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Relatório de Atividade Experimental Curso: Bacharelado em Ciência e Tecnologia Disciplina: Fenômenos Mecânicos Experimentais Professora: Dra. Thaciana Malaspina Título do experimento: Medidas, Erros e Incertezas. Nome dos Integrantes: Árlan C. S. Nunes 101876 Diego C. S. Glória 101930 Letícia de Sousa Almeida 104780 Yasmim da S. Rocha 102127 Data: 20/03/2016 RESUMO: A atividade retratada neste relatório tem como objetivo o aprendizado de diversos aspectos indispensáveis ao estudo de Fenômenos Mecânicos Experimental. No tópico Bases Teóricas, foi exposto os principais conceitos acerca de erros e medições que possibilitaram o desenvolvimento das atividades. Em suma, foram realizadas três práticas as quais permitiram a aplicação dos conhecimentos adquiridos e obtenção de conclusões acerca do uso de diferentes aparelhos de medições, além da propagação de suas incertezas. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO: Os experimentos abordados neste trabalho tiveram como propósito a aprendizagem de diversos aspectos do estudo de Fenômenos Mecânicos Experimental. Tais aprendizagens serão divididas em tópicos para uma melhor descrição dos objetivos: (1). Aprender a manusear paquímetros e micrômetros; (2). Aprender a ler e operar com algarismos significativos; (3). Avaliar a precisão de escala de cada instrumento de medida; (4). Efetuar medidas diretas e indiretas; (5). Efetuar propagação de incertezas. Foram realizados os seguintes experimentos: Determinação de área e perímetro de uma folha (Prática A), Determinação da densidade de um sólido (Prática B), Medição da espessura de uma folha de sulfite e de um fio de cabelo (Prática C). Tais experimentos objetivaram as aplicações de todos os conhecimentos adquiridos nos itens acima, com a conseguinte interpretação dos dados analisados. BASES TEÓRICAS: A física é uma ciência experimental, ou seja, é baseada na observação de fenômenos naturais em uma tentativa de encontrar padrões e princípios que descrevam tais fenômenos. Assim, a realização de experimentos é estritamente necessária para que conclusões possam ser obtidas a partir dos resultados, que muitas vezes são provenientes de medidas(representadas por números) (YOUNG; FREEDMAN, 2008). Apenas palavras e suposições (dados qualitativos) não são suficientes para entender e explicar um determinado acontecimento da natureza. É preciso também medi-lo, atribuindo-lhe, dados quantitativos. (ALBERTAZZI; SOUSA, 2008). "O conhecimento amplo e satisfatório sobre um processo ou fenômeno somente existirá quando for possível medi-lo e expressá-lo através de números" (Lord Kelvin, 1883 apud ALBERTAZZI; SOUSA, 2008). Mas... O que é Medir? Inicialmente entenderemos medir como uma forma direta e racional de explicar a realidade que nos cerca. Os números obtidos a partir destas medidas são denominados grandezas físicas, visto que em sua maioria, descrevem um fenômeno físico. (YOUNG; FREEDMAN, 2008). Em nossa pratica de laboratório, por exemplo, fizemos uso de duas dessas grandezas: o comprimento e a massa. O comprimento é definido com base na velocidade da luz no vácuo, igual a: 299 792 458 m/s. Sua unidade no Sistema Internacional (SI) é o metro (m), que, atualmente representa a distancia que a luz percorre no vácuo em uma fração de 1/ 299.792.458 do segundo. Em termos diretos, o metro corresponde a distancia que a luz percorre no vácuo em 3,3 x 10-9 segundos [1]. No SI, a unidade padrão demassa é o quilograma, equivalente a massa de um cilindro regular de 39 mm de altura por 39 mm de diâmetro feito com platina e irídio que é mantido (desde 1889) na Agencia Internacional de Pesos e Medidas, situada próximo a Paris. Embora um padrão atômico seja ideal, não conseguimos mensurar massas em escala atômica com a mesma precisão observada em medidas macroscópicas [1]. Figura1: Padrão base para o quilograma. Fonte:( ALBERTAZZI ; SOUSA, 2008). A partir deste ponto já somos capazes de atribuir uma resposta mais precisa à nossa pergunta inicial: De acordo com Albertazzi e Sousa (2008, p. 03) medir é o processo experimental em que