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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Fichamento de Estudo de Caso Fulano Beltrano Cicrano Trabalho da disciplina Gestão do Conhecimento Tutor: Prof. Jair Messias Bolsonaro Fortaleza - CE 2017 2 Estudo de Caso: GESTÃO DO CONHECIMENTO University Health Services: Clínica de Pronto Atendimento REFERÊNCIA: MAISTER, David H.; DOYLE, Shauna; PIGNERI, Rocco. Heather: University Health Services: Clínica de Pronto Atendimento. Harvard Business School, n. 611-P08, p. 1- 13, mai. 2008. O presente estudo relata o desafio enfrentado por Kathryn Angell, mestre em Gestão e Política de Saúde e recém contratada diretora assistente do ambulatório do serviço de saúde da Harvard University. Como chefe administrativa, Angell era responsável pelo funcionamento diário, organização dos serviços médicos e de suporte, além do planejamento geral. Sua missão era reorganizar a Clínica de Pronto Atendimento entre o segundo semestre de 1979 e o primeiro semestre do ano seguinte, por meio de uma coordenação mais eficiente de serviços e implantação de novos programas que garantissem melhoria da prestação do serviço médico. A University Health Services era um plano de saúde que operava principalmente como uma organização de manutenção de saúde, em virtude de o sistema ser pré-pago para mais de 90% dos usuários. O plano atendia estudantes, funcionários, professores da Harvard University e seus dependentes e incluía instalações de cirurgia e emergência 24 horas, internação, quatro clínicas (que tratavam doenças agudas e emergências), tratamento mental, atendimento laboratorial e raio-X, consultas médicas mediante agendamento e diversos outros serviços especializados. Os serviços médicos eram prestados por médicos, enfermeiras padrão e enfermeiras certificadas. Os médicos tinham suas tarefas divididas entre o pronto atendimento, o atendimento de consultas médicas agendadas, trabalho na enfermaria e tarefas administrativas, já as enfermeiras certificadas, que também compunham o pronto-socorro à noite e aos finais de semana, eram registradas com treinamento médico adicional que lhes habilitava tratar doenças mais simples sem consultar o médico. Algumas destas enfermeiras 3 também realizavam consultas agendadas, além de tarefas semiadministrativas, como receber resultados de testes por telefone. Das quatro clínicas de pronto atendimento da UHS a do Holyoke Center era a que oferecia o tratamento ambulatorial mais completo, funcionando de 8:00 às 17:30 em dias úteis e de 8:00 às 12:45 aos sábados, com atendimento por ordem de chegada (para pacientes com problemas médicos agudos ou de cirurgia) ou imediato (no caso das emergências). Em 1979 foram cerca de 37.400 atendimentos, uma média diária de 143, onde para cada 10 pacientes, aproximadamente 7 eram estudantes, 2 eram funcionários e 1 era dependente ou outro cliente. Antes de o sistema de triagem ser implementado, ao chegar na CPA, o paciente comum se identificava e preenchia um formulário no balcão de atendimento para em seguida ir para a sala de espera, enquanto a recepcionista solicitava o registro do paciente ao Departamento de Registros Médicos. Quando o registro chegava era ainda verificado por uma recepcionista a fim de conferir se as informações estavam atualizadas. Apenas ao término deste procedimento o paciente entrava de fato na fila de espera para ser atendido pela primeira enfermeira disponível. Em casos mais simples, a própria enfermeira prestava o tratamento. No caso de o paciente precisar ser atendido por um médico – mesmo após ter sido diagnosticado pela enfermeira – ele era reencaminhado à sala de espera para ser atendido pelo primeiro médico disponível. A demora de todo este processo causava insatisfação entre os usuários, os quais percebiam a Clínica como fria, ineficiente e impessoal. Até mesmo os membros do corpo administrativo e do corpo médico admitiam que o funcionamento poderia ser melhorado. Como forma de melhorar o funcionamento da clínica, em setembro de 1979, foi introduzido um sistema de triagem no qual, ao chegar na CPA, o paciente preenchia um formulário informando o motivo de seu atendimento, em seguida era submetido a uma avaliação preliminar (geralmente feita pelo coordenador de triagem) e em seguida ser encaminhado para a fila de espera do profissional de saúde mais adequado ao caso. Casos mais simples (de uma lista de 13 orientações) eram atendidos pelas enfermeiras certificadas e os mais complexos pelos médicos. 4 Apesar desta inovação nos processos, estudos realizados em 1980 pela UHS comprovaram que o sistema de triagem ficou aquém das expectativas, que a redução no tempo de espera e dos esforços duplicados foi inexpressiva e que os médicos permaneciam sobrecarregados. Mesmo assim, a administração da CPA, os médicos e o corpo de atendimento sentia que o sistema de triagem representava uma melhoria e que, apesar de ainda não haver alcançado a eficiência desejada, poderia ser aprimorado para o ano seguinte. Kathryn Angell tinha agora duas semanas para avaliar os resultados da implantação do sistema de triagem, confrontando-os com os objetivos, o planejado e o desejado, além de propor ações para melhoria do funcionamento, visando a correção de falhas e o aprimoramento dos processos da clínica, para então compartilhar suas considerações com Ms. Dineen e Dr. Postel que ajudariam na implementação do que fora decidido por Angell. Conclusão: A University Health Services era um plano de saúde com um sistema 90% pré-pago, de ampla cobertura de serviços e excelentes instalações, mas que tinha um fluxo deficiente de atividades que gerava entropia de recursos (tempo, informações, energia, material hospitalar, exames), retrabalho dos profissionais de saúde e insatisfação dos usuários em decorrência do tempo de espera para atendimento. Um sistema de triagem foi introduzido como forma de melhorar o funcionamento e proporcionar aos usuários experiências mais satisfatórias. Tal sistema ainda carecia de aprimoramentos e cabia a Kathryn Angell fazer um mapeamento e análise dos pontos em que as tarefas se acumulam e atrasam o fluxo do processo, propor ações corretivas que garantam agilidade, eficiência e cessem o desperdício de recursos. Para tanto, ela precisaria mais do que interpretar os dados estatísticos, ser sensível às opiniões dos pacientes e atenta às competências dos profissionais disponíveis combinadas com a legislação.
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