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PROCESSO PENAL I RESUMO

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PROCESSO PENAL I - RESUMO
Classificação dos sujeitos processuais: primários, secundários, sujeitos terceiros, interessados e não interessados.
Os sujeitos em espécie que iremos tratar agora são os SUJEITOS PROCESSUAIS PRIMÁRIOS: aqueles indispensáveis para que a gente tenha um processo, eles são: o Juiz, o acusado, o defensor do acusado e o MP.
JUIZ: Tem 2 tipos de capacidade: subjetiva e objetiva.
A subjetiva se divide em 2 partes: em abstrato e em concreto.
Em abstrato seria a capacidade subjetiva dele funcional, para ele ser juiz ele tem que preencher requisitos para a ocupação do cargo, primeiramente ele tem que prestar concurso público para ele poder exercer o cargo de juiz. Quando ele passa em um concurso público, ele vira juiz substituto, ou seja, durante o estágio probatório dele, 2 anos, ele vai ficar cobrindo férias, licença de juízes titulares, como se tivesse estagiando para ir aprendendo.
Depois disso poder ser ou não que ele pegue titularidade, dependendo de vários fatores. O juiz tem garantido o cargo vitalício, salvo se ele for demitido ou exonerado em decorrência de ter praticado um crime, aí ele perde o cargo. Ele não é retirado do local, salvo se houver interesses políticos. Quem administra o cartório é o Juiz.
A capacidade subjetiva em concreto do Juiz é a imparcialidade, ou seja, ele é sujeito do processo mas ele não é parte, no sistema acusatório ele está distante das partes, ele não produz prova, ele está ali representando o Estado, imparcial no sentido dele não se envolver, não se misturar no interesse que está ali sendo discutido.
Vem dizendo a lei que essa imparcialidade pode ficar afetada que é através do impedimento e da suspeição.
IMPEDIMENTO: Caso da cliente da professora em que o juiz é amigo do réu, em caso de divórcio, de pagar a escola das crianças, o Juiz mandou colocar em escola pública.
No impedimento a relação do juiz é diretamente com as partes, na supeição a relação dele não é diretamente com as partes, tem vínculo afetivo fora do processo, ‘’então é meu amigo, não é porque ele é advogado e sim porque é meu amigo’’.
Capacidade objetiva: O Juiz tem jurisdição. O MP atua em proteção ao interesse público, só que o interesse público tem 2 tipos: interesse primário e interesse secundário.
Quando falamos de interesse primário estamos falando de sociedade, interesse coletivo, interesse geral. 
Quando falamos de interesse secundário, estamos falando de interesse da administração pública. Então o MP exerce esses 2 interesses, no entanto, no nosso processo, cabe a ele atuar diretamente na tutela única, no interesse público primário, então é uma espécie de ‘’defensor’’ dos interesses e garantias individuais que são dadas à nós pela Constituição Federal, ou seja, nos bens jurídicos indisponíveis. Por isso ele é o autor da ação penal, porque se alguém desobedece a lei penal ele está ferindo o interesse público. O Direito Penal é um direito público. O MP tem que exigir do Poder Judiciário a aplicação da lei penal quando alguém desobedece essa lei. É autor e fiscal (custos legis) - Art.385 CPP.
Aplica-se as regras de supeição e impedimento para o MP também.
O MP não permanece no Poder Executivo, Judiciário e nem Legislativo, é uma instituição autônoma e única mas está ligada ao Poder Executivo porque eles pagam o salário deles (MP).
-> Defensor do Acusado: Tem 2 tipos de regra: constituído e o público.
Defensor constituído é o advogado particular e tem o defensor público que é aquele dado pelo Estado, tem pessoas que não tem condições de ter um advogado, é através de procuração e através de celebração de contrato de honorários.
Posso advogar gratuitamente, Pro Bono. Tenho que declarar que estou advogando gratuitamente.
-> Acusado: Quando eu falo em Processo Penal, o autor é o MP, o réu é o acusado, sujeito passivo da relação processual, na relação material quem pratica o crime é o autor do fato, quem é a vítima aí não sabemos.
* Material é o Direito Penal.
Quando ele pratica um crime, primeiro é investigado, se o delegado encontra lastro probatório mínimo, instaura o Inquérito aí se chama indiciado, o delegado quando acaba o Inquérito ele manda para o MP, o MP quando encontra o lastro probatório mínimo ele denuncia o sujeito, ele é chamado de denunciado, o Juiz recebe a denúncia aí instaura o processo, se instaura o processo ele é chamado de acusado ou de réu, havendo sentença, se ele é condenado vai para execução da pena, aí ele é chamado de condenado. ACUSADO IMPUTÁVEL.
