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19258-102295-1-PB.pdf 283 Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, supl, p. 283-290, ago. 2015 Detecção de adulterações do leite pasteurizado por meio de provas oficiais Detection of pasteurized milk adulteration through official methods Juliana Mareze1; Louise Rodrigues Mariano Marioto2; Natalia Gonzaga3; Gabriela Casarotto Daniel4; Ronaldo Tamanini5; Vanerli Beloti6 1 Médica Veterinária, Residente em Inspeção de Produtos de Origem Animal – Leite e Derivados, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. 2 Médica Veterinária, Residente em Inspeção de Produtos de Origem Animal – Leite e Derivados, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. 3 Médica Veterinária, Residente em Inspeção de Produtos de Origem Animal – Leite e Derivados, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. 4 Médica Veterinária, Residente em Inspeção de Produtos de Origem Animal – Leite e Derivados, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. 5 Médico Veterinário, Doutor em Ciência Animal, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. 6 Médica Veterinária, Pós-Doutora em Ciência Animal, Professora do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. DOI: 10.5433/1679-0367.2014v35n2p283 A qualidade do leite consumido é uma constante preocupação dos técnicos e autoridades ligados à área de saúde e laticínios bem como dos consumidores. Um dos problemas mais graves são as diversas fraudes que causam prejuízos econômicos, riscos à saúde dos consumidores e, às vezes, problemas para as indústrias, como a diminuição do rendimento industrial. Muitos alimentos estão sujeitos às fraudes, mas o leite é um dos mais comumente fraudados. O objetivo do presente trabalho foi determinar a presença de substâncias fraudulentas e avaliar as características físico-químicas do leite pasteurizado produzido em laticínios da região norte do Paraná. Foram avaliadas 80 amostras no período de março a junho de 2014 e realizadas provas específicas para detecção dos reconstituintes: amido, álcool, cloreto e sacarose; neutralizantes: bicarbonato e hidróxido de sódio; conservantes: cloro, hipoclorito, peróxido de hidrogênio e formaldeído. A avaliação das características físico-químicas foi realizada através das seguintes análises: densidade a 15°C, índice crioscópico, acidez titulável Dornic, estabilidade ao alizarol 72%, pH, fosfatase alcalina, peroxidase, teor de gordura, sólidos totais, sólidos não gordurosos, ureia, proteína e lactose. Foram verificadas amostras fora do padrão para as seguintes análises: gordura (12,5%), sólidos não gordurosos (5%), densidade (1,25%), crioscopia (3,75%), pH (48,75%), ureia (1,25%). Foram verificadas fraudes por adição de água e sacarose (3,75%), presença de hipoclorito (5%) e ocorrência de desnate (12,5%). As provas em conjunto podem auxiliar na detecção das fraudes mais comumente realizadas no leite pasteurizado, porém não mostra em qual segmento podem ter ocorrido. No entanto, se não detectada, não se pode assegurar a qualidade do produto visto que muitas fraudes têm sido realizadas de forma equilibrada dificultando sua detecção. Resumo Palavras-chave: Adulteração. Laticínio. Conservantes. Reconstituintes. Neutralizantes. Abstract The quality of milk consumed is a constant concern of dairy industry and healthcare-related authorities, technicians as well as consumers. The most serious problems are the various frauds which cause economic losses, risks to consumer health and, sometimes, problems for industries, such as the decrease in industrial output. Many foods are subject to fraud, but milk is one of the most commonly spoofed. The purpose of this study was to determine the presence of fraudulent substances and assess the physico-chemical properties of 284 Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, supl, p. 283-290, ago. 2015 Mareze, J. et al. Keywords: Adulteration. Dairy. Preservatives. Restoratives. Neutralizers. pasteurized milk produced in dairies from the North region of Paraná. Eighty samples were evaluated in the period from March to June 2014 and carried out specific methods for detection of restoratives: starch, alcohol, chloride and sucrose; neutralizers: bicarbonate and sodium hydroxide; preservatives: chlorine, sodium hypochlorite, hydrogen peroxide and formaldehyde. The evaluation of physico-chemical characteristics was carried out through the following analyses: density at 15° C, cryoscopic index, Dornic titratable acidity, 72 alizarol stability, pH, alkaline phosphatase, peroxidase, fat, total solids, non-fat solids, urea, protein and lactose. Non-standard samples were observed for the following analyses: fat (12.5%), non-fat solids (5%), density (1.25%), cryoscopy (3.75%), pH (48.75%), urea (1.25%). Frauds were observed by addition of water and sucrose (3.75%), presence of hypochlorite (5%) and occurrence of skim milk (12.5%). The evidence together can assist in detecting fraud most commonly performed in pasteurized milk, but does not show in which thread might have occurred. However, if not detected, the quality of the product cannot be assured since many frauds have been carried out in a balanced way hindering its detection. Introdução A qualidade do leite consumido é uma constante preocupação dos técnicos e autoridades ligados à área de saúde e laticínios bem como dos consumidores. Um dos problemas mais graves são as diversas fraudes que causam prejuízos econômicos, riscos à saúde dos consumidores e, às vezes, problemas para as indústrias, como a diminuição do rendimento industrial. Muitos alimentos estão sujeitos às fraudes, mas o leite é um dos mais comumente fraudados (MOORE; SPINK; LIPP, 2012). Considera-se o leite como fraudado quando ocorre o desnate antes de seu processamento ou quando são adicionadas substâncias proibidas pela legislação, como água, neutralizantes da acidez, reconstituintes de densidade, substâncias conservadoras ou de quaisquer elementos estranhos a sua composição (BRASIL, 2010, 2011). As fraudes no leite têm como objetivos principais aumentar o volume e controlar as alterações provocadas pelos microrganismos. Além disso, visam também alterar as características e os componentes, com o intuito de receber bonificações em sistemas de pagamentos por qualidade (VIOTTO; CUNHA, 2006), criando assim, competição desleal e impacto negativo na economia. A adição de água ao leite é uma prática comum, realizada em diversas partes do mundo (MABROOK; DARBYSHIRE; PETTY, 2006). A legislação vigente determina que o controle diário do leite recebido pela indústria deve contemplar as seguintes análises: temperatura, teste do álcool ou alizarol 72%, acidez titulável, índice crioscópico, densidade relativa a 15˚C, teor de gordura, pesquisa de fosfatase alcalina e peroxidase, determinação do teor de sólidos totais e de sólidos não gordurosos além da pesquisa de neutralizantes da acidez, reconstituintes da densidade e de inibidores do crescimento microbiano (BRASIL, 2011). A pesquisa de fraudes é obrigatória somente para o leite cru (BRASIL, 2011) e se houver falhas no controle realizado pela indústria, a falta de determinação legal para leite pasteurizado ou UHT (ultra high temperature) expõe o consumidor ao produto adulterado. Recentemente, no Rio Grande do Sul duas indústrias de laticínio foram investigadas por fraude no leite pasteurizado, requeijão e leite UHT. Segundo a promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público estes produtos continham álcool e os postos de resfriamento os quais fornecem leite são diferentes para cada indústria, ressaltando a falha no controle de qualidade das mesmas (CARNEIRO, 2014). Em 2013 no mesmo estado, sob a investigação Leite Compensado a adulteração ocorria no caminho entre o produtor e a indústria, sendo, neste caso, as transportadoras as principais responsáveis pela fraude do produto (POLÍCIA..., 2013). Portanto, a fraude do leite pode estar ligada a todas as etapas da cadeia produtiva do leite. No entanto, 285 Detecção de adulterações do leite pasteurizado por meio de provas oficiais Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, supl, p. 283-290, ago. 2015 se as adulterações forem realizadas na indústria ou houver conivência desta, o produto fraudado não será identificado (SILVA, 2013). As provas para detecção de fraudes são muito laboriosas e isso dificulta a realização rápida e na frequência determinada pela legislação. Por estes e outros motivos, várias fraudes passam despercebidas e boa parte do leite fraudado acaba chegando aos consumidores. