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Coesao por Substituicao

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COESÃO TEXTUAL
Para Vanilda Köche:
Para Irandé Antunes:
Referencial:
Substituição*;
Referencial;
Lexical;
por Elipse;
por Conjunção*.
*Irandé Antunes = por Conexão
por Reiteração:
Repetição: paráfrase, paralelismo, repetição lexical e gramatical;
Substituição:
Gramatical: retomadas anafórica e catafórica;
Lexical: sinônimos, hiperônimos e caracterizadores situacionais;
Elipse.
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Recursos da SUBSTITUIÇÃO (IRANDÉ ANTUNES)
Pronomes: elementos de substituição que vão retomar um substantivo e, ao mesmo tempo, dar continuidade ao texto.
Substituição gramatical – anáfora e catáfora;
Substituição lexical – sinônimo, hiperônimo, caracterizador situacional.
Elipse
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Anáfora: o nome aparece primeiro e o pronome, depois:
A casa era por aqui...
Onde? Procuro-a e não acho.
Catáfora: o pronome vem primeiro e, depois, o nome a que ele se refere:
	Muita e muita gente já a desejou. Alguns a tiveram. Ao longo da década de 80, ela deslumbrou o Brasil desfilando nas passarelas do Rio de Janeiro. Os anônimos que a desejaram, é natural, já a esqueceram. Ela se chama Josette Armênia de Campos Rodrigues. No auge de seu estrelato, chamava-se Josi Campos.
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	As convenções gráficas não são muitas e aprendê-las não é difícil. Basta você estar atento a elas e consciente de sua importância para a qualidade dos textos que escreve. Um dos melhores caminhos para isso é observar o seu uso nos textos bem escritos.
Convenções gráficas => las (nexo coesivo)
Convenções gráficas => elas (nexo coesivo)
Convenções gráficas => las, elas, sua, isso, seu (cadeia coesiva)
NEXO COESIVO: a relação entre o termo referente e seu termo substituto.
CADEIA COESIVA: a ocorrência de vários nexos. 
(p.91)
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Substituição lexical:
Sinônimo: menino -> garoto
Hiperônimo: gato, cavalo, tartaruga -> animal;
Expressão descritiva (ou caracterização situacional):
o aluno -> o gaúcho recém-matriculado
a menina -> a netinha mais nova
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	Saia de bolinhas, colete preto e cabelos presos, Madonna estava mais para a santa Evita que para a demoníaca ‘material girl’ quando desembarcou em Buenos Aires, no sábado, 20. 
	A tática usada pela pop star era para aplacar um pouco os ânimos argentinos, mas não deu muito certo: escalada pelo diretor Alan Parker para viver no cinema o papel de Eva Perón (1919-1952), a estrela americana vem enfrentando a ira dos peronistas.
	Foi recebida com pichações e bombardeada pela imprensa. Tentando contornar a situação, Madonna foi logo dizendo que estava em missão de paz.
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	O combate à inflação, a luta pelo equilíbrio orçamentário, (...) batalha da moralização da coisa pública (...) estão sendo levados a sério. 
(Diário de Pernambuco, 01/10/1969)
Combate – luta – batalha 
Os sinônimos garantem o encadeamento do texto e a continuidade temática. (p. 101)
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Não existe sinonímia perfeita (...). Apenas na oportunidade concreta do texto é que se pode decidir pela adequação de uma substituição sinonímica (ANTUNES, 2005, p.100).
É preciso percepção textual para realizar a operação de substituir uma palavra por outra de sentido equivalente.
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Hiperonímia:
	Graças a Deus eu não experimentei a força e eficiência do air bag, pois nunca fui vítima de um acidente. Mas sou totalmente a favor do equipamento. Jamais soube de casos em que pessoas que dirigiam um carro com esse dispositivo tiveram um ferimento mais grave.
	Na compra de um automóvel, o brasileiro deve levar em conta os diversos parâmetros de segurança, e não somente a disponibilidade do air bag. Este último item, sozinho, não pode ser considerado o “salvador da pátria”.
Air bag: equipamento, dispositivo, item.
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Substituição por elipse:
substituição por 0 (zero).
a) Paulo vai à aula hoje?
0 Vai 0.
b) Quem dá 0 aos pobres, empresta 0 a Deus.
c) Quem poupa 0 tem 0.
d) Conheça Minas. A paisagem tira o fôlego. A hospitalidade devolve 0.
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	Em certo dia de data incerta, um galo velho e uma galinha nova encontraram-se no fundo de um quintal e, entre uma bicada e outra, trocaram impressões sobre como o mundo estava mudado. O galo, porém, fez questão de frisar que sempre vivera bem, tivera muitas galinhas em sua vida sentimental e agora, velho e cansado, esperava calmamente o fim de seus dias.
eles
ele
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 	- Ainda bem que você está satisfeito – disse a galinha – E tem razão de estar, pois é galo. Mas eu, galinha, fêmea da espécie, posso estar satisfeita? Não posso. Todo dia pôr ovos, todo semestre chocar ovos, criar pintos, isso é vida? Mas agora a coisa vai mudar. Pode estar certo de que vou levar uma vida de galo, livre e feliz. Há já seis meses que não ponho ovo. A patroa se quiser que arranje outra para esses ofícios. Comigo, não, violão!
satisfeito
você
eu
uma vida
	
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 	O velho galo ia ponderar filosoficamente que galo é galo e galinha é galinha e que cada um tem sua função específica na vida, quando a cozinheira, sorrateiramente, passou a mão no pescoço da doidivanas e saiu com ela esperneando, dizendo bem alto: “A patroa tem razão: galinha que não choca nem põe ovo só serve mesmo é pra panela”.
MORAL: UM TRABALHO POR JORNADA MANTÉM A FACA AFASTADA.
(de Millôr Fernandes, A galinha reivindicativa)
	
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Referência bibliográfica:
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
Bibliografia sugerida:
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2009.
KOCH, Ingedore Villaça. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2008.

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