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AULA 7 TEORIA POLITICA Marx politica e revolução

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
DEPTO. SOCIOLOGIA E CIÊNCIA POLÍTICA
TEORIA POLÍTICA
PROF. DR. FRANCISCO XAVIER FREIRE RODRIGUES
MARX: POLÍTICA E 
REVOLUÇÃO
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
KARL MARX
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
Marxismo
KARL MARX (1818-1883) VIDA E OBRAS
FONTES DO MARXISMO
•DIALÉTICA
•SOCIALISMO
•ECONOMIA POLÍTICA
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
ANÁLISE DA MERCADORIA
ESTADO/LUTA DE CLASSES/REVOLUÇÃO
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
CONCEITOS BÁSICOS
Socialismo Comunismo Dialética
Forças de Produção Relações de Produção
Infra-estrutura Super-estrutura
Estado
Classes sociais
Ideologia
Alienação Mercadoria
Fetichismo da Mercadoria Força de Trabalho
Valor de Uso Valor de troca
Mai-valia
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
Nasceu na cidade de Trier, na Alemanha, em 05/05/1818.
Estudou Direito.
Doutorou-se em Filosofia em 1841.
Foi redator de um jornal liberal em Colônia.
Em 1842 foi obrigado a sair da Alemanha, foi para Paris, onde conheceu Friedrich 
Engels, seu companheiro de idéias e publicações.
Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas onde participou da recém fundada Liga 
dos Comunistas.Foi expulso da Bélgica.
Engels (1820-1895)
KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 )
VIDA E OBRAS VIDA E OBRAS 
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 )
VIDA E OBRAS VIDA E OBRAS 
Em 1848, escreveu, com Engels, "O Manifesto Comunista", obra fundadora do 
"marxismo", enquanto movimento político e social a favor do proletariado.
Com o malogro das revoluções de 1848, Marx mudou-se para Londres onde se 
 dedicou a um grandioso estudo crítico da economia política.
Marx foi um dos fundadores da Associação Internacional dos Operários ou 
Primeira Internacional.
Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual.
Obras principais : A Ideologia Alemã, A Miséria da Filosofia, Contribuição à 
Crítica da Economia Política, A Luta de Classes na França, O Capital.
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
KARL MARX – OBRAS PRINCIPAIS
 1843 – Crítica da filosofia do direito de Hegel
 1884 – A questão judaica
 1884 – Manuscritos econômico-filosóficos
 1885 - Teses sobre feuerbach
 1885 – A sagrada família
 1846 – A ideologia alemã
 1847 – Miséria da filosofia
 1848 – Manifesto do partido comunista
 1850 – A luta de classes na França 
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
KARL MARX – OBRAS PRINCIPAIS
 1852 – O 18 BRUMÁRIO DE Luis Bonaparte
 1858 – Grundrisse (Esboço de uma crítica da economia 
política)
 1859 – Contribuição a crítica da economia política
 1865 - Salário, preço e lucro
 1867 – O capital (Livro I)
 1871 – A guerra civil na França
 1875 – Crítica ao programa de Goetha
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
KARL MARX 
 Marx formou suas convicções básicas 
até 1845/1846, apresentando-as na 
IDEOLOGIA ALEMÃ.
 Anuncia ruptira com a filosofia neo-
hegeliana de Feuerbach.
 FASES DO PENSAMENTO DE MARX:
 1) JOVEM MARX (Marx filósofo)
 Ideologia Alemã (1846)
 2) MARX MADURO (Marx economista) 
MARX: POLÍTICA E REVOLUÇÃO
• O comentário de Weffort começa com a 
contextualização histórica referente à 
obra de Marx – uma época onde os 
ventos revolucionários atravessavam a 
Europa, e a Alemanha encontrava-se 
defasada em relação a boa parte do 
continente, malgrado a influência das 
idéias oriundas de uma França pós-
revolucionária. 
