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Relatório final – Psicologia hospitalar
A importância do acompanhante para a recuperação do paciente
Ana Paula Gomes Basso[1: Acadêmica do curso de psicologia da Unijipa 6º período. E-mail paula10@hotmail.com]
Kelly Moreira Diniz[2: Acadêmica do curso de psicologia da Unijipa 6º período. E-mail kelly22_diniz@hotmail.com]
Laís Torres[3: Docente Mestranda do curso de psicologia da Unijpa. E-mail requinte.a.c@gmail.com]
Introdução
A psicologia hospitalar visa oferecer suporte aos pacientes de forma completa e compreendendo a complexidade das relações entre pacientes-equipe hospitalar-acompanhantes, afim de que se possa atravessar o processo de adoecimento com mais resiliência e com mínimo de traumas possíveis, visto que o adoecimento em si já traz grandes prejuízos a sua subjetividade, a desorganização da vida, perde o conforto de seu lar, perde sua identidade e muitas vezes vira um numero de prontuário. O papel do psicólogo hospitalar é auxiliar e minimizar o sofrimento causado pelo adoecimento, este profissional deve prestar assistência ao paciente, aos familiares e a equipe de serviço. Sempre levando em consideração a ampla gama de atuações e a pluralidade de demandas.
A instituição
O hospital municipal de Ji-Paraná fica localizado na Av.  Dom Bosco, 1300, no Bairro Dom Bosco. É uma unidade mista composta por diversos setores de atendimento como: pronto socorro, clínica pediátrica, clínica geriátrica, maternidade e obstetrícia, clínica médica, clinica cirúrgica, centro cirúrgico, farmácia, centro radiológico, ultrassom e outros setores necessários para o funcionamento de uma unidade hospitalar.
Histórico, contexto socioeconômico e cultura
A Fundação da unidade hospitalar pública denominado SESP, ocorreu no ano de 1978, na antiga Vila de Rondônia, hoje município de Ji-paraná.
Corpo técnico e serviço de apoio 
Médicos, Enfermeiros Padrão, Enfermeiros Técnicos, Técnicos em RX e outros, Serviço Social, Serviços Psicológicos, Agentes de serviços gerais, etc. 
 Estrutura física 
Esta unidade conta com 08 (oito) setores; Direção, clinica medica com 24 leitos, clinica cirúrgica 33 leitos, maternidade 21 leitos, geriatria 27 leitos, pronto socorro urgência emergência 10 leitos, pronto atendimento 08 leitos. Atende além da demanda do município de Ji-Paraná, mais 15 municípios da região. Possui um quadro de 451 servidores lotados nos diversos setores correspondentes a unidade hospitalar.
Atividades realizadas
No primeiro dia de estágio fomos primeiramente apresentados a todos os setores do hospital e observamos que há muitas alas em construção e reforma, inclusive uma ala de maternidade com parto humanizado. Logo fomos conduzidos aos leitos de pacientes internos que estão há muito ali ou possivelmente passaram muito tempo. Em todos os dias de estágio foram feitas escuta ativa com pacientes e acompanhantes e entrevistas com pacientes, acompanhantes e equipe do plantão. 
O psicólogo no ambiente hospitalar
De acordo com a definição do órgão que rege o exercício profissional do psicólogo no Brasil (CFP), o psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde, atuando em instituições de saúde com o objetivo tratar os aspectos psicológicos frente ao adoecer, realizando atendimento psicoterapêutico, podendo ser utilizado de diversas condutas:
Avaliação Psicológica de pacientes e familiares;
Suporte de pacientes, familiares e também da equipe de saúde;
Acolhimento;
Acompanhamento terapêutico de pacientes e familiares.
Evolução de Prontuário (Manual ou em Sistema)
Protocolos realizados pela equipe de saúde
a) Podendo atuar em diversos setores no hospital, como por exemplo:
Atendimentos em ambulatório;
Atendimentos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), UTI Pediátrica, Semi-Intensiva e Neo-Natal;
Pronto Atendimento (Pronto-Socorro Adulto, Obstetrícia, Infantil, Emergência)
Enfermarias em geral (Adulto e Pediatria)
Centro Médico Cirúrgico (Pré operatório/Pós operatório)
b) O Psicólogo Hospitalar também pode trabalhar de diversas maneiras no contexto hospitalar como:
Grupos Terapêuticos;
Cuidados Paliativos ¹
Sistema de Plantão;
Visita Multidisciplinar*;
Grupos de psicoprofilaxia**; Atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral;
Interconsulta***;
Programas de Humanização;
Entre outros.
¹ Cuidados Paliativos: A prática do psicólogo referente ao Cuidado Paliativo deve ser realizada mediante à uma especialização de Cuidados Paliativos.
* Visita Multidisciplinar: São reunidos representantes de cada equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc) do respectivo setor passando em todos os leitos e discutindo sobre cada paciente, é escolhido um determinado horário para a passagem da junta, na maioria das vezes no período da manhã.