o valor atribuído a uma grandeza física (mensurando) é reconhecido como sendo múltiplo e/ou fração de uma unidade padronizada e reconhecida internacionalmente. Figura 2: O processo de medição. Fonte:( ALBERTAZZI ; SOUSA, 2008). Termos Importantes: Mensurando: Não deve ser confundido com o objeto que está sendo medido. Ele diz respeito a uma propriedade que tal objeto possui, por exemplo: o seu comprimento, a sua largura, a altura, o diâmetro, a temperatura e etc., trata-se da grandeza que esta sendo medida. Indicação:É o valor numérico atribuído ao mensurando por um sistema de medição. As medidas podem ser utilizadas para monitorar (observar uma grandeza, p. ex., a temperatura corporal), controlar (observar de forma ativa, p. ex., garantir que um processo ocorra dentro dos padrões) e também, investigar fenômenos naturais (ir além do que já existe, aprimorar, explicar – A heterogeneidade das medições pode levar a conclusões diferentes e, por conseguinte, a novas descobertas) (ALBERTAZZI; SOUSA, 2008). Isso nos leva a uma segunda questão: Como escolher um sistema de medição adequado? Os autores Albertazzi e Sousa (2008, p. 311) consideram que três pontos devem ser levados em conta: O mensurando. Devemos considerar o que será medido, em que posição e o número de vezes que o procedimento será realizado. A finalidade da medição. É importante levar em conta o motivo da medição e sua aplicação (controle de qualidade ou pesquisa científica?). O local onde será realizada É preciso definir onde serão realizadas (laboratório de metrologia ou fábrica?) para assegurar que o local apresente as condições necessárias para sua realização. Figura 3: Aspectos técnicos da escolha de um sistema de medição. Fonte:( ALBERTAZZI ; SOUSA, 2008). Dimen são externa Profundidade Dimen são internaNão podemos deixar de avaliar se o sistema de medição a ser escolhido é compatível com o tipo de mensurando, ou seja, se é capaz de se adequar as características da grandeza a ser medida, como o diâmetro, dimensão interna e/ou externa, profundidade e etc. Seguir estes passos, definindo-se as necessidades de forma clara e objetiva, assegura a obtenção de resultados mais precisos. Quando estamos tratando de medidas não podemos deixar de considerar suas incertezas. As medidas podem ser obtidas de diferentes dispositivos e cada um deles possui suas limitações(YOUNG; FREEDMAN, 2008). Segundo Alves, (2003, p. 29), diversos fatores interferem na qualidade da medição levando a ocorrência de erros, assim, torna-se fundamental identificá-los e classificá-los para que possam ser reduzidos ou até mesmo eliminados através de métodos estatísticos. Ainda de acordo com o autor, é necessário definir alguns termos importantes para que possamos seguir a diante. Valor (Convencionalmente) Verdadeiro de uma Grandeza (VVC): Figura 4: Calibrando uma balança a partir de uma massa padrão. Fonte:( ALBERTAZZI ; SOUSA, 2008).É impossível obter um valor resultante de uma medição perfeita, por isso recorremos a medidas materializadas (valores padrões atribuídos), que estão muito próximosdo valor verdadeiro para que possamos, por exemplo, calibrar um instrumento de medida. Erro de Medição: Caracteriza-se como a diferença existente entre o valor medido e o VVC. Porém como muitas vezes não é possível conhecer o Valor (Convencionalmente) Verdadeiro de uma Grandeza, devemos nos basear nas incertezas indicadas pelos próprios instrumentos de medição. Incerteza: Está associada ao grau de confiabilidade das medições. Indica uma faixa (superior e inferior) onde os erros estão contidos. Acompanha o sinal ±. Ex: Suponha que você tenha medido o cumprimento de uma vareta com uma régua graduada comum e obtido o valor de 4 cm, como sabemos quea incerteza deste instrumento é da ordem de 0,05 cm, o modo correto de expressar esta medida é: 4 ± 0,05 cm. A incerteza pode se originar de diversas fontes, tais como: Instrumento de Medição VVC Operador Método de Medição Condições Ambientais Exatidão: É um parâmetro que indica o quanto o valor medido se aproximou do VVC. Tipos de erros: Erros Grosseiros: Estão associados a falhas humanas, como