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UFPEL - CENTRO DE CIÊNCIAS QUÍMICAS FARMACÊUTICAS E DE ALIMENTOS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA E INORGÂNICA Bioquímica Material de Apoio Unidade II (Aminoácidos e Proteínas) 1. Química dos Aminoácidos Aminoácidos: um aminoácido é uma molécula orgânica que contem em sua composição um grupo amina NH2 e uma carboxila COOH podendo alguns aminoácidos conterem enxofre em sua composição. Sendo a estrutura geral de um aminoácido demonstrada abaixo na figura I. Figura 1. Estrutura geral de um aminoácido. Como podemos observar na figura acima, os aminoácidos possuem geralmente em sua estrutura um carbono alfa (geralmente quieral 1 ), ligado a outros quatro grupos por via de regra o grupo amina e ao grupo carboxílico, além de um hidrogênio e um radical substituinte característico de cada aminoácido. Os aminoácidos se unem através de ligações peptídicas que são ligações químicas que ocorrem entre duas moléculas quando o grupo carboxílico de um aminoácido reage com o grupo amina de outro, liberando uma molécula de água, ou seja, é uma reação de síntese de desidratação. Como podemos observar na figura 2. Figura 2. Reações de síntese de desidratação entre aminoácidos. Através dessas ligações os aminoácidos formam os peptídeos e as proteínas, para que as células possam produzir suas proteínas, elas precisam de aminoácidos, que por sua vez podem ser obtidos a partir da alimentação ou serem fabricados pelo próprio organismo. Os aminoácidos podem ser classificados nutricionalmente, quanto ao radical e quanto ao seu destino. 1 Um carbono assimétrico ou quiral é um carbono que se liga à quatro espécies diferentes. 1.2 Classificação nutricional dos Aminoácidos: Aminoácidos não-essenciais: também chamados de aminoácidos dispensáveis são aqueles que o nosso corpo pode sintetizar são eles; alanina, asparagina, ácido aspártico, ácido glutâmico e serina. Aminoácidos essenciais: são aqueles aminoácidos que o nosso corpo não consegue sintetizar, sendo assim eles somente podem ser obtidos pela ingestão de alimentos de origem vegetal e animal, são eles; fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano, histidina e valina. Aminoácidos essenciais apenas em determinadas situações fisiológicas: são os aminoácidos condicionalmente essenciais, devido a determinadas patologias, deixam de ser sintetizados pelo corpo humano, sendo assim a obtenção desses aminoácidos é feita através da alimentação com o objetivo de suprir as necessidades metabólicas do organismo, são eles: arginina, cisteína, glicina, glutamina, prolina e tirosina. 1.3 Classificação quanto ao substituinte: Aminoácidos apolares: Apresentam como substituintes hidrocarbonetos apolares ou hidrocarbonetos modificados, exceto a glicina, são substituintes hidrofílicos 2 . São eles; . Alanina: CH3- CH (NH2) - COOH Leucina: CH3(CH2)3-CH2-CH (NH2)- COOH Valina: CH3- CH(CH3)-CH (NH2)- COOH Isoleucina: CH3-CH2-CH (CH3)-CH (NH2)- COOH Prolina:- CH2-CH2-CH2- ligando o grupo amino ao carbono alfa Fenilalanina: C6H5-CH2-CH (NH2)- COOH Triptofano: R aromático- CH (NH2)- COOH Metionina: CH3-S-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH. Aminoácidos polares neutros: Apresentam radicais substituintes que tendem a formarem pontes de hidrogênio. São eles; Glicina: H- CH (NH2) - COOH Serina: OH-CH2- CH (NH2)- COOH Treonina: OH-CH (CH3)- CH (NH2)- COOH Cisteina: SH-CH2- CH (NH2)- COOH Tirosina: OH-C6H4-CH2- CH (NH2)- COOH Asparagina: NH2-CO-CH2- CH (NH2)- COOH Glutamina: NH2-CO-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH. Aminoácidos ácidos: Apresentam radicais substituintes com grupo carboxílico, são hidrófilos. São eles; Ácido aspártico: HCOO-CH2- CH (NH2)- COOH Ácido glutâmico: HCOO-CH2- CH2- CH (NH2)- COOH. 2 Hidrofilia é