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AULA 4 John Locke e o individualismo liberal

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Universidade Federal de Mato Grosso
Depto. Sociologia e Ciência Política
TEORIA POLÍTICA
Prof. Dr. Francisco Xavier Freire Rodrigues
John Locke e o individualismo 
liberal
TEXTO BASE
● ALMEIDA MELLO, L. I. John Locke e o 
individualismo liberal. In: WEFFORT, 
Francisco C. (org.). Os clássicos da política. 
Vol. 1. 13. ed. São Paulo: Ática, 2006. pp. 78-
110.
John Locke
● John Locke (1632- 1704) foi um influente 
filósofo ingles e teórico
● do contrato social.
● PRINCIPAIS OBRAS:
● O Tratado do Governo Civil (1689)
● Ensaio sobre o Entendimento Humano 
(1690)
● Pensamentos Sobre a Educação (1693)
John Locke
● Ele desenvolveu uma alternativa ao Estado de Hobbes 
e argumenta que o E somente é legítimo se recebeu o 
consentimento dos governados e proteger os direitos 
naturais da vida.
● Se não houver consenso, argumenta Locke, os 
cidadãos tem o direito a rebelião.
● Para Locke a existência do indivíduo é anterior ao 
surgimento
● da SOCIEDADE e do ESTADO
● CONTRATO SOCIAL- PELO QUAL O POVO 
CONCORDA
● EM SER GUIADO PELO DESEJO DA MAIORIA, 
PARA DETERMINADOS FINS.
John Locke
● DEFESA DA MONARQUIA CONSTITUCIONAL
● ESTADO – CARGA INÚTIL E PERIGOSA
● WIGS- GRUPO POLÍTICO INGLÊS, RESPONSÁVEL 
PELA
● REVOLUÇÃO GLORIOSA EM 1688
● UTILIZANDO O PENSAMENTO DE LOCKE, 
DEFENDIAM A SUPREMACIA DO PARLAMENTO 
SOBRE O PODER DO REI
● CONTRATO- REI DE UM LADO O PARLAMENTO DE 
OUTRO MONARQUIA LIMITADA
● DEFESA DO DIREITO DE ABOLIR QUALQUER 
GOVERNO QUE VIOLASSE O CONTRATO SOCIAL
As Revoluções inglesas
•Guillherme de Orange – Em defesa da 
Liberdade, do Parlamento e da Religião 
Protestante, 1688 – deposição do Rei Jaime II.
•Séc. XVII – antagonismo entre Coroa e 
Parlamento.
•Dinastia Stuart (absolutismo) – Coroa
•Burguesia – liberalismo, Parlamentarismo.
•Lutas religiosas entre católicos e protestantes.
As Revoluções inglesas
•Crise político-religiosa
•Rivalidade entre beneficiários dos privilégios e 
monopólios mercantilistas (Estado) e 
defensores da liberdade de comércio e de 
produção.
•1640-1649: Guerra Civil – Rei Carlos I e 
Parlamento – vitória dos parlamentares.
•Revolução Puritana
•Execução do rei Carlos I e implantação da 
República na Inglaterra.
As Revoluções inglesas
•Restauração (1660-88) – volta da monarquia 
Stuart ao poder
•Retorno do conflito Coroa x Parlamento
•Revolução Gloriosa – triunfo do liberalismo 
sobre o absolutismo
•Monarquia limitada – supremacia legal do 
parlamento sobre a realeza
John Locke, o individualista liberal
•Locke (1632-1704) refugiado na Holanda, 
opositor dos Stuart.
•Retorna à Inglaterra após a Revolução 
Gloriosa.
•1689-90- Locke publica suas principais 
obras: Cartas sobre a tolerância; Ensaio 
sobre o entendimento humano; Dois 
Tratados sobre o governo civil.
John Locke, o individualista liberal
•Segundo Tratado – justifica a revolução Gloriosa, 
legitima a deposição de Jaime II por Guilherme de 
Orange, com base na doutrina da Resistência.
•Locke – defensor da liberdade e da tolerância religiosa.
•Fundador do empirismo – todo conhecimento deriva 
da experiência.
•Teoria da tábula rasa do conhecimento.
•Ensaio sobre o desenvolvimento humano ele 
desenvolve essa teoria.
•Mente – papel em branco.
John Locke, o individualista liberal
•Teoria da tábula rasa – crítica a doutrina das 
idéias inatas de Platão e retomada por 
Descartes, que advogava que certas idéias, 
noções e princípios são inerentes ao 
conhecimento humano e independem da 
experiência.
Os dois tratados sobre o governo civil
•Dois Tratados – escritos em 1679-80, foram 
publicados na Inglaterra em 1690, após o 
triunfo da Revolução Gloriosa.
•Primeiro Tratado – refuta o direito divino dos 
reis com base na autoridade paterna de Adão.
•Crítica a idéia de que os monarcas modernos 
são herdeiros da autoridade legítima de Adão.
