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Arquivologia Aula 01

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ARQUIVOLOGIA PARA MINISTÉRIO DO TURISMO 
PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA 
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Olá, candidato ao Ministério do Turismo. 
Seja bem-vindo! O objetivo do nosso curso é ajudá-lo a acertar 
todos os itens da prova de Arquivologia no concurso do M Tur. 
Essa matéria tem sido bastante cobrada em concursos da área 
administrativa. Ao longo do nosso curso, você verá que é uma 
matéria simples, muitas vezes até intuitiva e que, com treino e 
dedicação, você terá plenas condições de fazer uma excelente prova. 
Antes, porém, me apresento. 
Meu nome é Carolina Teixeira, sou de Brasília e, em 2007, com 21 
anos, aluna de Engenharia de Redes na Universidade de Brasília 
(UnB), eu prestei meu primeiro concurso, para a Câmara dos 
Deputados. Estudei “freneticamente” e consegui o 4º lugar no 
concurso. Depois do resultado, o concurso foi suspenso e, como eu 
não sabia quanto tempo essa suspensão duraria, decidi estudar para 
o concurso do Supremo Tribunal Federal. 
Nesse meio tempo, decidi trocar de curso na UnB e comecei a cursar 
Administração. Passei no concurso do STF, trabalhei por lá quase um 
ano, até que, finalmente, fui chamada na Câmara e concluí minha 
graduação em Administração, na UnB. 
Desde então, boa parte da minha vida está ligada a concursos 
públicos. Há um ano, sou Coordenadora Pedagógica do Ponto dos 
Concursos e comecei, recentemente, a escrever um blog no Ponto, 
que tem o objetivo de ajudar as pessoas na busca de uma vaga no 
serviço público. 
Quem me conhece sabe que defendo com unhas e dentes o serviço 
público e a sua forma de ingresso - o concurso público -, instituição 
que, apesar de precisar de alguns ajustes, é muito bacana, porque 
permite a qualquer um que tenha interesse acesso a uma carreira 
digna e bem remunerada. 
Essa imagem de que serviço público é estático e de que não há nada 
de interessante para se fazer é já ultrapassada. Aqui na Câmara, por 
exemplo, existem diversos lugares muito legais para se trabalhar e 
meu trabalho lá é, te garanto, nada monótono. 
O nosso curso é de exercícios comentados, mas, se este é o seu 
primeiro contato com a matéria, não se preocupe! Garanto que você 
terá plenas condições de acompanhar bem as aulas e – o que é mais 
importante! – aprender bem a matéria. Isso porque o curso é de 
resolução de exercícios, então, a teoria será dada no desenrolar da 
resolução do item correspondente. Vamos, como eu gosto de dizer, 
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“dissecar” a teoria, indo além do estritamente necessário apenas à 
resolução da questão! Então, você aprende a teoria ao mesmo passo 
em que treina a resolução de exercícios da FUNIVERSA. 
E não se preocupe que a linguagem usada aqui será, como você já 
deve ter percebido, bem informal, de fácil assimilação, como se 
estivéssemos mesmo em sala de aula. 
Ao explicar um conceito novo, vou deixá-lo bem mastigadinho, de 
forma que você não fique com nenhuma dúvida. Mas, se ainda assim 
a dúvida persistir, não há o menor problema, pois o fórum de dúvidas 
está aí para isso mesmo. Aí, fica assim: quem já sabe irá revisar; 
quem não sabe irá assimilar o conteúdo. 
Eu estou fazendo uma pesquisa muito grande sobre questões antigas 
da FUNIVERSA, porque, como já fui concurseira, sei da importância 
de se estudar por questões anteriores da banca. Inclusive, nas nossas 
aulas, veremos muitas questões de 2010. 
 
Pode ser que, daqui até o final do nosso curso, eu não encontre 
questões de determinado assunto e, então, serei obrigada a utilizar 
questões de outra banca. Mas, ainda assim, farei o possível para 
fazê-lo de bancas parecidas com a FUNIVERSA. 
 
Detalhe importante: a matéria procedimentos administrativos 
será dada em arquivologia! Fique tranqüilo: veremos essa 
matéria na nossa terceira aula. Combinado? 
 
Se, antes de começar a aula, você quiser tentar resolver os 
exercícios, vá até o final desta aula, onde se encontra a lista de 
exercícios e o respectivo gabarito. 
 
Então, vamos lá? Vamos começar logo nossos exercícios da 
FUNIVERSA! 
 
1. (ADASA - 2009 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa 
correta que apresenta, de acordo com a Lei n.º 8.159, de 
8 de janeiro de 1991, a definição de arquivo. 
 
(A) É qualquer obra manuscrita ou impressa, que facilita o 
acesso às informações e aos conhecimentos 
especializados. 
 
(B) São conjuntos de documentos produzidos e recebidos 
por órgãos públicos, instituições de caráter público e 
entidades privadas, em decorrência do exercício de 
atividades específicas, bem como por pessoa física, 
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qualquer que seja o suporte da informação ou a 
natureza dos documentos. 
 
(C) É o documento em que se reproduzem e anotam 
compromissos, despesas, atividades, datas e horários. 
 
(D) São conjuntos de documentos reproduzidos e 
recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter 
não-público e entidades privadas, em decorrência do 
exercício de atividades específicas, bem como por 
pessoa física, qualquer que seja o suporte da 
informação ou a natureza dos documentos. 
 
(E) São conjuntos de documentos reproduzidos e 
recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter 
público e entidades privadas, em decorrência do 
exercício de atividades específicas, bem como por 
pessoa física, qualquer que seja o suporte da 
informação ou a natureza dos documentos. 
 
Veja que a questão não pergunta, pura e simplesmente, qual a 
definição de arquivo. O examinador é até bacana com a gente! Ele 
diz, expressamente, que quer a definição de arquivo, de acordo com 
a Lei n.º 8.159, de 8 de janeiro de 1991. 
 
Em primeiro lugar, vamos descobrir que lei é essa! A Lei nº 8.159, de 
08 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de 
arquivos públicos e privados e dá outras providências, é essencial no 
estudo de arquivologia para concursos públicos. Se eu tivesse de 
escolher uma lei para você ler, reler e reler, mais uma vez, essa lei 
seria, sem dúvida, a nº 8.159. 
 
A FUNIVERSA, em suas provas, cobra vários artigos da lei; várias 
vezes, de forma literal. Portanto, é importante que você estude a 
letra seca desta lei, para a sua prova do Ministério do Turismo. 
 
Não se preocupe, que a lei não é grande não. Mas, ainda assim, 
aposto que já tem um ou outro aluno desanimadinho por aí. Não 
fique! Durante esta e as próximas duas aulas, eu vou destacar, para 
você, os artigos mais importantes da lei, mas isso não significa que 
você não deva estudá-la por completo. Combinado? 
 
No segundo artigo da lei, pode ser encontrada a definição de arquivo: 
 
“Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de 
documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições 
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de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício 
de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que 
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.” 
 
Pois isto é, justamente, o que diz a letra “b”, que é, portanto, o 
gabarito da questão. 
 