uma propriedade física em que uma molécula tem de transitoriamente, aglutinar-se a uma molécula de água através de pontes de hidrogênio, isso torna essa molécula solúvel não só em água, mas também em solventes polares. Aminoácidos básicos: Apresentam radicais subsitituintes com o grupo amina, são hidrófilos. São eles; Arginina: {{{1}}}- CH (NH2)- COOH Lisina: NH3-CH2-CH2-CH2-CH2- CH (NH3)- COOH Histidina: H-(C3H2N2)-CH2- CH (NH2)- COOH. 1.4 Aminoácidos Alfa: São aqueles que apresentam fórmula geral: R - CH (NH2)- COOH na qual R é uma cadeia orgânica. No aminoácido glicina o substituinte é o hidrogênio, O carbono ligado ao substituinte R é denominado carbono 2 ou alfa. Simbologia e nomenclatura: Nome Símbolo Abreviação Nomenclatura Glicina ou Glicocola Gly, Gli G Ácido 2-aminoacético ou Ácido 2-amino-etanóico Alanina Ala A Ácido 2-aminopropiônico ou Ácido 2-amino- propanóico Leucina Leu L Ácido 2-aminoisocapróico ou Ácido 2-amino-4- metil-pentanóico Valina Val V Ácido 2-aminovalérico ou Ácido 2-amino-3-metil- butanóico Isoleucina Ile I Ácido 2-amino-3-metil-n-valérico ou ácido 2- amino-3-metil-pentanóico Prolina Pro P Ácido pirrolidino-2-carboxílíco Fenilalanina Phe ou Fen F Ácido 2-amino-3-fenil-propiônico ou Ácido 2- amino-3-fenil-propanóico Serina Ser S Ácido 2-amino-3-hidroxi-propiônico ou Ácido 2- amino-3-hidroxi-propanóico Treonina Thr, The T Ácido 2-amino-3-hidroxi-n-butírico Cisteina Cys, Cis C Ácido 2-bis-(2-amino-propiônico)-3-dissulfeto ou Ácido 3-tiol-2-amino-propanóico Tirosina Tyr, Tir Y Ácido 2-amino-3-(p-hidroxifenil)propiônico ou paraidroxifenilalanina Asparagina Asn N Ácido 2-aminossuccionâmico Glutamina Gln Q Ácido 2-aminoglutarâmico Aspartato ou Ácido aspártico Asp D Ácido 2-aminossuccínico ou Ácido 2-amino- butanodióico Glutamato ou Ácido glutâmico Glu E Ácido 2-aminoglutárico Arginina Arg R Ácido 2-amino-4-guanidina-n-valérico Lisina Lys, Lis K Ácido 2,6-diaminocapróico ou Ácido 2, 6- diaminoexanóico Histidina His H Ácido 2-amino-3-imidazolpropiônico Triptofano Trp, Tri W Ácido 2-amino-3-indolpropiônico Metionina Met M Ácido 2-amino-3-metiltio-n-butírico Observação: A numeração dos carbonos da cadeia principal pode ser substituída por letras gregas a partir do carbono 2 (α) como por exemplo, Ácido 2-amino-3-metil-pentanoico = Ácido α-amino-β-metil-pentanóico. 1.5 Estrutura: Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfa-amino%C3%A1cidos 1.6 Isomeria: Com a exceção única da glicina, todos os aminoácidos obtidos pela hidrólise 3 de proteinas em condições suficientemente suaves apresentam atividade ópitica. Esses aminoácidos apresentam quatro grupos diferentes ligados ao carbono central, ou seja, esse carbono é assimétrico, assim esse carbono é chamado centro quiral. A existência de um centro quiral pemite que essses aminiácidos formem esteriosómeros (moléculas cujos átomos tem a mesma fórmula estrutural, mas diferem na forma como esses mesmo átomos esão orientados no espaço, apresentam atividade óptica e esuas moléculas não sobrepoem sua imagem especular). Devido as diferentes arranjos espaciais opticamnete ativos. Dentre os esteriosômeros existem aqueles que se apresentam como imgens especulares umd do outro sem sobreposição, a esses chamamos enantiômeros. Os enantiômetros podem ser D ou L, sendo essa sua classificação referente à semelhnça com a estrutura do aminoácido D-glicerídio e do L-glicerídio, respectivamente. Somente os L-aminoácidos são constituínites das proteinas. 1.7 Síntese de Aminoácidos: Todos os aminoácidos são derivados de intermediários da glicose, do ciclo do ácido cítrico ou das via das pentoses-fosfato. Onitrogênio entra nessas vias atrvés do glutamento. Há uma grande variação no nivel de complexidade das vias, sendo que alguns aminoácidos estão apenas alguns passos e enzimáticos dos seus precursores e em outros as vias são complexas, como no caso dos aminoácidos aomáticos. 