Curador: Parente, defensor público.
A PESSOA JURÍDICA ela pratica crime somente se for crime ambiental ou se for crime contra ordem econômica ou financeira, são as exceções da Constituição - representante legal da pessoa jurídica.
* O acusado, ele se torna acusado através da citação, ato processual obrigatório onde se dá o conhecimento do processo ao acusado, no processo penal a citação é pessoal, é a REGRA.
* O comparecimento NÃO é obrigatório, se não comparece é chamado de contumácia, embora citado ele não comparece para se defender, então vai ser REVEL.
Revelia em Processo Penal é diferente em Processo Civil. A revelia em Processo Penal acarreta ao Juiz nomear um defensor público ou dativo para acompanhar o processo, para garantir o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório.
-> LEI PROCESSUAL NO TEMPO:
Art. 5º XL: ‘’A lei não retroagirá’’, ela é irretroativa, ou seja, se o sujeito praticou o crime na vigência dela, essa lei deve acompanhá-la no processo inteiro, só que vem a segunda parte que é a EXCEÇÃO, então ela é irretroativa, salvo se ele beneficiar o réu, se o sujeito praticou o crime na vigência de uma lei e no decorrer do processo essa lei muda, ela muda para favorece-lo, para beneficiá-lo.
EXEMPLO: O sujeito praticou o crime aqui na LEI X, cuja a pena era de 8 a 10 anos, então pela regra, TEMPUS REGIT ACTUM, Art.4º CP, o tempo do crime regido pela TEORIA DA ATIVIDADE, é determinado pela regra do TEMPUS REGIT ACTUM, ou seja, no momento da ação ou omissão é o momento do crime.
OUTRO EXEMPLO: Se eu dei um tiro na pessoa hoje e ela não morreu, meu crime é tentativa de homicídio. 
Começo a responder o processo assim: Se no decorrer do processo ela morre, o crime continua o mesmo, o que muda é que ao invés de eu responder por tentativa, vou responder por consumação. A tentativa, a natureza jurídica é causa de diminuição de pena. No Direito Penal o sujeito está sendo processado pela LEI X, quando chegou perto do Juiz dar a sentença a lei muda para a LEI Y e passou a ser de 4 a 6 anos, pela lei penal, NOVATIO LEGIS IN PELLIUS, porque ela é melhor, deve retroagir para alcançar o réu, ela retroage porque o tempo rege o ato, ela retroage para o momento da ação ou omissão para modificar aquilo que for necessário para ele no processo em relação a lei material, não a lei processual, que a lei material interfere nas nossas garantias constitucionais, a principal é a liberdade. Então não posso interferir na liberdade do agente porque a minha lei, a lei material tem que garantir isso, pois ela tutela os bens constitucionalmente garantidos. 
Se a lei nova for benéfica retroage, a lei revogada perde seus efeitos, se a lei velha for melhor, mesmo revogada, continuará sendo aplicada para ele, a lei ressuscita só para ele, porque ele praticou o crime na vigência dela, chamada de ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA OU EXTRATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA. Lei nova pior chama-se NOVATIO LEGIUS IN PEJUS.
No processo penal ART.2º: A lei é aplicada imediatamente independente dela ser benéfica ou prejudicial -> PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE.
Entramos em conflito porque temos 3 tipos de normas penais: as normas penais puras, que são normas de direito penal (material), as normas processuais puras que são as normas do direito processual penal, e as normas mistas ou híbridas que quer dizer que elas repercutem tanto na esfera material quanto na esfera processual.
*LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO - ART.7º CP
Território para o Direito Penal: o subsolo,os lagos, os rios, mares externos até 200 milhas da costa e todo espaço aéreo correspondente.
Pelo PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE aplicada no processo penal, a lei processual só poder ser aplicada nesses limites, mas a REGRA É NÃO, ela é uma lei brasileira.
1-) TERRITÓRIO NULLIUS: Território de ninguém, aplica-se a lei do bem jurídico que foi lesionado.
2-) SITUAÇÃO DE GUERRA
3-) AUTORIZAÇÃO DO PAÍS ESTRANGEIRO
A norma penal é taxativa pelo Princípio da Legalidade, está protegida pela reserva legal.
* Meio indicioso é o meio escondido.
* Dependendo da norma penal, tem lacuna.
* Tem 2 tipos de norma penal: incriminadora e não incriminadora.
