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Passos para se calcular as diferentes potências totais de um circuito: Ache a potência ativa e reativa para cada carga; A potência ativa total é a soma das potências ativas em cada carga; A potência reativa total é a soma/subtração das potências reativas indutivas e capacitivas das cargas. St2 = Pt2 + Qt2 FPt = Pt / St Dois pontos importantes: A “S” não pode ser calculada pela “soma das S” nas cargas do circuito. Para o cálculo das potências e distribuição das cargas no circuito (sério e/ou paralelo) não faz diferença. Potência ativa no circuito: Pt = 100 + 200 + 300 => Pt = 600 W Potência reativa no circuito: Qt = 700(L) – 1500(C) => Qt = -800W Potência aparente no circuito: St2 = Pt2 + Qt2 => St = 1000 VA FP do circuito: FP = Pt / St => FP = 0,6 Corrente I: S = VxI => I = S / V = 1000 / 100 => I = 10 A Módulo de I: acos(0,6) = 53,13 I = 10 ∠ 53,13 A NBR-5410 - Instalações elétricas de baixa tensão; NBR-5444 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais (CANCELADA em 2014 – mas ainda muito usada); IEC 60617: Graphical symbols for diagrams (Passou a ser usada com o cancelamento da NBR-5444); Concessionárias locais: CEMIG - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária – Rede de Distribuição Aérea – Edificações Individuais. Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 5626 - Instalações prediais de água – Procedimento; NBR 5984 - Norma geral de desenho técnico – Procedimento. Condições gerais: 3.1 A planta de instalações deve ser executada sobre um desenho em vegetal transparente, levando em consideração as recomendações da NBR 5984. Esse desenho deve conter os detalhes de arquitetura e estrutura para compatibilização com o projeto elétrico. Esta Norma se baseia na conceituação simbológica de quatro elementos geométricos básicos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado. NBR 5444 – Simbologia. 4.1.1 Traço - O seguimento de reta representa o eletroduto. Os diâmetros normalizados são segundo a NBR 5626, convertidos em milímetros, usando-se a Tabela 1 a seguir: 4.1.2 Círculo - Representa três funções básicas: o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo embutido no teto. O ponto de luz deve ter um diâmetro maior que o do interruptor para diferenciá-los. Um elemento qualquer circundado indica que este se localiza no teto. O ponto de luz na parede (arandela) também é representado pelo círculo. 4.1.3 Triangulo equilátero - Representam tomadas em geral. Variações acrescentadas a ela indicam mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações em seus níveis (baixa, média e alta) na instalação. 4.1.4 Quadrado - Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico). De forma semelhante ao círculo, envolvendo a figura, significa que o dispositivo localiza-se no piso. Dutos e Distribuição – Simbologia Quadro de Distribuição – Simbologia Tomadas e Interruptores – Simbologia Luminárias – Simbologia Principais componentes Condutores, circuitos elétricos e pontos de instalação. Pontos de Instalação Tomadas simples e duplas. Tomadas com terra. Interruptores de uma, duas e três seções. Interruptores paralelos (three-way ou four-way). Norma IEC 60617 – Simbologia Princípios e Critérios Durante a execução do planejamento e projeto de instalações elétricas prediais, o projetista deve estar atento a pelo menos três critérios: Acessibilidade, Flexibilidade e Reserva de Carga, Confiabilidade. Fator de Potência Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. A esta porcentagem dá-se o nome de fator de potência. Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber o quanto da potência aparente foi transformada em potência ativa, aplica-se os seguintes valores de fator de potência: 1,0 para iluminação; 0,8 para tomadas de uso geral. Previsão de Cargas O objetivo da previsão de cargas é determinar todos os pontos de utilização de energia elétrica (pontos de consumo ou cargas) que farão parte da instalação. A Norma NBR 5410:2004 estabelece três principais categorias para definição das cargas: Iluminação (lâmpadas incandescentes, fluorescentes); Tomadas de uso geral (televisores, eletrodomésticos, etc.); Tomadas de uso específicos (chuveiro, ar-condicionado). Levantamento da Potência Total A partir da potência ativa total prevista para a instalação é possível determinar o tipo de fornecimento, a tensão de alimentação e o padrão de entrada. No cálculo da potência total, é necessário considerar: Em uma instalação elétrica predial é necessário computar a previsão de diversas cargas especiais como, por exemplo, motores para elevadores, bombas para drenagem de águas pluviais e esgoto, bombas para combate a incêndio e outras cargas de condomínio. Nos projetos elétricos residenciais, tipicamente considera-se o fator de potência 1,0 para as cargas de iluminação e 0,8 para as cargas de tomadas de uso geral (isto irá depender do projeto). A previsão de cargas de uma determinada instalação pode ser resumida pelo preenchimento de um quadro conhecido como Quadro de Previsão de Cargas. Previsão de Cargas – Iluminação Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento da carga de iluminação: Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz. Condição para se estabelecer a potência mínima de iluminação. A NBR 5410/04 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente. Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, não é necessariamente à potência nominal das lâmpadas. Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede. Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede em espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não conveniente. O objetivo da previsão de cargas é determinar todos os pontos de utilização de energia elétrica (pontos de consumo ou cargas) que farão parte da instalação. Previsão de Carga – Tomada – TUG e TUE TUG - Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados aparelhos móveis ou portáteis. Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento da quantidade de tomadas: Previsão de cargas: TUE: Tomada de Uso Específico. Estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada posição do ambiente. Nota: Ligação de aquecedores elétricos de água deve ser direta, sem uso de tomadas. Previsão de cargas: atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado. Destinada aos equipamentos que precisam de mais de 10 A; Para o nosso exemplo vamos considerar: Cozinha: 1 geladeira, 1 forno de micro-ondas, 1 torneira elétrica; Copa: 1 máquina de lavar roupa; Banheiro: chuveiro elétrico; No estado de MG, checar a norma da CEMIG para verificar a potência média de consumo desses equipamentos. De acordo com a norma da CEMIG: Geladeira comum – 250 W; Forno de micro-ondas - 750 W; Torneira elétrica – 2.000 W; Maquina de lavar roupa – 1.500W; Chuveiro elétrico 127v – 4.400 W. Levantamento da Potência Total Soma das potências ativas: A potencia total é conhecida como carga instalada. Iluminação + TUG + TUE Tipo de Fornecimento Na norma da CEMIG encontramos as seguintes tabelas: Com relação ao Fator de Potência podemos afirmar: a) É um valor percentual que informa quanto da potência elétrica foi realmentetransformada em trabalho. b) É um valor que uma força adquire de intensidade constante, que impulsiona o fluxo de elétrons livres numa direção e sentido. c) É o valor que usamos para o cálculo de uma possível interrupção à passagem de corrente elétrica que alimenta os circuitos de iluminação. d) É um valor que é responsável pelo monitoramento das correntes que circulam pelos circuitos, impedindo que sobrecargas prejudiquem o bom funcionamento dos aparelhos. Fator de Demanda Real Fator de demanda é a razão entre a demanda máxima e a carga instalada no sistema. Demanda máxima é a maior potência registrada em um intervalo de tempo. (no Brasil, por resolução, é a maior média das potências registradas em intervalos de 15 minutos durante um mês) Mas para termos a demanda máxima, precisamos ter o sistema em funcionamento. Dimensionar o circuito baseado na carga instalada (potência total) nos levaria a um superdimensionamento dos elementos (disjuntores, condutores, etc.), fora o custo. A CEMIG fornece tabelas para uso do fator de demanda que veremos em outros slides. Objetivo: encontrar a demanda total >>> corrente dos circuitos que teremos. Exemplo: Soma das potências ativas: Iluminação + TUG + TUE Potência Total = 900 + 2.560 + 8.900 = 12.360 W = 12,36 kW ( Ver Potência Total). Cálculo da Demanda Norma CEMIG, item 5 ”Cálculo da Carga Instalada e da Demanda”. Expressão para o cálculo da demanda: D = a + b + c + e + f (kVA) a - demanda referente a iluminação e tomadas (TUG); b - demanda relativa aos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento. Os fatores de demanda devem ser aplicados, separadamente, à carga instalada dos seguintes grupos de aparelhos: b1: chuveiros, torneiras e cafeteiras elétricas; b2: aquecedores de água por acumulação e por passagem; b3: fornos, fogões e aparelhos tipo "Grill”; b4: máquinas de lavar e secar roupas, máquinas de lavar louças e ferro elétrico; b5: demais aparelhos (TV, conjunto de som, ventilador, geladeira, freezer, torradeira, liquidificador, batedeira, exaustor, ebulidor, etc.). c - demanda dos aparelhos condicionadores de ar; d - demanda de motores elétricos; e - demanda de máquinas de solda e transformador. 1. É recomendável que a previsão de cargas de iluminação e o número de tomadas, feita pelo consumidor, atenda as prescrições da NBR 5410. 2. Para lâmpadas incandescentes, considerar: KVA = KW (fator de potência unitário). 3. Para lâmpadas de descarga ( vapor de mercúrio, sódio e fluorescente ) e tomada considerar : kVA = kW / 0,92. Considerar para a potência destas cargas kW – kVA (fator de potência unitário). 1. Aplicar os fatores de demanda à carga instalada determinada por grupo de aparelhos, separadamente. 2. Considerar kW = kVA ( fator de potência unitário ) para os aparelhos de aquecimento; para os demais, considerar kVA = kW /0,92. D = a + b + c a - demanda referente a iluminação e tomadas (TUG) – TABELA 11; Potência ativa de iluminação = 900 W Potência ativa de TUGs = 2.560 W Total = 3.460 W. Fator de demanda (FD) para essa potência = 0,72 Premissa: serão usadas apenas lâmpadas incandescentes ou de LED. Portanto, fator de potência = 1. Total = 3.460 VA. a = Total x FD = 3.460 x 0,72 = 2,49 kVA. D = a + b + c b = b1 + b2 + b3 + b4 + b5 b = b1 + b4 + b5 b1: Chuveiro = 4.400 W Torneira Elétrica = 2.000 W Aparelhos = 2. Total = 6.400 W. FD = 0,92 FP = 1. Total = 6,4 KVA. b1 = 6,4 x 0,92 = 5,88 kVA b4: Máquina de lavar roupas = 1.400 W Aparelhos = 1. Total = 1.400 W. FD = 1 FP = 0,92. Total = 1,4 KW / 0,92 = 1,52 kVA. b4 = 1,52 x 1 = 1,52 kVA. b5: Geladeira = 250 W Microondas = 750 W Aparelhos = 2. Total = 1.000 W. FD = 0,92 FP = 0,92. Total = 1,0 kW / 0,92 = 1,09 kVA. b5 = 1,09 x 0,92 = 1,0 kVA. b = b1 + b4 + b5 b = 5,88 + 1,52 + 1,0 = 8,4 KVA c = 0 D = 2,49 KVA + 8,4 KVA Demanda provável total = 10,89 KVA. Circuito Elétrico Conjunto de equipamentos e fios, ligados ao mesmo dispositivo de proteção. Em uma instalação elétrica residencial, encontramos dois tipos de circuito: Circuito de distribuição – liga do Quadro de Medidor ao Quatro de Distribuição; Circuito terminal – após o Quadro de Distribuição. Divisão da Instalação em Circuitos Para que isto não ocorra, uma boa recomendação é, nos circuitos de iluminação e pontos de tomadas de uso geral, limitar a corrente a 10 A, ou seja, 1270 VA em 127 V ou 2200 VA em 220 V. Proteção dos Circuitos Terminais A NBR 5410/04 diz o seguinte: ● A utilização de proteção diferencial residual (disjuntor ou interruptor – DDR ou IDR) de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a: – pontos de tomadas de corrente de uso geral e específico e pontos de iluminação em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens; – pontos de tomadas de corrente em áreas externas; – pontos de tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam alimentar equipamentos de uso em áreas externas; – pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro. Nota: ● Embora os circuitos não relacionados acima possam ser protegidos apenas por disjuntores termomagnéticos, é mais seguro e recomendável realizar a proteção contra choques elétricos de todos os circuitos através do emprego de dispositivos DR (DDR); ● Seguindo a norma e boas práticas de projetos, sem encarecer demais a