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi determinar a presença de substâncias fraudulentas e avaliar as características físico-químicas do leite pasteurizado produzido por laticínios da região norte do Paraná. Materiais e Métodos Foram avaliadas 80 amostras de leite pasteurizado integral em suas embalagens originais de um litro, produzidos por 12 laticínios localizados na região norte do Paraná. As análises foram realizadas no Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA) do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, da Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR, por agentes da Vigilância Sanitária, entre março e junho de 2014. Foram realizadas provas específicas para detecção dos reconstituintes: amido, álcool, cloreto e sacarose; neutralizantes: bicarbonato e o hidróxido de sódio; conservantes: cloro, hipoclorito, peróxido de hidrogênio e formaldeído. Todas as análises foram realizadas de acordo com a Instrução Normativa 68 (BRASIL, 2006). A avaliação das características físico-químicas do leite foi realizada através das seguintes análises: densidade a 15°C, índice crioscópico (crioscópio digital micro processado PZL 7000 – PZL, conforme orientações do fabricante), acidez titulável Dornic, estabilidade ao alizarol 72% conforme a Instrução Normativa 68 (BRASIL, 2006), pH (phmetro digital HI 8424 – Hanna, conforme orientações do fabricante), fosfatase alcalina, peroxidase, teor de gordura, sólidos totais, sólidos não gordurosos, ureia, proteína e lactose. As análises de gordura, ureia, proteína e lactose foram realizadas no Laboratório do Programa de Análise do Leite da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) em Curitiba-PR, através do quantificador eletrônico infravermelho BENTLEY-2000 (Bentley Instruments, Chaska, MN, EUA). Resultados e Discussão Os resultados das análises em valores mínimo e máximo, padrões estabelecidos pela IN 62 (BRASIL, 2011) e número de análises fora do padrão estão dispostos na Tabela 1. 286 Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, supl, p. 283-290, ago. 2015 Mareze, J. et al. Do total de 80 amostras, sete (8,7%) foram reprovadas pela detecção de substâncias fraudulentas; 16 (20%) apresentaram alguma irregularidade nos padrões físico-químicos estabelecidos pela IN 62 (BRASIL, 2011) em pelo menos uma análise, e quatro (5%) apresentaram alterações em duas ou mais análises. No entanto, considerando os valores de pH, lactose (SANTOS; FONSECA, 2007) e ureia (TORRENT, 2000), 60 (75%) amostras estariam fora dos padrões. A maioria das infrações encontradas nas análises foi para o teor de gordura, das quais dez (12,5%) amostras estavam fora do padrão, ou seja, abaixo do mínimo de 3% exigido. Já para os sólidos não gordurosos (SNG) quatro (5%) estavam abaixo do padrão. A redução nos valores de SNG e da densidade no leite pasteurizado está relacionada com a adição de água e desnate. De acordo com Cruz e Santos (2009), a densidade pode identificar adulteração do leite com água somente acima de 10%, gordura acima de 12% e SNG acima de 4%. Isso mostra que a utilização dos dados de SNG e densidade em conjunto podem indicar que houve adulteração no produto, porém ao verificar os resultados de cada análise individualmente, quantidades pequenas de água podem ser adicionadas sem que haja alguma alteração. Se a adição de água for acompanhada de Tabela 1 – Médias, intervalo, padrão e % fora do padrão das análises físico- químicas e pesquisa de substâncias fraudulentas em 80 amostras de leite pasteurizado de 12 laticínios do Paraná, coletadas no período de Março a Junho de 2014. Fonte: 1 Brasil (2011); 2 Santos e Fonseca (2007); 3 Torrent (2000); 4 Brasil (1952). Análise Média ±Desvio Padrão Intervalo Padrão Fora do Padrão (%) Acidez dornic (˚D) 16,70 (±0,88) 14-18 14 à 181 0 (0%) pH 6,65 (±0,17) 6,16 – 6,95 6,6 à 6,82 39 (48,75%) Gordura (%) 3,39 (±0,43) 2-4,99 ≥3%1 10 (12,5%) Densidade (g/ mL) 1.031 (±1,006) 1.026,8- 1.035 1.028-1034 1 1 (1,25%) Sólidos Não Gordurosos (g/100g) 8,72 (±0,25) 8,19-9,77 ≥8,41 4 (5%) Crioscopia (˚H) -0,537 (±0,007) -0,549 -0,479 -0,550 à -0,5301 3 (3,75%) Ureia (mg/dL) 13,35 (±2,20) 8,21-19,87 12 à 183 22 (27,5%) Lactose (%) 4,40 (±0,08) 3,92 - 4,54 ≥4,3%4 8 (10%) Proteínas (%) 3,40 (±0,11) 3,11 - 3,65 ≥2,9%1 0 (0%) Alizarol 72% - - Estável 2 (2,5%) Peroxidase - - Positiva 0 (0%) Fosfatase - - Negativa 0 (0%) Sacarose - - Negativo 3 (3,75%) Cloro Hipoclorito - - Negativo 4 (5%) 287 Detecção de adulterações do leite pasteurizado por meio de provas oficiais Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, supl, p. 283-290, ago. 2015 reconstituintes como o sal, amido ou açúcar e for realizada de forma equilibrada, a prova de densidade pode não ser capaz de detectá-la. Uma amostra apresentou densidade acima (1,035 g/mL) do valor de referência (1,028 – 1,034 g/mL). Rios et al. (2011) avaliaram a sensibilidade da prova do amido em leite pasteurizado e constataram que até 0,5% de amido de milho e 2,5 % de farinha de trigo podem mascarar a adição de 5% de água na prova de densidade, fazendo com que a densidade do leite fique muito próxima da sua densidade original. Porém, não houve detecção de nenhum reconstituinte nas provas específicas. O mesmo não ocorre com a utilização do índice crioscópico, pois com apenas 1% de água seu valor já é alterado (CORTEZ et al., 2010). Das amostras analisadas para crioscopia, três (3,7%) estavam fora do padrão (-0,530 a -0,550 °H), com os valores mais próximos do ponto de congelamento da água, o que indica a presença de água no leite. Ao analisar reconstituintes de densidade foram encontradas três (3,7%) amostras positivas para sacarose, que apresentaram resultado dentro do padrão para crioscopia e densidade. A fraude do leite com sacarose é uma das mais comuns, não causa nenhum dano à saúde do consumidor e também não altera o sabor do leite. Entretanto, a adição de reconstituintes no leite mascara a adição de água e promove uma diluição dos seus componentes reduzindo seu valor nutricional (SOUZA et al., 2011). Não houve nenhuma amostra positiva para a presença de cloretos e álcool. Silva et al. (2011a) avaliaram a sensibilidade da prova para pesquisa de cloreto em leite pasteurizado e verificaram que esta prova detecta concentrações de até 0,02% de sal. Essa concentração foi capaz de tornar a crioscopia mais negativa, em média 0,017˚H, porém a densidade sofreu pouca alteração. Portanto, pode-se dizer que a prova para detecção de cloretos é sensível, o que possibilita um resultado seguro. Em outro trabalho de Silva et al. (2011b), onde foi pesquisada a influência da água e do álcool na densidade e no ponto de congelamento do leite, foi possível perceber que concentrações de álcool de 0,05% alteram a crioscopia em -0,018°H, ou seja, a adição de 0,05% de álcool a um leite com 3,8% de água (crioscopia -0,512°H), apresentaria crioscopia dentro do parâmetro determinado pela legislação (-0,530°H). Em relação à prova de conservantes, quatro (5%) amostras indicaram a presença de hipoclorito e nenhuma destas apresentou alteração físico-química que pudesse sugerir a presença de alguma substância conservante. Isso indica que, sem a pesquisa de substâncias fraudulentas, muitas vezes o leite fraudado pode passar despercebido pela indústria ou mesmo pela vigilância sanitária. A média obtida para o pH foi de 6,6, considerando o intervalo normal de 6,6 a 6,8 dentro do intervalo normal para o leite produzido no Brasil (SANTOS; FONSECA, 2007). No entanto, 30 (37,5%) amostras apresentaram pH abaixo deste intervalo e outras nove (11,2%) acima dele. Segundo Torrent (2000) o nível de ureia presente no leite varia de 12 a 18 mg/dL. Considerando esse valor, 22 (27,5%) amostras estariam fora do padrão estabelecido. Valores acima deste intervalo podem ser considerados como fraude. Aquino et al. (2007) verificou que a inclusão de até 1,5% de ureia na dieta de vacas em lactação não causou excreção em excesso no leite. Apenas uma amostra apresentou o valor de ureia acima do permitido. O resultado abaixo do padrão para 21 (26,2%) amostras pode ter ocorrido devido à alimentação dos animais. Sabe- se que os níveis de ureia no leite estão diretamente relacionados à produção e nutrição do animal em lactação (MEYER et al., 2006). Em suma foi detectada adição de substâncias fraudulentas em sete (8,7%) amostras, três (3,7%) para a presença de sacarose e quatro (5%) para presença de cloro e hipoclorito. No entanto, os resultados das análises físico-químicas fora do padrão para cada amostra não devem ser avaliados individualmente, mas como um conjunto, visto que 288 Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, supl, p. 283-290, ago. 2015 Mareze, J. et al. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 68, de 12 de dezembro de 2006. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos, em conformidade com o anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários. Diário Oficial da União, Brasília, 2006. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Decreto n. 30.691, de 29 de março de 1952, alterado pelos Decretos n°.1255, de 25 de junho de 1962, n. 1236, de 2 de setembro de 1994, n.1812, de 8 de fevereiro de 1996, n.2.244,de 4 de junho de 1997, n° 6.385, de 27 de Fevereiro de 2008, nº 7.216, de 17 de Junho 2010. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal-RIISPOA. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 2010. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 62, de 29 de dezembro 2011. Aprova o Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade do Leite Tipo A, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Cru Refrigerado, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 2011. CARNEIRO, L. MP investiga mais uma empresa do RS por presença de álcool no leite. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/ campo-e-lavoura/noticia/2014/08/mp-investiga- mais-uma-empresa-do-rs-por-presenca-de-alcool- no-leite.html>. Acesso em: 7 jan. 2015. CORTEZ, M. A. S.; DIAS, V. G.; MAIA, R. G.; COSTA, C. C. A. 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Não há como saber em que momento as fraudes detectadas no presente trabalho foram realizadas, nem por qual segmento, pois não possível obter acesso às análises realizadas na recepção da indústria. Agradecimentos Ao Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA) da Universidade Estadual de Londrina pelo suporte técnico para a realização deste trabalho. Referências AQUINO, A. A.; BOTARO, B. G.; IKEDA, F. S.; RODRIGUES, P. H. M.; MARTINS, M. F.; SANTOS, M. V. Efeito de níveis crescentes de uréia na dieta de vacas em lactação sobre a produção e a composição físico-química do leite. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 36, n. 4, ago. 2007. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Departamento Nacional de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA. 154 p. Aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1952. 289 Detecção de adulterações do leite pasteurizado por meio de provas oficiais Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, supl, p. 283-290, ago. 2015 MABROOK, M. F.; DARBYSHIRE, A. M.; PETTY, M. C. Quality control of dairy products using single frequency admittance measurements. Measurement Science and Technology, Bristol, v. 17, n. 2, p. 275- 280, 2006. MEYER, P. M.; MACHADO, P. F.; COLDEBELLA, A.; CASSOLI, L. D.; COELHO, C. O.; RODRIGUES, P. H. M. Fatores não-nutricionais e concentração de nitrogênio uréico no leite de vacas da raça Holandesa. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 35, n. 3, p. 1114-1121, jun. 2006. MOORE, J.C; SPINK, J.; LIPP, M. Development and application of a database of food ingredient fraud and economically motivated adulteration from 1980 to 2010. Journal of Food Science, Chicago, v. 77, n. 4, p.118-126, 2012. 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Processo biológico Fatores externos Involuntário e inconsciente Processo voluntário Digestão, absorção, assimilação metabólica e Excreção. Desejo, vontade, Disponibilidade Nutrientes Via para a nutrição Alimentos ALIMENTAÇÃO X NUTRIÇÃO Alimentação práticas alimentares: envolvem opções e decisões quanto a quantidade; o tipo de alimento que comemos; quais os que consideramos comestíveis ou aceitáveis para nosso padrão de consumo; a forma como adquirimos, conservamos e preparamos os alimentos; além dos horários, do local e com quem realizamos nossas refeições. ALIMENTAÇÃO X NUTRIÇÃO Nutrição Começa quando o alimento e levado a boca A partir desse momento, o sistema digestório entra em ação em processos que vão desde a trituração dos alimentos até a absorção dos nutrientes. ALIMENTAÇÃO X NUTRIÇÃO EMENTA Introdução ao estudo da alimentação e nutrição; Macro e micronutrientes: • Digestão; • Absorção; • Metabolismo; • Função; • Fontes alimentares dos macronutrientes e dos micronutrientes; Água; OBJETIVO GERAL: Conhecer as funções dos nutrientes e das fibras alimentares, seu metabolismo, suas fontes e aplicabilidade em nutrição humana. OBJETIVO ESPECÍFICOS: Reconhecer os caminhos metabólicos dos macro e micronutrientes e sua relação com o processo fisiológico dos indivíduos. Discutir os mecanismos fisiológicos da digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes. Conhecer as fontes alimentares dos diversos nutrientes e dos diversos tipos de fibras alimentares. Identificar as consequências da ingestão inadequada de macro e micronutrientes para a saúde do ser humano. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I Introdução ao estudo da alimentação e nutrição; Conceitos e bases da alimentação e nutrição; UNIDADE II Carboidratos Estrutura e classificação e função; Digestão e absorção; Transporte de monossacarídeos no sangue; Glicólise, Ciclo de Krebs e C.T.E; Fibras Alimentares; Fontes alimentares; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE III Proteínas Estrutura e classificação; Digestão da proteína e absorção de aminoácidos; Utilização de proteínas – turnover proteico, transaminação, desaminação e ciclo da ureia; Função biológica das proteínas; Fontes alimentares de proteínas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE IV Gorduras Estrutura e classificação; Digestão e absorção; Metabolismo das lipoproteínas; β-oxidação de ácidos graxos e síntese de corpos cetônicos; Função biológica das gorduras; Fontes alimentares de gorduras. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE V Vitaminas Lipossolúveis: A, D. E e K Estrutura; Pró-vitaminas; Digestão e absorção; Transporte no sangue; Metabolismo; Função biológica; Deficiência e toxidade; Fontes alimentares; UNIDADE VI Vitaminas hidrossolúveis – Complexo B e ácido ascórbico Estrutura Digestão e absorção Metabolismo Função biológica Deficiência e toxidade Fontes Alimentares CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE VII Macrominerais Definição Absorção e transporte Metabolismo Função biológica Deficiência e toxidade Fontes Alimentares UNIDADE VIII Microminerais Definição Absorção e transporte Metabolismo Função biológica Deficiência e toxidade Fontes Alimentares CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE IX Água Eletrólitos Água intrínseca Água dos alimentos Oxidação de macronutrientes AVALIAÇÃO AV1 Data: 03/10 (1001) 06/10 (3001) Valor: 8,0 pontos + 2,0 (AE) AV2 Data: 21/11 (1001) 24/11 (3001) Valor: 8,0 pontos + 2,0 AE AV3 Data: 05/12 (1001) 01/12 (3001) Valor: 10 pontos + 2,0 Avaliando o aprendizado Atividades estruturadas (leitura e apresentação de artigos científicos, e mapa de micronutrientes), Assiduidade, Pontualidade, Organização e Colaboração. ATIVIDADE ESTRUTURADA ATIVIDADE ESTRUTURADA 1. Efeitos do consumo das fibras alimentares; 2. Combinações de alimentos de origem vegetal que fornecem todos os aminoácidos essenciais; 3. Importância do nutricional do consumo de ácidos graxos ômega 3 e ômega 6; 4. Carências nutricionais de vitaminas lipossolúveis; 5. Carências nutricionais de vitaminas hidrossolúveis; 6. Carências nutricionais de macrominerais; 7. Carências nutricionais de microminerais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICA: • MAHAN, L.K. & ESCOTT-STUMP. Krause, alimentos, nutrição e dietoterapia. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2010. • CARDOSO, M.A. Nutrição e metabolismo – Nutrição Humana. Porto Alegre: Guanabara Koogan, 2006 • COZZOLINO, S.M.F; COMINETTI, C. Bases bioquímicas e fisiológica da nutrição:Nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Ed. Manole- Biblioteca virtual da Estácio • MORAN, L.A; HORTON, R; SCRIMGEOUR, K.G; PERRY, M.D. Bioquímica. 