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Fst. Lívia melo Mas afinal por que envelhecemos? “O envelhecimento desafia definições fáceis, pelo menos em termos biológicos. O envelhecimento não é a mera passagem do tempo; é a manifestação de eventos biológicos que ocorrem ao longo de um período.” Idade Cronológica ou Calendária: Ordenada de acordo com o registro de nascimento. Idade Biológica: Corresponde a idade que o organismo demonstra com base na condição biológica de seus tecidos e fatores exógenos: O envelhecimento cronológico é apenas no sentido legal ou social. O tempo, em si, não produz efeitos biológicos. Os eventos ocorrem no tempo, mas não devido à sua passagem. “Parece mais jovem (ou mais velho) do que sua idade” Compreender as alterações que advém com o envelhecimento e o impacto destas sobre as funções é o primeiro passo para o desenvolvimento de medidas terapêuticas ou preventivas direcionadas para este grupo. As alterações que advém do envelhecimento estrutural e orgânico têm influências multifatoriais, pois tanto fatores intrínsecos quanto extrínsecos corroboram para o envelhecimento. A partir de que idade afinal começamos a envelhecer? As alterações começam desde cedo (30 anos=1% ao ano), porém são pouco percebidas. É no idoso que estas modificações tornam-se visíveis. As respostas individuais às agressões sofridas ao longo da existência são os fatores que determinam a velocidade com que o envelhecimento acontece. Envelhecimento Doenças Declínio funcional da reserva biológica Declínio dos sistemas de defesa e de adaptação ao meio Deixam a pessoa idosa mais susceptível a enfermidade Celular Sistemas Tecidos Órgãos Alterações do Desenvolvimento São alterações irreversíveis em um organismo vivo que ocorrem à medida que o tempo passa. São divididas em Três Categorias: Desenvolvimento: Alterações que ocorrem antes do nascimento ou na infância. Maturação: Alterações que resultam na transformação de uma criança em um adulto. Envelhecimento: Grupo de alterações que se desenvolvem nos últimos anos. Alterações do Envelhecimento Reduzem a capacidade de funcionamento, de manter a sobrevivência e de ter uma qualidade de vida alta. Envelhecimento IDOSO pode ser melhor definido como um “estado ou condição” que pode ou não estar associado com a idade, mas que frequentemente reflete a perda da capacidade de manter a independência. Conjunto contínuo de processos dependentes do tempo que geralmente espelham a idade cronológica, mas é altamente variável e individualizado. Envelhecimento Biológico São as alterações associadas à idade que envolvem as estruturas básicas e o funcionamento do organismo e que afetam a capacidade de funcionamento ou sobrevivência da pessoa. Temperatura Conteúdo da água Homeostase Envelhecimento biológico ocorre em ritmos diferentes nos diferentes sistemas Genético (35%) Ambiental e de estilo de vida (65%) Teorias do Envelhecimento As teorias são agrupadas em dois grupos de Modelos: 1. Modelo Estocástico do Envelhecimento: Acumulação de danos às moléculas de Informação (DNA). 2. Modelo Programado do Envelhecimento: Regulação genética pré- programada. Envelhecimento é um processo integrado que engloba várias teorias 1. Acumulação de danos às moléculas de informação O envelhecimento é a consequência de um acúmulo progressivo de erros na composição das células que impendem os processos de reparação celular. Como consequência a fundação genética dessa célula torna-se alteada levando a limitação ou não expressão de proteínas essenciais e funcionais. Impedindo que a célula contribua para a homeostase Este modelo é dividido em: Teoria da Glicosilação. Teoria dos Radicais Livres; Teoria das Ligações cruzadas do Colágeno; Teoria das Ligações cruzadas do Colágeno Colágeno é a proteína mais abundante do corpo e com a idade torna-se menos solúvel, mais rígido e com ligações cruzadas. Glicose Radicais livres Luz ultravioleta Aumentam as ligações cruzadas do colágeno Alterações na pele, nos dentes danificados, no cristalino (escurecido), na função renal (reduzida), na função dos pulmões (reduzida), na capacidade muscular, na mobilidade articular e no sistema circulatórios. Teoria dos Radicais Livres É um átomo ou molécula que possui um número ímpar de elétrons na última camada eletrônica, e isto o torna instável e altamente reativo. Radicais livres Sempre buscando capturar ou ceder elétrons Ao capturar o elétron, o radical livre atua como agente oxidante. Este processo danifica a membrana e a estrutura da célula, podendo, em casos extremos, levar à morte celular. Teoria dos Radicais Livres Esta teoria sugere que estes RL podem reagir com proteínas, DNA e lipídios gerando moléculas disfuncionais de vida longa que interferem na função celular. No DNA mitocondrial o dano pode resultar na incapacidade do organismo de produzir energia adequada para os níveis de maiores atividades e pode ter um impacto significativo sobre a força e a resistência da musculatura esquelética. Quando associados à proteínas dos tendões e dos ligamentos os deixarão excessivamente ligados ocasionando diminuição da ADM. Pode causar também inflamação e causar excesso de coagulação sanguínea promovendo várias doenças como aterosclerose. Antioxidantes São substâncias que retiram os RL do organismo como as vits A, C e E. Os idosos geralmente possuem uma quantidade reduzida dessas substâncias Teoria da Glicosilação As formas glicadas do colágeno acumulam-se nos tendões e na pele + Glicose AA Proteínas alteradas É a reação química de adição de glicose na um lipídio, proteína ou outra molécula orgânica. Esta reação pode criar formas alteradas de PTN (colágeno) e de outras macromoléculas. Glicosilação O idoso apresenta quantidade maior de glicose circulante e com isso maior chance de haver glicosilação. Enrijecimento corporal; Dano às coberturas dos vasos; Lesões oculares... 2. Regulação Genética pré-programada Este grupo de teorias propõe que o processo de envelhecimento é programado ativamente pela genética das células. Apoptose (morte celular programada) durante todo o processo de desenvolvimento e maturação. Este modelo é dividido em: Teoria do Relógio-mestre. Teoria dos telômeros; Teoria dos Telômeros As células do corpo são de três tipos: As que se replicam continuamente; As que se replicam em resposta a um estímulo; e As que não se replicam. A cada divisão celular uma parte do cromossomo terminal (telômero) não é replicada, portanto este se encurta. Há uma proposição de que o encurtamento do telômero é um sinal que resulta no desvio para um padrão senescente da expressão genética, e em consequência, as células envelhecem. Teoria do Relógio-mestre Sugere que a espécie humana tem um órgão, um tipo celular ou uma molécula que perde sua função ao longo do tempo e está ligada às alterações dependentes da idade em outros órgãos ou tipos celulares. Porém não foi encontrada nenhuma evidência de onde se encontra esse mecanismo de contagem e como ele poderia controlar o envelhecimento em tantos sistemas diferentes. Esta teoria foi incorporada à outras teorias. Existem várias teorias que tentam explicar o envelhecimento, mas o que se sabe é que ele é multifatorial e podem ser diferentes nos vários tipos orgânicos.O que se sabe é que na ausência de doença a capacidade do indivíduo manter a homeostase por meio de mecanismo protetores ou de reparos é a chave para a longevidade e a qualidade de vida. Compreender o processo de envelhecimento é crucial para se fornecer uma assistência adequada ao idoso. Sendo assim, o conhecimento dos aspectos anatômicos e fisiológicos do envelhecimento é de fundamental importância para todos os profissionais que lidam com idosos. É muito comum os idosos serem considerados como doentes, mas nem tudo ele apresenta é patológico, muitas das alterações são advindas do processo natural do envelhecimento. Outro fator importante é que muitas alterações que hoje são considerada senescência em algum momento foram taxadas como patológicas. Os conceitos mudam com as novas descobertas científicas.
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