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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS Fichamento de Estudo de Caso SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): A indústria midiática de combate a violação online dos direitos autorais Jeisa Cristine da Silva Queiroz Trabalho da disciplina de Direitos do Consumidor e Propriedade Intelectual Tutor: Profa. Ana Cristina Augusto Pinheiro Goiânia 2017 2 Estudo de Caso: Stanford Business SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): A indústria midiática de combate a violação online dos direitos autorais REFERÊNCIA: HOYT, David. CALLENDER, Steven. SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): A indústria midiática de combate à violação online dos direitos autorais – Stanford Business School, Caso: P-82. Janeiro de 2013. O avanço da tecnologia trouxe facilidades como informações sempre a mão, podemos nos atualizar em questões de minutos utilizando um aparelho celular com acesso à internet. Esse avanço também nos trouxe uma questão que será discorrida abaixo, a pirataria e as leis contra a violação dos direitos autorais. A pirataria consiste na reprodução e distribuição ou venda de produtos/marca que não foram autorizados por seus proprietários. A pirataria é considerada crime e está prevista no código penal. O propósito do direito autoral é garantir aos autores ou criadores de trabalhos artísticos o monopólio temporário de suas criações, na forma de direitos exclusivos por um tempo específico e depois passar a ser de domínio público. A lei do direito autoral de 1970 permitia que o autor de livros, mapas e tabelas teria o direito de publicação por 14 anos, sendo prorrogado por mais 14 anos caso o autor estivesse vivo e solicitasse essa prorrogação. Como essa lei é nacional, a proteção varia de acordo com as leis de cada país e com o passar dos anos os itens de cobertura foram aumentando, como as impressões em 1802, a música em 1831, as peças de teatro em 1856, as fotografias em 1865 e até o final do século 20 foram incluídas as traduções, filmes, obras derivadas, gravações, softwares e obras arquitetônicas. O prazo de proteção dos direitos autorais tem sido discutido na esfera legislativa, pois os detentores dos direitos autorais gostariam que ele prevalecesse enquanto houvesse interesse de compra por parte do consumidor, a partir dessa discussão, em 1831 o prazo foi prolongado para 28 anos podendo ser estendido por mais 14 anos, em 1909 passou de 28 anos para um total de 56 anos, apenas se autor estivesse vivo e solicitasse a extensão, em 1976 se o autor ainda estivesse vivo poderia 3 estender por mais 50 anos e para um trabalho criado por uma empresa o prazo era de 75 anos após a publicação e 100 anos após a criação. Para a maioria dos criadores a expiração do trabalho não era uma preocupação já que podia ser renovado por mais 50 anos após a sua morte, mas para a Wall Disney era um perigo eminente já que ele construiu um império no início dos anos 1900, o direito do Mickey Mouse estava agendado para expirar em 2003 seguido de outros personagens importantes como o Donald, Dumbo, Bambi, etc., e após esse período não poderia mais coletar os royalties quando os seus filmes de animação fossem exibidos ou seus personagens fossem utilizados em produtos, essa situação oferecia ameaça financeira para a empresa. A Disney não poupou esforços junto ao congresso para que o prazo fosse estendido e o presidente assinou a Sonny Bono Copyright Term Extension Act of 1998, estendendo o direito autoral por mais 20 anos. Em 1996, foi abordado pela OMPI uma agencia criada pela ONU a proteção aos softwares de computador e base de dados e em 1998 foi aprovada a Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital, que proibia a cópia online em violação do direito autoral, os provedores de acesso deveriam remover os conteúdos de suas bases quando fossem notificados pelos autores, mas Google, Facebook e Youtube não foram obrigados a fazer a verificação antes das postagens de seus usuários. Em 2011, a empresa Google informou que retirou do ar mais de 5 milhões de trabalhos publicados sem a autorização de seus autores. A Lei de Combate à Pirataria - SOPA (Stop Online Piracy Act) foi um projeto de lei da Câmara dos representantes dos Estados Unidos de autoria do deputado Lamar Smith e o objetivo desse projeto era o combate a pirataria online. A PIPA (Protect Intellectual Property ACT) também foi um projeto de lei americana destinada ao combate das violações online. O objetivo principal desses dois projetos de lei eram bloquear e retirar do ar os sites que violassem os direitos autorais. Poucos se opuseram a esses projetos, já que o objetivo era proteger os legítimos donos da utilização não autorizada de suas criações. Houveram alguns problemas no entendimento das recomendações, um exemplo foi o do site Dajazl.com (site de músicas) que foi fechado durante um ano sem o direito de defesa, os proprietários do site afirmaram que não havia nenhuma violação já que as músicas foram repassadas pelos donos das gravadoras com objetivo de marketing. Enfim, SOPA e PIPA são projetos complexos, já que temos empresas que se sentem lesadas com os seus produtos sendo distribuídos na internet e empresas de tecnologia como Facebook, Google e Youtube que seriam prejudicadas com tantas restrições, a Casa Branca também se opôs a esses projetos já que ferem o direito de expressão e reduz o nível de informação cultural aos usuários da rede.
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