Vamos, entretanto, aproveitar essa questão para nos aprofundarmos 
na definiçãode arquivo. 
 
O Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), órgão vinculado ao 
Arquivo Nacional, possui uma terminologia arquivística brasileira, que 
se parece a um glossário. Ela será utilizada nas nossas aulas sempre 
que suas definições forem úteis ao entendimento dos conceitos. 
 
Lá, arquivo está assim definido: “designação genérica de um conjunto 
de documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou 
jurídica, pública ou privada, caracterizado pela natureza orgânica de 
sua acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus 
sucessores, para fins de prova ou informação.” 
 
Em relação às outras alternativas, perceba que as letras “d” e “e” 
tentaram confundir o candidato, alterando algumas palavras na 
definição correta da lei. Veja que essas letras afirmaram que os 
arquivos são documentos “reproduzidos”, e não “produzidos”, como 
diz a lei. Fique atento a este tipo de detalhe para não errá-los 
durante a sua prova. 
 
A letra “a” está errada porque arquivo não é, nem de longe, 
“qualquer obra manuscrita ou impressa”, não é mesmo? Veja que, 
por definição, o arquivo de um órgão é um documento “em 
decorrência do exercício de atividades específicas”. Guarde isto! 
 
Por fim, a letra “c” está claramente errada. Essa definição mais 
parece de “agenda” do que de arquivo, não é? Rs. 
 
GABARITO: B 
 
2. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Acerca dos arquivos 
públicos, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Conjuntos de documentos acumulados por instituições 
de caráter público e por entidades encarregadas da 
gestão de serviços públicos constituem arquivos 
públicos. 
 
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(B) A cessação de atividades de instituições públicas e de 
caráter público implica o recolhimento de sua 
documentação e, obrigatoriamente, a sua 
transferência à instituição arquivística pública. 
 
(C) A eliminação de documentos públicos não necessita de 
autorização da instituição arquivística pública. 
 
(D) Os documentos de valor permanente são alienáveis e 
prescritíveis. 
 
(E) As três idades documentais não se aplicam aos 
arquivos públicos. 
 
Os arquivos podem ser considerados públicos, privados, familiais, 
institucionais, comerciais ou pessoais, de acordo com a entidade que 
os mantêm. 
 
É certo que, em concursos públicos, o conceito mais importante é o 
de arquivos públicos, mas é importante saber, também, a definição 
de arquivos privados. 
 
Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e 
recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de 
âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em 
decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias 
(Lei nº 8.159, art. 7º, caput). 
 
Atente para o fato de que os arquivos públicos são não só os 
documentos produzidos por órgãos públicos, mas também os 
recebidos por eles. Além disso, os arquivos públicos referem-se a 
qualquer esfera: federal, estadual, distrital ou municipal. Por fim, as 
funções administrativas, legislativas e judiciárias abrangem as 
funções dos três poderes. 
 
O primeiro parágrafo do artigo 7º da lei ora comentada faz uma 
observação: 
 
“São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e 
recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas 
encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas 
atividades.” 
 
Entidades privadas podem, desse modo, ter arquivos públicos, desde 
que encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas 
atividades regulares. 
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Agora ficou fácil perceber que a letra “a” é a letra correta, não ficou? 
Imagino que, se esse é o seu primeiro contato com a matéria, você 
não deve ter entendido algumas alternativas. Mas, durante o nosso 
curso, você vai aprender tudo que for necessário para o 
entendimentos delas, ok? Tenha calma. 
 
Por enquanto, o nosso objetivo é entender a diferença entre arquivos 
públicos e privados. 
 
GABARITO: A 
 
3. (APEX-Brasil - 2006 – FUNIVERSA) Por seus 
mantenedores, o arquivo pode ser classificado de 4 
maneiras. Assinale aquela que não é uma classificação 
de arquivo. 
 
(A) Públicos. 
 
(B) Institucionais. 
 
(C) Comerciais. 
 
(D) Familiares ou pessoais. 
 
(E) Gerais ou centrais. 
 
Os arquivos, como vimos na questão anterior, podem ser 
classificados, em face das características das organizações, em: 
 
- Públicos: federais, estaduais ou municipais; 
 
- Institucionais: instituições educacionais, igrejas, corporações não-
lucrativas, sociedades, associações; 
 
- Comerciais: firmas, corporações, companhias; 
 
- Familiais ou pessoais. 
 
Está claro, então, que a letra “e” é a letra errada, que não é uma 
classificação de arquivo. 
 
Agora, uma dica para você, que não se restringe à arquivologia. 
Como a banca do nosso concurso é a Funiversa, você terá cinco 
opções para escolher, dentre elas, a correta (ou, em alguns casos, a 
incorreta). Na maioria das vezes, o examinador tentará confundir 
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você com algum conceito que tem a ver com aquela matéria de forma 
geral, mas não com a pergunta, especificamente. 
 
É o que aconteceu nessa questão. Veja que a letra “e”, que é a letra 
errada, possui relação com os arquivos, sim. Os arquivos podem ser 
classificados, também, como centrais ou setoriais (veremos essa 
classificação, mais a frente, ainda nesta aula). 
 
O examinador tentou confundir você, colocando, no item errado, a 
palavra “centrais”, que existe em arquivologia. 
 
Por isso, a minha dica é que, caso você não consiga, de cara, 
identificar qual a letra correta, é que você tente, então, identificar 
qual letra está diferente das demais. 
 
Alguém que não estudou essa parte da matéria poderia acertar o 
item, simplesmente pensando qual a característica que destoa das 
demais. No caso, não é difícil perceber que público, institucional, 
comercial e pessoal fazem parte de um todo, que se refere às 
características das organizações. E que central ou geral, apesar de 
ser classificação dos arquivos, não tem a ver com as outras 
alternativas. 
 
Entendida a dica? Mas, claro, você só irá usá-la caso não consiga 
responder à pergunta. De toda forma, pode ser que seja útil durante 
a prova, não é mesmo? 
 
GABARITO: E 
 
4. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) A finalidade do arquivo é 
 
(A) produzir e manter os documentos para fins culturais. 
 
(B) adquirir documentos para a preservação da história. 
 
(C) servir à administração. 
 
(D) preservar os objetos colecionados. 
 
(E) avaliar os documentos por questões de conveniência. 
 
A principal finalidade do arquivo é servir à administração, 
constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento 
da história. 
 
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A resposta da questão é, assim, a letra “c”, que diz, de forma 
objetiva, que a finalidade do arquivo é servir à administração. 
 
Porém, vamos aproveitá-la para tratar de um assunto que foi, de 
forma indireta,cobrado na questão, mas que costuma cair bastante 
nas provas. 
 
É muito comum, em provas de concursos públicos, a exigência de 
conhecimentos acerca das diferenças entre arquivos e bibliotecas e 
museus. 
 
Museu não é arquivo. O museu é criado com o objetivo de conservar, 
preservar e colocar à disposição do público objetos que tenham 
algum valor cultural. Note que os museus estão sempre ligados à 
cultura, seja por meio da arte, da história de um povo, de uma língua 
etc. 
 