1.8 Peptídeos: Peptídos são biomoléculas formadas pela união de dois ou mais aminoácidos através de uma ligação peptídica de desidratação, sendo resultantes do processamento de proteinas, são subdivididos em: - Dipeptídeo: peptídio com dois amonoácidos. - Oligopeptídeos: peptídeo que possui em sua composiçaõ de três a vinte aminoácidos. 3 Hidrólise é uma reação química de quebra de uma molécula de por água, reação de alteração envolvendo fluido aquoso com íons de hidrogênio H + ou hidroxila OH- substituindo íons que são liberados para a solução. - Polipeptídeo: peptídeo com mais de vinte aminoácidos em sua composição. Sendo considerado um polipeptídeo um peptídeo com até 99 aminácidos em sua composição a partir dai ja se caracteriza uma proteina. Podemos observar na figura abixo a sintese de peptídeos a partir de ligações peptídidcas. Figura 3. Síntese de peptídeos 1.9 Curvas de titulação: É muito comum o uso da titulação através da adição ou remoção de prótons para se descobrir características dos compostos. Para aminoácidos essas características também são evidentes. Os valores dessa curva variam entre os aminoácidos. Porém esta tem algumas características em comum. No início da curva observa-se que os grupos dos aminoácidos carboxilo e amino estão completamente protonados. Com a titulação o grupo carboxílico vai liberar prótons. Durante essa liberação é evidenciado um ponto onde a concentração desse doador de prótons é igual à concentração do íon dipolar desse aminoácido, ponto de inflexão, correspondente a pH igual a pK (medidor da tendência de ceder prótons) do grupo protonado que não está sendo titulado. O ponto onde se observa o fim da liberação de prótons por parte do carboxilo é o ponto isoelétrico, pI, esse ponto possui um pH caraterístico, onde se observa todo o aminoácido como íon dipolar, ou seja, a carga total é igual a zero. Com a continuação da titulação, o próton do grupo NH3 + será liberado. Também se observa um ponto de inflexão nessa segunda parte da curva de titulação. 2. Química das Proteínas: As proteinas são biomoléculas formadas por até milhares de aminoácidos unidos por ligações peptídicas, essas ligações são quebradas por hidrólise, produzindo uma mistura complexa de aminoácidos. São compostos de alto pesmo molecular possuindo entre cem mil a cem milhões de unidades de massa atomica, são sintetizadas pelos organismos vivos pela condensaação de uma grande quantidade de biomoléculas alfa-aminoácidos, sendo considerada uma proteina um consjunto com no mínimo cem aminoácidos ja que as proteinas que contem apenas alugmas dezenas são denomionados polipeptídeos. Em resumo proteinas são polímeros 4 de aminoácidos que possuem ligações peptídicas entre suas moléculas. As proteínas podem ser classificadas em três grupos: 2.1 Proteínas simples: também chamadas de homoproteínas são constituídas exclusivamente por aminoácidos, em outras palavras, fornecem exclusivamente uma mistura de aminoácidos por hidrílise. Um exemplo de proteínas simples; - As albuminas: são as proteinas simples de menor peso molecular podem ser encontradas nos animais e vegetais sendo solúveis em água. Exemplo: albumina do plasma sanguínio e da claro do ovo. - As globulinas: são as proteínas simples que possuem um peso molecular um poco mais elevado, também sendo encontradas nos animais e nos vegetais e são solúveis apenas em águua salgada. Exemplo: anticorpos e fibrinogênio. - As escleroproteínas ou proteínas fibrosas: são protepinas simples que possuem um peso mulecular muito elevado, sendo exclusivas dos animais também são insolúveis na maioria dos solventes orgânicos. 