Prof. XAVIER FREIRE 
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MARX: POLÍTICA E REVOLUÇÃO
•
• Weffort aponta que vários historiadores, 
incluindo o próprio Marx, "descrevem 
uma Alemanha que teimava em viver no 
passado, a despeito da influência das 
novas idéias vindas de Paris”.
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
DO DIREITO À ECONOMIA
• Weffort esboça um breve quadro acerca 
dos estudos e da trajetória intelectual 
efetuados por Marx. 
•
• Marx começa seus estudos em Direito, 
Filosofia e História, tratando de efetuar uma 
revisão crítica da teoria dialética hegeliana 
que foi de grande influência para as 
formulações teóricas de Marx, ainda que 
seja "pelo avesso", como muitos gostam de 
colocar. 
•
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
DO DIREITO À ECONOMIA
•Escritos de Marx começam pelo Direito, passa 
pela Filosofia e História e chega na Economia.
•Sagrada Família – 1844
•A Ideologia Alemã – 1845
•O Capital – 1867 – crítica da economia 
capitalista.
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
DO DIREITO À ECONOMIA
•Marx não descobriu as classes sociais.
•Demonstrou que a existência das classes vai 
unida a determinadas fases do 
desenvolvimento da produção
•Que a luta de classes conduz à ditadura do 
proletariado
•Que a ditadura é o trânsito para a abolição de 
todas as classes sociais e para uma sociedade 
sem classes.
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
DO DIREITO À ECONOMIA
•O Capital era um guia para a ação.
•Ao invés de apenas interpretar o mundo, os 
filósofos teriam que transformar.
Prof. XAVIER FREIRE 
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ATUALIDADE DE 
REVOLUÇÃO
 Wefford nos fala então, recorrendo a 
Luckács, da "atualidade da revolução". 
Isso porque a época em que vivia Marx 
foi das mais propícias a revoluções.
Prof. XAVIER FREIRE 
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
 Para Weffort, "em 1848 Marx esperava, 
já para o ano seguinte, uma guerra 
mundial como resultado de uma 
insurreição que considerava inevitável 
por parte da classe operária inglesa.
Prof. XAVIER FREIRE 
fxsociologo@yahoo.com.br
ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
 Em 1850, Marx coloca que a condição 
para a revolução seria a emergência de uma 
crise no capitalismo – e para ele, a crise 
seria inevitável, uma vez que seria 
intrínseca ao próprio modo de produção 
e desenvolvimento capitalista.
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
• Os rumores, em 1857, de que a crise 
estava por vir, conferiu grande ânimo a 
Marx.
• Porém, esta crise não culminou na 
revolução esperada pelo pensador.
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
 Wefford faz uma importante observação 
acerca do modo como o qual Marx 
pensava a revolução. 
 Esta estaria para além da mera 
ideologia, do mero posicionamento 
político. 
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
• E revolução, em Marx, seria inevitável 
porque a análise teórico-crítica e 
metodológica o leva a esta conclusão.
• É um ponto que é de suma pertinência 
frisar, especialmente quando 
consideramos que muitos – inclusive 
alguns estudiosos – tendem a pensar que 
Marx pensava a revolução 
exclusivamente em função de sua 
militância. 
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
 Ao contrário: a revolução seria uma 
conseqüência direta dos pressupostos 
marxistas. 
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
 Marx não era favorável à revolução 
exclusivamente por razões "altruístas", 
mas especialmente em função de sua 
fidelidade ao seu rigor teórico e 
metodológico que apontava a revolução 
como inevitável.
 Trata-se de uma implicação teórica, 
filosófica, para além de qualquer 
ideologia. 
Prof. XAVIER FREIRE 
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ATUALIDADE DA 
REVOLUÇÃO
• A teoria da revolução é bem mais do que 
um fruto dos entusiasmos do jovem 
Marx. 
• A lógica da Revolução está embutida na 
própria lógica das contradições do 
sistema capitalista”. 
