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Direito Previdenciário
Carla Veloso
Aula 8
CLASSIFICAÇÕES DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
	A previdência social é um serviço público de tipo novo destinado a amparar a população economicamente ativa (segurados obrigatórios) ou não (segurados facultativos), 
	que se encontra em situações de risco ou contingências sociais previstas em lei, essencialmente com benefícios e serviços, 
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	mediante a adoção da fórmula tripartite de custeio (Estado, empregadores, trabalhadores ou facultativos).
	As prestações previdenciárias, como serviço público, são classificadas em benefícios e serviços; benefícios são prestações pagas em dinheiro aos beneficiários (segurados e dependentes).
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APOSENTADORIA POR IDADE
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
APOSENTADORIA ESPECIAL 
AUXÍLIO DOENÇA
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BENEFÍCIOS (ART. 18, LEI 8213/91)
BENEFÍCIOS
SALÁRIO MATERNIDADE
PENSÃO POR MORTE
AUXÍLIO RECLUSÃO
AUXÍLIO ACIDENTE
SALÁRIO FAMÍLIA
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CARÊNCIA
O instituto da carência está previsto no art. 24, caput, da Lei 8.213/91. É o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadar em desacordo com o disposto nesta lei.
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CARÊNCIA
O art. 25 da Lei 8.213/91 estabelece a carência nas seguintes prestações previdenciárias:
I- auxílio-doença e aposentadoria por invalidez comum: 12 (doze) contribuições mensais;
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CARÊNCIA
II- aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais (regra geral válida para os que se vincularam à previdência após a edição da Lei 8.213/91).
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CARÊNCIA 
III- salário-maternidade para as seguradas de que trata os incisos V e VII do art. 11 e o 13 (seguradas individuais, especiais e facultativas: 10 contribuições mensais).
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No que tange a carência no salário-maternidade prevista no inciso III, a legislação determina que, se ocorrer a antecipação do parto, haverá a redução proporcional da carência. Assim, se a segurada tiver o filho aos 7 meses a carência, que seria de 10 meses, passa a ser de 8 meses.
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PRESTAÇÕES DISPENSADAS DA CARÊNCIA
O legislador, antevendo o grande impacto de alguns riscos sociais, determinou a exclusão da carência para eles. O art. 26, da Lei 8.213/91, determina as prestações que têm a carência dispensada.
A dispensa é para auxílio doença ou aposentadoria por invalidez!
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1- Tuberculose ativa; hanseníase e alienação mental;
2- Neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante;
3- Cardiopatia grave; doença de Parkinson e espondiloartrose anquilosante;
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4- Nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
5- Síndrome da deficiência imunológica adquirida-AIDS;
6- Contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada e hepatopatia grave.
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RENDA MENSAL INICIAL — RMI
A fórmula da renda mensal inicial (RMI) pode ser assim grafada: 
RMI = % (alíquota ou percentual definido em lei para cada benefício) x SB (salário do benefício)
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ALTERAÇÕES NA LEI 
II. Aposentadoria por tempo de contribuição e as alterações trazidas pela Lei 13.183/2015 (Regra 85/95) 
A Lei 13.183/15 resulta da conversão, em lei, da Medida Provisória 676/15, que inclui, dentre outros, 
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o Art. 29-C, à Lei de Bene cios da Previdência Social – Lei 8.213/91, que ameniza os efeitos do chamado fator previdenciário (FP) – criado pela Lei N. 9876/1999 - que chega a reduzir os proventos de aposentadoria por tempo de serviço em até 50%.
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É importante observar que antes da medida provisória n.º 676/2015 todas as aposentadorias por tempo de contribuição deveriam observar o fator previdenciário para cálculo da aposentadoria.
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ALTERAÇÕES LEI!
Após a edição da Medida Provisória n.º 676/2015, o cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição pode optar entre o fator previdenciário e a regra 85/95, desde que preenchidos alguns requisitos, conforme a nova redação do art. 29-C da Lei n.º 8213/1991. 
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Isto significa que, quando o segurado preencher os requisitos, ele pode escolher qual a fórmula mais benéfica para o cálculo de sua aposentadoria.
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EX: para que uma mulher possa aplicar essa regra em seu cálculo de aposentadoria, ela deve ter contribuído no mínimo 30 anos e deve ter pelo menos 55 anos de idade na data do requerimento da aposentadoria. Já o homem precisa ter pelo menos 35 anos de contribuição e 60 anos de idade na data do requerimento.
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Sobre esta regra, ainda é importante observar que as somas de idade e de tempo de contribuição serão majoradas a par􀀁r de 31 de dezembro de 2018. Desta forma, quem adquire o direito de se aposentar por tempo de contribuição depois dessa data, terá que atingir soma de idade e tempo de contribuição segundo a exemplificação abaixo:
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Até 31/12/2018: 85 (mulher) / 95 (homem)
01/01/2018 até 31/12/2020: 86 (mulher) / 96 (homem)
01/01/2021 até 31/12/2022: 87 (mulher) / 97 (homem)
01/01/2023 até 31/12/2024: 88 (mulher) / 98 (homem)
01/01/2025 até 31/12/2026: 89 (mulher) / 99 (homem)
01/01/2027 em diante: 90 (mulher) / 100 (homem)
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ALÍQUOTA 
A renda mensal do benefício previdenciário de prestação continuada será calculada, segundo o art. 39, do Decreto 3.048/99, aplicando-se sobre o salário de benefício os percentuais enumerados nos incisos, I, II, III, IV, a, b, c, V, VI e §3º
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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
É o valor básico utilizado para o cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada. É obtido a partir dos salários de contribuição. O conceito de salário de benefício é próprio do Direito Previdenciário.
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Medida Provisória Nº 664, de 30/12/14 convertida na Lei 13.135/2015
Altera as Leis no 8.213, de 24 de julho de 1991, nº 10.876, de 2 junho de 2004, nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e a Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003
“Art. 26.  I - salário-família e auxílio-acidente;
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II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, 
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atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;            (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
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Art. 29. § 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes.       
  (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
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FATOR PREVIDENCIÁRIO 
O fator previdenciário é uma fórmula atuarial utilizada obrigatoriamente no cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição e de forma facultativa na aposentadoria por idade. Foi inserido no ordenamento jurídico pela Lei nº. 9876/99. É calculado considerando-se idade, expectativa de sobrevida e tempo de contribuição do segurado ao se aposentar.
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
CARLA VELOSO
ATIVIDADE
ATIVIDADE
João sofreu acidente de trabalho e precisará se afastar para recebimento de benefício previdenciário. Ele esta preocupado se já completou a carência necessária ou não. Neste caso de acidente de trabalho, João precisará completar todo o período de carência? 
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Resposta : 
Não. Não há carência para auxílio-doença e aposentadoria por invalidez - desde que decorrentes de acidente de qualquer natureza -, doenças previstas em lei e doenças cujo nexo técnico com o trabalho for estabelecido pelo INSS.

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