•Segundo Tratado – sobre a origem, extensão 
e objetivo do governo civil. 
Os dois tratados sobre o governo civil
•Segundo Tratado – Tese de que nem a força, nem 
a tradição, mas a penas o CONSENTIMENTO 
expresso dos governados é a única fonte do poder 
político legítimo. 
•Essa obra tornou Locke célebre, como marco na 
história do pensamento político, exercendo 
concretamente enorme influência sobre as 
revoluções liberais da modernidade.
•É a primeira e mais completa formulação do 
Estado liberal. 
LIBERALISMO 
está ligado a uma concepção de homem e 
sociedade, na qual se visa estabelecer 
definitivamente as liberdades e os direitos 
individuais pertencentes à própria natureza 
humana.
Estado de natureza
•Situação hipotética possível na qual 
o Estado não existe e ninguém é 
detentor do poder político.
HOBBES:
Estado de natureza --- Estado de guerra
LOCKE:
É possível viver uma vida aceitável 
mesmo na ausência de governo.
Estado de natureza
•O QUE É O ESTADO DE NATUREZA PARA 
LOCKE?
[1] É UM ESTADO DE PERFEITA LIBERDADE;
[2] É UM ESTADO DE IGUALDADE;
[3] É REGIDO POR UMA LEI DA NATUREZA.
Estado de natureza
•Jusnaturalismo = teoria dos direitos 
naturais.
•Estado de natureza – pacto social – 
passagem para o estado civil.
•Locke defende que a existência do indivíduo 
é anterior ao surgimento do Estado e da 
sociedade.
•Os homens viviam em estágio pré-social e 
pré-político, caracterizado pela harmonia e 
liberdade.
Estado de natureza
•Situação real e historicamente determinada 
pela qual passara, em épocas diversas, a 
maior parte da humanidade e na qual se 
encontravam alguns povos indígenas norte-
americanos.
•Estado de paz e harmonia.
•Homens já eram dotados de razão e 
desfrutavam da propriedade: a vida, a 
liberdade e os bens como direitos naturais do 
ser humano (p.85). 
Estado de natureza
[1] O Estado de Natureza se submete 
à avaliação moral;
[2] Os indivíduos se sentirão 
motivados para agir em 
conformidade com a Lei da Natureza.
Estado de natureza
•Embora o Estado de Natureza seja um 
Estado de Liberdade, não é um Estado de 
indisciplina. 
•Temos liberdade para fazer o que a Lei 
Natural permite, isto é, o que é 
moralmente permitido. 
•Mesmo no Estado de natureza temos o 
dever moral de refrear nosso 
comportamento (p. 35).
Estado de natureza
•A igualdade diz respeito aos direitos: 
nenhuma pessoa tem o direito natural 
de subjugar outra,
•• Ninguém tem ‘naturalmente’ o 
direito de governar;
•• Ninguém é nomeado por Deus.
Estado de natureza
LOCKE:
[i] A Lei da Natureza é discernível 
pela razão;
[ii] Possui um aspecto teológico: 
“Somos todos criaturas de Deus”
Estado de natureza
LEI DA NATUREZA 
Temos obrigação;
[1] auto-preservação;
[2] preservar a humanidade.
Estado de natureza
IDÉIA GERAL:
A humanidade deve ser preservada na medida do 
possível.
PORTANTO:
[1] No Estado de Natureza, temos o dever de 
ajudar os outros, exceto para fins restritos de 
autodefesa.
[2] Temos o dever de os ajudar, sem nos 
prejudicar.
Estado de natureza
•Embora o Estado de Natureza seja um 
Estado de Liberdade, não é um Estado de 
indisciplina. 
•Temos liberdade para fazer o que a Lei 
Natural permite, isto é, o que é 
moralmente permitido. 
•Mesmo no Estado de natureza temos o 
dever moral de refrear nosso 
comportamento (p. 35).
Teoria da Propriedade
● TEORIA DA PROPRIEDADE- PARA ELE A 
PROPRIEDADE
● JÁ EXISTE NO ESTADO DE NATUREZA, SENDO UMA 
INSTITUIÇÃO ANTERIOR A SOCIEDADE, É UM 
DIREITO NATURAL DO INDIVÍDUO QUE NÃO PODE 
SER VIOLADO PELO ESTADO, mas não inato.
● O TRABALHO É O FUNDAMENTO DA PROPRIEDADE.
● O estado guiado pela LEI NATURAL
● TEORIA DO VALOR
● “O TRABALHO É QUE PROVOCA A DIFERENÇA DE 
VALOR EM TUDO QUANTO EXISTE”.
● Teoria precursora da teoria do valor trabalho.
A Teoria da Propriedade•Em outra acepção, propriedade em Locke 
significa a posse de bens móveis e imóveis.
•Para Hobbes: a propriedade inexiste no 
estado de natureza e foi instituída pelo 
Estado-Leviatã após a formação da sociedade 
civil.
•O Estado pode também suprimir a 
propriedade dos súditos. 