** Grupos de psicoprofilaxia: Muito utilizado no contexto da obstetrícia, no qual refere-se à preparação psicológica da mulher grávida para tornar o parto indolor.
*** Interconsulta: A interconsulta psicológica é um instrumento utilizado pelo profissional para compreender e aprimorar a assistência ao paciente no hospital geral. (CFP,2005)
Metodologia: 
Para a realização destas aulas práticas aconteceram diversos encontros presencias com a orientadora do estágio, onde foram lidos diversos artigos científicos dentro da realidade encontrada em um hospital pelo psicólogo hospitalar. Além de orientações verbais sobre normas e vestimentas ideais para um melhor desenvolvimento desta atividade prática. As entrevistas foram semi-estruturadas com questões fechadas e abertas. Para a construção deste relatório foram utilizados os relatórios diários, anotações e as entrevistas já mencionadas das estagiárias autoras do mesmo. Foram entrevistadas um total de 6 pacientes, 6 acompanhantes e 6 membros da equipe do plantão em diversos setores como: maternidade, clinica geriátrica e pronto socorro.
Relatórios diários
Em um primeiro momento foi nos apresentado o hospital e seus devidos setores a orientadora fez algumas visitas a pacientes que a mesma já vinha acompanhando, foi então nos designado alguns pacientes para que pudéssemos tomar conhecimento dos prontuários e aqueles que pacientes que ainda não haviam recebido visita dos estagiários foram designados para que pudéssemos fazer a escuta ativa, tanto com eles quanto com os familiares que os acompanhavam.
Nos dias que seguiram o estágio as atividades foram as mesmas, visitas aos pacientes, escuta ativa, tentativas de melhorar sua percepção com relação a sua estadia no ambiente hospitalar, sempre levando em conta o estado emocional, psicológico a doença biológica e sua situação social. Visto que além da doença biológica os processos socioculturais são grandes influentes no estado psicoemocional do paciente.
“Quando o paciente é internado, existe uma cisão em sua história pessoal, o que pode ocasionar fatores estressantes, decorrentes do sofrimento, da sensação de abandono, do medo do desconhecido, pois a hospitalização é uma situação nova, o que provoca fantasias e temores. Além do que, o Hospital tem uma função separadora, pois separa o indivíduo da família, mesmo se caracterizando como um fator de retaguarda, acaba impondo suas regras, reforça a condição de dependência do portador de uma doença, impondo-lhe vestes impessoais, decidindo quase tudo pelo paciente (Campos, 1995).” 
Nos dias que se seguiram no estágio foram feitas as atividades costumeiras de visitas e escuta, em uma das visitas abordamos a paciente G. que apesar de não estar em condições de cuidar de si mesma estava sem acompanhante, pois havia ocorrido um conflito entre ela seu acompanhante e outra paciente. Observamos então que por conta deste conflito, a solidão e o sentimento de insuficiência pessoal a mesma estava agravando seu quadro geral. A mesma estava internada por estar com a diabetes altíssima e nenhuma medicação a estava ajudando. Por conta de todosesses obstáculos emocionais nenhuma medicação a estava ajudando, mantendo sua diabetes descontrolada. Frente a essa situação e com muito tato nos encontramos com seu acompanhante na recepção do hospital, mesmo tendo sido colocado para fora o mesmo estava ainda nas dependências do hospital na esperança de que pudesse entrar novamente. Retornamos a clinica onde a paciente G. estava interna e conversamos com a enfermeira chefe de plantão e a inteiramos do ocorrido e a mesma permitiu que a paciente tivesse seu acompanhante novamente, o que visivelmente a tornou mais aberta a receber o tratamento.
“As intervenções também estimulam a participação mais ativa e positiva do paciente, resultando numa melhor adesão ao tratamento, evitando o abandono do mesmo (Pacheco e Sadala 2009).” 
Considerações finais
A prática hospital é cheia de grandes surpresas, encontramos pessoas extremamente cientes de si e de sua situação, que conseguem ver a internação como algo passageiro e natural, já outras desanimadas e cheias de complexos, medos, incertezas. Sabemos que o paciente é um ser global, que se ele não estiver bem em qualquer âmbito da sua vida isso pode ser afetar sua resposta ao tratamento tanto para melhora ou não. Cientes disto a psicologia hospitalar vêm para somar a equipe hospitalar na humanização do tratamento, para tornar esta estada que por si só já é tão desestruturante o menos traumatizante possível. 
Referências
Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília: CFP, 2005. Disponível em: <http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/legislacao/codigo_etica>. Acesso em: 5/11/2017
Campos. T. C. P.(1995) Psicologia Hospitalar.São Paulo:EPU.
PACHECO, Cristiane de Almeida; SADALA, Glória Schweb. A Questão do Sujeito e as Práticas das Ciências da Saúde. Revista Barbarói: Santa Cruz do Sul, n. 30, jan./jul., 2009. Disponível em: <online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/download/800/748>. Acesso em: 23 out 2017.

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