• Tais contradiçõesengendrariam a crise 
que culminaria na revolução:
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
• "A revolução, portanto, vai além das 
manifestações de vontade dos 
revolucionários. Ela está inscrita na 
própria história real, e por isso, está 
também na lógica (dialética) que a 
desvenda”. E isso se deve ao fato de 
que a ascensão burguesa acaba por 
produzir seus próprios "coveiros" – o 
proletariado – segundo as palavras de 
Marx e Engels no Manifesto Comunista.
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ATUALIDADE DA REVOLUÇÃO
 O próprio proletariado, enquanto classe 
revolucionária, também estaria 
condenado a desaparecer, dando lugar a 
uma sociedade sem classes, pois 
 … "o modo de ser do proletariado é o de 
uma classe portadora das virtualidades 
da sociedade sem classes, isto é, da 
sociedade comunista”.
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ATUALIDADE DA 
REVOLUÇÃO
•Proximidade da revolução une Marx e 
Lenin.
•Fundamento e chave para compreensão do 
período histórico.
•Relação entre o problema particular e a 
realidade histórico-social completa. 
•Sec. XIX cheirava a revolução.
•Marx viveu na Europa revolucionária.
•Séc. XX – Revolução Russa.
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ATUALIDADE DA 
REVOLUÇÃO
•Mudança políticas importantes: Unificação 
da Itália e da Alemanha; desmoronamento 
do império francês.
•Surgimento do Proletariado.
•Compromisso com a revolução.
•Teoria sobre as contradições do 
capitalismo e a idéia de revolução.
•Lógica das contradições do sistema traz 
em si a lógica da revolução.
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Emancipação social e 
emanciapação política
 Marx – criticou as revoluções burguesas 
e defendeu uma emancipação social, 
algo além da emancipação política.
 Critica ao Estado.
 Critica a religião.
 LIMITES DA EMANCIPAÇÃO POLITICA – 
suas insuficiências, concepção abstrata 
de universalidade dos direitos.

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Emancipação social e 
emanciapação política
 Emancipação política só se dar com a 
emancipação social, com a revolução do 
proletariado.
 Marx critica os direitos burguês.
 Emancipação política tem limites.
 Ela emancipou apenas os burgueses, é 
incompleta.
 Emancipação social só seria possível 
com a revolução proletária.
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Emancipação social e 
emanciapação política
 Superação da alienação.
 Escala da história universal do 
homem.

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O Estado e a transição para o 
socialismo 
 Comuna de Paris -1871 – elevou o 
proletariado ao Poder durante dois 
meses.
 Classe operária tem de destruir a 
máquina estatal.
 Burguesia se utiliza do Estado moderno 
para seguir seus projetos de dominação.
 Hegemonia burguesa.
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O Estado e a transição para o 
socialismo 
 Primeiro passo da revolução proletária é a 
elevação do proletariado a classe dominante – 
isso Marx denomina de “conquista da 
democracia”.
 Estado burguês funcionaria para preservar a 
propriedade privada.
 Com o proletariado no poder, os instrumentos de 
produção seriam concentrados no Estado.
 Desaparecimento do Estado depois de um longo 
período, quando ocorrer o desaparecimento das 
diferenças de classes.
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O Estado e a transição para o 
socialismo 
 Estado perderia seu caráter.
 Instrumentos de produção nas mãos dos 
produtores associados.
 Ditadura do proletariado seria um 
momento de transição para uma 
sociedade sem classes.
 Autonomia do Estado....
 Estado regula a jornada de trabalho.
 Entusiasmo de Marx pela Comuna.
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O Estado e a transição para o 
socialismo 
 Idéia de democracia verdadeira ...
 Destruição do Estado político ...
 Acabar com a dominação de classe.
 Comuna era um governo da classe 
operária.
 Ditadura do proletariado.
 Dominação política dos produtores.
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ATUALIDADE DE MARX
 Marx – influenciou a politica no Séc. XX.
 Adequação do marxismo aos dias atuais.
 Materialismo.