Os arquivos, por sua vez, embora tenham um valor cultural, não são 
criados com esta finalidade. A essência do arquivo é funcional e não 
cultural. 
 
(Já podemos, então, descartar a letra “a”, não podemos? Veja que 
ela diz que a finalidade do arquivo é produzir e manter documentos 
para fins culturais. Errado!) 
 
Biblioteca é um conjunto de materiais para estudo e pesquisa, que 
não se confunde com arquivo. As bibliotecas, assim como os museus, 
possuem valor predominantemente cultural. 
 
Em bibliotecas, os documentos são colecionados em vários 
exemplares; nos arquivos, não há coleção alguma e os documentos 
são produzidos no número de exemplares (um único exemplar, na 
maioria das vezes) estritamente necessário ao cumprimento de suas 
funções. 
 
(Pronto, já podemos, também, descartar a letra “d”. Lembre-se que 
arquivo não faz coleção de nada!) 
 
Ao analisar as características do arquivo que o diferem de bibliotecas 
ou museus, percebe-se que ele possui algumas particularidades – 
muito cobradas em concursos públicos –, que o distinguem. São três: 
 
I) Exclusividade de criação e recepção por um órgão, uma empresa 
ou uma instituição: 
 
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Na definição de arquivo dada pela Lei nº 8.159, que nós vimos acima, 
está claro que arquivos são os documentos criados ou recebidos por 
órgãos, empresas ou instituições. No arquivo de um órgão, há, 
somente, os documentos criados ou recebidos por aquele órgão, 
diretamente. 
 
(Por isto, a letra “b” está errada. O arquivo não adquire documento 
algum para a preservação da história. Apenas os cria ou recebe). 
 
Por outro lado, uma pessoa que decide fazer uma coleção de arquivos 
históricos, coletados nas mais diversas instituições, não possuirá um 
arquivo. Perceba que é possível constituir um arquivo pessoal, mas 
somente com os documentos que são criados diretamente pela 
pessoa ou por ela recebidos. 
 
II) Origem no curso de suas atividades: 
 
Os arquivos de uma instituição possuem origem no seu curso (leia-
se: no caminhar, no desenvolver) das suas atividades. Essa 
característica do arquivo está relacionada à característica anterior, ao 
item “I”. 
 
Ora, se arquivos são os documentos criados ou recebidos por um 
órgão, esses arquivos têm origem no próprio órgão ou estão a ele 
relacionados. Por isso, característica que distingue o arquivo é a 
origem no curso de suas atividades. 
 
Observe que essa particularidade é outra diferença entre arquivos e 
bibliotecas. Os documentos de uma biblioteca não têm origem no 
curso de suas atividades; são doados, comprados de editoras, de 
gráficas, etc. 
 
III) Caráter orgânico que liga o documento aos outros do mesmo 
conjunto: 
 
A arquivística trata do conjunto de documentos. Para ser chamado de 
arquivo, a ideia de conjunto, de agrupamento, é necessária. Nesse 
conjunto, o documento precisa estar ligado aos outros, do mesmo 
conjunto – e este é o caráter orgânico. 
 
Um documento solto, fora de seu conjunto, tem valor muito menor do 
que quando em seu conjunto apropriado. 
 
Entendida esta diferença? 
 
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A única letra que faltou analisarmos foi a letra “e”, mas, cá entre nós, 
ela não faz nenhum sentido. Imagino que, para este concurso, você 
esteja também estudando direito administrativo. Lá é que os critérios 
de conveniência e de oportunidade são estudados (nos atos 
discricionários, lembra?), rs. Aqui, em arquivologia, o arquivo serve 
para servir à administração! Não se esqueça disso. 
 
GABARITO: C 
 
5. (APEX-Brasil - 2006 – FUNIVERSA) Durante toda a 
história registrada, o arquivo teve vários componentes 
em sua composição. 
 
Assinale a alternativa que não corresponde ao Arquivo: 
 
(A) Acervo. 
 
(B) Arranjo. 
 
(C) Duplicata 
 
(D) Documentos 
 
Nessa questão, o examinador foi longe, hein?! Quem sabia, na hora 
da prova, o que é duplicata, acertou a questão, sem titubear. 
 
Duplicata nada tem a ver com arquivologia; é um título de crédito 
que constitui o instrumento de prova do contrato de compra e venda. 
Nada a ver com a nossa matéria, né? 
 
Vamos ver, por outro lado, a definição da terminologia arquivística 
brasileira para os outros termos que, estes sim, correspondem ao 
arquivo? 
 
Acervo – conjunto de documentos de um arquivo. 
 
Arranjo - arranjo é processo que, na organização de arquivos 
permanentes, consiste na ordenação – estrutural ou funcional – dos 
documentos em fundos, na ordenação das séries dentro dos fundos e, 
se necessário, dos itens documentais dentro das séries. 
 
Documento – registro de uma informação independetemente da 
natureza do suporte que a contém. 
 
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6. (APEX-Brasil - 2006 – FUNIVERSA) O controle sobre a 
produção documental e a racionalização de seu fluxo, por 
meio da aplicação de modernas técnicas e recursos 
tecnológicos, são objetivos de um programa de gestão de 
documentos, que levará à melhoria dos serviços 
arquivísticos, resgatando, com isso, a função social que 
os arquivos devem ter, aumentando-lhes a eficácia, 
garantindo o cumprimento dos direitos de cidadania e 
sendo, para a Administração pública, suporte para as 
decisões políticoadministrativas. Com isso, o Assistente 
Administrativo precisa saber basicamente o processo de 
arquivamento, assinale a alternativa que não representa 
conceito usado em processos de arquivamento de 
documentos. 
 
(A) Acervo. 
 
(B) Dossiê. 
 
(C) Organograma. 
 
(D) Inventário. 
 
(E) Notação. 
 
Essa questão é do mesmo tipo da anterior. Qual dos conceitos 
apresentados acima não é usado em processos de arquivamento de 
documentos? O organograma. 
 
Organograma, só para matar a curiosidade de quem não sabe, é um 
gráfico que representa a estrutura formal de uma organização. 
 
Somente como exemplo, veja, abaixo, o organograma do TRE/MS: 
 
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Organograma não é utilizado em processos de arquivamento de 
documentos (é um recurso da Administração, não da Arquivologia). 
 
Vamos aproveitar, entretanto, para ver o conceito das outras 
alternativas, segundo a terminologia arquivística? 
 
Acervo – conjunto de documentos de um arquivo. 
 
Dossiê – unidade de arquivamento, formada por documentos 
diversos, pertinentes a um determinado assunto ou pessoa. 
 
Inventário: 
 
Inventário analítico: instrumento de pesquisa no qual as unidades de 
arquivamento de um fundo ou de uma de suas divisões são 
identificadas e pormenorizadamente descritas.Inventário sumário: instrumento de pesquisa no qual as unidades de 
arquivamento de um fundo ou de uma de suas divisões são 
identificadas e brevemente descritas. 
 