instalação, vamos colocar um dispositivo DTM na chegada do circuito de distribuição no quadro e dispositivos DTM e IDR nos circuitos terminais. Na tabela da divisão dos circuitos terminais precisamos adicionar a linha do circuito de distribuição. ● Atenção para as seguintes regras: – Caso a Carga Instalada do seu circuito seja menor que 15 KW, achar a potência aparente (VA) usando o fator de potência médio de 0,95. Usar o valor encontrado na tabela. – Caso a Carga Instalada do seu circuito seja maior que os 15 KW, usar o valor da demanda provável total. Dimensionamento dos Condutores e Disjuntores Dimensionar a fiação de um circuito é determinar a seção padronizada (bitola) dos condutores deste circuito, de forma a garantir que a corrente calculada para ele possa circular pelos cabos, por um tempo ilimitado, sem que ocorra superaquecimento. ● Dimensionar o disjuntor (proteção) é determinar o valor da corrente nominal do disjuntor de tal forma que se garanta que os condutores da instalação não sofram danos por aquecimento excessivo provocado por sobre corrente ou curto-circuito. ● Todo o processo será usando as tabelas da Norma NBR 5410. Método de instalação – Como os cabos serão transportados; – Tabela 33 (página 90) – O mais comum nas instalações residenciais: Cabos por circuito: Tipo de Isolação e Temperatura: Existem diversas tabelas, visto os diferentes métodos de instalação, tipos de isolamento e temperatura. ● Ver tabela 35 a 40 (página 100) ● Temperatura é de fundamental importância, visto a sua direta influência na capacidade de condução de corrente. Para instalações elétricas residenciais, assumir isolação de PVC atende a esmagadora maioria dos casos. ● Também entenderemos que a temperatura ambiente de 30° padrão nas tabelas da Norma atende as especificações para residências; ● Tais cabos suportam uma temperatura de 70° de condução contínua; ● Já assumimos a padronização do uso de eletrodutos embutidos em alvenaria; ● Isso nos leva a usar a tabela 36 da norma para definição da capacidade de condução de corrente dos condutores. Fator de Correção para agrupamentos de circuitos: Verificar a quantidade de circuitos no eletroduto – Diagrama Unifilar. ● Quanto mais circuitos passarem no eletroduto, mais ele esquenta. Calculando a corrente de condução: Antes, definimos abaixo os 3 “tipos” de correntes: ● IP = IN = Corrente de projeto ou corrente nominal – aquela calculada e já colocada na tabela de divisão de circuitos ● IC = Corrente de condução do condutor tirada da tabela 36; ● IZ = Corrente de condução do condutorcorrigida com o fator de correção para agrupamentos de circuitos; ● IZ = IC x fator de correção. Teste: Vamos achar então a corrende de condução corrigida para o circuito #1. ● IP = 5,5 A ● Número de circuitos agrupados com o circuito #1: 2 ● Vou à tabela 36 e acho a corrente mais próxima para o valor de referência em eletroduto embutido: B1. IC = 9 A. Número de circuitos agrupados com o circuito #1: 2. ● Vou à tabela 42 e pego o fator de correção... Fator de correção: 0,8. Cálculo da corrente de condução corrigida: ● IZ = IC x fator de correção ● IZ = 9 x 0,8 ● IZ = 7,2 A ● Essa é a corrente que o condutor é capaz de conduzir nas condições levantadas. ● Comparo o resultado com a corrente de projeto e verifico se atende. IZ ≥ IP ? Para o circuito #1 a IZ atende os requisitos de projeto. ● Novamente na tabela 36: ● Seção do condutor para o circuito #1: 0,5 mm2; ● Contudo, não podemos esquecer que a norma especifica a seção mínima para circuitos de iluminação e força. Seção do condutor para o circuito #1: 1,5 mm2. Tabela de Disjuntores Termomagnéticos da Schneider (DTM) Para o IDR também podemos usar o exemplo da Schneider com o modelo Easy9. E para o circuito de distribuição? ● Tiramos da norma da CEMIG. ● Tabela 1 - Dimensionamento Para Unidades Consumidoras Urbanas ou Rurais Atendidas Por Redes De Distribuição Secundárias Trifásicas (127/220 V). ● Tabela 2 - Dimensionamento Para Unidades Consumidoras Urbanas ou Rurais Atendidas Por Redes De Distribuição Secundárias Trifásicas (127/220 V) - Ligações A 4 Fios.
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