2.2 Proteínas Conjugadas: Também chamadas de heteroproteinas as proteínas conjugadas possuem em sua composição não apenas aminoácidos mas também outro componente não-protéico, chamado grupo prostético, sendo esse o que caracterísa a heteroproteína de acordo com a tabéba abaixo. Proteínas conjugadas Grupo prostético Exemplo Cromorpoteínas Pigmento Hemoglobina, Hemocianina e Citocromos Fosfoproteínas Ácido Fosfórico Caseína (leite) Glicoproteínas Carboidratos Mucina (muco) Lipoproteínas Lipídios Encontradas na menbrana celular e no vitelo dos ovos. 4 Polímeros são macromoléculas formadas pela união de várias moléculas menores denominadas monômeros que por sua vez são moléculas menores como por exemplo, os aminoácidos nas proteínas. Nucleoproteínas Ácido nucléico Ribonucleoproteínas e desoxirribonucleopreteínas. - Proteínas Derivadas: esse tipo de proteínas forman-se a partir de outras por desnaturação ou hidrólise, pode-se citar como exemplo desse tipo de proteína as proteoses e as peptonas, que são formadas durante a digestão. Proteoses Peptonas Polopeptídeos Esquema1. Ordem de grandeza molecular. Natureza das macromoléculas: As macromoléculas possuem tamanho entre 0,001 m a 0,2 m (m = micrômetro) de diâmetro formando na água uma solução de diâmetro entre um e cem nanômetros (solução coloidal), possuindo natureza anfótera pois constituem o melhor sistema tampão 5 de um organismo vivo. Estrutura e organização molecular de uma proteína: As proteínas possuem quatro níveis de organização molecular. São eles; - Primário: Esse nível é representado pela sequencia de aminoácidos unidos através de ligações peptídicas. - Secundário: Representado por dobras na cadeia (a - hélice), que são estabilizadas por pontes de hidrogênio. - Terciário: Ocorre quando a proteína sofre um maior grau de enrolamento e surgem, dessa forma, são necessárias as pontes de dissulfeto para estabilizar esse enrolamento. - Quaternário: ocorre quando quatro cadeias polipeptídicas se associam através de pontes de hidrogênio, como ocorre na formação da molécula da hemoglobina (tetrâmero). Como podemos observar na figura abaixo a ilustração dos três primeiros níveis de organização molecular. Figura3. Ilustração dos níveis de organização molecular das proteínas. 5 Uma substancia tampão são soluções que atenuam a variação dos valores de pH, mantendo-o constante mesmo com adição de pequenas quantidades de ácidos e bases. A forma das proteínas é um fator muito importante em sua atividade, pois se ela é alterada, a proteína torna-se inativa, esse processo de alteração na forma da proteína é denominado desnaturação, podendo ser provocado por altas temperaturas, alterações de pH e outros fatores. Podemos observar na figura abaixo a alteração na forma de uma proteína de estrutura molecular terciária. Figura 4. Alteração na forma de uma proteína de nível de estrutura molecular terciário. A desnaturação é um processo, geralmente irreversível, que consiste na quebra das estruturas moleculares secundárias e terciárias de uma proteína, podemos diferenciar uma proteína da outra das seguintes formas; - Pelo numero de aminoácidos: Uma proteína A é formada por 610 aminoácidos de determinados tipos e ordenados numa certa sequencia. Uma proteína B é formada pelos mesmo tipos de aminoácidos, na mesma sequencia mas contem 611 aminoácidos em sua composição, ou seja, a proteína B se difere da proteína A apenas por conter uma unidade a mais. - Pelotipo de aminoácidos: uma proteína C apresenta, num certo trecho de sua molécula, aminoácidos corno, valina, glicina, leucina, triptofano, treonina, alanina e arginina. Uma proteína D, formada pelo mesmo número de aminoácidos e na mesma seqüência que a proteína C, apresenta nesse trecho os aminoácidos valina, glicina, isoleucina, triptofano, treonina, alanina e arginina. Apenas pelo fato de na proteína C haver leucina no trecho de molécula