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AULA 6 TEORIA POLITICA Rousseau

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
DEPTO. SOCIOLOGIA E CIÊNCIA POLÍTICA
TEORIA POLÍTICA
PROF. DR. FRANCISCO XAVIER FREIRE RODRIGUES
ROUSSEAU: DA SERVIDÃO À LIBERDADE
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BIOGRAFIA
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra no ano de 1712 e morreu em 1778.
Defendeu a idéia da volta à natureza, a excelência natural do homem, a necessidade do contrato social para garantir os direitos da coletividade. 
Seu estilo, apaixonado e eloqüente, tornou-se um dos mais poderosos instrumentos de agitação e propaganda das idéias que haviam de constituir, mais tarde, o imenso cabedal teórico da Grande Revolução de 1789-93.
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BIOGRAFIA
Das suas numerosas obras, podem citar-se, dentre as mais notáveis: 
Júlia ou A Nova Heloísa (1761), romance, cheio de grande sentimentalidade e amor à natureza; 
O Contrato Social (1762), onde a vida social é considerada sobre a base de um contrato em que cada contratante condiciona sua liberdade ao bem da comunidade, procurando proceder sempre de acordo com as aspirações da maioria.
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BIOGRAFIA
Emílio ou Da Educação (1762), romance filosófico, no qual, partindo do princípio de que “o homem é naturalmente bom” e má a educação dada pela sociedade, preconiza “uma educação negativa como a melhor, ou antes, como a única boa”; 
As Confissões, obra publicada após a morte do autor (1781-1788), é uma autobiografia.
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ROUSSEAU: DA SERVIDÃO À LIBERDADE
QUAL O TIPO DE SABER VAI NORTEAR A VIDA DOS HOMENS.
CRÍTICA ÀS CIÊNCIAS E ÀS ARTES.
AS CIÊNCIAS E AS ARTES PODEM CONTRIBUIR COM A CORRUPÇÃO DOS COSTUMES, MAS PODEM IMPEDIR QUE ESTA CORRUPÇÃO SEJA MAIOR.
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ROUSSEAU: DA SERVIDÃO À LIBERDADE
CIÊNCIA E ARTE PODEM IMPEDIR AS PESSOAS DE PRATICAR O MAL, DESTRAINDO AS PESSOAS.
SERVIR-SE DA CIÊNCIA COMO REMÉDIO PARA O MAL.
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O PACTO SOCIAL
ROUSSEAU – INOVAÇÕES NA FORMA DE PENSAR A POLÍTICA,
AO PROPOR O EXERCÍCIO DA SOBERANIA PELO POVO COMO CONDIÇÃO PRIMEIRA PARA SUA LIBERTAÇÃO.
CONSIDERADO O PATRONO DA REVOLUÇÃO DE 1789.
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O PACTO SOCIAL
UNIDADE TEMÁTICA ENTRE AS OBRAS “O CONTRATO SOCIAL”, “O DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS”.
Primeiro parágrafo do Cap. I do Livro I, do CONTRATO SOCIAL:
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O PACTO SOCIAL
O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros. De tal modo acredita-se o senhor dos outros, que não deixa de ser mais escravo que eles. Como é feita essa mudança? Ignoro-o. Que é que a torna legítima? Creio poder resolver esta questão.
Trajetória do homem, da sua condição de liberdade no estado de natureza até o surgimento da propriedade com seus inconvenientes está escrita em Discurso sobre a origem da desigualdade ... 
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O PACTO SOCIAL
Rousseau – BUSCA CONSTRUIR A HISTÓRIA HIPOTÉTICA DA HUMANIDADE, SEM PREOCUPAÇÃO COM OS FATOS ...
 MOSTRAR A NATUREZA DAS COISAS.
Processo de transformação do homem DA LIBERDADE À SERVIDÃO.
História hipotética da humanidade culmina com a LEGITIMAÇÃO DA DESIGAULDADE ... 
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ESTADO DE NATUREZA
A concepção de Rousseau (no século XVIII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma do bom selvagem inocente, termina quando alguém cerca um terreno e diz: "É meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, dá origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, ao estado de natureza hobbesiano da guerra de todos contra todos.
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O PACTO SOCIAL
LER PACTO SOCIAL – VER. P. 195...
Origem da sociedade e das leis deram entraves aos fracos e novas forças aos ricos, destruíram a liberdade natural, e fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade.
Sujeitaram o homem ao trabalho, à servidão e à miséria.
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CONTRATO SOCIAL
O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros.
MUDANÇA DA LIBERDADE PARA A SERVIDÃO.
Estabelece no CONTRATO SOCIAL as condições de possibilidades de um pacto legitimo, por meio do qual os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural, ganhem, em troca, a liberdade civil. 
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CONTRATO SOCIAL
Eu quero investigar se pode haver, na ordem civil, alguma regra de administração, legítima e segura, que tome os homens tais como são e as leis tais como podem ser. Cuidarei de ligar sempre, nesta pesquisa, o que o direito permite com o que o direito prescreve, a fim de que a justiça e a utilidade de modo algum se encontrem divididas.
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CONTRATO SOCIAL
Condição fundamental para o pacto social é a igualdade entre as partes contratantes.
Cláusulas do CONTRATO se reduzem a uma só: “a alienação total de cada associado, com todos os seus direitos, à comunidade toda, porque, em primeiro lugar, cada um dando-se completamente, a condição é igual para todos e, sendo a condição igual para todos, ninguém se interessa por tornar onerosa para os demais”.
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CONTRATO SOCIAL
Povo soberano é parte ativa e passiva, agente do processo de elaboração das leis e aquele que obedece a elas mesmas, tem condições para agir enquanto ser autônomo. 
Conjugação perfeita entre liberdade e obediência.
Obedecer a lei que se prescreve a si mesmo é um ato de liberdade.
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CONTRATO SOCIAL
O Povo será livre quando tiver as condições de elaborar suas próprias leis num clima de igualdade entre todos, de modo que a obediência as leis seja uma deliberação de cada cidadão, como partes do poder do soberano.
Uma submissão à vontade geral.
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SOBERANIA
Para Rousseau, o soberano é o povo, entendido como vontade geral, pessoa moral, coletiva, livre e corpo político de cidadãos. Os indivíduos, pelo contrato, criaram-se a si mesmos como povo e é a este que transferem os direitos naturais para que sejam transformados em direitos civis. Assim sendo, o governante não é o soberano, mas o representante da soberania popular. Os indivíduos aceitam perder a liberdade civil: aceitam perder a posse natural para ganhar a individualidade civil, isto é, a cidadania. Enquanto criam a soberania e nela se fazem representar, são cidadãos. Enquanto se submetem às leis e à autoridade do governante que os representa chamam-se súditos. São, pois, cidadãos do Estado e súditos das leis.
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PROPRIEDADE
No pensamento político de Hobbes e de Rousseau, a propriedade privada não é um direito natural, mas civil. 
Mesmo que no estado de natureza (em Hobbes) e no estado de sociedade (em Rousseau) os indivíduos se apossem de terras e bens, essa posse é o mesmo que nada, pois não existem leis para garanti-la. 
A propriedade privada é, portanto, um efeito do contrato social e um decreto do soberano. Essa teoria, porém, não era suficiente para a burguesia em ascensão.
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A VONTADE E A REPRESENTAÇÃO
Processo de legitimação da fundação e da máquina política deve estender-se ao seu funcionamento.
Para o corpo político se desenvolver, é preciso que a VONTADE se realize. 
Realizar os fins da constituição da comunidade política.
Tarefa do corpo administrativo do Estado.
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GOVERNO – CORPO POLÍTICO
Que é, portanto, o governo? Um corpo intermediário, estabelecido entre os vassalos e o soberano, para possibilitar a recíproca correspondência, encarregado da execução das leis e da manutenção da liberdade, tanto civil como política.
 Governo – funcionário do soberano, órgão limitado pelo poder do povo, não é um poder máximo.
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GOVERNO – CORPO POLÍTICO
Governo – corpo submisso à autoridade soberana.
O governo pode subjugar o povo.
Representação política.
Quando o povo se dá representantes, não é mais livre.
A vontade geral por meio de representantes significa uma sobreposição de vontade.
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JEAN JACQUES ROUSSEAU
Adota uma teoria diferente quanto:
[1] a natureza humana;
[2]
a motivação humana.
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Hobbes:
[1] Busca incessante da Felicidade;
 