por exemplo, leituras incorretas e manuseio inadequado dos aparelhos de medição. Erros Sistemáticos: São atribuídos a problemas nos instrumentos de medida e a condições ambientais fora do padrão. Erros Aleatórios: Difíceis de identificar a causa, dizem respeito a variações nos resultados obtidos da mensuração da mesma grandeza em diferentes medições. Consideremos o seguinte exemplo: Suponha que foram efetuadas 8 medições da “mesma” tensão, resultando em: Tabela 1: Diferentes valores de tensão. Fonte:( ALVES , 2003). Podemos concluir através da análise da tabela 1 que o valor mais adequado para a grandeza medida é 230 V e que o valor de 203 V obtido em uma das mediçõe configura-se como um erro grosseiro. O uso de técnicas da estatística ajuda a reduzir os erros aleatórios. Assim devemos eliminar ou ao menos reduzir os erros grosseiros e sistemáticos,para que através da análise estatística, sejamos capazes de minimizar os erros aleatórios de um conjunto de medições realizadas [3]. O valor médio se configura como uma das aplicações mais simples da estatística. A média de varias medidas trás um valor mais exato para uma determinada grandeza do que uma única mensuração, assim nós estamos nos aproximando do valor verdadeiro dessa grandeza [3]. Média Aritmética É descrita pela equação: Exemplo: Tabela 2: Diferentes valores de tensão. Fonte:( ALVES , 2003). Neste caso a média será: Desvio: É definido como o afastamento de uma leitura em relação a média aritmética de todas as leituras realizadas. Seja di(com i de 1 até n – número de leituras) o desvio de leitura i e xi, o valor da leitura i, então: di = xi – x(m), com x(m) sendo a média aritmética dos valores das medidas. Exemplo: Considerando as leituras de tensão anteriores: Desvio médio: Serve para indicar a precisão dos instrumentos utilizados durante o processo de medição. É a soma do valor absoluto dividido pelo número de leituras, expresso por: Exemplo: Para os desvios encontrados no exemplo anterior, temos: Note que quanto menor for o desvio médio, mais precisas terão sido as medições efetuadas. Desvio padrão: É a raiz quadrada da média dos quadrados (root meansquare, em inglês), apresentando-se como uma ajuda valiosa, pois indica a dispersão entre os valores medidos. O desvio padrão (σde um número n de leituras é expresso por : Oquadrado do desvio padrão é conhecido como Variância (V) Exemplo: Tabela 3:Grandezas estatísticas Fonte:(ALVES, 2003). O desvio padrão será: Desvio padrão da média Utilizado quando se obtém várias médias, indica a variabilidade ou dispersão da média. É representado pela fórmula: O que acontece quando estamos tratando de uma grandeza que é dependente de outras grandezas medidas? Isto é considerado pelos autores Albertazzi e Sousa (2008, p. 231) como medições indiretas, em que o valor do mensurando é expresso em função de duas outras grandezas (através de operações matemáticas) obtidas separadamente. Figura 5: Propagação de incertezas no cálculo de áreas. Fonte:( ALBERTAZZI ; SOUSA, 2008). Exemplo:Área de um terreno representada pelo produto de sua largura por seu comprimento. A = a.b U(A) =? Considere uma função w = w(x, y, z) onde x, y, z são grandezas experimentais em que as incertezas dadas são indicadas por x, y, z , como calcular w ? As fórmulas para o calculo das incertezas em diferentes situações são mostradas na tabela abaixo Tabela 4: Expressões para o calculo da propagação de incertezas. Fonte:http://efisica.if.usp.br/. Acesso em: 19/03/16. É importante dar atenção as incertezas obtidas por meio de medidas diretas, os erros grosseiros, sistemáticos e aleatórios e também aqueles advindos de medidas indiretas (propagação de incertezas) para que os resultados obtidos com nossos experimentos sejam mais exatos. MATERIAIS E MÉTODOS Ao longo dos procedimentos foram utilizados 6 instrumentos, segue a descrição de cada um. Régua em decímetro: Esta régua é graduada em decímetros e sua faixa de indicação é de 0 – 5 decímetros. Sua resolução consiste em 1 decímetro. Pode-se considerar uma régua não muito útil para a atividade descrita neste trabalho, pois não há muita precisão. Régua