considerado, as proteínas C o D são diferentes. - Pela sequência dos aminoácidos: uma proteína E é formada, em determinado trecho de sua molécula, pelos aminoácidos cisteína, serina, metionina, leucina, histidina e lisina. Uma proteína F é formada pelos mesmos aminciácidos, mas, no tracho em exame, há uma inversão na posição de dois deles; cisteína, metionina, serina, leucina, hístidina e lisina. Por causa disso, as proteínas E e F são diferentes. - Pelo formato da molécula: as moléculas protéicas assumem determinados formatos é, quando os formatos de duas moléculas são diferentes, elas também o são. Dessa forma, Conclui-se, então, que podendo repetir-se à vontade os 20 tipos de aminoácidos e, ainda, combinando-se de várias formas a partir das diferenças que acabamos de examinar, uma célula pode produzir muitas proteínas diferentes. Imagina-se, então, quantas proteínas podem ser produzidas por todos os seres vivos. 2.3 Funções das Proteínas: As proteínas podem ser agrupadas em várias categorias de acordo com a sua função. De uma maneira geral, as proteínas desempenham nos seres vivos as seguintes funções: estrutural, enzimática, hormonal, de defesa, nutritivo, coagulação sanguínea e no transporte. Função estrutural - participam da estrutura dos tecidos. Exemplos: - Colágeno: proteína de alta resistência, encontrada na pele, nas cartilagens, nos ossos e tendões. - Actina o Miosina: proteínas contráteis, abundantes nos músculos, onde participam do mecanismo da contração muscular, - Queratina: proteína impermeabilizante encontrada na pele, no cabelo e nas unhas, Evita a dessecação, a que contribui para a adaptação do animal à vida terrestre. - Albumina: proteína mais abundante do sangue, relacionada com a regulação osmótica e com a viscosidade do plasma (porção líquida do sangue), Função enzimática - toda enzima é uma proteína. As enzimas são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas. Dentre as proteínas com função enzimática podemos citar, como exemplo, as lipases - enzimas que transformam os lipídios em sua unidades constituintes, como os ácidos graxos e glicerol. Função hormonal - muitos hormônios de nosso organismo são de natureza protéica. Resumidamente, podemos caracterizar os hormônios como substãncias elaboradas pelas glândulas endócrinas e que, uma vez lançadas no sangue, vão estimular ou inibir a atividade de certos órgãos. É o caso do insulina, hormônio produzido no pâncreas e que se relaciona com e manutenção da glicemia (taxa de glicose no sangue). Função de defesa - existem células no organismo capazes de "reconhecer" proteínas "estranhas" que são chamadas de antígenos. Na presença dos antígenos o organismo produz proteínas de defesa, denominados anticorpos. O anticorpo combina-se, quimicamente, com o antígeno, do maneira a neutralizar seu efeito. A reação antígeno-anticorpo é altamente específica, o que significa que um determinado anticorpo neutraliza apenas o antígeno responsável pela sua formação. Os anticorpos são produzidos por certas células de corpo (como os linfócitos, um dos tipos de glóbulo branco do sangue). São proteínas denominadas gamaglobulinas. Função nutritiva - as proteínas servem como fontes de aminoácidos, incluindo os essenciais requeridos pelo homem e outros animais. Esses aminoácidos podem, ainda, ser oxidados como fonte de energia no mecanismo respiratório. Nos ovos de muitos animais (como os das aves) o vitelo, material que se presta à nutrição do embrião, é particularmente rico em proteínas. Coagulação sangüínea - vários são os fatores da coagulação que possuem natureza protéica, como por exemplo: fibrinogênio, globulina anti-hemofílica, etc... Transporte - pode-se citar como exemplo a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue.
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