A Teoria da Propriedade
•Locke – a propriedade existe no estado de 
natureza. 
•É um direito natural do indivíduo e não pode 
ser violado pelo Estado.
•Homem naturalmente livre e proprietário de 
sua pessoa e de seu trabalho.
A Teoria da Propriedade
•Como a terra foi dada por Deus em comum a 
todos os homens, ao incorporar o trabalho à 
matéria bruta que se encontrava em estado 
natural o homem tornava-a sua propriedade 
privada, 
• ... estabelecendo sobre ela um direito próprio 
do qual estavam excluídos todos os outros 
homens. 
•O trabalho era o fundamento originário da 
propriedade em Locke (p. 85).
A Teoria da Propriedade
•Se a propriedade foi instituída pelo trabalho, 
então havia limites a propriedade.
•O limite da propriedade era a CAPACIDADE 
DE CADA HOMEM de trabalhar.
•Aparecimento do dinheiro mudou esta 
situação, possibilitando a troca de coisas úteis 
mais perecíveis por algo duradouro (ouro e 
prata) convencionalmente aceitas pelo 
homem. 
A Teoria da Propriedade
● Com o dinheiro surge o comércio e novas 
formas de aquisição da propriedade.
● Compra e concentração de riqueza.
● Distribuição desigual entre os homens.
● Passagem da propriedade limitada pelo 
trabalho para a propriedade ilimitada 
adquirida pelo dinheiro.
● Trabalho provoca a diferença de valor em 
tudo que existe. 
Teoria da propriedade
● O USO DO DINHEIRO LEVOU A CONCENTRAÇÃO 
DA RIQUEZA E A DISTRIBUIÇÃO DESIQUAL DE 
BENS ENTRE OS HOMENS.
● Dois tratados:justificativa ex post facto da Revolução 
Gloriosa
● Fundador de empirismo:todo o conhecimento deriva da 
experiência
● PROPRIEDADE
● Locke – teoria da propriedade - LEI NATURAL
● Locke argumenta que a propriedade é uma direito 
natural e é derivado do trabalho
O contrato social
● Estado de natureza – pode ocorrer 
inconvenientes, como violação da propriedade 
(vida, liberdade e bens), na falta de lei 
estabelecida, de juiz imparcial, coloca os 
indivíduos em guerra.
● Para superar os inconvenientes, os homens se 
uniram e formaram uma sociedade civil, 
livremente.
● Corpo único, dotado de legislação e de força 
concentrada na comunidade.
O contrato social
• Objetivo da sociedade civil: preservar a propriedade e a 
comunidade de perigos internos e externos.
● PACTO SOCIAL – consentimento em que os homens 
concordam livremente em formar a sociedade civil para 
preservar e consolidar os direitos que possuíam 
originalmente no estado de natureza.
● Os direitos naturais inalienáveis são protegidos sob 
amparo da Lei, do arbitro e da força comum de um 
corpo político unitário.
A sociedade civil ou política
● Sociedade civil é fruto de um pacto de 
consentimento firmado entre os homens.
● Depois se dá a escolha pela comunidade de 
uma forma de GOVERNO.
● Princípio da maioria: prevalece a decisão 
majoritária, e são respeitados da minoria.
● Locke – todo governo independente da forma 
não possui outra finalidade além da 
conservação da propriedade. 
A sociedade civil ou política
● Locke – conferia superioridade ao poder 
legislativo sobre os demais poderes, 
denominado de PODER SUPREMO.
● Os poderes executivo e federativo (guerra, 
paz, tratados e alianças) são subordinados ao 
poder LEGISLATIVO.
O DIREITO DE RESISTÊNCIA
● Locke – se o executivo ou legislativo violarem 
a lei estabelecida e atentarem contra a 
propriedade, o governo deixa de cumprir sua 
finalidade, torna-se ilegal e degenera em 
tirania.
● TIRANIA – exercício do poder para além do 
direito, visando o interesse próprio e não o 
bem público ou comum. 
O DIREITO DE RESISTÊNCIA
● Violação da propriedade (vida, liberdade e 
bens) e uso contínuo da força sem amparo 
legal colocam governo em estado de guerra 
contra a sociedade e os governantes em 
rebelião contra os governados. 
● Conferindo ao povo o legítimo direito de 
resistência à opressão e à tirania. 
O DIREITO DE RESISTÊNCIA
● Estado de guerra imposto pelo governo ao 
povo configura a dissolução do estado civil e 
o retorno ao estado de natureza, onde a 
inexistência de um arbitro comum faz de Deus 
o único juiz. Nesse caso o impasse só pode 
ser decidido pela força.
● A doutrina da legitimidade da resistência ao 
exercício ilegal do poder confere ao povo o 
direito de recorrer a força para a deposição do 
governante rebelde.
O DIREITO DE RESISTÊNCIA
● Direito de resistência é legitimo para o povo 
defender-se da opressão de um governo 
tirânico e para libertar-se do domínio de uma 
nação estrangeira.

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