em centímetro: Esta régua é graduada em centímetros e sua faixa de indicação é de 0 – 50 centímetros. Sua resolução consiste em 1 centímetro. Dependendo do objeto a ser medido, já é possível obter resultados mais satisfatórios devido à uma maior precisão, comparada a régua anterior (em decímetros). Régua em milímetro: Esta régua é graduada em milímetros e sua faixa de indicação é de 0 – 500 milímetros. Sua resolução consiste em 1 milímetro. Entre as 3 réguas utilizadas, pode-se considerar esta a mais precisa, consequentemente a mensuração com esse instrumento resultará em medidas mais exatas. Paquímetro: É um instrumento constituído de aço inoxidável usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. Este cursor é dotado de uma escala auxiliar chamada nônio, que permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa, devido a sua menor (mais precisa) resolução. Especificações do paquímetro utilizado: Marca: KINGTOOLS Faixa de indicação: 0 – 20 cm Figura 6 : Paquímetro Fonte: Elaborada pelo autor.Resolução: 0,05 mm Micrômetro: É um instrumento de medição de medidas lineares utilizado quando a medição requer uma precisão acima da possibilitada com um paquímetro. Especificações do micrômetro utilizado: Marca: KINGTOOLS Faixa de indicação: 0 – 25 mm Figura 7 : Micrômetro. Fonte: Elaborada pelo autor.Resolução: 0,01 mm Balança: É um instrumento de medição usado para mensurar a massa de um objeto. Especificações da balança utilizada: Marca: Bioscale Modelo: YP-B20002 Figura 8: Balança eletrônica. Fonte: Elaborada pelo autor.Resolução: 0.01 g Capacidade máxima: 2000 g Procedimento Experimental: O procedimento foi divido em 4 partes: Prática A Prática B Prática C - Geral Neste procedimento observou-se e avaliou-se a resolução, a incerteza e a faixa de medida dos instrumentos utilizados (Régua em decímetro, régua em centímetro, régua em milímetro, paquímetro, micrômetro e balança). Todas as informações foram registradas. - Prática A: Uso de régua com diferentes escalas A1: Medidas diretas Mediu-se 5 vezes o comprimento e a largura de uma folha de fichário utilizando as réguas com diferentes graduações (decímetro, centímetro e milímetro) e registrou-se esses valores. Calculou-se a média das medidas obtidas de comprimento e largura nas diferentes graduações e seus respectivos desvios padrão, registrou-se a incerteza de cada instrumento e por fim pôde-se relatar a expressão de cada medida. A2: Medidas indiretas A partir dos valores mensurados anteriormente calculou-se o perímetro e a área da folha de fichário levando em consideração a propagação de incerteza e registrou-se os resultados obtidos. Prática B : Uso de paquímetro e balanças B1 – Medidas das dimensões da peça Mediu-se 5 vezes o diâmetro d1 e d2 e a largura L da peça com paquímetro, posteriormente calculou-se a média das medidas obtidas de d1, d2 e L, seus respectivos desvios padrão, registrou-se a incerteza do paquímetro e por fim pode-se relatar a expressão de cada medida. Figura 9: Peça utilizada na prática B. Fonte: Retirado do roteiro de atividades . /* L1: Medida externa, L2: Medida da profundidade dofuro */ Em seguida calculou-se o volume da peça a partir dos valores medidos anteriormente juntamente com a propagação da incerteza e registrou-se os resultados. B2 – Medidas de massa Após a certificação de que a balança estava calibrada, zerada e nivelada, mediu-se a massa da peça 5 vezes, calculou-se a média das medidas, o desvio padrão, registrou-se a incerteza do instrumento e relatou-se a expressão da medida. A partir dos dados de massa e volume mensurados e calculados anteriormente, calculou-se a densidade da peça, a propagação da incerteza e registrou-se os resultados. Prática C: Uso de micrômetros: C1 – Medidas Mediu-se 10 vezes a espessura de uma folha de sulfite e o fio de cabelo de um componente do grupo, a partir desses valores efetuou-se o cálculo da média aritmética, do desvio padrão, da incerteza e relatou-se a expressão completa das medidas. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Utilizando-se das instruções do experimento e conhecimentos teóricos prévios foram alcançados os seguintes resultados: - Medidas Diretas e indiretas de folha sulfite (instrumento: Réguas de diferentes escalas) - PRÁTICA A Comprimento (C) Régua C1 C2 C3 C5 C5 Média Sm d Expressão da Medida mm 275 275 275 275 275 275 0 0.5 275.0± 0.5 cm 27 27 27 27 27 27 0 0.5 27.0 ± 0.5 dm 2 2 2 2 2 2 0 0.5 2.0 ± 0.5 Tabela 5: Medida Direta – Comprimento (C) Largura (L) Régua L1 L2 L3 L4 L5 Média Sm d Expressão da Medida mm 200 200 200 200 200 200 0 0.5 200 ± 0.5 cm 20 20 20 20 20 20 0 0.5 20 ± 0.5 dm 2 2 2 2 2 2 0 0.5 2.0 ± 0.5 Tabela 6: Medida Direta – Largura (L) No decorrer do experimento foi utilizado uma mesma folha de sulfite padrão, porém para cada régua utilizada foi observado um valor diferente para largura e comprimento caracterizando erro sistemático por utilização de instrumento com precisões de escala diferentes. Contudo o objetivo desse experimento era a observação e avaliação dessas diferentes escalas de precisão, portanto tal erro já era esperado. Área Incerteza Propagada Expressão da Medida mm² 55000 170 55000±170 cm² 540 17 540±17 dm² 4 1 4±1 Perímetro Incerteza propagada Expressão da Medida mm 950 0.7 950±0.7 cm 94 0.7 94±0.7 dm 8 0.7 8±0.7 Tabela 7: Área, perímetro e propagação de incerteza Atividade Complementar: Caso o comprimento médio fosse apresentado em milímetros e a largura média em decímetros, a incerteza média para o perímetro seria 0,5 dm e a da área seria 1dm². - Medidas Diretas e indiretas de Cilindro metálico (Instrumento: Paquímetro e Balança de precisão) - PRÁTICA B 1 2 3 4 5 Média Sm d Expressão d1[mm] 3.075 3.075 3.100 3.075 3.100 3.085 0.006124 0.025 3.085 ± 0.025 d2[cm] 3.405 3.400 3.405 3.405 3.400 3.403 0.001225 0.025 3.403 ± 0.025 L1[mm] 6.375 6.300 6.300 6.400 6.300 6.335 0.03456 0.025 6.335 ± 0.03456 L2[mm] 6.350 6.300 6.300 6.325 6.400 6.335 0.0007826 0.025 6.335 ± 0.025 Tabela 8: Dimensões da peça Volume[cm³ ] Sm[cm³] D[cm³] Expressão 5.712 0.0042 0.088 5.712±0.088 Tabela 9: Volume calculado e propagação da incerteza Para o cálculo da incerteza do volume foram utilizadas as seguintes fórmulas: -Fórmula 01: Onde n=1 corresponde ao cilindro de diâmetro d1 e n=2 ao de diâmetro d2. -Fórmula 02 Volume= V2- V1; Sm: Foi usado a Fórmula 01 para calcular a propagação das incertezas com os dados de Sm da Tabela 03 dos volumes V1 e V2, e após isso aplicou-se a Fórmula 02 para encontrarmos o valor da incerteza da média do volume do objeto analisado; D: O método foi o mesmo usado para calcular Sm, entretanto aplicando os dados referentes à incerteza instrumental. 1 2 3 4 5 Média Sm d Expressão Massa[g] 50.06 50.05 50.06 50.07 50.05 50.06 0.003873 0.01 50.06 ± 0.01 Tabela 10: Massa da peça Densidade[g/cm³ ] Sm d Expressão 8.76 0.064 0.13 8.76±0.13 Tabela 11: Calculo da densidade e de propagação de incerteza Primeiramente foram medidas duas espessuras, a do cilindro e a do buraco interno, com o objetivo de verificar uma possível diferença. Embora haja variações nas medidas as respectivas médias são idênticas e, portanto, as espessuras são as mesmas e as variações são causadas por erros sistemáticos de observação e não por uma diferença na espessura. Com exceção de L1, que teve um desvio padrão médio maior que a precisão do instrumento de medição utilizado provavelmente devido a erros sistemáticos, os valores obtidos não apresentaram grandes variações sendo satisfatórios para com os objetivos do experimento. Atividade Complementar: Caso não houvesse um instrumento de medida de comprimento, o volume do sólido poderia ser determinado da seguinte forma: Um possível método seria a imersão do objeto a ser medido em um recipiente graduado com parte do seu volume já preenchido com liquido (água, por exemplo). Primeiramente deve-se medir o volume do liquido presente no recipiente antes da imersão do objeto () utilizando a graduação do recipiente. Em segundo deve-se mergulhar o objeto no líquido e medir o novo volume (). Por último é feita o seguinte cálculo: () - () = Para qualquer solido esse método e plausível desde que sejam observadas as observações abaixo. Esse método assim como todos os outros está sujeito a erros relativos