5ed: Pearson- Biblioteca virtual da estácio • NIXI, STACI. Williams, nutrição e dietoterapia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. • SHILS, Maurice E.; SHIKE, Moshe; ROSS, A. Catharine; CABALLERO, Benjamin; COUSINS, Robert J. Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 10 ed. São Paulo: Manole. 2008. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMPLEMENTAR: • CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. • GIBNEY, M.J., MACDONALD, I.A., ROCHE, H.M. Nutrição e Metabolismo. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. • SILVA, S. M. C.S.; MURA, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. 2.ed. Rio de Janeiro: Roca, 2010. Sejam Bem Vindos! Bom trabalho! Contatos: Profª JAMILLE OLIVEIRA COSTA E-mail: JAMILLENUTRI@GMAIL.COM Biblioteca_1060400.pdf 09/08/2017 1 NUTRIÇÃO HUMANA CARBOIDRATOS: açúcares, amido e fibras FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE Profa. Ma. Jamille Costa 2017 1 3 INTRODUÇÃO Compõe o mais abundante dos compostos orgânicos; Produzidos pelos vegetais e constituídos de C, H e O; Quimicamente são: poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas e seus derivados. Formila Carbonila 4 INTRODUÇÃO Possuem na intimidade de sua molécula: H2O, CO2 e energia luminosa (síntese); Animais não são capazes de sintetizar CHOs dependentes dos vegetais para obter essa energia; Nos alimentos: glicose, frutose, galactose, sacarose, lactose, amido e celulose. 5 DIETA LOW CARB 6 Solução da obesidade????? 09/08/2017 2 DIETA LOW CARB 7 FUNÇÕES Reserva energética: Amido Vegetais; Glicogênio Fígado e músculo Sustentação: Celulose, hemicelulose, quitina, ácido hialurônico; Participam de mecanismos de defesa: Glicoproteínas e imunoglobulinas; Funcionamento adequado do SNC Suprimento de energia para os neurônios; 9 FUNÇÕES Regulação do metabolismo dos lipídios: Evita a cetose (↑ na produção de corpos cetônicos) prevenção da acidose metabólica. Fornecem energia ao organismo: 4 Kcal; Economizam a utilização das proteínas da dieta: Evitam a GLICONEOGÊNESE; Facilitam o transporte e excreção de substâncias tóxicas do sangue: Ex.: Ácido glicurônico que se conjuga com a bilirrubina. 10 Classificação: simples e complexos Velocidade de absorção/disponibilidade na corrente sanguínea (caindo em desuso); Tamanho da cadeia carbônica; FAO/WHO (1998) – n de ligações glicosídicas açúcares, oligossacarídeos e polissacarídeos CLASSIFICAÇÃO DOS CHO Simples (Glicose) Complexo (amido) 11 CLASSIFICAÇÃO DOS CHO Simples São substâncias de baixo peso molecular. Complexos São polímeros (união de muitos monos) de alto peso molecular. Ex.: Amido, celulose, glicogênio, ... Monossacarídeos Dissacarídeos Oligossacarídeos Frutose Glicose Galactose Sacarose Maltose Lactose Maltodextrina Rafinose Polidextrose, Inulina 12 09/08/2017 3 COMER CARBOIDRATOS É PROIBIDO PARA DIABÉTICOS? 14 Melhores escolhas... 16 ESTRUTURA DOS CHO Monossacarídeos: ▫ São açúcares simples; ▫ Possuem o mesmo n0. e tipo de átomos, mas em combinações diferentes Diferença na doçura; 17 ESTRUTURA DOS CHO Monossacarídeos: ▫ Podem ter 3 a 7 carbonos, mas os mais importantes são as HEXOSESC6H12O6 Todos os outros CHO devem ser efetivamente digeridos até esses monossacarídeos para serem absorvidos na forma α-D. 18 09/08/2017 4 ESTRUTURA DOS CHO GLICOSE ou glucose: Maior monossacarídeo encontrado no organismo (glicogênio) e na natureza; Açúcar do sangue Refere-se a glicose e extremamente dependente desta; Fonte: frutas, mel, xarope de milho, raízes e tubérculos; Doçura: Frutose > Glicose > galactose; 19 ESTRUTURA DOS CHO FRUTOSE ou levulose: É o mais doce dos monossacarídeos. As frutas contem de 1 a 7% e o mel até 40%; Frutas doces Mais frutose Quebra da sacarose; Xarope de milho mudança enzimática do amido de milho em frutose; Aumento considerável da ingestão (23%) presente em bebidas, cereais, produtos de panificação e de confeitaria. 20 ESTRUTURA DOS CHO GALACTOSE Produzida pela hidrólise da lactose na digestão; Aparece poucas vezes naturalmente como açúcar único; Galactosemia: Incapacidade de converter galactose em glicose Toxidade no sangue, fígado, cérebro e olhos. 21 ESTRUTURA DOS CHO A galactose e a frutose são metabolizadas no fígado pela incorporação nas vias metabólicas para GLICOSE. 22 ESTRUTURA DOS CHO Dissacarídeos: União de 2 monossacarídeos Ligação glicosídica Hidrólise Condensação Cana-de-açúcar LeiteMalte Importantes na nutrição 23 ESTRUTURA DOS CHO Maltose (açúcar do malte): Glicose + glicose Maior fonte: grãos em germinação Ex.: Produção da cerveja – Maltose Malte Malte de cevada 24 09/08/2017 5 ESTRUTURA DOS CHO Sacarose: Glicose + frutose; É doce porque a frutose está mais acessível aos receptores gustativos; Mais familiar do dissacarídeos e o que mais prevalece na alimentação Açúcar de mesa; Fontes: Cana-de-açúcar, beterraba, frutas e mel. 25 ESTRUTURA DOS CHOs Lactose: Glicose + galactose; Produzida quase exclusivamente nas glândulas mamárias de animais lactantes; É o menos doce dos dissacarídeos; Intolerância a lactose: Incapacidade do corpo digeri a lactose, por muitos apresentarem deficiência enzimática (Lactase). Sintomas: náuseas e vômitos, cólicas abdominais, flatulência e diarreia. 26 Intolerância a lactose 27 ESTRUTURA DOS CHO Polissacarídeos União de 10 ou mais de 3.000 unidades de monossacarídeos; ▫ A maior parte é glicose; ▫ É a forma como os CHO são armazenados nas plantas e nos tecidos animais. Glicogênio 28 ESTRUTURA DOS CHO AMIDO Estrutura complexa formada por: Amilose: 15 a 20% da molécula de amido Amilopectina: 80 a 85% da estrutura do amido. 29 ESTRUTURA DOS CHO AMIDO Digestibilidade: influenciada pela proporção entre amilose e amilopectina Cereais, leguminosas, raízes e tubérculos; Amilopectina dificulta o acesso das enzimas < digestiblidade em relação a amilose; O processamento hidrotérmico e a origem do amido pode dificultar o acesso da enzima e retardar a digestão, quando o mesmo está contido em vegetais integrais, grãos e sementes. AMIDO RESISTENTE (FIBRAS) AGENTE PREBIÓTICO 30 09/08/2017 6 ESTRUTURA DOS CHO • Biomassa de Banana Verde: - Alto conteúdo de amido resistente; - Integridade da mucosa intestinal; - Auxilia no trânsito intestinal (diarreia, constipação); - Baixo Índice glicêmico- Diabéticos; - Diminui o acúmulo de gordura corporal; - Aumento da saciedade. Como utilizar: farinha, bolo, biscoitos, sucos e vitaminas. 31 ESTRUTURA DOS CHOs GLICOGÊNIO Polissacarídeo de reserva animal; Função significativa no balanço energético humano; É armazenado no fígado e no tecido muscular; Ajuda a manter o nível de açúcar normais durante períodos de jejum (ex.: sono) e provoca combustão imediata para ações musculares. 32 ESTRUTURA DOS CHO CELULOSE Formado por moléculas de glicose ligadas por ligações β-1.4 não digeríveis pelas enzimas humanas; Constituinte principal da estrutura dos vegetais; Incluída no grupo das FIBRAS DIETÉTICAS. 33 ESTRUTURA DOS CHO HEMICELULOSE Componente + importante das fibras dos cereais; PECTINAS Podem ser isoladas e utilizadas na indústria alimentícia como espessante e no combate a diarreias Frutas cítricas, maçã e hortaliças; ▫ GOMAS E MUCILAGENS Goma guar e arábica espessam comida processada; Psyllium e carragenina estabilizam alimentos; ▫ LIGNINA Fibra monossacarídica presente em alimentos de partes rígidas: cenouras, morangos, ... 34 CHO COMO PREBIÓTICOS • Prebióticos (MOS) são substâncias que estimulam o crescimento de espécies Probióticas e inibem o crescimento de microrganismo patogênicos; • Oligossacarídeos do leite humano inibem a adesão de bactérias patogênicas à mucosa intestinal; • Frutanas: ▫ Favorecem a multiplicação de espécies: bifidobactérias; ▫ ↓ velocidade de absorção de glicose; ▫ Fontes: aspargo, alho, alho poró, cebola, alcachofra, raiz de chicória, etc. 35 36 09/08/2017 7 ÍNDICE GLICÊMICO (IG) É o aumento da área sob a curva da glicemia em resposta a uma dose padronizada de CHO (Teixeira Neto, 2003); • É a área sob uma curva de resposta à glicose, após o consumo de 50g de CHO glicêmico (não incluídas as fibras) de um alimento teste, expressa como percentual de resposta para a mesma quantidade de CHO de um alimento padrão (pão branco ou glicose pura), ambos ingeridos pelo mesmo indivíduo (Sampaio et al, 2007). 37 ÍNDICE GLICÊMICO (IG) Alguns alimentos possuem baixo IG as custas de altos teores de lipídios. 