Notação: elemento de identificação das unidades de arquivamento, 
constituída de números, letras, ou combinação de números e letras, 
que permite sua localização. 
 
GABARITO: C 
 
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7. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa 
correta acerca de arquivos, de acordo com a legislação 
arquivística brasileira. 
 
(A) Pessoas físicas não produzem arquivos. 
 
(B) Arquivos são coleções artificiais de documentos sobre 
determinado assunto. 
 
(C) Somente os documentos acumulados pela atividade-
meio são considerados arquivos. 
 
(D) Arquivos são conjuntos de documentos produzidos e 
recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter 
público e entidades privadas em decorrência de suas 
atividades. 
 
(E) Os documentos produzidos em meio eletrônico não 
são considerados arquivos, em virtude da falta de 
reconhecimento de sua autenticidade. 
 
Nessa questão, o examinador facilitou a nossa vida. Disse que quer a 
definição especificamente de acordo com a legislação arquivística 
brasileira. E o que é isso, exatamente? São as leis e normas que 
normatizam a arquivologia no Brasil. 
 
Como vimos no início da nossa aula de hoje, segundo a Lei n.º 8.159: 
 
“Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de 
documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições 
de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício 
de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que 
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.” 
 
Deu para perceber, então, que a letra “d” é a correta, não deu? Ela 
sintetiza a definição acima, da lei. 
 
Vamos descobrir qual o erro das outras alternativas? 
 
Letra “a”: pessoas físicas produzem arquivos sim! Inclusive, os 
arquivos podem ser classificados, conforme nós já vimos neste aula, 
em pessoais. 
 
Lembre-se: uma pessoa que decide fazer uma coleção de arquivos 
históricos, coletados nas mais diversas instituições, não possuirá um 
arquivo. Perceba que é possível constituir um arquivo pessoal, mas 
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somente com os documentos que são criados diretamente pela 
pessoa ou por ela recebidos. 
 
Letra “b”: Qual palavra não combina com arquivo? Coleção. Arquivos 
não são coleções! 
 
Letra “c”: O item está dizendo que somente os documentos coletados 
pelas atividades-meio da instituição são considerados arquivos. Ora, 
isso não faz o menor sentido! 
 
Se somente os documentos coletados pelas atividades-meio são 
arquivos, então os documentos da própria atividade-fim da instituição 
não o são? Claro que não. Documentos de atividades-meio ou 
atividades-fim podem ser considerados arquivos, de acordo com a 
natureza do documento. 
 
Letra “e”: nessa letra, o examinador errou feio! Imagine você se 
documentos produzidos em meio eletrônico não fossem arquivos! São 
sim. 
 
GABARITO: D 
 
8. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa 
que apresenta o fator de determinação do caráter 
orgânico de um arquivo. 
 
(A) A limitação das espécies documentais. 
 
(B) O fato de ser produzido pela atividade-meio da 
organização. 
 
(C) A relação do gênero documental com a missão da 
organização. 
 
(D) A relação que os documentos estabelecem entre si. 
 
(E) A finalidade científica do arquivo. 
 
O que é mesmo o caráter orgânico de um arquivo, que já estudamos 
hoje? 
 
Caráter orgânico que liga o documento aos outros do mesmo 
conjunto: 
 
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A arquivística trata do conjunto de documentos. Para ser chamado de 
arquivo, a ideia de conjunto, de agrupamento, é necessária. Nesse 
conjunto, o documento precisa estar ligado aos outros, do mesmo 
conjunto – e este é o caráter orgânico. 
 
Um documento solto, fora de seu conjunto, tem valor muito menor do 
que quando em seu conjunto apropriado. 
 
Portanto, agora, dá pra acertar a questão: o fator de determinação 
do caráter orgânico de um arquivo é a relação que os documentos 
estabelecem entre si – leve isto para a prova! 
 
GABARITO: D 
 
A partir de agora, vamos resolver questões da FUNIVERSA que 
tratem sobre a teoria das três idades. Esse assunto é muito comum 
em provas de concurso público, de todas as bancas examinadoras. 
 
9. (ADASA - 2009 – FUNIVERSA) Ainda de acordo com Lei 
n.º 8.159, de 8 de janeiro de 1991, é correto afirmar que 
são tipos de arquivos: 
 
(A) correntes, intermediários e permanentes. 
 
(B) correntes, temporários e permanentes. 
 
(C) privados, intermediários e permanentes. 
 
(D) correntes, intermediários e provisórios. 
 
(E) correntes, temporários e provisórios 
 
Veja que, já no enunciado, o examinador te dá a “pista” de qual 
caminho seguir. Nessa questão, ele disse que quer que você se 
baseie na nossa famosa Lei n.º 8.159. 
 
A Resolução nº 1, de 18 de outubro de 1995, do Conarq, define (art. 
1º, § 2º) arquivo corrente e esta definição tem sido reiteradamente 
exigida em provas de concurso público: 
 
“Consideram-se arquivos correntes os conjuntos de documentos em 
curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de 
consultas freqüentes.” 
 
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Ainda, a terminologia arquivística brasileira define arquivo corrente 
como: conjunto de documentos em curso ou de uso frequente, 
denominado, também, de arquivo de movimento. 
 
São, portanto, os arquivos mais consultados. Existem muitos 
arquivos correntes ainda recentes, mas isto não é uma regra. Pode 
ser que haja, na organização, documentos muito antigos, mas que, 
ainda assim, sejam consultados frequentemente. 
 
Os arquivos intermediários são os arquivos de segunda idade, ditos 
de “idade intermediária”. São, de fato, pertencentes a uma fase 
intermediária, de transição. 
 
A terminologia arquivística brasileira define arquivo intermediário 
como “conjunto de documentos procedentes de arquivos correntes, 
que aguardam destinação final.” 
 
Foram criados depois da já existência dos arquivos correntes e 
permanentes. Os documentos, à essa época, passavam de uma idade 
(corrente) diretamente à outra, definitiva (permanentes). 
 
Alguns problemas ocorriam com a ausência do arquivo intermediário. 
Documentos que não eram muito utilizados precisavam ficar nos 
arquivos correntes que, desse modo, ficavam enormes e 
dispendiosos. 
 
Por outro lado, se esses documentos que não eram muito utilizados 
– mas ainda o eram – ficassem no arquivo permanente, um 
congestionamento era estabelecido: o arquivo permanente 
misturava-se àqueles documentos ainda utilizados. 
 
Foi, então, criado o arquivo intermediário, com o objetivo de ser uma 
fase de transição. Sem dúvidas, o maior ganho com a criação deste 
arquivo foi a economia que, com ele, adveio, tanto de espaços, como 
de recursos materiais e humanos, como de capital.Os documentos recém-ingressados ao arquivo intermediário mantêm 
a classificação recebida anteriormente, no arquivo corrente. Além 
disso, o arquivo intermediário deverá ser subordinado técnica e 
administrativamente ao arquivo permanente. 
 
Pelo seu caráter de transitoriedade, o arquivo intermediário é 
chamado, algumas vezes, de “limbo” ou “purgatório”. 
 
