado. 
 
Atividade proposta 
Agora que já estudamos a respeito das potencialidades linguísticas, reflita sobre 
o que aprendeu e explique, com suas palavras, a frase a seguir: 
Aprender uma língua é reconhecer seus contextos de uso. 
 
Chave de resposta 
É importante que você reflita sobre a noção de língua e sobre seu aprendizado, 
que ultrapassa o simples conhecimento da estrutura linguística, contemplando os 
contextos socioculturais em que cada idioma é empregado. 
 
Propostas para o Ensino Superior 
Vamos analisar, agora, o artigo proposto para esta aula: 
 
Artigo Rio sediará encontro internacional de reitores em 2014. 
 
 
 
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O texto traz à tona o encontro internacional de reitores de universidades, no Rio 
de Janeiro, em 2014, para a discussão do rumo dos estudos universitários – tema, 
por sinal, extremamente relevante para nossos estudos. 
Vamos debater sobre alguns aspectos importantes que são alvo de reflexão no 
artigo, tais como: 
• Investimento em educação – foco na igualdade e no desenvolvimento; 
• Incentivo à pesquisa – ampliação do acesso dos estudantes para a 
realização de estudos científicos; 
• Papel da universidade – instituição como fator de transformação social. 
A seguir, analisaremos, então, tais propostas para o Ensino Superior, 
considerando que este é o início da preparação para o mercado de trabalho. 
 
Investimento em educação 
De imediato, verificamos, pelo título do artigo objeto de estudo desta aula, que 
a discussão proposta envolve a ação dos reitores nas mudanças urgentes e 
necessárias à organização do ensino universitário. 
Muito se tem falado em investimento em educação como o caminho para uma 
sociedade mais justa e mais igualitária, no sentidode haver oportunidades reais 
para todos ou para a maioria de seguir a vida com qualidade. 
Não é razoável pensar, pelo menos, que a educação promove igualdade 
e desenvolvimento? 
Por meio dela, adquirimos conhecimento e aprendemos a refletir sobre a 
realidade, sobre injustiças, preconceitos, coerção, enfim, sobre tudo o que pode 
provocar desigualdade e frear o crescimento pessoal e profissional de alguém. 
Vejamos a entrevista do pensador Edgar Morin para o programa Roda Viva: 
 
 
 
 
 
 
 
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Galeria de Vídeos 
 Assista a entrevista com o pensador Edgar Morin. 
Desde 1986, quando a democracia engatinhava após o regime militar, a TV 
Cultura abriu um espaço plural para a apresentação de ideias, conceitos e 
análises sobre temas de interesse da população, num espaço raro na televisão 
para a reflexão não só da realidade brasileira e mundial, como do próprio 
jornalismo e dos jornalistas. O programa oferece à sociedade brasileira uma 
informação de interesse público, promovendo o aprimoramento educativo e 
cultural de telespectadores e internautas, visando a transformação qualitativa 
da sociedade. Num cenário único, os entrevistados colocam-se diante de 
jornalistas e especialistas convidados para expor suas opiniões e esclarecer 
questões relevantes para a sociedade brasileira. Repetida semanalmente ao 
longo de duas décadas, a fórmula transformou o Roda Viva num marco no 
debate democrático e reflexivo em torno de temas e ideias. 
 
De acordo com Paulo Freire, “Educar não é transferir conhecimento, mas criar as 
possibilidades para sua própria produção ou sua construção.” 
Considerando a citação de Freire e o que foi dito por Edgar Morin a respeito das 
ideias complexas, reflita sobre os problemas que nossa sociedade enfrenta 
atualmente, principalmente aqueles voltados para a área de educação. 
Você concorda com o que foi dito por Morin? Para você, é preciso entender nossa 
realidade, a forma como os diferentes problemas se relacionam para, então, 
resolvê-los? 
 
A partir do que vimos anteriormente, podemos concluir que a educação é 
libertadora, porque tem o poder de fomentar reflexões. 
 
 
 
 
 
 
 
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Galeria de Vídeos 
 A fim de refletirmos melhor sobre isso, vejamos um trecho do 
filme Escritores da Liberdade: 
Uma jovem e idealista professora, Gruwell, chega a uma escola de um bairro 
pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se 
mostram rebeldes e sem vontade de aprender. Há, entre eles, uma constante 
tensão racial. Para fazer com que aprendam e, também, falem mais a respeito 
de suas complicadas vidas, a educadora lança mão de métodos diferentes de 
ensino. Aos poucos, os estudantes vão retomando a confiança em si mesmos, 
aceitando o conhecimento e reconhecendo valores – tais como a tolerância e o 
respeito ao próximo. 
 