38 ÍNDICE GLICÊMICO 39 40 ÍNDICE GLICÊMICO • Alimentos de índice alto: Batatas Pães Cereais processados • Alimento de índice moderado: Sorvetes Bolos Bolachas Chocolates • Alimento de índice baixo: Leguminosas Produtos lácteos Frutas 41 CARGA GLICÊMICA • Inclui, concomitantemente, o IG do alimento e a quantidade de CHO disponíveis na porção de alimento consumida. CG = IG X Teor CHO disponível na porção do alimentos/100. • Estudo veem o índice glicêmico como não fidedigno (porções) Sugerem a CG como melhor preditor de risco de doenças crônicas, entre as quais a obesidade e diabetes. 42 09/08/2017 8 • Melancia Elevado IG (IG = 80%). Baixa CG 120 g ---------- 6 g de CHO disponível 1000g----------50g de CHO disponível IG ou CG ? 43 44 CHO COMPLEXOS X SIMPLES FIBRASFIBRAS Fibras solúveis absorvem água (solúveis), formam gel (viscosas) e são facilmente fermentadas pelas bactérias do cólon (fermentáveis). Quem são: - Hemicelulose aveia e o seu farelo, cevada - Pectinas frutas cítricas e maçã - Gomas guar e arábica; - Mucilagens psyllium e carragenina Fontes: normalmente encontradas em frutas e leguminosas (feijões) CLASSIFICAÇÃO FUNÇÕES Fibras solúveis: Retardam o esvaziamento gástrico; Aumentam o tempo de trânsito intestinal; Retardam a absorção da glicose,↓ a glicemia pós-prandial; Diminuem o colesterol sanguíneo (total e LDL) e TG; Fixam os ácidos biliares e aumentam sua excreção. 09/08/2017 9 CLASSIFICAÇÃO Fibras insolúveis não absorvem água (insolúveis), não formam gel (não-viscosas) e não se fermentam tão rapidamente. Quem são: - Celulose todas as hortaliças, frutas e leguminosas, polpa da madeira ou algodão; - Hemicelulose (grande parte) - Lignina cenouras e morangos Fontes: principalmente em grãos e vegetais Fibras insolúveis: • Favorece o peristaltismo do cólon; • Aumentam a velocidade do trânsito intestinal; • Aumentam o volume das fezes e o número das evacuações; • Reduzem a pressão intraluminal do cólon; • Retardam a hidrólise do amido, a absorção da glicose; • Diminuição da velocidade da digestão e absorção; • Aumentam a excreção dos sais biliares. FUNÇÕES 51 COLESTEROL GLICEMIA RECOMENDAÇÃO 54 09/08/2017 10 ALTERNATIVAS AO AÇÚCAR • Podem ser adoçantes artificiais (não nutritivos) e naturais (nutritivos) OU substitutos do açúcar; • ADOÇANTES: não alcançam a mesma resposta fisiológica mediada por neurotransmissores no cérebro; ▫ < saciedade ▫ > impulso para o consumo de lipídios • Naturais: xilitol, manitol, sorbitol, frutoligossacarídeos • Artificiais: ciclamato,sacarina,aspartame, acesulfame-k) Não devem ser consumidos em excesso, nem de forma contínua. 55 56 ASPECTOS IMPORTANTES Sacarina (A) Usada em diversos alimentos, bebidas, adoçante de mesa, ..., é rapidamente eliminada pela urina e não se acumula no corpo. Causa câncer???? Ciclamato (A) Apesar de não iniciar o câncer pode favorecer o desenvolvimento após seu início. Ainda é estudado pelo FDA. Aspartame (A) Feito a partir da fenilalanina e do ác. aspártico, deve ter o uso restrito para portadores de fenilcetonúria, mas seu consumo a longo prazo não está associado com riscos a saúde. Estévia (N) Não provoca danos à saúde se utilizado com moderação. Em muitos países é usado como suplemento dietético e não como aditivo alimentar. Neotame (A) É o mais novo no mercado, adoça ± 8000 x mais que a sacarose. Apesar de ser feito de fenilalanina e ác. aspártico pode ser utilizado por fenilcetonúricos. Sucralose (A) Único adoçante artificial feito a partir de açúcar, mas 600 x mais doce que a sacarose. Não é digerida nem absorvida. Acesulfame-K Cuidado com uso para pacientes renais. ALTERNATIVAS AO AÇÚCAR 57 • SUBSTITUTOS DO AÇÚCAR: ▫ São álcoois de açúcar que fornecem doçura e volume a balas duras, biscoitos, gomas de mascar sem adição de açúcar, geléias e gelatina; ▫ Fornecem calorias, mas menos que os CHOs; ▫ Conhecidos como: manitol, xilitol, sorbitol, maltitol e lactitol, são encontrados em frutas e hortaliças; ▫ Baixo teor glicêmico, mas podem causar efeitos colaterais como gases, desconforto abdominal e diarreia; ▫ PRINCIPAL BENEFÍCIO: Evita cáries; ▫ O uso deve ser moderado. ALTERNATIVAS AO AÇÚCAR 58 AÇÚCAR DEMERADA E MASCAVO Demerara Beterraba Mascavo 59 DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO DE AÇÚCARES Demerara Beterraba Mascavo 60 09/08/2017 11 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA • DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. • TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. • MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. • Sociedade Brasileira de Diabetes. Manual oficial de contagem de carboidratos. [organizadores Josefina Bressan R. Monteiro... et al.]. – Rio de Janeiro: Diagraphic, 2003. • SAMPAIO, H. A. de C; SILVA, B. Y. da C.; SABRY, M. O. D; ALMEIDA, P. C de. Índice glicêmico e carga glicêmica de dietas consumidas por indivíduos obesos. Rev. Nutr., Campinas, 20(6):615-624, nov./dez., 2007. • WHITNEY, E. & ROLFES, S. R. Nutrição volume 1: Entendendo os nutrientes. Tradução da 10ª. ed. norte- americana. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 61 ATIVIDADE ESTRUTURADA – CHO TÍTULO: Efeitos do consumo das fibras alimentares OBJETIVO: ◦ Proporcionar ao aluno o conhecimento sobre a importância do consumo das fibras alimentares. ◦ Consolidar os conhecimentos dos efeitos negativos e positivos das fibras alimentares no organismo humano. Grupo de no máximo três (3) alunos. Entrega para: 25/08 (3001) 29/08 (1001) 62 ATIVIDADE ESTRUTURADA ◦ As fibras alimentares solúveis são utilizadas como nutrientes pela flora intestinal? ◦ Qual a importância da digestão das fibras alimentares no intestino grosso? ◦ As fibras alimentares diminuem a biodisponibilidade de minerais? ◦ Como as fibras alimentares solúveis e insolúveis se comportam em relação aos movimentos peristálticos? ◦ Porque as fibras alimentarem interferem na absorção de sais biliares no íleo? 63 Biblioteca_1081721.pdf 23/08/2017 1 NUTRIÇÃO HUMANA CARBOIDRATOS 2 FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE Profa. Ma. Jamille Costa2017 DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS OBJETIVO: Quebrar os carboidratos em pequenas moléculas (elementar), a principalmente em glicose; PolissacarídeosFracionamento extensivo; DissacarídeosSão hidrolisados uma vez; MonossacarídeosAbsorção BOCA Mastigação Fraciona o alimento, estimula a salivação e mistura do alimento com a saliva. Maltose e polissacarídeos curtos AMIDO PEQUENA DIGESTÃO ALIMENTOS FICAM POUCO TEMPO NA BOCA AMILASE SALIVAR (glândulas parótidas) DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS ESTÔMAGO: AMIDO DEXTRINAS E MALTOSE Processo de digestão mecânico PERISTALSE 30% do amido maltose Mistura de partículas do alimento com secreções gástricas. Amilase salivar , DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS INTESTINO DELGADO: α-AMILASE PANCREÁTICA POLISSACARÍDEOS OLIGO E DISSACARÍDEOS Digestão química secreções pancreáticas e intestinais: SACARASE Sacarose = Gli + Fru MALTASE Maltose = Gli + Gli LACTASE Lactose = Gli + galactose Dissacarídases Enzimas da membrana borda em escova intestinal. DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS INTESTINO DELGADO: Além das dissacarídases: ◦Isomaltase atua nas ligações 1-6α não digeridas pela amilase ou maltase (amilopectina). ◦ Maltase-glicoamilase Oligo rafinose (presente em vegetais) DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS 23/08/2017 2 CHOs que contém ligações que não podem ser digeridos pelas dissacaridases FIBRAS. A capacidade de digerir CHO é modificada por: Resistência relativa do amido à ação enzimática; Atividade das enzimas digestivas na membrana borda em escova; Ex: Intolerância a Lactose. Presença de outros fatores dietéticos: gorduras, oligossacarídeos não-absorvíveis e fibras dietéticas. DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS INTESTINO GROSSO: ◦ Tempo de digestão: 1 a 4h pós-refeição todos os açúcares e a maioria do amido já está digerido. Somente as fibras permanecem no TGI. Fibras: ◦ Atraem água, amaciam as fezes e quando fermentadas por bactérias produzem água, gases e AGCC; ◦ Podem contribuir com energia (1,5 a 2,5 Kcal/g), dependendo do grau de quebra pelas bactérias. DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS Só os monossacarídeos podem ser absorvidos nos enterócitos (Intestino Delgado); GLICOSE ◦ Absorvida por Transporte ativo SANGUE FÍGADO ◦ FÍGADO 50% da glicose absorvida oxidação e glicogênio. GALACTOSE ◦ Absorvida por transporte ativo, mas compete pelo mesmo sistema de transporte da glicose; FRUTOSE ◦ Absorvida por difusão facilitada (30% + lento) ↑ de glicemia. ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS GLICOSE Glicogênio GLICOSE Tecidos periféricos dependentes de insulina GALACTOSE FRUTOSE GLICOSE Galactose e frutose são transformadas em glicose no fígado 11 Galactose e frutose são transformadas em glicose no fígado SGLT1- Transportador de glicose/galactose e Na Ativo GLUT 2 e 4- Transportador de glicose/galactose Passivo ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS 23/08/2017 3 SGLT1- Transportador de glicose/galactose e Na Ativo GLUT 2 e 4- Transportador de glicose/galactose Passivo Tipo de transportador Local de atuação GLUT 1 Placenta, cérebro, rins e cólon GLUT 2 Fígado, células betas, rins e ID GLUT 3 Cérebros, testículos GLUT 4 Músculo esqueletico e cardíaco, tecido adiposo marrom e branco GLUT 5 ID e esperma ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS A glicose absorvida cai na corrente sanguínea e é reconhecida pelos receptores pancreáticos; ↑secreção de insulina ↓ de glucagon METABOLISMO DOS CHO HIPOGLICEMIA • Glicemia < 70 mg/dL. • Causa: jejum prolongado, dose inadequada de medicação ou insulina. • Evite tratar a hipoglicemia ingerindo chocolate ou doces gordurosos 2 col de chá açúcar 2 unidades 100 mL • Caracteriza-se pelo elevado nível de glicose no sangue • Os níveis normais de glicose no sangue é de até: - Pré-Prandial 99mg/dL - Pós-Prandial 140mg/dL HIPERGLICEMIA METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 23/08/2017 4 ATENÇÃO!!! CHO consumidos além da necessidade são convertidos e armazenados como gordura, pois os adipócitos possuem grande capacidade de armazenamento DEVEMOS EVITAR; METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS DIABETES MELLITUS Reguladores da glicemia após a refeição são: A quantidade e digestibilidade do CHO; A absorção e o grau de captação hepática; A secreção de insulina e a sensibilidade dos tecidos periféricos à ação da insulina. METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Armazenada: ▫ Glicogênio muscular (2/3) ou hepático (1/3) Quando a GLI cai é hidrolisado e fornece energia. Obtenção de energia: ▫ Glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória Criação de GLI a partir de PTN ▫ Gliconeogênese Criação GLI por LIP corpos cetônicos ▫ Pouca GLI no sangue Uso de gordura para fornecer energia e formação de corpos cetônicos. METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Vias catabólicas: ▫Glicogenólise ▫Glicólise aeróbica (piruvato) ▫Glicólise anaeróbica (ác. láctico) ▫Ciclo das pentoses (RNA, DNA) ▫Cadeia respiratória Vias anabólicas: ▫ Glicogênese: síntese de glicogênio ▫ Gliconeogênese: PTN e LIP formando glicose METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS • Gliconeogênese: Corpos cetônicos Ác. Acetoacético Acetona e Ác. β-hidroxibutírico 24 METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 23/08/2017 5 Ciclo de Krebs Cadeia fosforilativa Glicólise Oxidação de glicose em piruvato Produção das enzimas desidrogenases NADH e FADH2 T ra n sf er ên ci a d e el et ró n s METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Glicólise Anaeróbica: Ciclo de Cori Evita acidose láctica no sangue e musculo fadiga, dores e caimbrãs. Mantem a glicemia constante durante o período de elevada atividade física. 27 METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS GLICOGÊNESE GLI GLICOGÊNIO ◦ Ocorre em todos os tecidos, mais proeminente no fígado e músculo; ◦ Fígado glicose pelo sangue aos outros tecidos, quando necessário; ◦ Músculo consumo próprio, só utiliza durante o exercício quando há necessidade de energia rápida. METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS GLICOGÊNESE Glicose-6-fosfato Glicose-1-fosfato Uridina difosfato glicose Glicogênio sintase Glicogênio METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 23/08/2017 6 31 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. WHITNEY, E. & ROLFES, S. R. Nutrição volume 1: Entendendo os nutrientes. Tradução da 10ª. ed. norte- americana. São Paulo: Cengage Learning, 2008. Biblioteca_1098093.pdf 04/09/2017 1 NUTRIÇÃO HUMANA CARBOIDRATOS 2 FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE Profa. Ma. Jamille Costa2017 DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS OBJETIVO: Quebrar os carboidratos em pequenas moléculas (elementar), a principalmente em glicose; Polissacarídeos Fracionamento extensivo; Dissacarídeos São hidrolisados uma vez; MonossacarídeosAbsorção BOCA Mastigação Fraciona o alimento, estimula a salivação e mistura do alimento com a saliva. Maltose e polissacarídeos curtos AMIDO PEQUENA DIGESTÃO ALIMENTOS FICAM POUCO TEMPO NA BOCA AMILASE SALIVAR (glândulas parótidas) DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS ESTÔMAGO: AMIDO DEXTRINAS E MALTOSE Processo de digestão mecânico PERISTALSE 30% do amido maltose Mistura de partículas do alimento com secreções gástricas. Amilase salivar , DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS 04/09/2017 2 INTESTINO DELGADO: α-AMILASE PANCREÁTICA POLISSACARÍDEOS OLIGO E DISSACARÍDEOS Digestão química secreções pancreáticas e intestinais: SACARASE Sacarose = Gli + Fru MALTASE Maltose = Gli + Gli LACTASE Lactose = Gli + galactose Dissacarídases Enzimas da membrana borda em escova intestinal. DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS INTESTINO DELGADO: Além das dissacarídases: ◦Isomaltase atua nas ligações 1-6α não digeridas pela amilase ou maltase (amilopectina). ◦ Maltase-glicoamilase Oligo rafinose (presente em vegetais) DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS CHOs que contém ligações que não podem ser digeridos pelas dissacaridases FIBRAS. A capacidade de digerir CHO é modificada por: Resistência relativa do amido à ação enzimática; Atividade das enzimas digestivas na membrana borda em escova; Ex: Intolerância a Lactose. Presença de outros fatores dietéticos: gorduras, oligossacarídeos não-absorvíveis e fibras dietéticas. DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS INTESTINO GROSSO: ◦ Tempo de digestão: 1 a 4h pós-refeição todos os açúcares e a maioria do amido já está digerido. Somente as fibras permanecem no TGI. Fibras: ◦ Atraem água, amaciam as fezes e quando fermentadas por bactérias produzem água, gases e AGCC; ◦ Podem contribuir com energia (1,5 a 2,5 Kcal/g), dependendo do grau de quebra pelas bactérias. DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS 04/09/2017 3 Só os monossacarídeos podem ser absorvidos nos enterócitos (Intestino Delgado); GLICOSE ◦ Absorvida por Transporte ativo SANGUE FÍGADO ◦ FÍGADO 50% da glicose absorvida oxidação e glicogênio. GALACTOSE ◦ Absorvida por transporte ativo, mas compete pelo mesmo sistema de transporte da glicose; FRUTOSE ◦ Absorvida por difusão facilitada (30% + lento) ↑ de glicemia. ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS GLICOSE Glicogênio GLICOSE Tecidos periféricos dependentes de insulina GALACTOSE FRUTOSE GLICOSE Galactose e frutose são transformadas em glicose no fígado 11 Galactose e frutose são transformadas em glicose no fígado SGLT1- Transportador de glicose/galactose e Na Ativo GLUT 2 e 4- Transportador de glicose/galactose Passivo ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS 04/09/2017 4 SGLT1- Transportador de glicose/galactose e Na Ativo GLUT 2 e 4- Transportador de glicose/galactose Passivo Tipo de transportador Local de atuação GLUT 1 Placenta, cérebro, rins e cólon GLUT 2 Fígado, células betas, rins e ID GLUT 3 Cérebros, testículos GLUT 4 Músculo esqueletico e cardíaco, tecido adiposo marrom e branco GLUT 5 ID e esperma ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS A glicose absorvida cai na corrente sanguínea e é reconhecida pelos receptores pancreáticos; ↑secreção de insulina ↓ de glucagon METABOLISMO DOS CHO HIPOGLICEMIA • Glicemia < 70 mg/dL. • Causa: jejum prolongado, dose inadequada de medicação ou insulina. • Evite tratar a hipoglicemia ingerindo chocolate ou doces gordurosos 2 col de chá açúcar 2 unidades 100 mL 04/09/2017 5 • Caracteriza-se pelo elevado nível de glicose no sangue • Os níveis normais de glicose no sangue é de até: - Pré-Prandial 99mg/dL - Pós-Prandial 140mg/dL HIPERGLICEMIA METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ATENÇÃO!!! CHO consumidos além da necessidade são