Por fim, a terminologia arquivística brasileira define arquivo 
permanente como: “conjunto de documentos que são preservados, 
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respeitada a destinação estabelecida, em decorrência de seu valor 
probatório e informativo”. 
 
A função do arquivo permanente é reunir, conservar, arranjar e 
facilitar a consulta aos documentos oficiais de uso não corrente (leia 
se: os documentos oficiais não consultados frequentemente, mas 
que, apesar disso, são muito úteis ou podem tornar-se muito úteis 
para pesquisas históricas ou fins administrativos). 
 
Os arquivos permanentes crescem bastante (reúnem a documentação 
originária de diferentes setores) e, por isso, sua administração é mais 
complexa que a dos arquivos correntes e intermediários, que, 
geralmente, têm menor volume. 
 
Por meio da destinação, os documentos são, após avaliação, 
encaminhados para eliminação ou guarda permanente, a depender do 
valor que ainda carreguem. 
 
O que faz um documento não ser eliminado e ser mantido sob guarda 
permanente é o seu valor secundário (informativo ou probatório). 
 
Todos os documentos nascem com valor administrativo – valor para o 
qual foram criados – mas apenas alguns adquirem valor secundário: 
aqueles que serão mantidos sob guarda permanente. Os outros 
documentos, que perderam o seu valor administrativo e não possuem 
valor histórico (valor secundário), serão eliminados. 
 
Voltando à questão, perceba que ela é muito simples, básica. Você 
não pode errá-la na hora da prova. Aproveitamos, entretanto, a deixa 
para entender melhor os tipos de arquivo corrente, intermediário e 
permanente. 
 
Se você ficou um pouco confuso com essas idades dos arquivos, não 
se preocupe. Nós faremos vários exercícios para ajudá-lo a entender 
as fases e, o mais importante, diferenciá-las na hora da prova. 
 
GABARITO: A 
 
10. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a 
alternativa que apresenta as idades arquivísticas nas 
quais a gestão de documentos atua. 
 
(A) Custódia e permanente. 
 
(B) Corrente e setorial. 
 
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(C) Corrente e intermediária. 
 
(D) Pós-custodial e semiativa. 
 
(E) Custódia e setorial. 
 
Quais são as idades dos arquivos? Corrente, intermediária e 
permanente – você não pode, sob nenhuma hipótese, esquecer-se 
disso na hora da sua prova! 
 
Pois bem, vamos lá, resolver à questão. Não existe, em arquivologia, 
idade “custódia” ou, muito menos, idade “pós-custodial”. 
 
E setorial, o que é? Vamos aprender, de uma vez por todas... 
 
Os arquivos podem ser classificados, segundo a extensão da atuação 
do arquivo, em setoriais ou gerais. 
 
Arquivos setoriais são estabelecidos junto aos órgãos, para 
documentos consultados frequentemente, localizados nos órgãos que 
os receberam ou próximos a eles. 
 
Os arquivos gerais ou centrais, por sua vez, são aqueles que 
centralizam o recebimento. 
 
Imagine duas empresas, de portes distintos, com arquivos 
centralizados: uma empresa grande e complexa, inclusive 
fisicamente, e outra menor. 
 
Os arquivos correntes, como você já sabe, são muito movimentados 
ou consultados. Em uma empresa grande e complexa, com arquivo 
central, a cada vez que um funcionário desejar chegar ao arquivo 
corrente, provavelmente terá de percorrer grandes distâncias (às 
vezes, precisará ir de uma cidade a outra, ou, até mesmo, precisará 
ir até outro estado da federação!). Isto é completamente inviável. 
 
Em uma pequena organização, por outro lado, um arquivo setorial é 
viável – e recomendável –, pois, para se chegar ao arquivo corrente, 
não é preciso muito esforço. Inclusive, arquivos descentralizados são, 
muitas vezes, desnecessários em pequenas organizações, já que um 
pequeno arquivo, centralizado, é capaz de atender a todas as 
demandas da organização. 
 
Entendido o que é um arquivo setorial? Então podemos voltar à 
resolução da questão. 
 
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Idade semiativa (letra “d”) é a idade intermediária. 
 
Então, por eliminação, está claro que a letra “c” é a única que 
representa a idade dos arquivos. E, de fato, é nessas duas fases 
(corrente e intermediária) que a gestão de documentos atua - leve 
isto para a prova! 
 
GABARITO: C 
 
11. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Os arquivos 
correntes são constituídos de documentos de valor: 
 
(A) secundário. 
 
(B) informativo. 
 
(C) mediato. 
 
(D) primário. 
 
(E) histórico. 
 
Conceito importante para concursos públicos é o de valor primário: 
aquele atribuído em função do interesse que possa ter para a 
organização, levando-se em conta a sua utilidade para fins 
administrativos, legais, fiscais etc. É o valor pelo qual o documento 
foi criado (todo documento nasce com um objetivo administrativo) e, 
por isso, está presente em todos eles, quando de sua criação. Logo, 
os documentos correntes possuem valor primário. 
 
Em suma, o arquivo corrente é constituído de documentos com 
grande possibilidade de uso e com valor primário. 
 
Você se lembra que, no começo da aula de hoje, vimos que a 
principal finalidade do arquivo é servir à administração? Pois é, para 
isso, ele se vale de seu valor primário, que se refere às questões 
administrativas, funcionais e legais. Está vendo como os conceitos da 
matéria já estão começando a se interligar? Boa notícia, significa que 
estamos avançando no conteúdo! 
 
Portanto, o gabarito é letra “d”: os arquivos correntes são 
constituídos de documentos de valor primário. 
 
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E são só os documentos do arquivo corrente que possuem valor 
primário? Não são só eles, não! Os documentos da idade 
intermediária também possuem. 
 
Os alunos costumam perguntar: “mas, Carol, e se, nessa questão, 
tivessem as opções ‘ valor administrativo’ e ‘valor primário’, qual eu 
deveria marcar?”. O examinador não pode fazer uma questão assim, 
pois esses valores são sinônimos e, assim, a questão teria duas 
respostas corretas. Ok? 
 
GABARITO: D 
 
12. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) O arquivo 
intermediário é um local de 
 
(A) guarda permanente dos documentos de valor 
secundário. 
 
(B) custódia de documentos sem valor. 
 
(C) arquivamento de documentos em tramitação. 
 
(D) eliminação de documentos com valor secundário. 
 
(E) guarda temporária de documentos. 
 
A terminologia arquivística brasileira define arquivo intermediário 
como “conjunto de documentos procedentes de arquivos correntes, 
que aguardam destinação final.” 
 
Se os documentos aguardam a destinação final na idade 
intermediária, podemos concluir que esta fase é apenas uma guarda 
temporária dos documentos. Fez sentido? 
 
Vamos falar sobreas outras alternativas, para enriquecer o nosso 
estudo? 
 
A letra “a” está de cara, à primeira vista. Toda vez em que se falar 
em “guarda permanente”, se está referindo à idade permanente dos 
arquivos. Não se esqueça de que a fase intermediária é uma fase de 
transição – por isso, a guarda não pode ser permanente. 
 