Você notou como a educação pode ser libertadora? 
Como afirma Paulo Freire: 
“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas 
transformam o mundo.” 
Mas você concorda que transformar pessoas para mudar a realidade não é uma 
tarefa simples? 
Por isso, investir em educação – em termos financeiros mesmo – é essencial! O 
resultado desse investimento no processo de ensino e aprendizagem é percebido 
a longo prazo em forma de produção do conhecimento. 
 
Incentivo à pesquisa 
Outra questão que o artigo alvo de reflexão desta aula propõe é o incentivo à 
pesquisa nas universidades – referência para a ampliação do saber. 
Através desses estudos científicos, obtemos resultados nos quais podemos nos 
basear para seguir adiante com determinada ação em prol de algum objetivo e 
constatamos verdades bem fundamentadas. 
Em outras palavras, por meio desse tipo de trabalho investigativo, produzimos 
conhecimento. 
 
 
 
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Logo: O trabalho de pesquisa é extremamente importante e não pode 
parar. 
A universidade é justamente o local em que podemos ampliar tais estudos e que 
permite a circulação do saber, bem como a troca de experiências. 
 
Papel da universidade: saber universal e transformador 
O último assunto abordado no artigo em questão é o papel da universidade como 
fator de transformação social. 
 
Sabemos que a consciência de viver em comunidade não é algo que se adquire, 
inteiramente, no ambiente familiar. É claro que, quando estamos em família, é 
possível aprender a conviver com o outro e a respeitar seu espaço, mas nem 
sempre isso acontece. 
 
Geralmente, valores como esses são trabalhados na instituição de ensino. Nesse 
caso, a função que a universidade exerce sobre a sociedade fica mais evidente. 
Tudo o que o ambiente universitário pode promover – como a ampliação de 
pesquisas e a produção do conhecimento, por exemplo – contribui para a referida 
transformação. 
 
Por meio do saber ali adquirido e das experiências ali vivenciadas, somos 
despertados para uma realidade em que podemos atuar, modificando, inclusive, 
o estado das coisas. 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
Como vimos ao longo deste estudo, a sociedade é composta por indivíduos que 
interagem uns com os outros, com o meio ambiente, enfim, com a realidade que 
os cerca. Essas pessoas se constituem como sujeitos críticos através do exercício 
da linguagem e em função do conhecimento adquirido por meio da língua: a 
ferramenta que torna possível tal representação social. 
 
 
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Pensando nessas questões, aponte o papel da universidade para a formação do 
cidadão na sociedade. 
 
Chave de resposta 
A universidade se constitui como o espaço de construção coletiva do 
conhecimento e de interação entre os sujeitos. Esse ambiente promove formação 
específica, preparando o indivíduo para uma ocupação no mercado de trabalho. 
O resultado desse desenvolvimento pessoal e profissional se reflete na atuação 
do sujeito em sociedade. 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, sugerimos a seguinte 
leitura: 
• CÂMARA JÚNIOR, J. M. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: 
Vozes, 1970. 
 
 
Referências 
CRYSTAL, D. Pequeno tratado sobre a linguagem humana. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
SAUSSURE, F. Curso de Linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2006. 
RONCARATI, C. As cadeias do texto: construindo sentidos. São Paulo: 
Parábola, 2010. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A língua pode ser entendida como: 
a) Vocabulário. 
 
 
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b) Vocabulário e pronúncia correta das palavras. 
c) Estrutura coletiva compartilhada com a comunidade. 
d) Estrutura individual, afinal, cada um tem determinado jeito de falar. 
e) Vocabulário e gestos que servem à comunicação. 
 
Questão 2 
A comunicação linguística ocorre por meio: 
a) Da fala. 
b) De gestos e de palavras. 
c) Da faculdade da linguagem. 
d) Da faculdade da linguagem e da escolha de palavras. 
e) Da faculdade da linguagem, da estrutura da língua e da fala. 
 
 
Questão 3 
De acordo com alguns estudiosos, a língua é encarada como um veículo social, 
algo que pertence à comunidade, porque: 
a) A maioria das pessoas se comunica. 
b) Algumas pessoas se comunicam com outras. 
c) A comunidade se comunica com palavras e gestos. 
d) Todos os membros de uma comunidade precisam se entender. 
e) A comunicação é realizada a partir de um aspecto exclusivo do indivíduo. 
 
 
 
 
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Questão 4 
Aprender uma língua significa: 
a) Saber se comunicar. 
b) Adquirir o vocabulário desse idioma. 
c) Pronunciar as palavras e frases corretamente. 
d) Elaborar uma boa fala, um discurso impecável. 
e) Aplicar esse conhecimento em situações adequadas. 
 