convertidos e armazenados como gordura, pois os adipócitos possuem grande capacidade de armazenamento DEVEMOS EVITAR; METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS DIABETES MELLITUS 04/09/2017 6 Reguladores da glicemia após a refeição são: A quantidade e digestibilidade do CHO; A absorção e o grau de captação hepática; A secreção de insulina e a sensibilidade dos tecidos periféricos à ação da insulina. METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Armazenada: ▫ Glicogênio muscular (2/3) ou hepático (1/3) Quando a GLI cai é hidrolisado e fornece energia. Obtenção de energia: ▫ Glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória Criação de GLI a partir de PTN ▫ Gliconeogênese Criação GLI por LIP corpos cetônicos ▫ Pouca GLI no sangue Uso de gordura para fornecer energia e formação de corpos cetônicos. METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Vias catabólicas: ▫Glicogenólise ▫Glicólise aeróbica (piruvato) ▫Glicólise anaeróbica (ác. láctico) ▫Ciclo das pentoses (RNA, DNA) ▫Cadeia respiratória Vias anabólicas: ▫ Glicogênese: síntese de glicogênio ▫ Gliconeogênese: PTN e LIP formando glicose METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS • Gliconeogênese: Corpos cetônicos Ác. Acetoacético Acetona e Ác. β-hidroxibutírico 24 METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 04/09/2017 7 Ciclo de Krebs Cadeia fosforilativa Glicólise Oxidação de glicose em piruvato Produção das enzimas desidrogenases NADH e FADH2 T ra n sf er ên ci a d e el et ró n s METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Glicólise Anaeróbica: Ciclo de Cori Evita acidose láctica no sangue e musculo fadiga, dores e caimbrãs. Mantem a glicemia constante durante o período de elevada atividade física. 27 METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS GLICOGÊNESE GLI GLICOGÊNIO ◦ Ocorre em todos os tecidos, mais proeminente no fígado e músculo; ◦ Fígado glicose pelo sangue aos outros tecidos, quando necessário; ◦ Músculo consumo próprio, só utiliza durante o exercício quando há necessidade de energia rápida. METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 04/09/2017 8 GLICOGÊNESE Glicose-6-fosfato Glicose-1-fosfato Uridina difosfato glicose Glicogênio sintase Glicogênio METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 31 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. WHITNEY, E. & ROLFES, S. R. Nutrição volume 1: Entendendo os nutrientes. Tradução da 10ª. ed. norte- americana. São Paulo: Cengage Learning, 2008. Biblioteca_1098094.pdf 04/09/2017 1 NUTRIÇÃO HUMANA CARBOIDRATOS: açúcares, amido e fibras FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE Profa. Ma. Jamille Costa 2017 1 3 INTRODUÇÃO Compõe o mais abundante dos compostos orgânicos; Produzidos pelos vegetais e constituídos de C, H e O; Quimicamente são: poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas e seus derivados. Formila Carbonila 4 04/09/2017 2 INTRODUÇÃO Possuem na intimidade de sua molécula: H2O, CO2 e energia luminosa (síntese); Animais não são capazes de sintetizar CHOs dependentes dos vegetais para obter essa energia; Nos alimentos: glicose, frutose, galactose, sacarose, lactose, amido e celulose. 5 DIETA LOW CARB 6 Solução da obesidade????? DIETA LOW CARB 7 04/09/2017 3 FUNÇÕES Reserva energética: Amido Vegetais; Glicogênio Fígado e músculo Sustentação: Celulose, hemicelulose, quitina, ácido hialurônico; Participam de mecanismos de defesa: Glicoproteínas e imunoglobulinas; Funcionamento adequado do SNC Suprimento de energia para os neurônios; 9 FUNÇÕES Regulação do metabolismo dos lipídios: Evita a cetose (↑ na produção de corpos cetônicos) prevenção da acidose metabólica. Fornecem energia ao organismo: 4 Kcal; Economizam a utilização das proteínas da dieta: Evitam a GLICONEOGÊNESE; Facilitam o transporte e excreção de substâncias tóxicas do sangue: Ex.: Ácido glicurônico que se conjuga com a bilirrubina. 10 Classificação: simples e complexos Velocidade de absorção/disponibilidade na corrente sanguínea (caindo em desuso); Tamanho da cadeia carbônica; FAO/WHO (1998) – n de ligações glicosídicas açúcares, oligossacarídeos e polissacarídeos CLASSIFICAÇÃO DOS CHO Simples (Glicose) Complexo (amido) 11 CLASSIFICAÇÃO DOS CHO Simples São substâncias de baixo peso molecular. Complexos São polímeros (união de muitos monos) de alto peso molecular. Ex.: Amido, celulose, glicogênio, ... Monossacarídeos Dissacarídeos Oligossacarídeos Frutose Glicose Galactose Sacarose Maltose Lactose Maltodextrina Rafinose Polidextrose, Inulina 12 04/09/2017 4 COMER CARBOIDRATOS É PROIBIDO PARA DIABÉTICOS? 14 Melhores escolhas... 16 04/09/2017 5 ESTRUTURA DOS CHO Monossacarídeos: ▫ São açúcares simples; ▫ Possuem o mesmo n0. e tipo de átomos, mas em combinações diferentes Diferença na doçura; 17 ESTRUTURA DOS CHO Monossacarídeos: ▫ Podem ter 3 a 7 carbonos, mas os mais importantes são as HEXOSESC6H12O6 Todos os outros CHO devem ser efetivamente digeridos até esses monossacarídeos para serem absorvidos na forma α-D. 18 ESTRUTURA DOS CHO GLICOSE ou glucose: Maior monossacarídeo encontrado no organismo (glicogênio) e na natureza; Açúcar do sangue Refere-se a glicose e extremamente dependente desta; Fonte: frutas, mel, xarope de milho, raízes e tubérculos; Doçura: Frutose > Glicose > galactose; 19 ESTRUTURA DOS CHO FRUTOSE ou levulose: É o mais doce dos monossacarídeos. As frutas contem de 1 a 7% e o mel até 40%; Frutas doces Mais frutose Quebra da sacarose; Xarope de milho mudança enzimática do amido de milho em frutose; Aumento considerável da ingestão (23%) presente em bebidas, cereais, produtos de panificação e de confeitaria. 20 04/09/2017 6 ESTRUTURA DOS CHO GALACTOSE Produzida pela hidrólise da lactose na digestão; Aparece poucas vezes naturalmente como açúcar único; Galactosemia: Incapacidade de converter galactose em glicose Toxidade no sangue, fígado, cérebro e olhos. 21 ESTRUTURA DOS CHO A galactose e a frutose são metabolizadas no fígado pela incorporação nas vias metabólicas para GLICOSE. 22 ESTRUTURA DOS CHO Dissacarídeos: União de 2 monossacarídeos Ligação glicosídica Hidrólise Condensação Cana-de-açúcar LeiteMalte Importantes na nutrição 23 ESTRUTURA DOS CHO Maltose (açúcar do malte): Glicose + glicose Maior fonte: grãos em germinação Ex.: Produção da cerveja – Maltose Malte Malte de cevada 24 04/09/2017 7 ESTRUTURA DOS CHO Sacarose: Glicose + frutose; É doce porque a frutose está mais acessível aos receptores gustativos; Mais familiar do dissacarídeos e o que mais prevalece na alimentação Açúcar de mesa; Fontes: Cana-de-açúcar, beterraba, frutas e mel. 25 ESTRUTURA DOS CHOs Lactose: Glicose + galactose; Produzida quase exclusivamente nas glândulas mamárias de animais lactantes; É o menos doce dos dissacarídeos; Intolerância a lactose: Incapacidade do corpo digeri a lactose, por muitos apresentarem deficiência enzimática (Lactase). Sintomas: náuseas e vômitos, cólicas abdominais, flatulência e diarreia. 26 Intolerância a lactose 27 ESTRUTURA DOS CHO Polissacarídeos União de 10 ou mais de 3.000 unidades de monossacarídeos; ▫ A maior parte é glicose; ▫ É a forma como os CHO são armazenados nas plantas e nos tecidos animais. Glicogênio 28 04/09/2017 8 ESTRUTURA DOS CHO AMIDO Estrutura complexa formada por: Amilose: 15 a 20% da molécula de amido Amilopectina: 80 a 85% da estrutura do amido. 29 ESTRUTURA DOS CHO AMIDO Digestibilidade: influenciada pela proporção entre amilose e amilopectina Cereais, leguminosas, raízes e tubérculos; Amilopectina dificulta o acesso das enzimas < digestiblidade em relação a amilose; O processamento hidrotérmico e a origem do amido pode dificultar o acesso da enzima e retardar a digestão, quando o mesmo está contido em vegetais integrais, grãos e sementes. AMIDO RESISTENTE (FIBRAS) AGENTE PREBIÓTICO 30 ESTRUTURA DOS CHO • Biomassa de Banana Verde: - Alto conteúdo de amido resistente; - Integridade da mucosa intestinal; - Auxilia no trânsito intestinal (diarreia, constipação); - Baixo Índice glicêmico- Diabéticos; - Diminui o acúmulo de gordura corporal; - Aumento da saciedade. Como utilizar: farinha, bolo, biscoitos, sucos e vitaminas. 31 ESTRUTURA DOS CHOs GLICOGÊNIO Polissacarídeo de reserva animal; Função significativa no balanço energético humano; É armazenado no fígado e no tecido muscular; Ajuda a manter o nível de açúcar normais durante períodos de jejum (ex.: sono) e provoca combustão imediata para ações musculares. 