A letra “b” não fez muito sentido. Por que alguém faria a custódia de 
documentos sem valor? A fase intermediária guarda documentos que 
ainda possuem valor primário. Após a avaliação, os documentos 
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serão mantidos permanentemente (caso possuam valor histórico, 
secundário) ou eliminados. 
 
A letra “c” também está errada. Qual a idade que abarca documentos 
em tramitação? A idade corrente. Vamos rever a definição, porque ela 
precisa estar bem guardada na sua mente, no dia da prova: 
 
“Consideram-se arquivos correntes os conjuntos de documentos em 
curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de 
consultas freqüentes.” 
 
A letra “d” também está claramente errada; é justamente o contrário. 
Os documentos com valor secundário não são eliminados, pois esses 
documentos possuem valor histórico. Os documentos que são 
eliminados são aqueles que não possuem valor secundário – guardei 
isto. 
 
GABARITO: E 
 
13. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Quanto aos 
arquivos correntes, assinale a alternativa correta. 
 
(A) São formados pelos documentos arquivísticos em 
tramitação. 
 
(B) Não têm restrição à consulta. 
 
(C) A destinação final deles é sempre a eliminação. 
 
(D) São constituídos sempre de documentos em suporte 
papel. 
 
(E) São sempre do gênero textual. 
 
Mais uma vez, para não errar na hora da prova, veja o conceito de 
arquivo corrente, segundo a legislação: 
 
“Consideram-se arquivos correntes os conjuntos de documentos em 
curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de 
consultas freqüentes.” 
 
Portanto, a letra “a” está corretíssima. Os documentos correntes são, 
de fato, formados pelos documentos arquivísticos em tramitação (ou 
seja: em curso ou que são objeto de consultas freqüentes). 
 
A letra “b” pode ser contraposta à Lei nº 8.159. 
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Em seu artigo 4º, está assim asseverado: 
 
“Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em 
documentos de arquivos que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à 
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem 
das pessoas.” 
 
O que o artigo está dizendo é que: 
 
a) As informações constantes em órgãos públicos referentes ao 
interesse particular de um cidadão ou de interesse coletivo ou 
geral são, em regra, acessíveis; 
 
b) Todavia, as informações cujo sigilo é imprescindível à segurança 
da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da 
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas 
são a exceção da regra acima e, portanto, são inacessíveis. 
 
Letra “c”: “a destinação final deles é sempre a eliminação”? Não é 
não. Já falamos várias vezes na aula de hoje que, após avaliação, o 
documento pode tomar dois destinos. Ou ele possui valor secundário 
(histórico) e é, desse modo, mantido permanentemente ou ele não 
possui valor secundário e é eliminado. 
 
Letra “d”: erradíssimo esse item. Vamos rever o conceito de arquivo: 
 
“Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de 
documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições 
de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício 
de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que 
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.” 
 
Existem arquivos nos mais diferentes suportes. 
 
Letra “e”: para responder com segurança à letra “e”, vamos ver, 
objetivamente, quais são os gêneros textuais: 
 
• Escritos ou textuais: como o nome diz, são os documentos 
manuscritos ou impressos. Envolve uma gama enorme de tipos físicos 
ou espécies documentais, como atos, contratos, atas, relatórios, 
circulares, livros de contas, editais, certidões e vários outros. 
 
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• Cartográficos: documentos contendo representações geográficas, 
arquitetônicas ou de engenharia, como plantas, mapas, perfis. 
 
• Iconográficos: documentos que contêm imagens estáticas – 
fotografias, desenhos, gravuras, diapositivos. 
 
• Filmográficos: como o próprio nome diz, documentos em películas 
cinematográficas, como filmes e fitas videomagnéticas. 
 
• Sonoros: documentos contendo registros fonográficos, como discos 
e fitas audiomagnéticas. 
 
• Micrográficos: documentos em suporte fílmico resultantes de 
microrreprodução de imagens, mediante utilização de técnicas 
específicas (rolo, microficha, jaqueta, cartão-janela). 
 
• Informáticos: documentos produzidos, armazenados ou tratados em 
computador (disquete, CD-ROM, HD, disco óptico). 
 
Voltando à questão, não restam dúvidas de que os arquivos não são 
sempre do gênero textual, não é mesmo? 
 
GABARITO: A 
 
14. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Define-se o tipo 
documental como 
 
(A) elemento de descrição que nomeia a unidade de 
descrição. 
 
(B) menor unidade documental, intelectualmente 
indivisível. 
 
(C) conjunto das características físicas de apresentação, 
das técnicas de registro e da estrutura da informação 
 
(D) divisão de espécie documental que reúne documentos 
por suas características comuns no que diz respeito à 
fórmula diplomática. 
 
(E) documento codificado em dígitos binários. 
 
Para entendermos o conceito de tipo documental, exigido pela 
questão, vamos, precisamos, primeiro, definir o conceito de espécie 
documental: 
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Espécie documental é a configuração que assume um documento de 
acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas. 
São exemplos: ofícios, memorandos, cartas, telegramas e emails. 
 
Conforme a terminologia arquivística brasileira, espécie de 
documento é a designação dos documentos segundo seu aspecto 
formal: ata, carta, certidão, decreto, edital, ofício, relatório, 
requerimento, gravura, diapositivo, filme, planta, mapa, etc. 
 
O tipo documental é a divisão de espécie documental que reúne 
documentos por suas características comuns no que diz respeito à 
fórmula diplomática, natureza de conteúdo ou técnica do registro. 
 
Exemplos de tipos documentais: cartas precatórias, cartas régias, 
cartas-patentes, decretos sem número, decretos-leis, decretos 
legislativos. Veja que o tipo é uma divisão da espécie, ou seja, é mais 
detalhado. 
 
Após essa explicação, já podemos marcar a letra “d” como a correta: 
tipo documental é a divisão de espécie documental que reúne 
documentos por suas características comuns no que diz respeito à 
fórmula diplomática. 
 
Nessa questão,não vale a pena analisarmos as outras alternativas, já 
que elas se referem a assuntos completamente alheios ao tipo 
documental. 
 
GABARITO: D 
 
Perceba que, nessas últimas questões que temos resolvido, estamos 
trabalhando com a classificação dos documentos. 
 
Já vimos a classificação dos arquivos segundo a entidade 
mantenedora (públicos, institucionais, comerciais, familiais ou 
pessoais), segundo os estágios de sua evolução (correntes, 
intermediários e permanentes), segundo a extensão de sua atuação 
(setoriais ou gerais). 
 
Em relação à classificação dos documentos, já os classificamos 
segundo o gênero (textual, cartográfico, etc) e, agora, vamos 
classificar os documentos segundo a natureza do assunto. 
 
Veja mais essa questão da prova do MPE/GO, deste ano: 
 
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15. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a 
alternativa que apresenta o grau de sigilo em que os 
dados ou informações referentes à soberania e à 
integridade territorial nacionais são passíveis de 
classificação. 
 