Questão 5 
Aquele que imprime fluência em seu discurso: 
a) Expressa-se corretamente. 
b) Repete o que lhe foi falado. 
c) Comunica-se sem problemas de entendimento. 
d) Comunica-se obedecendo à gramática formal da língua. 
e) É entendido mesmo sem obedecer à gramática formal da língua. 
 
Questão 6 
De acordo com as reflexões propostas nesta aula, é possível que os usuários da 
língua interajam socialmente por meio do discurso, afinal: 
a) A interação ocorre através de gestos e de sinais. 
b) Através do conhecimento da linguagem formal, adquirimos fluência no 
discurso. 
c) Se o ser humano possui a faculdade da linguagem, ele é capaz de interagir 
e de se comunicar através de palavras. 
 
 
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d) Através da faculdade da linguagem, da estrutura da língua e do contato 
com o meio ambiente, a comunicação verbal se desenvolve. 
e) Mesmo com problemas com a faculdade da linguagem, o contato com o 
meio ambiente permite a interação linguística entre os indivíduos. 
 
Questão 7 
Analise a seguinte afirmação:"Uma pessoa que sabe se comunicar em sua própria 
língua é aquela que detém o conhecimento da norma gramatical".De acordo com 
o que discutimos sobre fluência do discurso, essa ideia está: 
a) Incorreta, afinal, são os gestos que embasam as expressões linguísticas. 
b) Correta, afinal, essa fluência só é possível ao indivíduo que domina a 
norma gramatical da língua. 
c) Correta, afinal, valer-se das regras da gramática da língua é fundamental 
para o bom desempenho linguístico. 
d) Correta, afinal, é necessário ter domínio das regras gramaticais da língua 
para se comunicar em ambientes formais. 
e) Incorreta, afinal, ao adquirir sua língua materna, o sujeito é capaz de se 
comunicar, independente de sua fala estar em conformidade com as 
regras da gramática formal. 
 
Questão 8 
(SEPLAG-2010) Leia o seguinte fragmento de texto: A = quer dizer... os meios 
de comunicação... é a... é a dominação... é onde eu digo... a dominação começa 
onde// nos meios de comunicação... aí eles fala assim... bom... greve é coisa de 
agitador... de comunista... de não sei o quê... o pessoal guarda isso... falou em 
greve eles têm a resposta... que nem computador... você dá dados... né? dá 
 
 
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dados... e aí brum, brum, brum.... vem tudo... E o funcionário explorado não tem 
direito de...de... reivindicar. 
B = greve é sinônimo disso aí. aí na hora que u- a... pessoa desprovida de 
raciocínio ela fala assim... greve... automaticamente o cérebro joga a resposta... 
A = ah isso é baderna... 
B = é... assim é mesmo". 
 
Fonte 
BERNARDO, S. Foco e ponto de vista na conversa informal. Rio de Janeiro: 
UFRJ, [s.d.].p. 198. 
 
Esse texto reproduz a conversação de dois locutores – A e B. A partir da leitura 
desse fragmento e do estudo desta aula sobre os contextos de uso da língua, 
podemos afirmar que: 
a) Os locutores só conseguem se entender porque há repetição de termos, e 
as frases se complementam. 
b) O entendimento entre os falantes é perturbado pela existência de frases 
incompletas e digressões tópicas. 
c) A inteligibilidade do texto é prejudicada pelo excesso de pausas, 
repetições, hesitações e sobreposições de falas. 
d) A legibilidade do texto é assegurada pelo contexto e pelo 
compartilhamento de conhecimentos entre os locutores. 
e) A existência de termos ou de frases que não obedecem ao padrão culto 
da língua compromete a legibilidade do texto. 
 
 
 
 
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Questão 9 
(ENEM-2012) Leia o texto Cabeludinho. Nele, o autor desenvolve uma reflexão 
sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que esses 
usos podem produzir, a exemplo das expressões "voltou de ateu", "disilimina 
esse" e "eu não sei a ler". Com essa reflexão, o autor destaca: 
a) Os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto. 
b) O relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante suas férias. 
c) A distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas. 
d) A valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais 
da linguagem. 
e) A importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da 
língua portuguesa. 
 
Questão 10 
De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, investir em educação 
significa: 
a) Contratar excelentes professores para dar conta de um ensino de 
qualidade. 
b) Garantir políticas sociais que incluam pesquisa e circulação de 
conhecimento. 
c) Construir muitas universidades para garantir oportunidades de 
aprendizagem. 
d) Possibilitar a todos a oportunidade de estudar em boas instituições de 
ensino. 
e) Proporcionar um ambiente de estudo de qualidade a partir de projetos 
sociais.

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