[2] Poder para satisfazer os desejos;
[3] Situação de medo e desconfiança constante;
[4] Situação de escassez de bens.
RESULTADO: ESTADO DE GUERRA
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ROUSSEAU:
Pressuposto:
Os indivíduos desejam ajudar-se mutuamente, sempre que o podem fazer.
 Agem em prol do conforto dos outros;
 Visão – certa bondade natural.
Rousseau concorda com Hobbes e Locke: os seres humanos são motivados pelo desejo de auto-preservação.
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MOTIVAÇÕES PRINCIPAIS:
[a] piedade;
[b] compaixão
 
 Temos uma repugnância inata ao sofrimento.
 COMPAIXÃO: Limitadora dos impulsos.
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Motivações:
[1] auto-preservação;
[2] piedade
Afirmação (p. 43):
Em certos aspectos o Estado de Natureza é preferível a uma condição mais civilizada.
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Critica à civilização (p. 44):
Pessimismo ao progresso humano;
 Certa nostalgia.
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ROUSSEAU:
 No Estado de Natureza não há moralidade (discordância de Locke);
 Tendemos a não prejudicar os outros, não em função de uma Lei Moral;
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 Por que temos uma aversão natural a fazer o mal;
 O sofrimento e a dor são naturalmente perturbadores para nós.
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Conflito entre:
[i] auto-preservação
[ii] compaixão
Exemplo: 
situação de escassez (p. 45).
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SELVAGEM:
 Ser solitário;
 Vida solitária;
Dotado pela natureza.
NECESSIDADE:
 Comida;
 Satisfação sexual;
Sono.
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[c] Inova: diante da escassez;
[d] desenvolve instrumentos;
[e] noção de cooperação;
[f] tempo livre.
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[2] Estágio intermediário entre:
[a] estupidez natural do selvagem;
[b] orgulho do civilizado.
[3] Civilização:
[a] Leis;
[b] Governo.

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