32 04/09/2017 9 ESTRUTURA DOS CHO CELULOSE Formado por moléculas de glicose ligadas por ligações β-1.4 não digeríveis pelas enzimas humanas; Constituinte principal da estrutura dos vegetais; Incluída no grupo das FIBRAS DIETÉTICAS. 33 ESTRUTURA DOS CHO HEMICELULOSE Componente + importante das fibras dos cereais; PECTINAS Podem ser isoladas e utilizadas na indústria alimentícia como espessante e no combate a diarreias Frutas cítricas, maçã e hortaliças; ▫ GOMAS E MUCILAGENS Goma guar e arábica espessam comida processada; Psyllium e carragenina estabilizam alimentos; ▫ LIGNINA Fibra monossacarídica presente em alimentos de partes rígidas: cenouras, morangos, ... 34 CHO COMO PREBIÓTICOS • Prebióticos (MOS) são substâncias que estimulam o crescimento de espécies Probióticas e inibem o crescimento de microrganismo patogênicos; • Oligossacarídeos do leite humano inibem a adesão de bactérias patogênicas à mucosa intestinal; • Frutanas: ▫ Favorecem a multiplicação de espécies: bifidobactérias; ▫ ↓ velocidade de absorção de glicose; ▫ Fontes: aspargo, alho, alho poró, cebola, alcachofra, raiz de chicória, etc. 35 36 04/09/2017 10 ÍNDICE GLICÊMICO (IG) É o aumento da área sob a curva da glicemia em resposta a uma dose padronizada de CHO (Teixeira Neto, 2003); • É a área sob uma curva de resposta à glicose, após o consumo de 50g de CHO glicêmico (não incluídas as fibras) de um alimento teste, expressa como percentual de resposta para a mesma quantidade de CHO de um alimento padrão (pão branco ou glicose pura), ambos ingeridos pelo mesmo indivíduo (Sampaio et al, 2007). 37 ÍNDICE GLICÊMICO (IG) Alguns alimentos possuem baixo IG as custas de altos teores de lipídios. 38 ÍNDICE GLICÊMICO 39 40 04/09/2017 11 ÍNDICE GLICÊMICO • Alimentos de índice alto: Batatas Pães Cereais processados • Alimento de índice moderado: Sorvetes Bolos Bolachas Chocolates • Alimento de índice baixo: Leguminosas Produtos lácteos Frutas 41 CARGA GLICÊMICA • Inclui, concomitantemente, o IG do alimento e a quantidade de CHO disponíveis na porção de alimento consumida. CG = IG X Teor CHO disponível na porção do alimentos/100. • Estudo veem o índice glicêmico como não fidedigno (porções) Sugerem a CG como melhor preditor de risco de doenças crônicas, entre as quais a obesidade e diabetes. 42 • Melancia Elevado IG (IG = 80%). Baixa CG 120 g ---------- 6 g de CHO disponível 1000g----------50g de CHO disponível IG ou CG ? 43 44 CHO COMPLEXOS X SIMPLES 04/09/2017 12 FIBRASFIBRAS Fibras solúveis absorvem água (solúveis), formam gel (viscosas) e são facilmente fermentadas pelas bactérias do cólon (fermentáveis). Quem são: - Hemicelulose aveia e o seu farelo, cevada - Pectinas frutas cítricas e maçã - Gomas guar e arábica; - Mucilagens psyllium e carragenina Fontes: normalmente encontradas em frutas e leguminosas (feijões) CLASSIFICAÇÃO FUNÇÕES Fibras solúveis: Retardam o esvaziamento gástrico; Aumentam o tempo de trânsito intestinal; Retardam a absorção da glicose,↓ a glicemia pós-prandial; Diminuem o colesterol sanguíneo (total e LDL) e TG; Fixam os ácidos biliares e aumentam sua excreção. 04/09/2017 13 CLASSIFICAÇÃO Fibras insolúveis não absorvem água (insolúveis), não formam gel (não-viscosas) e não se fermentam tão rapidamente. Quem são: - Celulose todas as hortaliças, frutas e leguminosas, polpa da madeira ou algodão; - Hemicelulose (grande parte) - Lignina cenouras e morangos Fontes: principalmente em grãos e vegetais Fibras insolúveis: • Favorece o peristaltismo do cólon; • Aumentam a velocidade do trânsito intestinal; • Aumentam o volume das fezes e o número das evacuações; • Reduzem a pressão intraluminal do cólon; • Retardam a hidrólise do amido, a absorção da glicose; • Diminuição da velocidade da digestão e absorção; • Aumentam a excreção dos sais biliares. FUNÇÕES 51 COLESTEROL GLICEMIA 04/09/2017 14 RECOMENDAÇÃO 54 ALTERNATIVAS AO AÇÚCAR • Podem ser adoçantes artificiais (não nutritivos) e naturais (nutritivos) OU substitutos do açúcar; • ADOÇANTES: não alcançam a mesma resposta fisiológica mediada por neurotransmissores no cérebro; ▫ < saciedade ▫ > impulso para o consumo de lipídios • Naturais: xilitol, manitol, sorbitol, frutoligossacarídeos • Artificiais: ciclamato,sacarina,aspartame, acesulfame-k) Não devem ser consumidos em excesso, nem de forma contínua. 55 56 04/09/2017 15 ASPECTOS IMPORTANTES Sacarina (A) Usada em diversos alimentos, bebidas, adoçante de mesa, ..., é rapidamente eliminada pela urina e não se acumula no corpo. Causa câncer???? Ciclamato (A) Apesar de não iniciar o câncer pode favorecer o desenvolvimento após seu início. Ainda é estudado pelo FDA. Aspartame (A) Feito a partir da fenilalanina e do ác. aspártico, deve ter o uso restrito para portadores de fenilcetonúria, mas seu consumo a longo prazo não está associado com riscos a saúde. Estévia (N) Não provoca danos à saúde se utilizado com moderação. Em muitos países é usado como suplemento dietético e não como aditivo alimentar. Neotame (A) É o mais novo no mercado, adoça ± 8000 x mais que a sacarose. Apesar de ser feito de fenilalanina e ác. aspártico pode ser utilizado por fenilcetonúricos. Sucralose (A) Único adoçante artificial feito a partir de açúcar, mas 600 x mais doce que a sacarose. Não é digerida nem absorvida. Acesulfame-K Cuidado com uso para pacientes renais. ALTERNATIVAS AO AÇÚCAR 57 • SUBSTITUTOS DO AÇÚCAR: ▫ São álcoois de açúcar que fornecem doçura e volume a balas duras, biscoitos, gomas de mascar sem adição de açúcar, geléias e gelatina; ▫ Fornecem calorias, mas menos que os CHOs; ▫ Conhecidos como: manitol, xilitol, sorbitol, maltitol e lactitol, são encontrados em frutas e hortaliças; ▫ Baixo teor glicêmico, mas podem causar efeitos colaterais como gases, desconforto abdominal e diarreia; ▫ PRINCIPAL BENEFÍCIO: Evita cáries; ▫ O uso deve ser moderado. ALTERNATIVAS AO AÇÚCAR 58 AÇÚCAR DEMERADA E MASCAVO Demerara Beterraba Mascavo 59 DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO DE AÇÚCARES Demerara Beterraba Mascavo 60 04/09/2017 16 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA • DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. • TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. • MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. • Sociedade Brasileira de Diabetes. Manual oficial de contagem de carboidratos. [organizadores Josefina Bressan R. Monteiro... et al.]. – Rio de Janeiro: Diagraphic, 2003. • SAMPAIO, H. A. de C; SILVA, B. Y. da C.; SABRY, M. O. D; ALMEIDA, P. C de. Índice glicêmico e carga glicêmica de dietas consumidas por indivíduos obesos. Rev. Nutr., Campinas, 20(6):615-624, nov./dez., 2007. • WHITNEY, E. & ROLFES, S. R. Nutrição volume 1: Entendendo os nutrientes. Tradução da 10ª. ed. norte- americana. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 61 ATIVIDADE ESTRUTURADA – CHO TÍTULO: Efeitos do consumo das fibras alimentares OBJETIVO: ◦ Proporcionar ao aluno o conhecimento sobre a importância do consumo das fibras alimentares. ◦ Consolidar os conhecimentos dos efeitos negativos e positivos das fibras alimentares no organismo humano. Grupo de no máximo três (3) alunos. Entrega para: 25/08 (3001) 29/08 (1001) 62 ATIVIDADE ESTRUTURADA ◦ As fibras alimentares solúveis são utilizadas como nutrientes pela flora intestinal? ◦ Qual a importância da digestão das fibras alimentares no intestino grosso? ◦ As fibras alimentares diminuem a biodisponibilidade de minerais? ◦ Como as fibras alimentares solúveis e insolúveis se comportam em relação aos movimentos peristálticos? ◦ Porque as fibras alimentarem interferem na absorção de sais biliares no íleo? 63 Biblioteca_1110630.pdf 14/09/2017 1 LIPÍDIOS 1 Faculdade Estácio de Sergipe – FASE Profa. Ma. Jamille Costa2017 Lipídios (Lipos=gordura) Carbono OxigênioHidrogênio Insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (acetona, éter, clorofórmio, ...) (TEIXEIRA NETO, 2003). Podem ser sintetizados no organismo, com exceção dos ácidos graxos essenciais (DUTRA-DE-OLIVEIRA, 2008). Fornecem 9 Kcal/g (consumo moderado). 14/09/2017 2 15 a 30% do VET (OMS, 2003). Estado de inanição: permite que o ser humano sobreviva por semanas e até meses em estado de privação. 14/09/2017 3 Barreira física: Proteção contra traumas e choques, principalmente nas palmas e nádegas; Isolante térmico; Preservar o calor e manter
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