(A) Ostensivo 
 
(B) Secreto 
 
(C) Reservado 
 
(D) Confidencial 
 
(E) Ultrassecreto 
 
Os documentos podem ser classificados, segundo a natureza de seu 
assunto, em ostensivos ou sigilosos. 
 
Ostensivo, segundo o dicionário, é “que não se esconde”; “que quer 
se mostrar”; “próprio para ser visto”. Pois documentos ostensivos são 
aqueles que podem ser divulgados, pois isto não prejudicará a 
administração. 
 
Os documentos sigilosos, por sua vez, são aqueles que, por sua 
natureza, não podem ser divulgados e, por isso, necessitam de 
medidas especiais de salvaguarda e de proteção. 
 
O § 2º do artigo 23 da Lei nº 8.159 assevera que: 
 
“Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da 
sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo 
da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da 
imagem das pessoas são originalmente sigilosos.” 
 
Portanto, segundo a legislação, são documentos originalmente 
sigilosos: 
 
– aqueles cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e 
do Estado; 
 
- aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade, 
da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. 
 
A terminologia arquivística brasileira define documento sigiloso como 
aquele que, pela natureza de seu conteúdo informativo, determina 
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medidas especiais de proteção quanto a sua guarda e acesso ao 
público. 
 
O caput deste artigo diz que decreto fixará as categorias de sigilo que 
deverão ser obedecidas pelos órgãos públicos na classificação dos 
documentos por eles produzidos. Este decreto é, atualmente, o 
Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002. 
 
Os documentos sigilosos podem ser classificados como ultrassecreto, 
secreto, confidencial ou reservado. 
 
Aqui, cumpre, apenas, reproduzir os parágrafos do artigo 5º do 
Decreto, que classificam e distinguem os documentos sigilosos: 
 
“Art. 5º Os dados ou informações sigilosos serão classificados em 
ultra-secretos, secretos, confidenciais e reservados, em razão do seu 
teor ou dos seus elementos intrínsecos. 
 
§ 1º São passíveis de classificação como ultra-secretos, dentre 
outros, dados ou informações referentes à soberania e à integridade 
territorial nacionais, a planos e operações militares, às relações 
internacionais do País, a projetos de pesquisa e desenvolvimento 
científico e tecnológico de interesse da defesa nacional e a programas 
econômicos, cujo conhecimento não-autorizado possa acarretar dano 
excepcionalmente grave à segurança da sociedade e do Estado. 
 
§ 2º São passíveis de classificação como secretos, dentre outros, 
dados ou informações referentes a sistemas, instalações, programas, 
projetos, planos ou operações de interesse da defesa nacional, a 
assuntos diplomáticos e de inteligência e a planos ou detalhes, 
programas ou instalações estratégicos, cujo conhecimento não-
autorizado possa acarretar dano grave à segurança da sociedade e do 
Estado. 
 
§ 3º São passíveis de classificação como confidenciais dados ou 
informações que, no interesse do Poder Executivo e das partes, 
devam ser de conhecimento restrito e cuja revelação não-autorizada 
possa frustrar seus objetivos ou acarretar dano à segurança da 
sociedade e do Estado. 
 
§ 4º São passíveis de classificação como reservados dados ou 
informações cuja revelação não-autorizada possa comprometer 
planos, operações ou objetivos neles previstos ou referidos.” 
 
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Quando classificados como sigilosos, os documentos não carregam, 
para sempre, essa classificação. A partir da data de produção do dado 
ou informação, a classificação perdura por: 
 
– 30 anos, no máximo, se ultrassecreto; 
 
– 20 anos, no máximo, se secreto; 
 
– 10 anos, no máximo, se confidencial; 
 
– 5 anos, no máximo, se reservado. 
 
Estes prazos poderão ser prorrogados uma vez, por igual período. 
 
Relendo o parágrafo primeiro do artigo 5º, acima, não restam 
dúvidas de que o grau de sigilo a que os dados ou informações 
referentes à soberania e à integridade territorial nacionais são 
passíveis de classificação é o ultrassecreto. 
 
Infelizmente, aqui, não tem jeito: você precisará memorizar quais 
informações são classificados em qual nível. Mas, cá entre nós, não é 
tanta coisa assim. Aposto que, em outras matérias, você precisa 
memorizar coisas bem piores, rs. 
 
GABARITO: E 
 
16. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) A classificação de 
um documento no grau de ultrassecreto é de 
competência do 
 
(A) diretor do Arquivo Nacional. 
 
(B) presidente do Conselho Nacional de Arquivos. 
 
(C) servidor civil. 
 
(D) vice-presidente da República. 
 
(E) servidor militar. 
 
O Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002, dispõe sobre a 
salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos 
de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da 
Administração Pública Federal, e dá outras providências. 
 
Veja o que diz o artigo 6º deste decreto: 
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“Art. 6º A classificação no grau ultra-secreto é de competência das 
seguintes autoridades: 
 
I - Presidente da República; 
 
II - Vice-Presidente da República; 
 
III - Ministros de Estado e equiparados; e 
 
IV - Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
 
Parágrafo único. Além das autoridades estabelecidas no caput, podem 
atribuir grau de sigilo: 
 
I - secreto, as autoridades que exerçam funções de direção, comando 
ou chefia; e 
 
II - confidencial e reservado, os servidores civis e militares, de acordo 
com regulamentação específica de cada Ministério ou órgão da 
Presidência da República. 
 
I - Presidente da República; (Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 
2004) 
 
II - Vice-Presidente da República; (Redação dada pelo Decreto nº 
5.301, de 2004) 
 
III - Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; 
(Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004) 
IV - Comandantes da Marinha, do Exércitoe da Aeronáutica; e 
(Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004) 
 
V - Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no 
exterior. (Incluído pelo Decreto nº 5.301, de 2004)” 
 
A questão pergunta qual das autoridades listadas pode julgar 
arquivos ultrassecretos. O caput do artigo nos informa logo que a 
resposta correta é o Vice-Presidente da República. 
 
Veja que outras pessoas também podem atribuir este grau de sigilo 
ao documento (não só o Vice-Presidente da República), mas, para 
responder corretamente à questão, somente este dado era 
necessário. 
 
GABARITO: D 
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Gostaria de pedir que, se algum aluno da turma tiver mais questões 
da FUNIVERSA sobre este tema, me mande, que, em vez de 
comentar pontualmente no fórum, eu comento na aula e, assim, a 
aula fica mais rica. 
 
Na aula que vem, estudaremos protocolo e métodos de 
arquivamento, com questões recentes da FUNIVERSA. 
 
Você já sabe, se precisar de mim, pode me chamar no fórum de 
dúvidas! 
 