a precisão da graduação utilizada, mas também existe a possibilidade de erros sistemáticos como perda de liquido por transbordamento do recipiente, erros na medida referentes a expansão ou compressão do liquido utilizado, entre outros. Portanto ao utiliza-lo deve-se sempre observar os pontos de fusão e ebulição do liquido utilizado e também sempre realizar o experimento mais de uma vez sempre a mesma temperatura. - Medida Direta de fio de cabelo e folha sulfite (instrumento: Micrômetro) -PRÁTICA C Folha Sulfite Espessura[mm] Fio de Cabelo Espessura[mm] 1 0.07 1 0.07 2 0.07 2 0.06 3 0.07 3 0.04 4 0.08 4 0.08 5 0.07 5 0.04 6 0.07 6 0.06 7 0.07 7 0.06 8 0.07 8 0.03 9 0.07 9 0.04 10 0.07 10 0.03 Expressão 0.071 ± 0.005 Expressão 0.050 ± 0.005 Tabela 12: Espessura de folha sulfite e fio de cabelo A medição da folha de sulfite rendeu resultados dentro do padrão aceitável para folhas sulfite (0.05mm-0.1mm), com poucas variações atribuídas a erros sistemáticos de observação. O fio de cabelo, por outro lado, variou consideravelmente de espessura, devido em parte à sua natureza orgânica e a não homogeneidade de sua espessura (espessuras maiores na base e menores na ponta), mas também à erros sistemáticos, em especial uma falha no aparelho em que foi medido o fio de cabelo sendo esse posteriormente mandado para reparos. Atividade Complementar: Um possível método seria juntar várias folhas juntas e medir a espessura do bloco de folhas que se formou, depois dividir essa espessura pelo número de folhas e encontrar a espessura de cada uma. Esse método, porém, tem um grau de incerteza maior, devido ao espaçamento entre folhas que é pequeno, mas não insignificante e também ao fato de que estaria se propagando uma incerteza inicial do instrumento de medida utilizado para medir a espessura. Acima de tudo, estaria-se calculando uma média de espessura das folhas e não a espessura da folha em si. Não seria possível medir um único fio de cabelo com a balança utilizada neste experimento pois a mesma possui um peso mínimo mensurável maior que o peso do fio de cabelo. Para realizar tal medição seria necessário igual ao do exemplo 1, juntar vários fios de cabelo, medindo a massa do conjunto e depois dividindo essa massa pelo númerode fios do conjunto. Considerando que seja feita apenas uma medida do comprimento do fio de cabelo (L) e do diâmetro do fio (D), a incerteza em cada medição será devido à régua. Como ela é graduada em mm, sua incerteza é : 0,5mm. O cálculo da incerteza do volume do fio é dada por: V =, onde V=Volume do fio, D e L são os valores mensurados em milímetros do diâmetro do fio e do seu comprimento,respectivamente. , onde e é a incerteza da medida do volume desse fio de cabelo. CONCLUSÃO Durante a execução de todas as práticas e posteriormente com a análise dos resultados obtidos foi possível aprender como utilizar os instrumentos de medida, realizar a leitura corretamente de cada instrumento, fazer operações com algarismos significativos, avaliar a precisão de escala dos instrumentos de medida, efetuar medidas diretas e indiretas e realizar a propagação de incertezas. Erros sistemáticos no experimento podem influenciar grandemente os resultados, dessa forma, sugere-se observar e analisar se os instrumentos a serem utilizados estão funcionando corretamente, assim diminui-se a chance de imprecisão dos resultados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [ 1 ] YOUNG, Hugh; FREEDMAN, ROGER A. Física I: Mecânica. 12. ed. São Paulo. Pearson, 2008, 401 p. [ 2 ]ALBERTAZZI, Armando; SOUSA, André R. De. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial. 1. ed. São Paulo. Manole, 2008, 424 p. [ 3 ]ALVES, Mário F. ABC da Metrologia Industrial. 2. ed. Porto. ISEP, 2003, 56 p. [ 4 ] SENAI - SP. MÓDULOS ESPECIAIS MECÂNICA: Metrologia. Disponível em: <http://bmalbert.yolasite.com/resources/Telecurso%202000%20-%20Metrologia.pdf>. Acesso em: 18/03/16. [ 5 ]TABACKNIKS, Manfredo. Mecânica. Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/mecanica/universitario/incertezas/propagacao/>. Acesso em: 19/03/16.
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