* As escusas absolutórias são imunidades que a lei penal traz quando o sujeito pratica crimes contra o patrimônio sem violência ou grave ameaça em detrimento de algumas pessoas, parentes, irmãos - ART.181
A Lei Processual não é revestida de proteção das garantias constitucionais, a lei que tem esse propósito é a lei material e não a lei processual.
* Tratos internacionais e o processo penal: STFHC83096
* Persecução Penal: Posso não ter Inquérito Policial mas se eu tenho, são as 2 fases que se busca a apuração de um crime, apuração e investigação de um crime.
-> A primeira fase não é Inquérito Policial, é chamado de investigação criminal que é o gênero do qual o inquérito é a espécie.
* NEM TODO REGISTRO DE OCORRÊNCIA VIRA INQUÉRITO.
-> Verificação Preliminar de Informações, esse é um procedimento estritamente policial, puramente administrativo, é nessa VPI que ele vai buscar elementos para instauração de um Inquérito Policial, pode ser que nesse momento ele poder determinar diligências e as diligências sejam frustradas, ou seja, não dê em nada e encerra o procedimento, arquivando-o.
Isso é antes do IP. O advogado não tem acesso a VPI. Então ali não tenho que garantir constitucionalmente nada para ninguém.
NATUREZA JURÍDICA DO IP: Procedimento administrativo pré processual, instaurado pela polícia judiciária.
-> O ART.129, I da CF é onde traz os poderes da instituição do MP, o MP é uma instituição única, autônoma, está ligado ao Poder Executivo mas não pertence a poder nenhum do Estado, nesse ART.129 nenhum momento a CF diz que o MP pode investigar, então se não tem norma constitucional, não tem poder -> TESE DA PRIMEIRA CORRENTE
A SEGUNDA CORRENTE diz que não, no ART.129,I a CF diz que compete privativamente ao MP propor a ação penal pública, nesse momento intitula o MP como dono da ação penal, se ele é o dono ele faz o que ele quiser e o que ele puder para propor a ação penal e a investigação estaria dentro desses querer do MP, mas isso não está expresso mas está implícito, por isso que se invoca a TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS, ESSA CORRENTE que hoje vem PREDOMINANDO.
* Inquisitivo: O titular do IP é a polícia judiciária, obviamente autoridade policial, delegado da polícia civil, delegado da polícia federal, ele é que instaura o IP, ele é o ‘’dono’’ do IP, porque ele instaura, ele determina as diligẽncias, analisa as diligências, ou seja, determina os meios de provas e ao final ele vai relatar tudo aquilo que foi investigado naquele procedimento.
Então no sistema inquisitivo eu tenho aquele representante de Deus, que é o acusador, o defensor e o julgador na mesma pessoa.
Então dizemos que no IP tem a característica inquisitiva porque o delegado seria o representante de Deus, nesse procedimento fazendo uma pequena analogia. Embora tudo se concentre na mão do delegado, tudo que ele faz é controlado pelo Poder Judiciário, que tem o dever legal de aplicar a lei, mas ele também tem o dever de controle de legalidade dos outros poderes (Juiz) - exerce atividade administrativa.
A VPI é um procedimento prévio ao IP, para poder se encontrar o lastro probatório mínimo, ninguém fiscaliza a VPI, como ela não está na lei, ela não é levada a apreciação do Judiciário, o Delegado comanda a VPI, ele que define se é legal ou ilegal. Embora tenha essa característica de inquisitivo ele tem que ter amparo legal, se não tiver, aquilo que foi realizado será nulo, não terá efeito nenhum.
O juiz arquiva o IP, o delegado arquiva a VPI.
* Sigiloso: O IP não é indispensável para ação penal mas no entanto ele pode existir. 
Se o IP é administrativo, cujo a característica é inquisitiva e sendo assim não haverá o contraditório, o advogado pode atuar nessa parte, fase.
* Não Obrigatório: O IP é prescindível, pode existir ou não, então ele pdoer dispensado se o MP tiver elemento suficiente para oferecer a denúncia falando de ação penal pública incondicionada.
 
* Notitia Criminis
-> Imediata (direto): EXEMPLO: Jornalistas especialista em crime, exemplo do caso do BBB do cara que estuprou uma vulnerável, policial tomou conhecimento do crime através da TV, crime hediondo inafiançável.
-> Mediata (indireto): A lesão corporal leve é crime de ação penal pública condicionada a representação do ofendido.
-> Coercitiva: Quem prende em flagrante é a polícia judiciária, federal ou civil.

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