Um forte abraço e força nos estudos, 
Carol 
 
carolina@pontodosconcursos.com.br 
 
   
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
 
1. (ADASA - 2009 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa correta 
que apresenta, de acordo com a Lei n.º 8.159, de 8 de 
janeiro de 1991, a definição de arquivo. 
 
a) É qualquer obra manuscrita ou impressa, que facilita o acesso 
às informações e aos conhecimentos especializados. 
 
b) São conjuntos de documentos produzidos e recebidos por 
órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades 
privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, 
bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da 
informação ou a natureza dos documentos. 
 
c) É o documento em que se reproduzem e anotam 
compromissos, despesas, atividades, datas e horários. 
 
d) São conjuntos de documentos reproduzidos e recebidos por 
órgãos públicos, instituições de caráter não-público e entidades 
privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, 
bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da 
informação ou a natureza dos documentos. 
 
e) São conjuntos de documentos reproduzidos e recebidos por 
órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades 
privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, 
bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da 
informação ou a natureza dos documentos. 
 
 
2. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Acerca dos arquivos 
públicos, assinale a alternativa correta. 
 
a) Conjuntos de documentos acumulados por instituições de 
caráter público e por entidades encarregadas da gestão 
de serviços públicos constituem arquivos públicos. 
 
b) A cessação de atividades de instituições públicas e de 
caráter público implica o recolhimento de sua 
documentação e, obrigatoriamente, a sua transferência à 
instituição arquivística pública. 
 
c) A eliminação de documentos públicos não necessita de 
autorização da instituição arquivística pública. 
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d) Os documentos de valor permanente são alienáveis e 
prescritíveis. 
 
e) As três idades documentais não se aplicam aos arquivos 
públicos. 
 
3. (APEX-Brasil - 2006 – FUNIVERSA) Por seus mantenedores, 
o arquivo pode ser classificado de 4 maneiras. Assinale 
aquela que não é uma classificação de arquivo. 
 
a) Públicos. 
 
b) Institucionais. 
 
c) Comerciais. 
 
d) Familiares ou pessoais. 
 
e) Gerais ou centrais. 
 
4. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) A finalidade do arquivo é 
 
a) produzir e manter os documentos para fins culturais. 
 
b) adquirir documentos para a preservação da história. 
 
c) servir à administração. 
 
d) preservar os objetos colecionados. 
 
e) avaliar os documentos por questões de conveniência. 
 
5. (APEX-Brasil - 2006 – FUNIVERSA) Durante toda a história 
registrada, o arquivo teve vários componentes em sua 
composição. 
 
Assinale a alternativa que não corresponde ao Arquivo: 
 
a) Acervo. 
 
b) Arranjo. 
 
c) Duplicata 
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d) Documentos 
 
6. (APEX-Brasil - 2006 – FUNIVERSA) O controle sobre a 
produção documental e a racionalização de seu fluxo, por 
meio da aplicação de modernas técnicas e recursos 
tecnológicos, são objetivos de um programa de gestão de 
documentos, que levará à melhoria dos serviços 
arquivísticos, resgatando, com isso, a função social que os 
arquivos devem ter, aumentando-lhes a eficácia, garantindo 
o cumprimento dos direitos de cidadania e sendo, para a 
Administração pública, suporte para as decisões 
políticoadministrativas. Com isso, o Assistente 
Administrativo precisa saber basicamente o processo de 
arquivamento, assinale a alternativa que não representa 
conceito usado em processos de arquivamento de 
documentos. 
 
a) Acervo. 
 
b) Dossiê. 
 
c) Organograma. 
 
d) Inventário. 
 
e) Notação. 
 
7. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa 
correta acerca de arquivos, de acordo com a legislação 
arquivística brasileira. 
 
a) Pessoas físicas não produzem arquivos. 
 
b) Arquivos são coleções artificiais de documentos sobre 
determinado assunto. 
 
c) Somente os documentos acumulados pela atividade-meio 
são considerados arquivos. 
 
d) Arquivos são conjuntos de documentos produzidos e 
recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter 
público e entidades privadas em decorrência de suas 
atividades. 
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e) Os documentos produzidos em meio eletrônico não são 
considerados arquivos, em virtude da falta de 
reconhecimento de sua autenticidade. 
 
8. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa que 
apresenta o fator de determinação do caráter orgânico de 
um arquivo. 
 
a) A limitação das espécies documentais. 
 
b) O fato de ser produzido pela atividade-meio da 
organização. 
 
c) A relação do gênero documental com a missão da 
organização. 
 
d) A relação que os documentos estabelecem entre si. 
 
e) A finalidade científica do arquivo. 
 
9. (ADASA - 2009 – FUNIVERSA) Ainda de acordo com Lei n.º 
8.159, de 8 de janeiro de 1991, é correto afirmar que são 
tipos de arquivos: 
 
a) correntes, intermediários e permanentes. 
 
b) correntes, temporários e permanentes. 
 
c) privados, intermediários e permanentes. 
 
d) correntes, intermediários e provisórios. 
 
e) correntes, temporários e provisórios 
 
10. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa que 
apresenta as idades arquivísticas nas quais a gestão de 
documentos atua. 
 
a) Custódia e permanente. 
 
b) Corrente e setorial. 
 
c) Corrente e intermediária. 
 
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d) Pós-custodial e semiativa. 
 
e) Custódia e setorial. 
 
11. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Os arquivos correntes são 
constituídos de documentos de valor: 
 
a) secundário. 
 
b) informativo. 
 
c) mediato. 
 
d) primário. 
 
e) histórico. 
 
12. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) O arquivo intermediário é 
um local de 
 
a) guarda permanente dos documentos de valor secundário. 
 
b) custódia de documentos sem valor. 
 
c) arquivamento de documentos em tramitação. 
 
d) eliminação de documentos com valor secundário. 
 
e) guarda temporária de documentos. 
 
13. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Quanto aos arquivos 
correntes, assinale a alternativa correta. 
 
a) São formados pelos documentos arquivísticos em 
tramitação. 
 
b) Não têm restrição à consulta. 
 
c) A destinação final deles é sempre a eliminação. 
 
d) São constituídos sempre de documentos em suporte 
papel. 
 
e) São sempre do gênero textual. 
 
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14. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Define-se o tipo 
documental como 
 
a) elemento de descrição que nomeia a unidade de 
descrição. 
 
b) menor unidade documental, intelectualmente indivisível. 
 
c) conjunto das características físicas de apresentação, das 
técnicas de registro e da estrutura da informação 
 
d) divisão de espécie documental que reúne documentos por 
suas características comuns no que diz respeito à fórmula 
diplomática. 
e) documento codificado em dígitos binários. 
 
15. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa que 
apresenta o grau de sigilo em que os dados ou informações 
referentes à soberania e à integridade territorial nacionais 
são passíveis de classificação. 
 
a) Ostensivo 
 
b) Secreto 
 
c) Reservado 
 
d) Confidencial 
 
e) Ultrassecreto 
 
16. (MPE/GO – 2010 – FUNIVERSA) A classificação de um 
documento no grau de ultrassecreto é de competência do 
 
a) diretor do Arquivo Nacional. 
 
b) presidente do Conselho Nacional de Arquivos. 
 
c) servidor civil. 
 
d) vice-presidente da República. 
 
e) servidor militar. 
 
 
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1 B 
2 A 
3 E 
4 C 
5 C 
6 C 
7 D 
8 D 
9 A 
10 C 
11 D 
12 E 
13 A 
14 D 
15 E 
16 D

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