 Questão da atualidade da REVOLUÇÃO.
 Qual o caráter da revolução atual?
 Capitalismo atrasado.
 Marx influenciou muito os países do 
Terceiro Mundo.
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ATUALIDADE DE MARX
 Marx vê a burguesia como incapaz de 
cumprir a função básica da classe 
dominante: assegurar condições de 
sobrevivência à classe dominada.
 O operário moderno ao invés de se elevar 
com o progresso da indústria, desce 
sempre, mais e mais, por baixo das 
condições de vida de sua própria classe.
 Trabalhador cai na miséria e cresce sua 
pobreza.
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ATUALIDADE DE MARX
 Condenação global do sistema 
capitalista.
 Pauperização absoluta e superpopulação 
relativa e tendência decrescente da taxa 
de lucro – levam a queda do capitalismo.
 Mas, setores da classe operária 
melhoram de vida ...
 Desafio enfrentado pelo marxismo: 
EMANCIPAÇÃO HUMANA.
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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
1. O sucesso e a penetração do materialismo histórico, quer no 
campo da ciência, quer no campo da organização política, se 
deve ao universalismo de seus princípios e ao caráter 
totalizador que imprimiu às suas idéias
2. Alem desse universalismo da teoria marxista, outras questões 
adquiriram no marxismo novas dimensões. Uma delas foi a 
questão da objetividade científica, tão perseguida pelas 
ciências humanas. Para Marx, a questão da objetividade só se 
coloca enquanto consciência crítica. A ciência, assim como a 
ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica se 
refletir uma situação de classe e, conseqüentemente, uma 
visão crítica da realidade. Assim a objetividade não é uma 
questão de método, mas de como o pensamento se insere no 
contexto das relações de produção e na história.
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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
3. A idéia de uma sociedade “doente” ou “normal”, 
preocupação dos cientistas sociais positivistas, desaparece 
em Marx. Para ele, a sociedade é constituída de relações de 
conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social. 
Fenômenos como luta, conflito, revolução e exploração são 
constituintes dos diversos momentos históricos e não 
disfunções sociais.
4. Suas idéias marcaram de maneira definitiva o 
pensamento científico e a ação política de sua época bem das 
posteriores, formando duas maneiras de atuação sob a 
bandeira do marxismo:
1. Abraçar o ideal comunista e lutar por uma sociedade onde 
estejam abolidas as classes sociais e a propriedade privada 
dos meios de produção.
2. Exercer a crítica da realidade social, procurando suas 
contradições, desvendando as relações de exploração e 
expropriação do homem pelo homem, de modo a entender o 
papel dessas relações no processo histórico.Prof. XAVIER FREIRE 
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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
5. Contribuições da teoria marxista para o desenvolvimento das 
ciências sociais
1. A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da 
relação entre consciência e realidade e da correta 
inserção do homem e de sua práxis no contexto social.
2. A habilidade com que o método marxista possibilita 
o constante deslocamento do geral para o particular, 
das leis macrosociais para suas manifestações 
históricas, do movimento estrutural da sociedade para 
a ação humana individual e coletiva.
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
1. A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e 
metodológica, assim como política e revolucionária. Já em 
1864, junto com Engels, Marx estruturou a Primeira 
Associação Internacional de Operários, ou Primeira 
Internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias 
marxistas ficou por conta dos sindicatos e nos partidos, 
especialmente, os social-democratas.
2. A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da 
Revolução Francesa (1889). A Primeira Guerra Mundial pôs 
fim á Segunda Internacional em 1014.
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3. Em 1917, uma revolução inspirada nas idéias marxistas, a 
Revolução Bolchevique, na Rússia, criava o primeiro Estado 
operário.
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
4. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Cominten 
que procurou difundir as idéias marxistas e organizar os partidos 
e a luta dos operários pela tomada do poder. Continua atuante 
até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União 
Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
5. Á formação do operariado no mundo se deu com a 
organização de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais 
marxistas se adequaram á luta pela independência que surgia 
nas colônias européias da África e da Ásia, após as Guerras 
Mundiais, assim como á luta pela soberania e autonomia 
existente nos países latino-americanos.
6. Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do 
Norte, na China e no México. Em 1020, no Uruguai, em 
1022, no Brasil e no Chile, em 1925, em Cuba. 
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7. O movimento revolucionário se tornou mais forte á medida que 
os Estados Unidos e a URSS emergiram como potências 
mundiais e passaram a disputar a sua influência no mundo. 
Várias revoluções, como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a 
coreana organizaram sistemas políticos com algumas 
características comuns : forte centralização, economia planejada, 
coletivização dos meios de produção, fiscalismo, uso intenso de 
propaganda ideológica e de culto ao dirigente.
8. A polarização política e ideológica foi transferida para o 
conjunto do método e da teoria marxista. O marxismo deixou 
de ser um método de análise da realidade social para 
transformar-se em ideologia, perdendo assim parte de sua 
capacidade de elucidar os homens em relação ao seu 
momento histórico e mobilizá-los para uma tomada de 
consciência de posição.
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
8. Entre 1989 e 1991, desfazia-se o bloco soviético após uma 
crise interna e externa:
1. dificuldade em conciliar as diferenças regionais e 
 étnicas 
 2. falta de recursos para manter um estado de
 permanente beligerância
 3. atraso tecnológico
 4. excesso de burocracia
 5. baixa produtividade
 6. escassez de produtos
 7. inflação e corrupção
O fim da URSS provocou um abalo nos partidos de esquerda do 
mundo todo o redimensionamento das forças internacionais 
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
Toda essa explicação a respeito do marxismo se faz 
necessária por diversas razões :
1. A sociologia se confundiu com o socialismo em 
muitos países, em especial nos países 
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. 
Nesses países, intelectuais e líderes políticos 
associaram de maneira categórica o 
desenvolvimento da sociologia ao 
desenvolvimento da luta política e dos partidos 
marxistas. A derrocada do império soviético foi 
sentida como uma condenação quase como a 
inviolabilidade da própria ciência.
 
Prof. XAVIER FREIRE 
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2. A teoria marxista transcende o momento histórico 
no qual foi concebida e tem uma validade que 
extrapola toda iniciativa concreta. É preciso 
lembrar que a ausência da propriedade privada 
dos meios de produção é condição necessária, mas 
não suficiente da sociedade comunista 
 teorizada por Marx.
3. Também é improcedente confundir a ciência 
com o ideário político de qualquer partido. Pode 
haver integração entre um e outro mas nunca 
identidade.
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
4. É preciso entender que a história não termina em 
qualquer de suas manifestações particulares, quer na 
vitória comunista, quer na capitalista. Assim em 
termos científicos e marxistas, é preciso voltar o 
olhar para a compreensão da emergência de novas 
forças sociais e novas contradições.
5. Hoje se vive nas ciências um momento de particular 
cautela. Após dois ou três séculos de crença absoluta na 
capacidade redentora da ciência, em sua capacidade de 
explicar a realidade, já não se acredita na infalibilidade 
dos modelos. Não poderia ser diferente com as ciências 
sociais que, do contrario, adquiriram um estatuto de 
religião e de fé, uma vez que se apoiariam em verdades 
eternas e imutáveis.
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 
6. O fim da União Soviética não significou o fim da 
historia ou da sociologia, nem o esgotamento do 
marxismo como postura teórica. Nem terminou, com 
a derrubada do Muro de Berlim, o ideário de uma 
sociedade justa e igualitária. 
 O que é preciso fazer é rever essa sociedade cujas 
relações de produção se organizam sob novos 
princípios : enfraquecimento dos Estados nacionais, 
mundialização do capitalismo, formação de blocos 
econômicos, organização política de minorias 
étnicas, religiosas e até sexuais, entendendo que as 
contradições não desapareceram, mas se expressam 
em novas instâncias.
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